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Resumo Cirurgia traumatologia odonto 1

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Introdução à Cirurgia Odontológica
Cirurgia Buco-Dento Alveolar: modalidade que tem como objetivo o fato de ser praticado atividade manual, com o auxílio de instrumentos apropriados que permitem a obtenção de continuidade dos tecidos por meio de manobras cruentas (sangramento).
Divisões da Face
Zonas: Frontal / terço superior \
 Maxilar / terço médio Ântero-Posterior
 Mandibular / terço inferior /
Linha imaginária que vai da inserção do cabelo ao trágus da orelha;
Linha imaginária entre as cúspides dos dentes e uma linha que tangencia o ramo ascendente da mandíbula em sua porção posterior;
Linha imaginária que se passa acima do osso hioide.
Regiões: Frontal, nasal, labial e mentoniana > Regiões ímpares 
Temporomalar, masseterina, orbitária, geniana e submandibular/supra hioidea > Regiões pares
Princípios Fundamentais da Cirurgia
Necessidade e Oportunidade: condições de saúde geral do paciente, momento exato da intervenção, urgência, diagnóstico definitivo, anamnese (detectar paciente não normorreativo – interferências na terapêutica).
Hemostasia: parada de sangramento
Homeostasia: equilíbrio bioquímico do organismo
Planejamento do Ato Operatório
Quanto à doença: características histopatológicas, amplitude do envolvimento, tipos de estruturas anatômicas envolvidas, sequelas decorrentes da cirurgia.
Quanto ao doente: condições de saúde local e geral, escolha do melhor tratamento, adaptar o doente à terapêutica, adaptar a terapêutica ao doente.
Quanto ao ato operatório/padrão cirúrgico:
- Padrão 1: o ato operatório pode ser desdobrado com os recursos existentes em um consultório e o paciente é normorreativo.
- Padrão 2: o ato operatório pode ser desdobrado com os recursos existentes em um consultório e o paciente é não-normorreativo.
- Padrão 3: o ato operatório demanda o uso de recursos existentes em um hospital e o paciente é normorreativo.
- Padrão 4: o ato operatório demanda o uso de recursos existentes em um hospital e o paciente é não-normorreativo.
 Queixa principal
 ↓ 
 Exame clínico + anamnese
 ↓
 Hipótese de diagnóstico
 ↓ → Exame complementar RX
 Diagnóstico definitivo
 ↓
 Terapêutica
 / \
 Conservador Radical/Cirúrgico
 ↓
 História médica, avaliação da saúde local e geral do paciente
 / ↓ \
 Posso atuar de imediato/ Não posso atuar de imediato/ Cirurgia definitivamente 
 Cirurgia oportuna Cirurgia momentaneamente inoportuna
 Inoportuna
 \ /
 Padrão Cirúrgico: 1, 2, 3 e 4.
 
Medidas de Assepsia e Antissepsia
Assepsia: conjunto de medidas que têm por objetivo eliminar a contaminação de uma determinada área (eliminação total de germes patogênicos ou não).
Antissepsia: eliminação dos microrganismos que se realiza sobre a superfície dos tecidos vivos a serem manipulados (formas vegetativas).
Desinfecção: destruição de todas as formas vegetativas, potencialmente patogênicos existentes em superfícies inertes.
Esterilização: eliminação de todos os microrganismos (patogênicos ou não) presentes em um meio ambiente, objeto ou superfície.
Processo de Assepsia e Antissepsia: lavagem das mãos, degermação álcool 70%, secagem (colocar luvas estéreis), antissepsia do campo operatório (álcool iodado, clorexidina a 0,12% intra bucal e 2% extra bucal).
Extra bucal: inicia-se pela comissura labial e, em círculos excêntricos (que se afasta do centro), atingindo a base do nariz, passando acima do osso hioide até o tragús da orelha.
Intra bucal: inicia-se pelo dente a ser removido, passando pelo vestíbulo bucal, palato, dorso e ventre da língua e assoalho da boca.
Medidas pré-operatórias: adequação do paciente à terapêutica; prescrição preventiva de antibióticos; determinação da melhor técnica; planejamento da cirurgia; determinação do padrão cirúrgico; prescrição de drogas sedativas.
Medidas transoperatórias: suporte à homeostasia.
Medidas pós-operatórias: minimizar sequelas decorrente do ato cirúrgico; controle da dor; controle do edema; prevenção da infecção.
Reavaliação do quadro clínico: correção de sequelas cirúrgicas; análise e registro de acidentes e complicações; estabelecer, se necessário, o seguimento terapêutico ao paciente.
Manobras Cirúrgicas Fundamentais
DIÉRESE: meio pelo qual o cirurgião pode penetrar através dos tecidos e atingir a área de interesse cirúrgico. Pode ser dividido em:
 - Incisão: ruptura da integridade tecidual (cortar)
 - Divulsão: interrupção da integridade tecidual (separa os planos do tecido)
Incisão: ruptura tecidual deve ser planejada para possibilitar o desdobramento correto das etapas subsequentes do ato operatório, que não interfira sobre a evolução da reparação tecidual e que respeite as estruturas anatômicas nobres loco regionais.
Instrumental cirúrgico: Bisturi (10, 11, 12 e 15), tesouras > Principais
 Pinças de dissecção (lisas/denteadas) > Acessórios
Qualidade das incisões - irrigação sanguínea do retalho: a base do retalho é sempre maior que a extremidade do retalho. O comprimento da incisão é a metade da base do retalho. 
Respeito à integridade tecidual: entrar com a lâmina de bisturi a 90º, fazer a incisão a 45º e sair com 90º.
Adequada visualização do campo operatório: retalho muco periostal; incisão relaxante feito para mesial.
Versatilidade na amplitude: o traçado incisional pode ser ampliado sem comprometer a evolução pós-operatória da ferida cirúrgica.
Apoio do traçado em tecido ósseo sadio: apoio da incisão deve estar em tecido ósseo sadio para aumentar a imobilidade do tecido, estabilização do coágulo com tecido de granulação, para formação de colágeno, matriz óssea e osteogênese.
Tipos de Incisão
Neumann: contém apenas 1 incisão relaxante feita na mesial e 1 sulcular.
Novak-Peter: composta por 2 incisões relaxantes mesial e distal e 1 incisão sulcular.
Partsch: incisão semilunar.
Wassmund: incisão trapezoidal.
Divulsão: para atingir planos anatômicos mais profundamente situados, utilizamos a manobra de divulsão, que é a interrupção da continuidade dos tecidos a partir do traçado incisional. 
Instrumental cirúrgico: tesouras rombas, ruginas, espátulas freer, destaca periósteo. 
EXÉRESE: manobra cirúrgica na qual retiramos porção ou o todo de um órgão (ex: ostectomia – remoção de pedaço do osso; osteotomia – corte ou desgaste do osso; curetagem; avulsão).
Osteotomia/ostectomia: manobra utilizada para atingir a porção medular dotecido ósseo maxilo-mandibular onde efetuaremos o ato operatório.
Indicação: dentes não irrompidos; cirurgias do periápice; cistos; tórus mandibular; tumores odontogênicos; alveolectomias; reduções de tuberosidade.
Osteotomia - instrumentais: osteótomos; pinças goiva; limas para osso; instrumentos rotatórios; cinzéis (duplos: clivagem; único e meia-cana: osteotomia).
Curetagem: manobra pela qual removemos formações estranhas, patológicas ou não, presentes no campo operatório ou ainda decorrentes do desdobramento do ato cirúrgico. É efetuado pelo uso das curetas.
Avulsão: é a retirada total ou parcial de um órgão fazendo uso de força mecânica. As exodontias representam essa manobra. A avulsão dentária é praticada pelo uso dos fórceps e os elevadores.
SÍNTESE: manobras de síntese ou sutura visam manter reposicionadas as estruturas anatômicas. Funções nas feridas cirúrgicas: imobilização dos tecidos, redução dos espaços anatômicos, estabilização do coágulo. 
*OBS: Deve-se suturar todas as estruturas abaixo da pele (músculo, periósteo) para não deixar espaços vazios e não gerar infecção. Pois, se apenas a pele for suturada, os espaços vazios abaixo dela serão preenchidos com sangue e, na temperatura de 36,5ºC, se houver entrada de bactérias, será o meio ideal para sua proliferação.
Qualidade da sutura: sutura asséptica; sutura atraumática; evitar tensão excessiva pelos fios; sutura plano a plano (evitar espaços vazios); bordas cruentas (sangrantes, evitar necrose); disposição vis-a-vis do retalho (mesmo nível).
Instrumentais: Porta agulhas, agulhas de sutura, fios de sutura > Principais
 Pinças de dissecação. Tesouras > Acessórios
Qualidades ideais dos fios: calibre fino e regular; resistência à tração e à torção; mole, flexível e pouco elástico; ausência de reação tecidual; fácil esterilização; custo baixo.
Classificação dos fios de sutura
Absorvíveis: organismo absorve; fagocitados pelos macrófagos.
 - categute: 10 dias; categute cromado: 20 dias; ácido poliglicólico: 90 – 120 dias.
Não Absorvíveis:
- naturais: seda (mais indicado para boca); linho; algodão. 
- sintéticos: unifilamentados; multifilamentados.
Técnica de sutura: preensão da borda da ferida através da pinça de dissecação; sutura iniciada pela borda móvel da ferida, para melhor posicionamento do retalho; agulha deve ser girada pelo porta agulhas de acordo com a sua curvatura.
Retalho com ângulo: o primeiro ponto é feito no ângulo.
Retalho linear: é mantido a técnica das metades, onde o primeiro ponto é dado no meio.
Nós
Fios de algodão: nó simples + 1 sobrenó
Fios absorvíveis ou sintéticos: nó duplo + 1 ou 2 sobrenós
 
Remoção da sutura: primeiro, faz-se antissepsia regional e do próprio fio. Em seguida, traciona-se suavemente o fio através do nó e corta-se o fio junto ao nó.
HEMOSTASIA: interrupção da perda sanguínea.
Classificação das hemorragias:
Venosa: fluxo de sangue contínuo
Arterial: pulsátil; sangue é lançado a alguma distância
Capilar: sangue “brota” das paredes dos tecidos
Hemostasia cirúrgica: procedimentos que visam obter a hemostasia através do uso de instrumentos e de manobras cirúrgicas. Temos dois tipos:
Hemostasia temporária: feita pela compressão dos tecidos com compressas de gaze; sutura em massa dos tecidos para obstruir a luz do vaso sangrante.
Hemostasia definitiva: é praticada pelo pinçamento e pela ligadura dos vasos sanguíneos, preferencialmente pelos fios de sutura reabsorvíveis.
ORIENTAÇÃO À REPARAÇÃO TECIDUAL: manobras cirúrgicas usadas em circunstâncias bem diversas e com múltiplas finalidades, sendo, contudo, comum a todas elas o favorecimento à reparação tecidual.
Punção: consiste em ter acesso ao interior de uma estrutura tecidual ou de uma cavidade.
Finalidades: coleta de material; injetar substâncias; aliviar tensões internas.
Drenagem: possibilita o acesso a uma exsudação intersticial, através do qual ocorre o escoamento do líquido de forma contínua e em suficiência para o seu esvaziamento total.
Tipos de drenos: tubulares resistentes; tubulares não resistentes – tipo Penrose; lençol de borracha.
Apósitos: utilizados para manutenção de medicamentos sobre estruturas anatômicas, onde para os mais diversificados efeitos, sua ação é necessária. 
 
Reparação Tecidual
É a capacidade que os tecidos apresentam de poder repor as suas estruturas lesadas. A reparação tecidual pode ocorrer por regeneração ou por cicatrização.
 Tipos de tecidos
Tecidos lábeis: divisão contínua (ex: epitelial, hematopoiético – formação de células sanguíneas)
Tecidos estáveis: quiescentes (em repouso), quando estimulados se dividem (ex: hepático, fibroblasto)
Tecidos permanentes: não se multiplicam (ex: neurônios, músculos estriados)
Regeneração: reposição das estruturas lesadas por células com morfofuncionalidade semelhante aquelas que anteriormente existiam.
Cicatrização: reposição de células lesadas por tecido conjuntivo fibroso, denominado de tecido cicatricial.
Primeira intenção: as bordas das feridas são reposicionadas sem perdas de tecidos na exata posição anatômica que possuíam antes da lesão.
Segunda intenção: presença de espaço entre as bordas da lesão, ocasionado por perda tecidual. No espaço, forma-se tecido de granulação (‘casquinha”).
Fases da Reparação Tecidual
Fase I – Não Proliferativa: início com o trauma; inflamação primária; substâncias autacóides (serotonina/histamina); vasoconstrição; marginação leucocitária; infiltrado leucocitário (diapedese – passagem dos leucócitos dos vasos para o interior do tecido); edema; dura até 48h.
- Achados clínicos: sinais de Celsus devem regredir após 48h; exacerbação após 24h - considerar processo inflamatório de outra coisa; controle do edema (drogas/frio/calor); relação intensidade do trauma / reação inflamatória.
Fase II – Ativação: inicia com quadro inflamatório; aumento do nº de células do tecido conjuntivo (fibroblastos/macrófagos); duração de 72h.
Fase III – Proliferativa: início no 3º dia; aumenta nº de macrófagos e fibroblastos; presença de capilares neoformados; coágulo organizado – tecido de granulação; vai até o 6º dia.
Fase IV – Síntese: início no 6º dia; depósito de ácido hialurônico e colágeno (sintetizados pelos fibroblastos); organização dos feixes de fibrila.
Fase V – Remodelação: diminuição dos fibroblastos/macrófagos/leucócitos; diminuição de capilares neoformados; restabelece-se a microcirculação regional; definição real entre tecido neoformado e tecido preexistente.
Fatores prejudiciais: corpos estranhos, tecido necrótico, isquemia, tensão.
Fatores que afetam a qualidade: vitamina C, diabetes, corticoides.
Reparação dos Alvéolos
Pós-exodontia: alvéolo vazio + cortical; ligamento periodontal; borda do epitélio gengival; coágulo sanguíneo (necessário para reparação tecidual).
1º Semana: estágio inflamatório (células brancas); fibroplastia (fibroblastos + capilares); migração do epitélio; acúmulo de osteoclastos.
2º Semana: tecido de granulação; deposição de tecido osteóide.
3º e 4º Semanas: epitelização; reabsorção do osso cortical; deposição do osso trabecular; movimento do epitélio para crista gengival; tecido fibroso pouco vascularizado.
Fatores que prejudicam reparação: corpos estranhos; tecido necrótico (barreira para crescimento de células reparativas, nicho de proteção para bactérias); isquemia; tensão na ferida.
Consolidação Óssea
Quando a fratura óssea é total e desfavorável, (ossos se afastando), deve-se posicionar os ossos com placa e parafusos para favorecer a reparação. Quando a fratura for parcial (trinca), necessário apenas engessar. 
Osteoblasto: célula jovem da medula óssea e da camada osteogênica do periósteo que elabora a substância fundamental.
Osteócito: célula adulta.
Osteoclasto: célula multinucleada que destrói a substância óssea.
Tecido Ósseo
Periósteo: tecido conjuntivo denso fibroso, rico em vasos sanguíneos, célulasosteoblásticas.
Endósteo: células osteogênicas que recobrem cavidades dos ossos esponjosos e canais medulares
Ossificação
Intramembranosa: ocorre no interior da membrana de tecido conjuntivo.
Endocondral: ocorre quando as células mesodérmicas se transformam em células produtoras de cartilagem, antes do início da formação do osso. O tecido cartilaginosos é substituído por tecido ósseo (ocorre na maioria do esqueleto, principalmente em ossos longos).
Fases da Consolidação Óssea
Resposta vascular/hematoma: sangramento por ruptura de vasos; coagulação do sangue; forma hematoma; ocorre necrose osteomedular na região fraturada.
Resposta celular: forma tecido de granulação a partir do coágulo; neoformação de vasos; migração de células endoteliais e fibroblastos; presença de células do periósteo/endósteo (osteoclastos); formação de tecido fibrocartilaginoso.
Condrificação do calo: formação cartilaginosa (condroblastos); calcificação do calo (osteoblastos); formação do osso esponjoso; calo periosteal; calo fibrocartilaginoso.
Remoção do calo: ação dos macrófagos; preenchimento dos espaços vasculares do osso trabecular.
Remodelamento: formação de osso maduro; altamente vascular; macrófagos; osteoclastos; ação dos fatores hormonais, mecânicos e elétricos.
Fatores que influenciam: idade; irrigação sanguínea; infecções; fatores nutricionais; mobilidade dos fragmentos.
Paramentação
Infecção: desequilíbrio entre o poder defensivo do hospedeiro e o poder agressivo dos microrganismos. A capacidade de infectar depende da saúde do hospedeiro, patogenicidade do microrganismo e número de partículas infectantes.
Formas de Vida Microbiana
Formas vegetativas: são biologicamente ativas; atividade metabólica; faz divisão celular; elabora toxinas.
Formas esporuladas: forma inativa; não há atividade metabólica; forma desidratada; não faz divisão celular; não produz toxinas; quando as condições do meio ficam favoráveis, reidrata-se e assume a forma vegetativa (ex: tétano).
Farmacologia dos Anestésicos Locais
Características essenciais
Lipossolubilidade: essencial para a penetração do fármaco nas barreiras anatômicas, desde o local da administração até o local da ação (dentro da membrana celular).
Hidrossolubilidade: capacidade para ser absorvido dentro da célula.
Ésteres: benzocaína (única no mercado).
Amidas: lidocaína, prilocaína, mepivacaína, bupivacaína, articaína.
Mecanismo de ação: Quando o neurônio está em repouso, o potássio (K-) está dentro e o sódio (Na+) está fora. Quando o neurônio está despolarizado (sofre algum estímulo), o sódio entra no neurônio através dos canais de sódio e o potássio sai por qualquer lugar.
Quando o anestésico é injetado, a parte não ionizada (lipossolúvel), entra no neurônio. Lá dentro, é ionizada (hidrossolúvel) e é atraída para os canais de sódio, onde se liga a um receptor e bloqueia estes canais, impedindo a entrada do sódio, o que inibe a despolarização do neurônio e impede a ocorrência da dor.
Efeitos farmacológicos
SNC: depressão do SNC; atividade muscular involuntária; convulsões.
S. Cardiovascular: bloqueia canais de cálcio (Ca++); depressão do miocárdio (bupivacaína é a que mais causa depressão no miocárdio).
Vasculatura periférica: vasodilatação (mepivacaína é a que tem menor vasodilatação, essencial para pacientes hipertensos em que devemos utilizar anestésico sem vasoconstritor).
Metabolismo 
Éster: metabolizado no sangue por hidrólise através da pseudocolinesterase.
Amida: metabolismo hepático através da amilase hepática.
Toxicidade sistêmica: quando ocorre injeções intravasculares com grande quantidade. Como evitar:
Administrar menor dose que produza anestesia eficaz;
Técnicas adequadas de injeção com aspiração;
Utilizar vasoconstritor quando não contra indicada pelo história médica do paciente – hipertenso
Reações tóxicas leves: administrar oxigênio; paciente em DDH (decúbito dorsal horizontal).
Reações intensas: ventilação de suporte (oxigênio); administração intravenosa de benzodiazepínico (Diazepam 0,1 a 0,3 mg/kg ou Midazolam 0,03 a 0,1 mg/kg).
Seguros para gravidez:
Lidocaína, prilocaína e etidocaína – categoria B;
Mepivacaína, bupivacaína – categoria C.
Vasoconstritores
Aminas Simpatomimética catecolaminas: Adrenalina (epinefrina); Noradrenalina (norepinefrina); Levonordefrina (neo-cobefrina).
Aminas Simpatomiméticas não catecolaminas: Fenilefrina.
Felipressina: derivado sintético do hormônio antidiurético vasopressina (Octapressin).
Aminas Simpatomiméticas: ação sobre receptores adrenérgicos alfa e beta.
Felipressina: estimulante direto da musculatura lisa vascular (mais acentuado na microvascularização venosa).
Interações medicamentosas
Antidepressivos tricíclicos: potencialização dos vasoconstritores e aumento da PA.
Beta-bloqueadores: aumento da PA; diminuição do ritmo cardíaco.
Compostos fenotiazínicos: hipotensão arterial severa.
Cocaína ou crack: aumento brusco da PA e taquicardia.
Contra indicações no uso de vasoconstritores
Hipertensão severa não tratada e não controlada;
Doença cardiovascular grave (menos que 6 meses após infarto do miocárdio; menos que 6 meses após AVC; cirurgia recente de ponte artéria coronária; angina pectoris instável; arritmias cardíacas);
Diabetes não controlado;
Hipertireoidismo;
Feocromocitoma (tumor nas glândulas suprarrenais, podendo causar hipertensão, taquicardia, etc);
Sensibilidade aos sulfitos (alergias);
Pacientes utilizando antidepressivos;
Usuários de cocaína ou crack.
Prilocaína e o risco de Metemoglobinemia: condição clínica originada pela conversão excessiva da hemoglobina em metemoglobina, que é incapaz de ligar-se e transportar oxigênio. A metemoglobina é formada quando o ferro da molécula heme é oxidado do estado ferroso (Fe2+) para o estado férrico (Fe3+). A doença é caracterizada por aparência cianótica que não cessa com administração de oxigênio.
Tratamento: azul de metileno a 1% (1,5 mg/kg) endovenoso a cada 4 horas, se necessário.
Técnicas Anestésicas Intra Bucal
Classificação das anestesias locais
Terminais: tópica; infiltrativas.
Bloqueios Regionais ou Condução: Maxila – posterior ao túber; infra orbital.
 Mandíbula – pterigomandibular; mental.
Infiltrativas
Maxila: nervo nasopalatino; nervo palatino maior; nervo palatino menor; nervo alveolar superior anterior; nervo alveolar superior médio; nervo alveolar superior posterior.
 - Plexo interno: nervo palatino maior; nervo palatino menor e nervo nasopalatino.
 - Plexo externo: nervo alveolar superior anterior, médio e posterior.
Mandíbula: nervo bucal; nervo lingual; nervo incisivo.
 - Complementares (suplementares): intraligamentar (anestésico no ligamento periodontal); intrapulpar (anestésico dentro da polpa).
Bloqueios Regionais ou Condução – Maxila
Posterior ao túber: anestesia toda a região do túber (tecido ósseo, gengiva vestibular, face interna da bochecha) e também a polpa dos três molares, com exceção da raiz mesio-vestibular do 1º molar. Bloqueia plexo médio e nervo alveolar superior posterior. Puntura no fundo de sulco na região do túber, próximo a raiz distal do 1º molar.
Infra orbital: anestesia toda a região anterior da maxila (osso, gengiva vestibular, face interna da bochecha e lábio superior) e também a polpa do incisivo central até o 2º pré-molar. Puntura no fundo de sulco entre o 1º e 2º pré-molares (depositar anestésico próximo ao forame infra orbital).
Bloqueios Regionais ou Condução – Mandíbula
Pterigomandibular: anestésico próximo ao forame mandibular.
 - Técnica direta: puntura na depressão entre a linha oblíqua externa e ligamento pterigomandibular, 1 cm acima do plano oclusal. Anestesia o nervo alveolar inferior.
 - Técnica 1-2-3 (técnica indireta): 1 - puntura próximo à crista temporal, anestesia nevo bucal; 2 – seringa na mesma posição, penetra-se por volta de 1 cm para anestesiar nervolingual; 3 – recua-se de 1 a 3 mm, gira a agulha até região de pré-molares do lado oposto para anestesiar o nervo alveolar inferior. Anestesia todo o hemi-arco da mandíbula.
 - Técnica de Gow Gates: feita com a boca aberta, puntura na altura da cúspide disto-vestibular do 2º molar superior (cólo do côndilo da mandíbula), bloqueando o tronco do nervo mandibular. Nervos anestesiados: alveolar inferior, mentoniano, incisivo, lingual, milo-hioideo, bucal (75%), auricolotemporal (dormência na região temporal indica sucesso na realização da técnica).
 - Vazirani-Akinosi: bloqueio mandibular feito com a boca fechada (pacientes com trismo).
Mental: puntura entre os pré-molares (forame mentual); anestesia o nervo mentual, nervo incisivo, gengiva vestibular, tecido ósseo e polpa do incisivo central até 1º pré-molar inferior.
Exodontia Via Alveolar
Exodontia via alveolar: é praticada preservando a estrutura óssea alveolar.
Exodontia via não alveolar: é praticada depois de remover parte da parede óssea alveolar do vestíbulo bucal.
Planejamento
Exames clínicos: anamnese; exame físico (extra e intra bucal)
Exames radiográficos: utilizamos sempre periapical, quando esta não contempla as estruturas necessárias, utilizamos a panorâmica.
Posições operatórias
Paciente: em DDI (decúbito dorsal inclinado); cabeça na altura do diafragma do operador.
 - Atuações na mandíbula: boca aberta, plano oclusal dos dentes inferiores paralelo ao plano horizontal.
 - Atuações na maxila: boca aberta, plano oclusal dos dentes superiores próximos a 90º do solo.
Operador (destro): 
 - Dentes inferiores do lado direito: operador em pé, à direita e ligeiramente à frente do paciente. O dedo polegar da mão esquerda afasta a comissura do lábio e os demais dedos são aplicados extrabucalmente, na borda inferior da mandíbula, permitindo sua firmeza.
 - Dentes inferiores do lado esquerdo (1): operador do lado direito e atrás do paciente, aplicando o polegar da mão esquerda sobre a cortical óssea alveolar de forma a afastar a comissura labial, enquanto os demais dedos, por acesso extrabucal, seguram na borda inferior da mandíbula.
 - Dentes inferiores do lado esquerdo (2): operador à direita e ligeiramente à frente do paciente, aplicando o dedo polegar sobre a borda inferior do mento e usando os dedos indicador e médio para afastar, respectivamente, a mucosa jugal e a língua.
 - Dentes ântero inferiores (canino e incisivo central e lateral do lado esquerdo): operador à direita e atrás do paciente, contornando o braço na porção posterior da cabeça do paciente, de modo que o polegar seja aplicado sobre a cortical óssea alveolar do vestíbulo bucal, afastando o lábio inferior e ajudando na imobilização da mandíbula juntamente com os demais dedos, que estão extrabucalmente na borda mais posterior do mento.
 - Dentes ântero inferiores (canino e incisivo central e lateral do lado direito): operador à direita e à frente do paciente, aplicando o dedo polegar na tábua óssea alveolar do vestíbulo bucal, afastando o lábio inferior e ajudando na imobilização da mandíbula juntamente com os demais dedos.
 - Dentes superiores: operador sempre à direita e à frente do paciente.
 * Dentes do lado esquerdo: indicador no vestíbulo e polegar no palato
 * Dentes do lado direito: polegar no vestíbulo e indicador no palato
Antissepsia extrabucal: colocar antisséptico na gaze estéril; começa no vermelhão do lábio (comissura labial); fazer movimentos circulares excêntricos; ir da base do nariz, regiçao pré-auricular (trágus) até o osso hioide.
Antissepsia intrabucal: todas as superfícies da boca precisam ter a desinfecção (fricção da gaze); começa pelo dente ou região anatômica que irá operar, vestíbulo bucal, palato, dorso e ventre da língua e assoalho da boca.
**OBS: depois de fazer a antissepsia, a pinça é desprezada (não volta para a mesa cirúrgica).
Anestesia: técnica anestésica
Colocação do campo estéril: campo fenestrado; pinça para regular abertura (depois desta etapa, terminar a paramentação do auxiliar, auxiliado pelo circulante).a
Sindesmotomia: feito com hollemback ou sindesmótomo (hollemback é melhor); colocar hollemback no sulco gengival e percorrer todo o sulco gengival para romper os ligamentos dento gengivais; exposição do cólo cirúrgico do dente (localizado de 1,0 a 2,0 mm da junção amelocementária).
Manobra Auxiliar – Odontossecção: separação do dente em partes (diérese dentária). 
Aplicação: aplicação vertical da broca irrigado com soro fisiológico (horizontal = separar a coroa das raízes). 
Vantagens: menor quantidade de tecido ósseo a ser removido; maior segurança para o paciente/dentista; exodontia menos traumática; menor possibilidade de lesar dente e estruturas vizinhas.
Indicações: dentes multirradiculares com coroas destruídas ou fraturadas durante a avulsão; dentes multirradiculares com raízes divergentes e curvas; dentes multirradiculares com raízes convergentes e septo inter radicular bem volumoso; dentes decíduos com germe do permanente entre suas raízes.
**OBS.: no caso se separação da furca do dente (molares), não utilizar o fórceps para molares, pois este instrumento tem ranhuras para a furca. Neste caso, utilizar fórceps para dentes unirradiculares (pré-molares).
Luxação: feito pelo fórceps, que é colocado no cólo cirúrgico (se não tiver cólo cirúrgico, utilizar os elevadores).
Empunhadura do fórceps: dígito-palmar (polegar em cima da articulação o instrumento)
Movimentos dos fórceps (no cólo cirúrgico)
Preensão: colocar fórceps no cólo cirúrgico;
Intrusão: romper ligamento periodontal, empurrar o dente para o fundo do alvéolo e criar ponto de apoio;
Pendular ou Lateralidade: luxação (superior – movimento mais amplo para vestibular; inferior – movimento mais amplo para lingual);
Rotação: dentes 11 ou 21 (raiz cônica possibilita este movimento);
Tração: remoção do dente
Elevadores (Alavancas): segundo instrumento de escolha em relação ao fórceps e depende dos tecidos circunvizinhos para seu fulcro (ponto de apoio).
Indicações: dentes não irrompidos; dentes muito cariados; dentes ectópicos (posição diferente da normal na arcada); dentes com inclinação acentuada; raízes residuais ou fraturadas; em conjunção do fórceps para auxílio na luxação.
Aplicação: entre tecido ósseo do alvéolo e o dente, nos ângulos mésio-vestibular e/ou disto-vestibular.
Empunhadura: dígito-palmar - indicador na parte ativa do elevador e polegar dando apoio; cabo apoiado na palma da mão.
Princípio de Alavanca: o dente é a resistência, o fulcro (ponto de apoio) é o osso alveolar e a potência é a mão do operador. Para obtermos vantagem mecânica, o braço de potência deve ser mais longo que o braço de resistência. Força aplicada: 1 libra; Força obtida: 3 libras.
Princípio de Cunha: elevador reto apical é introduzido entre o osso alveolar e o dente (lig. periodontal). É exercido força manual ou através do martelo cirúrgico, empurrando o elevador para baixo e forçando o dente para cima. Força aplicada: 1 libra; Força obtida: 2,5 libras.
Princípio de Roda: gira-se o cabo do elevador ao redor do longo eixo da haste até elevar o dente (só é feito com elevador do tipo Seldin). Força aplicada: 1 libra; Força obtida: 4,6 libras (mais eficiente, geralmente indicado para molares).
Curetagem Alveolar: remoção de tecidos patológicos e corpos estranhos (restos de osso, restos de dente, granulomas, etc); estimular sangramento alveolar para haver a formação do coágulo sanguíneo e reparação tecidual.
Tratamento da ferida exodôntica
Manobra de Chompret-Hirondel: tem finalidade de retornar alvéolo a sua posição original, comprimindo as tábuas ósseas alveolares com os dedos polegar e indicador (quando a tábua óssea é muito fina ou o alvéolo receberá um implante, abrimos mão dessa manobra).
Síntese: tem finalidade de imobilizar as bordas da ferida, promovendo o repousolocal e a hemostasia e, por estabilizar o coágulo, favorece a reparação tecidual.
Sutura: sutura transalveolar iniciando pela borda lingual em dentes inferiores e vestibular em dentes superiores.
Proteção da ferida exodôntica: depois de suturado, paciente é orientado a morder, por tempo não menor que 10 minutos, uma compressa de gaze umedecida com solução fisiológica isotônica, favorecendo a hemostasia e evitando acúmulo de sangue sobre o retalho, confinando-o no interior do alvéolo até a formação da coagulação.
Pós-operatórios (padrão cirúrgico 1 e 2): dieta líquida, pastosa e fria (calor estimula vasodilatação e sangramento); não escovar os dentes ou fazer bochechos nas primeiras horas; travesseiro elevado para evitar sangramento; repouso (evitar atividades físicas); remover sutura aproximadamente 1 semana após a cirurgia.
Sequência do Planejamento Operatório
Identificação do paciente
Procedimento cirúrgico
Posicionamento do paciente
Paramentação do operador
Montagem da mesa cirúrgica
Antissepsia extra oral
Antissepsia intra oral
Anestesia
Colocação de campo fenestrado
Paramentação do auxiliar
Sindesmotomia
Odontossecção
Intrusão
Luxação
Avulsão
Curetagem
Manobra de Chompret-Hirondel
Síntese
Proteção da ferida exodôntica
Pós-operatórios
Fundamentos no Uso de Anti-inflamatórios e Analgésicos
AINES (Anti-inflamatório não esteroidal): inibe a ciclooxigenase (cox 1 e cox 2), impedindo a produção de tromboxano e prostaglandinas fisiológica e patológica. 
Salicilatos (Aspirina, AAS); Diclofenaco; Ibuprofeno; Piroxicam; Nimesulida; Paracetamol.
Corticosteroides (Anti-inflamatório esteroidal): inibe a fosfolipase A2, impedindo a formação de toda a cascata.
Hidrocortisona; Betametasona; Dexametasona.
 Fosfolipídeos
 ↓ (fosfolipase A2)
 Ácido Araquidônico
 / \
 Lipooxigenase Ciclooxigenase
 ↓ / \
 Leucotrieno Cox 1 Cox 2
 (tromboxano, (prostaglandina
 prostaglandina patológica)
 fisiológica)
Para dor já instalada
Dipirona: deprime diretamente o nociceptor (baixa atividade anti-inflamatória, boa atividade analgésica).
Cox 1
Tromboxano: agregação plaquetária.
Prostaglandina fisiológica: regulação da função renal, controle da PA, proteção da mucosa gástrica e contração do músculo liso. Participa da homeostasia.
Cox 2
Prostaglandina patológica: febre, dor, inflamação, vasodilatação.
Inibidores não seletivos – inibem cox 1 e cox 2:
Efeitos: sem febre, dor e inflamação; lesão na mucosa gástrica; insuficiência renal aguda em altas doses; hemorragias.
Inibidores seletivos – inibem cox 2:
Efeitos: sem febre, dor e inflamação; regulação renal; homeostasia; controle da PA; pode ocasionar trombos e infartos (organismo aumenta produção de ácido araquidônico para tentar restabelecer a produção da cox 2, o que aumenta a produção de cox 1 e, consequentemente, aumenta a agregação plaquetária, causando trombos e infartos).
Vias de Administração
Uso Interno: enteral (passa pelo trato digestório – comprimidos, soluções, supositórios, etc).
Uso Externo: parenteral (não passa pelo trato digestório – pomadas, injeções, etc).
Analgesia Preemptiva: administração de um fármaco antes do procedimento começar (antes da cirurgia).
Analgesia Preventiva: administração de um analgésico antes do início da dor, porém depois da cirurgia.
Analgesia Perioperatória: analgesia preemptiva + analgesia preventiva.
Dexametasona 4mg ou 8mg 1 hora antes do procedimento cirúrgico. Dipirona sódica 1g (40 gotas) imediatamente após a cirurgia. Depois, prescrever dipirona 500 mg 6/6 hs por 24 horas.
Posologias
Dipirona 500 mg de 6/6 hs
Ibuprofeno 600 mg de 8/8 hs
Paracetamol 750 mg de 6/6 hs
Diclofenaco 50 mg 8/8 hs
Salicilatos 500 mg 8/8 hs
Fundamentos para o Uso de Antibióticos
Bactericida: destrói os microrganismos
Bacteriostático: inibe o crescimento dos microrganismos
**OBS.: Bactérias Gram – são mais patogênicas e mais difíceis de serem controladas do que as bactérias Gram + (cocos = Gram +; bacilos = Gram -).
Mecanismo de ação: inibição da parece celular; inibição da síntese de proteína; inibição de ácido nucleico; inibição da membrana citoplasmática.
Principais Utilizados na Odontologia
Penicilinas: inibe síntese da parede celular; atua contra cocos Gram +; presente no leite, saliva e placenta; alto grau de alergia; baixa toxicidade.
Penicilinas naturais: uso parenteral (intra muscular ou intra venoso); Pen G Benzatina (benzetacil); Pen G Procaína; Pen G Potássica.
Penicilinas semissintéticas: Penicilina V; Ampicilina; Amoxicilina (500 mg 8/8 hs).
Macrolídeos: inibem síntese proteica; indicados para pacientes alérgicos à penicilina. 
Azitromicina; Eritromicina (500 mg 8/8 hs).
Lincosamidas: inibe síntese proteica; ação contra anaeróbios Gram -.
Clindamicina (300 mg 8/8 hs).
Metronidazol: inibe síntese de DNA; ação sobre anaeróbios Gram -.
Profilaxia Antibiótica: quando não há infecção, porém deseja-se prevenir a sua instalação (indicado apenas para pacientes que possuem sistema imunológico debilitado).
Amoxicilina 2g 1 hora antes do procedimento. Não é necessária dose posterior
(Eritromicina ou Azitromicina 500 mg para alérgicos à penicilina).
**OBS.: CLARITROMICINA é o antibiótico de primeira escolha para alérgicos à penicilina.
Exodontia Via Não Alveolar
Redução da resistência à avulsão: exérese óssea (osteotomia); fragmentação do dente (odontossecção); ambos os recursos conjugados.
Osteotomia para exodontia: remoção de tecido ósseo alveolar vestibular em quantidade suficiente para remoção do dente.
Cuidados: forame palatino posterior (rebordo palatino não será abordado nesta primeira etapa); trígono retro molar (região onde passa o nervo lingual); forame mentoniano/mentual (feixe vásculo-nervoso); forame infra-orbital (feixe vásculo-nervoso). 
OBS: osteotomia próximo ao ápice radicular.
Retalho mucoperiostal
Indicações: melhor visão do campo operatório; necessidade de osteotomia para remoção do dente; risco de lesionar tecidos moles durante procedimentos.
Planejamento:
Incisão intra sulcular (traçado incisional horizontal): retalho em envelope;
Componente vertical: incisão relaxante para mesial entre a papila interdental e o topo da gengiva marginal (acrescentado no traçado incisional horizontal).
OBS: 
Não realizar a incisão relaxante na papila interdental nem no topo da gengiva marginal (meio);
A incisão relaxante deve ser sempre 1 dente antes do dente a ser removido;
Quando houver um ângulo, o descolamento começará por ele (caso houver o ângulo distal, iniciar pelo ângulo mesial).
Odontossecção (diérese dentária): procedimento de fragmentação do dente para facilitar a sua remoção. Feito com instrumentos cortantes rotatórios ou cinzeis bibizelados. 
Vantagens: menor remoção de tecido ósseo; diminuição do tempo operatório; exodontia menos traumática; proteção ao dente vizinho; proteção a estruturas vizinhas.
Indicações: multirradiculares com coroas destruídas; multirradiculares com restaurações extensas; multirradiculares com raízes divergentes; multirradiculares com raízes convergentes; decíduos com germe entre as raízes; unirradiculares com hipercementose;unirradiculares com dilaceração radicular; proximidade de estruturas anatômicas nobres.
Técnicas para odontossecção:
Molares inferiores com ou sem retalho: coroa pode ser seccionada verticalmente no sentido buco-lingual e o dente ser extraído com o fórceps individualmente como dois dentes unirradiculares (com retalho quando as raízes são dilaceradas divergentes).
Molares inferiores sem retalho: coroa pode ser seccionada horizontalmente ao nível da crista gengival e as raízes seccionadas verticalmente para individualização das raízes mesial e distal que, com os elevadores, serão removidas de seus alvéolos. 
Molares inferiores com retalho envelope: a coroa é removida com o fórceps juntamente com 1 raiz e a outra raiz é removida com os elevadores separadamente.
Molares superiores com ou sem retalho: a coroa pode ser seccionada ao nível da crista gengival na junção mésio-vestibular e disto-vestibular das respectivas raízes, removendo com o fórceps a coroa com a raiz palatina e, em seguida, as raízes disto-vestibular e mésio-vestibular com os elevadores (com retalho quando as raízes são extremamente divergentes).
Molares superiores sem retalho: a coroa pode ser seccionada horizontalmente ao nível da crista gengival e removida com o fórceps separada das raízes. As raízes são seccionadas verticalmente e removidas individualmente com os elevadores.
Exodontia Múltipla:
Planejamento da técnica anestésica / solução anestésica;
Delimitação do campo operatório;
Obtenção do retalho mucoperiostal;
Exodontia propriamente dita;
Plastia dos tecidos duros (osteoplastia ou alveloplastia): regularização do osso alveolar; remoção das espículas e esquírolas ósseas.
Espícula óssea: ponta do osso que ainda está presa no tecido ósseo.
Esquírola óssea: fragmento do osso que se desprendeu.
Reposicionamento do retalho;
Síntese: inicial pelo ângulo e depois fazer a técnica das metades;
Proteção da ferida.
OBS: 
Quando realizar exodontia da maxila e mandíbula no mesmo hemiarco, retirar primeiro os dentes da mandíbula, pois o sangramento da maxila irá dificultar o campo visual da mandíbula.
Quando houver exodontia múltipla, iniciar da distal para mesial, pois se iniciar pela mesial, o sangramento irá escorrer para os dentes posteriores e irá dificultar o campo visual (principalmente na maxila).
Exame Clínico em Cirurgia Buco-Dento-Alveolar
Exame clínico: anamnese; exame físico (loco/geral); exames complementares (radiografias/exames laboratoriais). 
Anamnese (subjetiva): coleta de informações através de questionamentos sobre as condições de saúde do paciente, bem como avaliar a existência de eventuais fatores de riscos específicos diante de um procedimento terapêutico.
1 – Identificação do paciente; 2 – Antecedentes médicos familiares (doenças hereditárias); 3 – Queixa principal; 4 – História da doença atual; 5 – Antecedentes médicos pregressos (quais doenças/tratamentos já teve); 6 - História médica atual; 7 – questionário complementar.
Exame físico (objetivo): efetuado principalmente na cavidade oral e secundariamente nas regiões da cabeça e do pescoço.
Local: 
Inspeção: dentes, mucosa, faringe, lábios.
Percussão: dentes.
Auscultação: ATM.
Palpação: glândulas salivares, gânglios linfáticos, assolho, lábios, m. mastigação.
Gânglios linfáticos: examinar cadeias submandibular, submentual, pós e pré-auriculares, cervicais superficiais e profundos. Verificar gânglios inflamatórios ou neoplásicos: 
Gânglios inflamados: doloridos, móveis e borrachóides.
Gânglios neoplásicos: indolores, fixos e duros.
Geral: avaliação da PA, temperatura, pulsação.
Classificação da PA: Sistólica Diastólica
 < 14 < 9 Normal
 14 a 16 9 a 9,5 Hipertensão Leve
 16 a 20 9,5 a 11,5 Hipertensão Moderada
 > 20 > 11,5 Hipertensão Severa 
Acidentes e Complicações das Exodontias
Acidente cirúrgico: é a quebra do planejamento do ato operatório que ocorre durante o seu desdobramento.
Complicação cirúrgica: é a quebra do planejamento do ato operatório que ocorre já no pós-operatório.
Paralisia: lesão no nervo motor.
Parestesia: lesão no nervo sensitivo.
Bacteremia: contaminação do campo operatório faz com que bactérias caem na corrente sanguínea.
Septicemia: infecção bacteriana generalizada (bactérias dissipam-se no organismo).
Acidentes - Principais causas: radiografias insuficientes ou distorcidas; planejamento cirúrgico pouco abrangente; desconhecimento da anatomia regional; habilidade psicomotora inadequada; uso inadequado do instrumental; uso do instrumental inadequado.
INR (Razão Normalizada Internacional): necessário estar sempre por volta de 2,5 (condições de operar). Se estiver próximo do 4, risco de hemorragia; se estiver próximo do 1, risco de AVC.
Complicações – Principais causas: inobservância da oportunidade cirúrgica; exacerbação da resposta inflamatória; infecção da ferida cirúrgica; formação de hematoma; hemorragia mediata (depois); trismo mandibular; alveolite.
Acidentes mais comuns nas exodontias
Fratura do dente: fatores presentes no dente (cáries, núcleos, restaurações, desvitalizados, número e forma das raízes); uso inadequado do instrumental; uso do instrumental inadequado.
Conduta terapêutica: fórceps/elevadores; odontossecção; via não alveolar; osteotomia.
Fraturas ósseas: fratura do rebordo alveolar; fratura do túber total ou em galho verde (fragmento ósseo permanece em sua posição – tentativa de fazer reincorporação); fratura da mandíbula (hemostasia por compressão por no mínimo 10 min).
Hemorragia: tamponamento compressivo com o dedo (10 min); sutura em massa; pinçamento/ligadura do vaso; esponjas de fibrina; eletrocoagulação (bisturi elétrico); ceras para osso (não recomendado, pois não são reabsorvíveis, tendo que ser removidas para não atuarem coo corpo estranho).
Lesão a outros dentes: luxação de dentes vizinhos; avulsão de dentes vizinhos ou antagônicos; fratura de dentes vizinhos ou antagônicos. 
Lesão de troncos nervosos: infraorbitário; alveolar inferior; mentual; lingual.
Neurite: inflamação do neurônio → a vitamina B1 (tiamina) tem efeito antineurítico, e a vitamina B12 (cianocobalamina) tem efeito antinevrálgico. Por esses efeitos farmacológicos, essas vitaminas auxiliam na restauração do nervo.
Lesão de tecidos moles: controlar hemorragia (tamponamento); recomposição estrutural (síntese).
Invasão de estruturas anatômicas circunvizinhas: seios maxilares; fossas nasais; espaço esfenopalatino (cuidado com plexo venoso pterigoideo); espaço submandibular / látero faríngeo. 
Luxação da articulação temporomandibular (ATM): reposicionamento do côndilo (para baixo e para trás, com os dedos polegares intrabucalmente, de ambos os lados, sobre a linha oblíqua externa da mandíbula); bandagem mentocraniana; anti-inflamatórios e analgésicos.
Aspiração ou deglutição de corpo estranho: manobra de Heimlich (no caso de broncoaspiração).
Complicações mais comuns nas exodontias
Resposta inflamatória exacerbada: dor; edema (20 min com gelo e 20 min sem a cada 4 horas).
Hemorragia mediata (depois): fatores locais (mastigação, bochechos que removem mecanicamente coágulo sanguíneo); aumento da PA (tampão sanguíneo é deslocado do alvéolo).
Hematoma: traumatismo trans-operatório excessivo ou traumatismo de vasos no pós-operatório; compressas de calor úmido; risco de processos sépticos (infecções).
Alveolites: quadro de natureza inflamatória que envolve as porções ósseas mais superficiais do alvéolo dentário. Manifestam-se entre 48h a 72h pós-cirurgia com sintomatologia exacerbada de dor, halitose, periadenite cervical, mal estar geral e hipertermia (febre). Macroscopicamente mucosa gengival marginal edemaciada, hiperêmica (avermelhada), tecido ósseo exposto ecoágulo desorganizado. 
Há dois tipos de alveolites que se diferem clinicamente, porém possuem a mesma sintomatologia:
Alveolite seca: mucosa gengival edemaciada, hiperêmica, tecido ósseo exposto.
Alveolite úmida ou por corpo estranho: mucosa gengival edemaciada, hiperêmica, e coágulo desorganizado.
Tratamento:
Alveolite úmida ou por corpo estranho: anestesia, remoção do corpo estranho por curetagem, obtenção e estabilização do novo coágulo, síntese, antibiótico e anti-inflamatório.
Alveolite seca: irrigação com solução antisséptica morna (água fenolada 1:1000 ou soro fisiológico estéril), secagem do alvéolo com gaze, aposição intra alveolar de tampão medicamentoso (óxido de zinco + guaiacol ou Alveolex/Alveosan), anti-inflamatório e analgésico (não é necessário antibiótico).
CIRURGIA 2 MATERIA M1
Divisões da Face
Zonas: Frontal / terço superior \
 Maxilar / terço médio Ântero-Posterior
 Mandibular / terço inferior /
Linha imaginária que vai da inserção do cabelo ao trágus da orelha;
Linha imaginária entre as cúspides dos dentes e uma linha que tangencia o ramo ascendente da mandíbula em sua porção posterior;
Linha imaginária que se passa acima do osso hioide.
Regiões: Frontal, nasal, labial e mentoniana > Regiões ímpares 
Temporomalar, masseterina, orbitária, geniana e submandibular/supra hioidea > Regiões pares
Cirurgia TRAUMATOLOGIA buco maxilo facial
Especialidades odontológicas CFO – 185/93:
- implantes, enxertos, transplante.
- biopsias.
- cirurgias com finalidade protética: remoções de bridas, remoção de torus mandibular, frenectomia, auxiliam a fonoaudiologia.
- cirurgias com finalidade ortodônticas: remoção de dentes inclusos, corticotomia.
- cirurgias ortognatas: pacientes FAF (ferimento por arma de fogo).
- tratamentos cirúrgico da área buco maxilo facial.
CORTICOTOMIA: é definida como uma osteotomia limitada à cortical óssea, sendo utilizada como procedimento auxiliar no tratamento ortodôntico de maloclusões diversas. É um procedimento cirúrgico de remoção parcial da camada cortical de osso alveolar seguido imediatamente da aplicação de forças ortodônticas. “movimentação dentaria”
AREAS DE ATUAÇÃO EM OSSOS
IMPARES: Mandibula, vômer.
IMPARES: nasais, lacrimais, maxilares, palatinos, conchas nasais inferiores.
EPIDEMIOLOGIA DE TRAUMAS FACIAIS
-Pico de incidência entre 15 e 30 anos
- Homens correspondem à 60-80%
- 20% de todos os traumas tem algum grau de comprometimento do terço médio da face.
CLASIFICAÇÃO ETIOLOGIA
AGENTES MECANICOS:
- Perfurante (pregos, estiletes).
- Perfuro cortantes (punhal, sabre etc.).
- Cortantes (facas, caco de vidro, etc.).
- Contundentes (barra de ferro, martelo etc.).
- Perfurocontudentes (projeteis de arma, estilhaços).
CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS
CONTUSÃO: é um hematoma sem rompimento da pele ou da mucosa
ABRASÃO: é uma ferida superficial na pele ou na mucosa, provocada por fricção ou raspagem da mesma.
LACERAÇÃO: é uma ferida na pele ou na mucosa que penetra nos tecidos moles. Pode romper vasos sanguíneos, nervos e músculos, além de envolver as glândulas salivares.
AVULSÃO: Abrasão muito profunda e extensa são lesões por perda de tecido.
PRIMEIROS SOCORROS
Liberação das vias aéreas.
Hemostasia / avaliação neurológica.
Verificar sinais vitais.
Sedar paciente, analgesia.
Limpeza geral.
Profilaxia antitetânica e antimicrobiana.
Diagnostico e plano de tratamento.
EXAME E DIAGNOSTICO
- Histórico
- Sinais e sintomas
- Exames laboratoriais
- Avaliação de outras especialidades
- Avaliação radiográfica
- Planejamento cirúrgico
NO CENTRO CIRURGICO
OBJETIVO
Restabelecimento da oclusão
-bloqueio maxilomandibular
PRINCIPIOS
- Redução (colocar o osso em posição) pode ser cruenta e incruenta.
- Imobilização
- Contenção (osteosintese com placas é uma fixação rígida, e osteosintese por fios é uma fixação semirrígida).
PREPAROS PRÉ CIRURGICOS
PARAMENTAÇÃO
A paramentação da equipe cirúrgica exige a realização de procedimentos específicos, executados em passos padronizados e com observação rigorosas dos princípios científicos. Estes procedimentos são: degermação das mãos, vestir avental e roupa esterilizados, e calçar luvas esterilizadas.
DEGERMAÇÃO DAS MÃOS E ANTEBRAÇOS: Este procedimento se justifica por que a pele, normalmente, é habitada por duas populações bacterianas, ou seja, a flora residente e a transitória.
 a) Flora residente: é constituída por microrganismos capazes de sobreviverem e se multiplicarem na superfície cutânea e folículos pilosos, sendo, portanto de difícil remoção. Os estafilococos coagulase negativa, corynebactéria (difteróides e corniformes), acinelobactéria e outros são microrganismos comumente encontrados na flora residente.
b) Flora transitória: também conhecida como flora de contaminação, é composta por microrganismos diversos e de virulência variadas. Estes microrganismos nem sempre estão presentes na superfície da pele da maioria das pessoas e são removidos mais facilmente., algumas bactérias Gram-negativas (como, por exemplo, E. coli) têm condições mínimas de sobrevivência sobre a pele.
 A degermação das mãos e antebraços da equipe cirúrgica deve promover a eliminação da flora transitória e redução da flora residente e, ainda, o retardamento da recolonização da flora residente pelo efeito residual. Sabe-se que, após a realização de tal procedimento, estes microrganismos multiplicam-se.
TÉCNICA DE ESCOVAÇÃO CIRÚRGICA DAS MÃOS
 Indicada para preparo das mãos e antebraços antes de qualquer procedimento cirúrgico.
Soluções antissépticas com detergentes recomendados
• Solução detergente de clorexidina a 2% ou 4% 
Materiais e equipamentos necessários
• Pias com pedal ou torneira acionada por pé ou cotovelo
• Água
• Escova esterilizada
• Solução antisséptica em dispensadores
• Toalha ou compressa esterilizada
PROCEDIMENTO:
A remoção mecânica dos detritos pode ser realizada por escovação ou fricção:
- as escovas devem ser macias e descartáveis ou convenientemente esterilizadas, e de uso individual;
- molhar as mãos e antebraços com água corrente. A torneira deve ser acionada por pé ou cotovelo, e não manualmente;
- aplicar a solução antisséptica sobre a palma da mão, espalhar com movimentos de fricção ou escovação, iniciando pelas extremidades dos dedos, com especial atenção espaços interdigitais. O processo deve continuar pelas faces das mãos e antebraços;
- o processo todo deve durar rigorosamente cinco minutos para a primeira cirurgia e três minutos entre dois procedimentos;
- enxaguar em água corrente a partir das mãos par ao cotovelo. A torneira deve ser fechada com o cotovelo ou por outro profissional, mas não com as mãos;
- durante todo o processo, as mãos devem estar sempre acima do nível dos cotovelos;
- enxugar com compressa esterilizada, obedecendo à direção das mãos para os cotovelos, com movimentos compressivos e não de esfregão.
PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA E EPI
A paramentação corresponde à troca das vestes rotineiras por vestimentas adequadas antes do ato cirúrgico.
Indicação: todas as pessoas envolvidas no trabalho do centro cirúrgico, principalmente dentro das salas de operação, devem usar roupas apropriadas.
A importância da paramentação é proteger a área a ser operada da flora liberada pela equipe cirúrgica e esta da exposição às secreções dos pacientes. A troca de roupa (pelo pijama cirúrgico, gorro e propés) deverá ser feita no vestiário, que corresponde à zona de proteção do Centro Cirúrgico, sendo seguida da colocação do avental e das luvas estéreis após a escovação das mãos e entrada na sala cirúrgica, propriamente dita.
• Uniforme privativo
O uso de uniforme privativo feito de tecido com porosidade de 7 a 10 micra e o fechamento das calças nos tornozelos pode reduzir a dispersão de bactérias.Tal uniforme nunca deve ser usado fora da área do Centro Cirúrgico.
• Aventais cirúrgicos
Os aventais convencionais devem ser confeccionados em material resistente à penetração de líquidos e microrganismos e ao desgaste e à deformação. Devem possuir uma única camada de tecido, geralmente algodão ou brim. Os aventais devem se confeccionados em tamanhos adequados, garantindo o fechamento completo, conforto e total cobertura a partir do pescoço e membros. Na altura dos punhos, devem possuir tramas resistentes ao desgaste. Periodicamente devem ser inspecionados à integridade e durabilidade. Aventais impermeáveis descartáveis representam outra opção.
A colocação do avental deve ser feita de maneira cuidadosa a fim de evitar a contaminação do mesmo. Este deve ser segurado com ambas as mãos, as quais serão introduzidas simultaneamente através das mangas. A porção posterior do avental é, então, tracionada.
• Máscara cirúrgica
O uso correto da máscara cirúrgica evita ou reduz a eliminação de microrganismos no ambiente e protege o profissional contra respingos de secreções oriundas do paciente. Apresentam vida útil de 2 horas. Deve ser usada por todos na sala de operação e cobrir boca e nariz e estar junto a face. São preferíveis as máscaras com dupla gaze de algodão ou de polipropileno ou poliéster.
Paramentação com roupas estéreis
As roupas estéreis são utilizadas para prevenir a contaminação do campo operatório mediante contato direto do corpo do cirurgião com o do paciente. Todas as pessoas que entram em campo operatório, bem como aquelas que manipulam os materiais e instrumentais estéreis como é o caso do instrumentador cirúrgico devem usar aventais e luvas estéreis. 
Passo a Passo
1- Após a escovação das mãos secá-las na compressa esterilizada. Deve-se utilizar um lado da compressa para cada antebraço.
2- Segurar o capote esterilizado pelas dobraduras da gola e deixa que o restante dele se desdobre e fique esticado. Pela face interna introduza em um único movimento, ambas as mãos e antebraço pelas mangas do capote.
3- O circulante da sala, pela face interna do capote, ajusta-o e o amarra na sequencia os cadarços da gola e da cintura.
4- Calçar as luvas cirúrgicas
Observações:
 As luvas cirúrgicas são a únicas adequadas para os procedimentos cirúrgicos, devendo obrigatoriamente ser estéreis, idealmente devem cobrir mãos e dedos, estendendo-se por sobre os punhos dos aventais, onde ficam aderidas devido à pressão elástica do punho da própria luva.

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