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Trabalho Negócio Jurídico DIR1A - FPG

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NEGÓCIO JURÍDICO – PLANO DE EXISTÊNCIA, PLANO DE VALIDADE E PLANO DE EFICÁCIA
CURSO DE DIREITO CIVIL I – 1º SEMESTRE – PROF. MÁXIMO SILVA
Mateus nº 3-0011XX
Rodrigo Tomaz de Jesus nº 3-001116
Rubens Scarpelli nº 3-0011XX
 			Praia Grande - 2017
 SUMÁRIO
1. NEGÓCIO JURÍDICO
1.1. CONCEITO.......................................................................................3
1.2. ELEMENTOS DO NEGOCIO JURIDICO.........................................5
1.2.1. Plano de existência........................................................................5
1.2.2. Plano de validade...........................................................................6
1.2.3. Plano de eficácia............................................................................8
1.3. EMENTAS.......................................................................................13
1.3.1. Ementa quanto a plano de existência..........................................13
1.3.2. Ementa quanto a plano de validade.............................................13
1.3.2. Ementa quanto a plano de eficácia..............................................14
 INTRODUÇÃO
Negócios jurídicos são espécies de Fatos Jurídicos, que por sua vez, são acontecimentos que têm relevância para o mundo do Direito, que produzem consequências jurídicas. É quando ocorre a intenção (vontade) entre pessoas de realizar ou produzir efeitos jurídicos, sempre visando uma composição de interesses. A manifestação de vontade tem finalidade de negócio, que em geral trata-se de criar, adquirir, transferir, modificar, extinguir direitos, além de diversos outros atos. Podem-se citar como exemplos, escrituras de compra e venda, contratos de locação, testamentos, contrato de empréstimos, contrato de prestação de serviço, entre outros.
Um dos princípios, este diretamente ligado ao negócio Jurídico, é o Princípio da Autonomia da Vontade, pois sempre uma negociação entre pessoas, deve transitar numa vontade mútua entre as partes.
1. NEGÓCIO JURÍDICO
1.1. CONCEITO
Negócio jurídico é a relação jurídica manifestada por vontade declarada (ato jurídico) de dois ou mais sujeitos com objetivos específicos em comum e finalidade de negócio. Possui intuito de criar, modificar, conservar ou extinguir direitos preestabelecidos, gerando direitos e obrigações às suas respectivas partes, resultando em efeitos e consequências jurídicas.
Enquanto no ato jurídico os efeitos são previstos nas normas, no negócio jurídico os efeitos são previstos tanto na norma quanto por regras prefixadas pelas partes (dentro do ordenamento jurídico), além do fato jurídico que nem sempre depende da vontade por ser um fato ou evento previsto, esperado (prescrição, vigência, validade, decadência).
Segundo Miguel Reale[1], negócio jurídico é espécie de ato jurídico que, além de se originar em um ato de vontade, implica em declaração expressa da vontade, instauradora de uma relação entre dois ou mais sujeitos tendo em vista um objeto protegido pelo ordenamento jurídico.
Já Flávio Tartuce[2] ensina que negócio jurídico é o ato jurídico em que há uma composição de interesses das partes com uma finalidade específica. 
Os fatos jurídicos são acontecimentos que independem ou não da vontade humana e produzem consequências jurídicas. Pode ser fato aquisitivo (cria), modificativo (modifica), extintivo (extingue), conservativo (conserva), natural (morte, tempestade) ou humano (vontade).
No ato jurídico há relação com a pessoa em si, não se fazendo necessária a regulamentação de normas por elas já existirem, enquantono fato jurídico, há relação com os acontecimentos, sendo necessárias além das normas existentes, as preestabelecidas. O ato jurídico tem caráter de substantivo e o fato jurídico dá qualidade a esse substantivo.	
Art. 212. Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato jurídico pode ser provado mediante:
I - confissão;
II - documento;
III - testemunha;
IV - presunção;
V - perícia.
Já o ordenamento jurídico é a hierarquização que tem como finalidade estabelecer uma organização, sendo concomitante às subordinações. É respeitada a ordem de cada dispositivo normativo, suas relações e dependências, sendo à Constituição o dispositivo preponderante, sucedida por leis complementares e ordinárias, medidas provisórias, decretos, jurisprudência, resoluções, portarias, instruções normativas, sentenças judiciais, contratos e negócios jurídicos.
Portanto, por mais que o contrato (negócio) possua regras preestabelecidas e seja consagrado pelo princípio da liberdade, essa liberdade e suas regras nunca poderão sobrepor-se ao âmbito desse ordenamento jurídico.
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato.
As formas contratuais são estipuladas pelas partes e são limitadas pelo ordenamento jurídico de acordo com suas pretensões e finalidades. Para que ser torne válido o negócio jurídico, devem ser observados três elementos, que formam a teoria tricotômica do negócio jurídico. São eles: a existência, a validade e a eficácia. Esses elementos dependem um do outro. 
Para ser eficaz, o negócio precisa ser válido, e para ser válido é preciso que o negócio exista. Um excelente exemplo é a transmissão de posse imobiliária. O contrato particular entre as partes figura no plano existencial. Para que possua validade, é necessário o lavramento da escritura em qualquer cartório notarial (escritura com caráter de venda e compra, ou doação, ou partilha, entre outras). No entanto, para ser realmente proprietário, ou seja, para que o negócio torne-se eficaz, é preciso efetuar o registro da escritura no respectivo serviço registral. Apesar de a escritura pública possuir fé pública e autenticidade, apenas seu registro atribuirá seus efeitos legais (eficácia).
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.	
Art. 215. A escritura pública, lavrada em notas de tabelião, é documento dotado de fé pública, fazendo prova plena.
A teoria tricotômica do negócio jurídico refere-se à verificação de elementos essenciais para caracterização do negócio jurídico. A existência, a validade e a eficácia, constituem os planos elementares do negócio jurídico. (www.ambito-juridico.com.br)
Esses três elementos por sua vez compõem uma classificação chamada de Escada Ponteana. Recebeu esse nome em homenagem a seu precursor Pontes de Miranda e por seu processo ser similar à degraus de uma escada. Na falta de qualquer de seus elementos, o negócio jurídico não existe. 
1.2. ELEMENTOS DO NEGOCIO JURIDICO
1.2.1. Plano de Existência
Para que o negócio jurídico tenha validade e produza seus efeitos é preciso preencher alguns requisitos mínimos. São elementos básicos e essenciais para sua existência. São eles: Vontade; Objeto e Forma.
No plano de existência, esses elementos apresentam-se na forma substantiva, menos aprofundada. Não há necessidade de aviar validade ou eficácia porque na teoria tricotômica isso funciona por etapas, onde no plano seguinte (validade) esse substantivo adquire uma qualidade necessária para que se torne eficaz ou não.
A manifestaçãoda vontade é o primeiro elemento. Deve ser manifestada por pessoa capaz, do contrário, torna-se ineficiente, inválido. Quando se trata de pessoa jurídica, essa vontade deverá ser manifestada por meio de contrato social regulado por seus respectivos órgãos (ato constitutivo). 
Caio Mário da Silva Pereira[3] afirma que: a vontade interna ou real é que traz a força jurígena, mas é a sua exteriorização pela declaração que a torna conhecida, o que permite dizer que a produção de efeitos é um resultado da vontade, mas que esta não basta sem a manifestação exterior.
O segundo elemento é o objeto, que precisa ter utilidade, valor econômico e seja passível de apropriação.
Por conseguinte, a forma, que é a livre vontade em forma prescrita das partes, pois somente a ideia não configura a existência do negócio jurídico.
Art. 107 do CC: "A validade da declaração de vontade não dependerá de FORMA especial, senão quando a lei expressamente a exigir"
A verificação do plano de existência ocorre quando se confere a incidência das normas jurídicas sobre o fato jurídico.
Azevedo[4] definindo o plano de existência, afirma que: Quando acontece, no mundo real, aquilo que estava previsto na norma, esta cai sobre o fato, qualificando-o como jurídico; tem ele, então, existência jurídica.
1.2.2. Plano De Validade
O plano de validade fica condicionado a elementos essenciais dos quais na falta de algum, aplica-se a teoria da nulidade. São eles: Capacidade (do agente); Liberdade (da vontade); Licitude do objeto, possível, determinado ou determinável; Adequação (das formas, requisitos de validade). Para se tornar válido o negócio, é preciso que seus agentes (partes) sejam capazes, ou seja, capacidade por si só de decidir e atuar na esfera civil.
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
Quanto ao ato jurídico e a manifestação da vontade, essa pode ser expressa (manifestação clara), tácita (da atitude) ou presumida (decorrente). 
Art. 107 do CC: "A validade da declaração de vontade não dependerá de FORMA especial, senão quando a lei expressamente a exigir"
Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.
O silêncio é anuente quando não for necessária declaração da vontade expressa. 
Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa.
Os negócios jurídicos celebrados por absolutamente incapazes são nulos, enquanto que os realizados por relativamente incapazes são apenas anuláveis.
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
O mesmo Art.171 correlaciona com o Art.105 quanto à incapacidade relativa de alguma das partes.
 Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos co-interessados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.
O objeto em comum deve ser lícito, caso contrário não há dúvidas que se torna nulo. 
 	Segundo Orlando Gomes[5]: o objeto do negócio jurídico deve ser idôneo. Não vale se contrário a uma disposição de lei, a moral, ou aos bons costumes, numa palavra, aos preceitos fundamentais que, em determinada época e lugar, governam a vida social
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
Os artigos seguintes do novo código civil (10406/02) tratam da licitude do ato jurídico.
Art. 137. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico.
Art. 185. Aos atos jurídicos lícitos, que não sejam negócios jurídicos, aplicam-se, no que couber, as disposições do Título anterior.	
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.	
 Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.	
O título anterior a que se refere o Art.185 traz as diferentes classes de bens. São bens considerados lícitos. Podem ser bens públicos ou particulares, móveis ou imóveis, fungíveis ou infungíveis, consumíveis, divisíveis, singulares ou coletivos, além de outros aspectos quanto à forma e composição. 
A forma é a manifestação da vontade de forma exteriorizada, palpável. Deverá ser defesa por normas prescritas ou não nas leis. O número de declarantes (partes) pode ser unilateral (vontade única), bilateral (vontade recíproca) ou plurilateral (vontade de dois ou mais). Pode ser oneroso ou gratuito quanto à onerosidade, solene (formal) ou não solene (informal) quanto sua forma, inter-vivos ou causa mortis quanto à produção de seus efeitos, principais ou acessórios quanto sua existência, simples ou complexos quanto sua composição, entre outros aspectos.
1.2.3. Plano De Eficácia
Para que o negócio jurídico possua sua devida eficácia, ele precisa ter atendido às necessidades anteriores (existência e validade), pois a eficácia é o último patamar da Escada Ponteana. 
Por se tratar da última etapa, é correto afirmar que um negócio pode existir e ser válido, porém não necessariamente possuir a devida eficácia. No entanto, se o negócio possuir a eficácia, certamente possui validade e existência, com exceção a negócios ilícitos, que pode existir e ter eficácia, mas de forma inválida, ilegal, podendo ser aplicada a teoria da nulidade. 
O plano da eficácia tem o propósito de produzir os efeitos e consequências do negócio jurídico, fazendo valer o cumprimento de direitos e deveres ora estabelecidos, concomitantemente ao ordenamento jurídico. 
Outro exemplo acerca da teoria tridimensional do negócio jurídico é o testamento, quando apenas a ideia ou manifestação de vontade pertence ao plano existencial, o testamento em si pertence ao plano de validade, e o plano da eficácia fica condicionado ao óbito do testador. Além desse exemplo, o já mencionado trâmite imobiliário também possui eficácia condicionada.
Art. 221. O instrumento particular, feito e assinado, ou somente assinado por quem esteja na livre disposição e administração de seus bens, prova as obrigações convencionais de qualquer valor; mas os seus efeitos, bem como os da cessão, não se operam, a respeito de terceiros, antes de registrado no registro público.
Parágrafo único. A prova do instrumento particular pode suprir-se pelas outras de caráter legal.
O plano da eficácia possui elementos acidentais como as condições e os termos. Ambos possuem efeito futuro, no entanto a condição é um evento incerto, enquanto que no termo o evento é certo.
A condição pode ser definida como a cláusula pela qual fica na dependência de um fato ou evento futuro e incerto o efeito da vontade declarada no ato jurídico. Enquanto o termo é o dia em que se inicia ou se extingue a eficácia de um negócio jurídico, em outras palavras, o prazo. 
Os termos do negócio jurídico são futuros e certos. Possuem efeitos de constituir e extinguir os direitos, onde o prazo é o componente entre o termo inicial e o termo final do negócio.
Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.
Os termos podem ser legais ou convencionais, determinados ou indeterminados. Uma locação, por exemplo, possui termos convencionais pelo fato do prazo ser preestabelecidos entre as partes,e termos determinados, pois se sabe quando inicia e quando termina os respectivos direitos. 
Já as condições do negócio jurídico dentro do plano da eficácia são futuras como já mencionado, porém incertas. Podem ser classificadas quanto a sua licitude (lícito ou ilícito), possibilidade (possível ou impossível), origem (casuais, potestativas ou mistas) e efeitos (suspensivos ou resolutivos).
 Art. 135. Ao termo inicial e final aplicam-se, no que couber, as disposições relativas à condição suspensiva e resolutiva.
Nesse último aspecto, é interessante ressaltar que o efeito suspensivo faz alusão com a condição de “se”, aplicada na oportunidade do termo inicial do negócio jurídico. Oferece uma condição para que o efeito se concretize. Já o efeito resolutivo faz alusão com o “quando” (tempo, período) e é aplicado na oportunidade do termo final do negócio jurídico, por possuir a dependência do aspecto temporal para que o efeito se produza.	
 Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.
Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes; entre as condições defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes.	
Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados:
I - as condições física ou juridicamente impossíveis, quando suspensivas;
II - as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita;
III - as condições incompreensíveis ou contraditórias.	
Art. 124. Têm-se por inexistentes as condições impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer coisa impossível.	
Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa.	
Art. 126. Se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e, pendente esta, fizer quanto àquelas novas disposições, estas não terão valor, realizada a condição, se com ela forem incompatíveis.	
Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido.
Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se, para todos os efeitos, o direito a que ela se opõe; mas, se aposta a um negócio de execução continuada ou periódica, a sua realização, salvo disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos já praticados, desde que compatíveis com a natureza da condição pendente e conforme aos ditames de boa-fé.	
Art. 129. Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento for maliciosamente obstado pela parte a quem desfavorecer, considerando-se, ao contrário, não verificada a condição maliciosamente levada a efeito por aquele a quem aproveita o seu implemento.	
Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo.
Além dos termos e condições, há outros elementos são pertencentes ao plano da eficácia. Exemplos são os encargos, despesas pagas subsequentemente à infração previamente estipulada ou condicionada (dentro ou não do ordenamento jurídico). 
Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.
 	Há também efeitos quanto ao inadimplemento, como juros, cláusulas penais e eventuais perdas e danos. Ainda dentro do plano da eficácia, vale destacar outros efeitos como o regime de bens do casamento, que faz com que o negócio jurídico possua efeitos previstos, e de registros imobiliários, que dá garantia e eficácia ao negócio como mencionado anteriormente.
Existem ainda outros aspectos que podem causar a nulidade do negócio jurídico, como o erro ou ignorância, o dolo, a coação, o estado de perigo, a lesão e a fraude, todos previstos no novo código civil de 2002.
1.3. EMENTAS
EMENTA CITANDO PLANO DE EXISTÊNCIA
TJ-DF - Apelação Cível APC 20110110661793 (TJ-DF)
Data de publicação: 19/08/2015
Ementa: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE. ALTERAÇÕES EM CONTRATO SOCIAL. AUSÊNCIA DE MANISFESTAÇÃO DE VONTADE DA AUTORA. PLANO DE EXISTÊNCIA.INEXISTÊNCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO. SENTENÇA MANTIDA. 1. Confirmando os réus que nunca entabularam qualquer negócio jurídico com a autora e corroborando a tese pleiteada na inicial de ausência de manifestação de vontade, surge a conclusão de que as alterações do contrato social sequer ultrapassam o plano da existência do negócio jurídico, devendo ser declaradas fraudulentas, ante a inexistência jurídica de ambas. 2. Apelação conhecida e desprovida.
EMENTA CITANDO PLANO DA VALIDADE
TJ-DF - Apelacao Civel APC 20130510043610 DF 0004294-60.2013.8.07.0005 (TJ-DF)
Data de publicação: 02/12/2014
Ementa: PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO. PARCELAMENTO IRREGULAR DE SOLO. VENDA DE LOTE. ILICITUDE. NULIDADE. NÃO INCIDÊNCIA DE PRAZO DECADENCIAL OU PRESCRICIONAL. PLANO DA VALIDADE. 1. Tratando-se de nulidade do negócio jurídico, não há de se falar em prescrição ou decadência, porquanto o artigo 169 do Código Civil preceitua que "o negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso de tempo", já que este, sequer, chegou ao plano da validade. 2. Desfeito o contrato, em razão da ilicitude do negócio perpetrado pelo agente – parcelamento irregular de solo – a devolução da quantia paga por parte de terreno, desembolsada pelo adquirente e apreendida em autos da prisão em flagrante, é medida que se impõe. 3. Recurso conhecido e não provido.
EMENTA CITANDO PLANO DE EFICÁCIA
TJ-RS - Apelação Cível AC 70059867036 RS (TJ-RS)
Data de publicação: 23/06/2014
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. EMBARGOS DE TERCEIRO. TERCEIRO ADQUIRENTE DE BOA-FÉ. AUSÊNCIA DE RESTRIÇÃO JUDICIAL NA ÉPOCA DA ALIENAÇÃO. RECONHECIMENTO DA FRAUDE À EXECUÇÃO ATINGE O PLANO DA EFICÁCIA E NÃO DA VALIDADE. SENTENÇA REFORMADA. UNÂNIME. APELO PROVIDO. (Apelação Cível Nº 70059867036, Décima Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Katia Elenise Oliveira da Silva, Julgado em 11/06/2014)
 			 CONCLUSÃO
A teoria tricotômica do negócio jurídico (ou elementos da escada Ponteana) é extremamente fundamental para a aplicação do direito. Seus elementos possuem caráter de subordinação e dependência. Envolve tanto a pessoa jurídica nas relações entre empresas, fornecedores, tomadores e prestadores de serviço, quanto a pessoa natural (transmissão de bens, por exemplo), no que diz respeito à regulamentação e aplicação de direitos e obrigações. 
Seu principal objetivo é a regulamentação das relações jurídicas existentes e suas devidas garantias dentro do ordenamento jurídico. Quando há falta de um de seus elementos, qualquer negócio torna-se inválido para o jurídico.
	
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] REALE, Miguel; Propedêutica de direito civil; 6º ed. Citação p. 356
[2]TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil: volume único. 2ª ed. São Paulo: Editora Método, 2012. P. 185).
[3]PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito Civil. 19ªed. Rio de Janeiro: Forense, 2002. v.1, págs. 307/308.
[4]AZEVEDO, Antônio Junqueira de. Negócio jurídico: existência, validade e eficácia. 4ª ed. atual. de acordo com o novo Código Civil (Lei n. 10.406, de 10-1-2002). São Paulo: Saraiva, 2002
[5]GOMES, Orlando, op. cit.  pág. 382.
Manual do Direito Civil 5ª Ed. Flávio Tartuce
Vade Mecum, Novo Código Civil de 2002. (lei 10406/02)
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