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TEORIA GERAL DO PROCESSO_CADERNO DIGITADO

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Teoria geral do processo - Thiana
Aula 01 - 29/05/2013
Só não há direito enquanto o indivíduo vive em um estado de isolamento completo. A partir do momento em que esse indivíduo passa a conviver com outros, o direito surge como forma de solucionar os conflitos decorrentes dessa vivência em sociedade, conflitos de pretenções resistidas (vontade não atendida, um querer negado, um desejo como um bem que não é satisfeito). O direito surge para ordenar isso. O direito é um meio de pacificação social. O direito visa ordenar a sociedade. Surge como forma de pacificação de conflitos. Tem a função ordenadora.
Formas de pacificações dos conflitos:
1 - Autotutela: Resolução dos conflitos sociais por meio da força. Não há um terceiro que vai resolver o conflito, uma das partes impõe sua vontade sobre a outra por meio da força. Não é um meio eficaz de solução de conflitos, pois vai sempre existir aquele que é oprimido. Ainda existe de modo diferente, na atualidade há autotutela, como em casos de desforço incontinente, legitima defesa, por exemplo, são casos de uma autotutela exercida com limites. O Estado entende que não pode estar presente em todos os momentos, por isso o ordenamento permite alguns casos extremos que o indivíduo se utilize da autotutela.
2 - Autocomposição: quando as duas partes mediante sessões recíprocas chegam a uma solução para aquele conflito. Pode haver autocomposição sem a necessidade da existência de um processo. A autocomposição divide-se em:
2.1. Desistência: uma das partes desiste de sua pretensão. 
2.2. Submissão: uma das partes submete sua pretensão a resistência da outra parte, isto é, aceita que a outra parte tem uma resistência aquela pretensão. 
2.3. Transação: quando existem sessões recíprocas, ambas as partes cedem a fim de solucionar o conflito.
***A autocomposição não é de todo eficaz, pois depende da submissão de uma das partes para a resolução do conflito, uma das partes sempre tem que ceder, a resolução do conflito no caso da autocomposição torna-se parcial. Ainda é valorizada na atualidade. A transação é um dos meios mais utilizáveis, que se trata de um meio pelo qual ambas as partes exercem concessões. Não se pode falar em autocomposição de direitos indisponíveis, isto é, existem bens jurídicos que o nosso ordenamento protege e ele não permite que a parte ceda. Essa indisponibilidade se divide em: indisponibilidade objetiva e indisponibilidade subjetiva. Toda vez que o direito se refere a algo objetivo, se refere a analise de coisa, a indisponibilidade objetiva vai analisar coisa, como causa de pedir, pedido. A indisponibilidade subjetiva vai falar de pessoa, direito a honra, direito a personalidade. Exemplo indisponibilidade subjetiva: uma pessoa vai posar nua, recebe um valor por esse trabalho, ela não estará abrindo mão do seu direito a personalidade, ela está abrindo mão de parte desse direito. O mesmo fato se dará se essa pessoa resolver abrir mão do valor que iria receber, mais uma vez não estaria abrindo mão do direito de personalidade, o direito não permite isso, apenas permite abrir mão parcialmente, nesses casos ou casos semelhantes aos citados.
2.4. Conciliação: quer resolver o conflito (pode existir sem a necessidade de um processo). A conciliação pode se dar de duas formas, endoprocessual ou extraprocessual. Quando é conciliação endoprocessual (dentro do processo), isto é, aquela conciliação que ocorre na frente do juiz, na mesa de audiência. Quando a conciliação é extraprocessual (fora do processo), uma das partes procura a outra e resolve o conflito entre si mesmas, havendo conciliação extraprocessual, a mesma ainda pode se dividir com a resolução dada por meio da desistência da ação, com as partes extinguindo aquele processo ou as partes levam a solução para dentro do processo. Pode existir conciliação sem a necessidade de existir um processo.
2.5. Mediação: quer reestabelecer aquela relação anteriormente existente. Também pode existir sem a necessidade de um processo. Normalmente utilizado em casos como brigas de vizinhos, divórcio, relação entre pais e filhos.
3 - Heterocomposição - toda vez que um terceiro é escolhido para solucionar um conflito.
3.1. Arbitragem: quando ambas as partes escolhem um terceiro alheio ao conflito, de confiança de ambas as partes, é escolhida para oferecer uma solução a determinado conflito de interesses. Existe lei que regulamenta a arbitragem, que inclusive não exige a necessidade de levar o conflito ao judiciário, o mesmo pode ser resolvido sem a necessidade de recorrer a um processo. A figura do árbitro vai por fim ao conflito apresentando a solução, determina a solução tal qual o juiz, mas ao contrário do juiz, não é vinculado ao Estado. A arbitragem também só está disponível para bens jurídicos disponíveis. O árbitro não precisa sequer ser formado em direito, mas precisa ser alguém preparado. No curso de direito existem matérias específicas para arbitragem, existem também câmaras de arbitragem. Empresas normalmente utilizam árbitros, pois as vezes precisam de solução imediata para um conflito e recorrem a árbitros, pois há uma facilidade devido a diversidade de profissionais que existem para solucionar os conflitos especializados em arbitragem. Ex.: pode haver um árbitro especialista em embarcações e com conhecimento em direito para resolver um problema de navios em direito internacional. 
3.2. Estado-Juiz: o Estado toma para si a decisão de solucionar o conflito. A solução será imposta.
3.3. Jurisdição: Atividade mediante a qual os juízes estatais vão examinar as pretensões das partes em conflito e concluir qual a melhor forma de solução daquele conflito. Se exerce através de processo. O Processo, meio pelo qual o Estado-Juiz exerce sua jurisdição, normalmente, existe para solucionar lide.
- Sincretismo
- Autonomista conceitual - processualismo
- Instrumentalista - relação circular interdependência
- neoprocessualismo - enxergar o direito processual a luz do devido processo legal, isto é , sob as garantias e princípios constitucionais. 
Aula 02 05/06/2013
Teoria dos princípios de Humberto Ávila - leitura obrigatória
Direitos fundamentais/princípios e garantias fundamentais
Duas consequencias da constitucionalização do processo:
1-Normas processuais na constituição
2-A elaboração e aplicação das normas processuais tem que se dar obrigatoriamente a luz da constituição
Processo legislativo - feitura de leis.
Administrativo - relações com particulares
Negocial - trâmites com as fontes.
Eficácia plena dos direitos fundamentais - o juiz na (ver gravação)
magistrado tem que máxima aplicação no direito fundamental, controle de constitucionalidade concreto
Proporcionalidade - mais um fator que vem para reduzir o conflito entre os direitos fundamentais
State action - não há aplicação entre particulares. 
Eficácia indireta e mediata - direitos fundamentais se aplicam, legislador infra constitucional deverá dizer como será aplicado.
Eficácia direta e imediata - tb eficácia e imediata iguais as relações entre os Estados.
Devido processo legal - um processo
Tem que ser entendido no sentido formal e material. Devido processo legal formal, a parte tem o direjto de ser processada de acordo com as normas vigentes. O legislador tem que criar as normas de acordo com os demais ordenamentos regentes e com o próprio ordenamento de legislar.
Sentido material - "substantive due process" -> substantivo - se relaciona com a ideia de justiça da decisão. Não basta ser legal, tem que ser substancialmente correto/legal. A proporcionalidade que vai permitir a flexibilização das normas. 
Princípios(dentro de sentido material substantivo):
- princípio da menor restrição possível - exigibilidade
- princípio da salvaguarda do núcleo essencial
- princípio da necessidade
- princípio da pertinência
*esses princípios são limitações a ação do juiz.
Liminar - entra no início do processo, são urgentes. Divididas em dois tipos: cautelar - protege o direito que estoudiscutindo, para evitar que se esqueça desse direito que esta em processo. 
O devido processo legal é de conteúdo complexo. O processo só é devido se ele é pautado pela boa fé, (ver gravação)
Direito fundamental a efetividade. - está implícito na CF art 5, parágrafo 1(eficácia imediata) e 2(direito fundamental implícito). A constituição traz diversos direitos fundamentais em todos os pontos da constituição. 
Direito fundamental a adequação ou adaptabilidade - tem relação direta com a instrumentalidade do processo, evolui para uma relação de interdependência. O direito processual e o direito material atuam numa relação de interdependência. Precisa ser adequado a efetividade. Vai se dividir em adequação subjetiva - adequa o procedimento a pessoa. os incapazes não pidem litigar nos juizados. Divide tb em objetivo que diz que deve ser um rito específico para ações possessorias; e também a luz da forma pela qual o direito material se apresenta. 
Adaptação - há previsão legal - o legislador diz (no artigo) que o juiz pode avaliar a situação e decidir.
Adaptação - não há previsão - não existe a previsão legal autorizando o juiz a agir nde determinada forma, mas dá margem que a parte se expresse, para 
Pesquisar precedente STF RJ - RE 201819 -pesquisa na jurisprudência. 
Aula 03 (12/06/2013)
Devido Processo Legal
Contraditório e Ampla defesa princípios constitucionais expressos exclusivamente na constituição. Estão no artigo 5o, LV. O contraditório e ampla defesa, tem que ser enxergados com participação e possibilidade de influenciar decisão judicial. Um processo desenvolvimento em contraditório, as partes estão sempre se manifestando no processo. O processo tem sempre que se desenvolver no contraditório. Ampla defesa é garantia de ambas as partes possam produzir provas no exercício do contraditório. Precisam envolver participação e am (ver gravação). Não existe processo sem uso da ampla defesa e do contraditório.
Publicidade
Art. 5, LX.(CF)
Art. 93, IX, X (CPC)
O processo tem que ser público. Quando um processo está em sigilo, entende-se que não é um processo devido, legal, efetivo... (ver gravação)
As partes em um processo diretamente envolvidas devem ter acesso ao processo, pois tem que ter ciência de tudo que ocorre no processo. Também deve haver uma publicidade para garantir que a sociedade tenha conhecimento dos atos processuais, mas pode também, se necessário, ser limitada essa publicidade conforme prevê a constituição. 
Limitações a publicidade externa - toda vez que o processo envolver incapaz, o processo vai correr em sigilo como forma de proteção. As partes sempre tem direito ao acesso ao processo. No D.O.por exemplo, são abreviados os nomes das partes quando em sigilo. Processos em segredo de justiça só pode ter acesso, os advogados e as partes. Na teoria, qualquer pessoa, pode requerer olhar um processo no fórum, por exemplo, desde que o mesmo não esteja em segredo de justiça ou sob sigilo. Publicidade interna, pode haver limitação existem casos que, uma das partes por exemplo, deve um valor, a parte pede a penhora online, poderá o juiz, havendo conflito da publicidade com outro direito fundamental, com interesse em preservar a efetividade, o juiz bloqueia a conta do réu, para evitar que o mesmo saque o valor. No entanto, vale ressaltar, que esses casos de penhora online, só acontecem, no caso de um réu que diversas vezes foi notificado a pagar o qhe deve, tinha condições de pagar o valor, teve a possibilidade de alegar que o valor estava errado ou coisa do tipo, o juiz limita o acesso de parte do processo a uma das partes para que haja efetividade neste processo. 
No período pré-processo eletrônico, o CPC, havia pensado na publicidade, mas partia do princípio que qualquer indivíduo poderia chegar ao balcão e solicitar o processo. a partir do proprocesso eletrônico, começou a preocupação em cima da externalidade desse processo (uma coisa é consultar o processo, outra é acessar e copiar o processo e publicar em um blog, p.e.). Os processos em geral terão o acesso na internet, no entanto, petições, provas, fornecidas pelos advogados permanecem bloqueados. Acesso interno, os advogados tem uma senha e podem acessar com as partes, o processo. 
Razoável Duração do Processo
Art. 8 - Pacto São José da Costa Rica.
De acordo com esse pacto, todo processo deve ter uma razoável duração do processo, tornando-se um direito fundamental. Deve ser enxergado com uma celeridade que respeite o tempo do processo. O Processo deve ser sem dilações indevidas (tempo indevido), por exemplo, um réu solicita testemunhos de diversos estados do Brasil e fica enviando cartas Precatórias para os diversos locais, no entanto, aquelas testemunhas supostamente não residem mais no domicílio, o juiz solicita novo endereço, mas não pode haver uma "sabedoria" das partes em adiar os processos se utilizando dessa situação. 
Precatória - para evitar o deslocamento das testemunhas, pode enviar uma carta Precatória para que um juiz da comarca do domicílio da testemunha ouça o indivíduo e envie a cópia do testemunho para o local do processo.
Aula 03/07/2013
Atenção: aula extra 06/07/2013 de 07 
Principio fundamental expresso na CF art. 5, caput, principio da igualdade. A igualdade deve ser substancial (tratar os desiguais na medida da sua desigualdade para alcançar a igualdade) e não meramente formal. A paridade armas, é um exemplo de igualdade, isto é, deve tratar as partes do processo de modo igualitário. Ex.: Na defensoria pública, os defensores tem muito mais clientes do que um advogado privado, por isso os prazos para um processo em defensoria pública tem o dobro de prazos, dessa forma o CPC entende que tratando a desigualdade de modo desigual é uma forma para atingir uma igualdade entre as partes. Ex. Art. 475 do CPC.
Princípio dispositivo (as partes darem início ao processo): historicamente era inquisitivo (de ofício) onde o juiz tinha muitos poderes, um processo arbitrário onde o magistrado dava início ao processo, sem o réu ter ciência, produzia as provas e dava de decisão. O poder hoje é o dispositivo onde o poder maior fica na mão das partes. Para falar em princípio dispositivo devemos falar também de Princípio da demanda onde exige que terceiros (as partes no direito privado e o MP no âmbito do direito público) iniciem o processo e não juiz na maioria dos casos (exceção a abertura de inventário e iniciar execução de ação trabalhista transitada em julgado que pode ser feito pelo juiz), por isso as partes devem iniciar o processo. Outro fator que torna o processo mais dispositivo é a produção de provas onde as partes produzem (mas deve-se deixar claro que um processo não é extremamente dispositivo pois aqui por exemplo o juiz pode requerer provas). No âmbito do processo penal podemos falar em processo acusatório onde a parte que deu entrada vai requerer prova (ver gravação). Afastar o processo inquisitivo é garantir o princípio do devido processo penal. 
Princípio expresso da imparcialidade (CF art. 5, XXXVII): onde não pode existir tribunal para juízo de exceção, onde se pode escolher o juiz depois do fato ocorrido e direcionar um juiz em favorecimento de alguém. Esssa imparcialidade deve ser enxergada como um juiz desinteressado no resultado da causa (não significa dizer que ele é neutro, nenhum ser humano é neutro, basta apenas não ser parte beneficiada no processo, seja de modo direto ou indireto). A lei estabelecerá nos arts. 134, 135 do CPC, os casos de suspensão e impedimento de julgar uma causa
Princípio constitucional da Instrumentalidade das formas: é dito sempre que um ato é praticado em desacordo com a norma, mas tem seu fim atingindo, vai se considerar o princípio da instrumentalidade. O processo não pode se perder no excesso de formalismo (ver gravação)
Persuasão racional do juiz e Motivação das decisões (CF 93, IX) - um juiz tem liberdade para apreciar as provas. Não tem regra pré estabelecida. O juiz pode julgar conforme sua convicçãoa luz do que está nos autos. Deve haver uma convicção racional e lógica. No processo civil em verdade formal (significa que o juiz não precisa se limitar apenas as provas das partes, ele pode, se achar necessário, pedir uma inspeção judicial, requerer provas para que as mesmas sirvam de auxiliares para sua decisão) e no direito penal fala-se em verdade real (mas essa verdade real deve ser com base nas provas produzidas). Mas tanto na área civil, penal, trabalhista, o juiz não pode fugir das provas produzidas pelas partes.
Princípio do Duplo grau da jurisdição: há discussões acerca da existência ou não deste princípio. Se refere ao fato do poder judiciário, rever ou não uma decisão. Exemplo: um processo é julgado em primeiro grau e tem uma decisão que desagrada o autor do processo, o mesmo acha que lhe convém entrar com um recurso no tribunal com o pedido de rever a decisão já proferida em primeiro grau. A crítica a esse princípio, que não está contido na CF, se deve ao fato de nem todos os processos são analisados e julgados em primeiro grau, existem, no Brasil, casos que são abertos já no tribunal superior, ou seja, no STF. Como poderia ser aplicado esse princípio em casos como esse, já que o mesmo se refere a entrar com o pedido de recurso para nova decisão em tribunal superior aquele em que foi proferida a decisão anteriormente, se no caso de um processo já julgado no STF, o tribunal superior é o próprio STF. Outra crítica a este princípio é o fato de ele apenas tratar de um direito de ação e de recorrer a uma decisão já previsto em legislação. 
Princípio Boa - fé objetiva - extraída de uma cláusula geral do processo legal, sendo, ela mesma uma cláusula geral. Trata-se de uma atuação no processo que vai exigir um determinado comportamento do juiz e das partes (arts. 14 e 15 do CPC). Essa boa fé deve ser analisada de forma objetiva (um indivíduo que tenha uma dívida e reconheça que de fato a tenha, pode arrastar o tempo do processo para que tenha possibilidade de pagar a dívida, existem meios legais, com uma justificativa que o mesmo pode ter esse direito há um prazo extenso garantido, desde que não falte com a verdade e não se utilize demeios ilícitos paraconseguir o prazo. Se esse indivíduo tomou as providências possíveis e necessárias e teve seu prazo garantido dentro dos tramites legais, ele agiu de boa-fé. Entende-se neste princípio que me todo processo deve haver a boa fé. Tanto o magistrado quanto as partes devem agir de boa fé. O juiz deve cooperar com o andamento do processo. Qualquer comportamento que dificulte o andamento do processo de modo intencional é considerada uma má-fé (ex.: fecho um acordo em um negócio e ao final eu volto atrás com a minha palavra negando a existência desse acordo que já foi pré-estabelecido, esse meu comportamento, configuraria uma má-fé).
Jurisdição
Jurisdição: Meio pelo qual o Estado realiza a heterocomposição (um terceiro) e resolve o conflito.
Com base no conceito de Freddie Didier Jr - Função atribuída a terceiro imparcial (Estado)
de realizar o direito de modo imperativo (impõe solução, é uma manifestação do poder estatal)
Criativo: função jurisdicional que vai interpretar a norma[norma jurídica (seria algo como a fundamentação de um juiz) que é a interpretação da norma legal do legislador à luz da Constituição. Essa norma jurídica vai chegar à norma individualizada que é o dispositivo norma individual)
Reconhecendo/efetivando/protegendo situações jurídicas
Concretamente deduzidas
Em decisão insuscetível de controle externo
 e com aptidão para tornar-se indiscutível
Norma legal - constituição = norma jurídica "ratio decidendi" (fundamentos)
**Conteúdo jurídico do princípio da igualdade, Celso Antônio
Aula 06/07/2013
Jurisdição
Função atribuída a terceiro imparcial de realizar o direito de modo imperativo, criativo, reconhecendo/efetivando/protegendo situações concretamente deduzidas em decisão insuscetível de controle externo e com aptidão para tornar-se indiscutível (Fredie Didier)
Juiz natural: o judiscionado tem que se submeter ao juízo pré-estabelecido (CF - Art. 5, XXXVII e LIII
Ad hoc: 
Jurisdição voluntária (as partes tem que ceder) Existem procedimentos que são necessitam de provocação do interessado, por isso uma das críticas a esse termo "voluntário" (ver gravação)
Se entende que a jurisdição...
É marcada por duas características: não é que não exista esse comportamento inquisitorial do juiz, mas não é uma característica marcante, apenas mais presente na jurisdição voluntária, por ele realizar uma fiscalização. na jurisdição condenciosa o magistrado atua no interesse de resolver o conflito das partes. Na jurisdição voluntária o juiz age com interesse público, com o interesse da coletividade. O interesse da atividade jurisdicional é mediato (condenciosa) e na voluntária o interesse da atividade jurisdicional é imediato, é de interesse público a resolução do conflito
Inquisitoriedade
Possibilidade de decisão fundada em equidade
O magistrado na jurisdição contenciosa tem julgar de acordo com a lei. (ver artigo 1109 cpc)
Ex. Arts. 1129, 1142,
Integração: A vontade das partes precisa ser integrada. É uma vontade convergente e não conflitante
Fiscalização: fiscalização dos requisitos legalmente previstos
Participação do ministério público (1105 CPC)
Correntes:
- jurisdição voluntária como administração pública de interesses privados
■materialmente administrativa: não tem aspecto objetivo
■não há partes: não existem sujeitos em conflito
■não há coisa julgada (art. 1.111 do CPC): se a sentença pode ser modificada, não há aptidão para se tornar indiscutível
■procedimento e não processo: se não tem lide, não tem processo.
- jurisdição voluntária como atividade jurisdicional
■subjetivamente judiciário (única definição): é atividade exercida pelo estado juiz
■não pressupõe lide, mas há lide em potencial: 
■ é também inevitável: assim como a jurisdição contenciosa ela é inevitável
■há processo:
■há partes - sujeitos processuais: Existem sujeitos parciais no processo
■a administração atua em seu próprio interesse: o magistrado atua no interesse de integrar a vontade da parte e não em interesse próprio. 
■há formação de coisa julgada (Art. 1.111 do CPC): Só poderá ser modificada se houver modificação na coisa julgada (ver gravação)
(nova corrente)
Competência
Porção de jurisdição atribuída a cada órgão ou grupo de órgãos judiciais
1. Distribuição de competência: está em primeiro lugar na constituição (organiza a competência federal, as demais são de competência estadual), depois nas regras processuais e nas leis de organização judiciária. Ex.: CF 102, 105 (STF), 108 (TRF's), 114 (TRT's), 125 (Residual).
As regras de competência vão estar pré-estabelecidas em seus códigos, constituições e leis.
2. Princípios (competências que a CF não especifica)
2.1. Tipicidade: é importante em razão do juiz natural. Só haverá uma divisão (ver gravação)
2.2. Indisponibilidade da competência: estão legalmente previstas, o judiciário não pode dispor da sua competência
3. Perpetuação da jurisdição característica da definição das regras de competência. Ajuizada a ação aquela ação se perpetua. Dou enteada em um processo em Salvador, me mudo, o processo da continuidade no lugar de origem do início da ação, não pode o processo a companhar o autor, ou haveriam situações que seriam beneficiadas ou prejudicadas com um ato como esse. Existem exceções no CPC, casos em que um imóvel seja em um espaço, com uma comarca só, divide-se a comarca em duas o processo passa para a comarca onde o imóvel pertence.
Aula 10/07/2013
Classificação(regras de divisão para viabilizar a atividade jurisdicional, mas deve-se lembrar que a jurisdição é una). A constituição divide a jurisdição em:
1. Jurisdição Penal
2. Jurisdição não penal (civil em sentido amplo)
3. Jurisdição Especial (justiça eleitoral, trabalho e militar, exercem jurisdição especial)
4. Jurisdição Comum (para conflitos na justiça federal e estadual)Garantias do Judiciário
1. Independência: garantia para que o magistrado possa julgar a causa pelo princípio do livre convencimento motivado. Não existe hierarquia para um tribunal impor a um juiz de primeiro grau de como ele deve decidir. Até se o juiz quiser decidir contrário a uma súmula vinculante, no entanto, é resguardado o direito de quem se sentir prejudicado recorrer e ter a decisão reformada em outra instância. A hierarquia que se tem é administrativa e de carreira, não se refere a nada com relação as decisões do magistrado. 
1.1. vitaliciedade: uma vez magistrado, sempre magistrado, visando proteger a sua independência para que possa julgar de acordo com omseu livre convencimento motivado. 
1.2. inamovibilidade: o juiz não pode ser movido de uma comarca para outra aleatoriamente. 
1.3. irredutibilidade de vencimentos: ele não pode sofrer perda salarial.
2. imparcialidade: não pode ser exercida apenas como um dever, mas também (ver gravação)
Órgãos principais e órgãos auxiliares
A atividade jurisdicional não se resume a um magistrado. O órgão principal será sempre o magistrado e os órgãos auxiliares são os que auxiliam o magistrado (escrivão, oficial de justiça). Nós vamos ter órgãos auxiliares da justiça permanente e da justiça eventual (um perito que é um terceiro também imparcial que será chamado para a produção de uma prova, que geralmente é um técnico que desenvolve atividades não jurídicas, como médicos, engenheiros,...). Temos órgãos auxiliares extra-judiciais (ex.: tabelião de cartório) que não auxiliam na atividade jurisdicional (eu preciso vender um carro e para transferir o dute tem que reconhecer firma, no entanto, não se faz necessário uma lide, nem também há jurisdição voluntária por não envolver o Estado).
Como definir competência:
1) Qual a justiça competente? A resposta estará na CF, que vai dizer se é da justiça do trabalho, eleitoral,...
2) Competência originária de tribunal?
em primeira instância, a competência, em regra, é singular (um juiz que julga). A constituição coloca que na justiça comum, tem os juizados especiais onde um juiz julga a causa e um grupo de juízes de primeiro grau julga o recurso (e não um desembargador). No segundo grau quem julga é um órgão colegiado com pelo menos três desembargadores (o juiz aqui é chamado desembargador) onde tem a presença de um relator que faz o resumo do processo e dá seu voto (faz parte do grupo que decide). No âmbito de terceira (só vai para o STJ, por exemplo, se o processo acometer infração norma infraconstitucional) e quarta instância (só se infringir norma constitucional) o juiz é chamado de ministro. Aqui a constituição estadual (que é residual) e a CF vão dizer quem vai julgar se é no âmbito estadual ou federal. Existem ações que preenchem requisitos onde não começa em primeira instância, como por exemplo, quem julga o presidente é o STF. Se a resposta para essa segunda pergunta for sim, quem vai julgar é o tribunal e terá que ver no regimento interno do tribunal olhar qual a competência. Se for não, vai para a primeira instância. 
3) Qual o foro competente? Se a segunda pergunta for não, eu venho para aqui. Aqui tem a ver com o território e que não estão na constituição mas sim na legislação federal (CPP e CPC). Se o CPP e o CPC não especificar os foros eu aplicarei a regra do foro comum onde no civil em sentido estrito, é o domicílio do réu, no penal é onde ocorreu a ocorrência do delito, no trabalho é o local da prestação de serviço. 
4) Qual o juízo compete? A lei de organização judiciária (do tj de determinado Estado ou trf por exemplo) é que vai definir qual será a vara. Se for uma cidade de comarca simples, essa comarca julgará tudo.
5) Qual a competência interna? Eu já defini a vara de família, e dentro dessa vara de família tiver outras, eu farei a distribuição para uma delas. O critério da pergunta anterior era a lei, já que aqui é a distribuição. 
6) Qual a competência recursal? Se a lide for julgada na justiça estadual por exemplo, o recurso vai para o TJ. Existem exceções, mas essas exceções são definidas em lei. O STJ, por exemplo, que julga o recurso especial, vai julgar o recurso como extraordinário (funcionamento como segunda instância) nos casos em que o TRF vai funcionar como primeira instância. 
Nos casos quando a competência for de justiça estadual tem-se que olhar o foro para depois olhar se a competência é de tribunal ou de primeiro grau.
***na justiça estadual tem-se o juiz de direito, com divisão em comarcas. Na justiça federal tem-se seções (em regra é a capital) e subseções judiciárias (são cidades do interior).
Critérios para definição da competência (critérios que o legislador utilizou para definir as competências
1-pessoas (partes): através desse critério definimos se a competência é da justiça federal ou estadual. 
1.1. Qualidade dessa pessoa: se é autoridade, etc.
1.2. Sede: aonde esta pessoa está sediada.
2- Fatos e fundamentos jurídicos do pedido (causa de pedir)
 2.1- natureza da relação jurídica : justica eleitoral, trabalho,...
 2.2- lugar em que deu o fato: pois onde aconteceu o fato terá melhores condições de produzir a prova.
3- Pedido (à luz do que a parte esta querendo com aquela ação)
 3.1- natureza do bem
 3.2- seu valor: ex: acoes de pequeno valor pode ser julgado em juizados especiais.
 3.3- sua situação (foro do lugar do imóvel)
4- Natureza do processo: se eu entrei com mandato de segurança para um concurso do estado que fiz, eu entrarei no tj, por exemplo.
5- natureza do procedimento: algumas ações estão sujeitas ao procedimento sumário (mais rápido), mas geralmente o processo é ordinário.
6- Relação com o processo anterior: (ver gravação) exemplo
Classificação da competência
1- Competência originária x Competência derivada (recursal): quem tem competência originária é o órgão onde originou o processo e a derivada é o orgao onde vai analisar a decisão da instancia inferior.
2- Competência absoluta x competência relativa (interesse privado): quando o legislador definiu que a competência é de interesse público é competência absoluta e não pdoe sofre alteração em razão da vontade das partes. A competência absoluta vai ser definida em relação a matéria, pessoa e em alguns casos, em razão do valor da causa e do foro (territorial). Na competência relativa é em critério territorial e valor da causa. No caso de valor da causa, o que vai definir se será absoluta ou relativa será: se estiver além do limite estabelecido pelo legislador, a competência é absoluta, e se entrar com uma ação onde o valor da causa é aquém (abaixo) do valor estabelecido pelo legislador, a competência será relativa. Para os casos de critério de foro, será de competência absoluta somente nos casos de foro que discute ação real de coisa (é o lugar da coisa) e em relação ao domicílio do consumidor será absoluta. Ex: se eu entrar com uma aç
Diferenças entre competência absoluta e relativa: a competência relativa eu poderei ter uma prorrogação da competência que pode ser legal (aí eu olho a conexão-lllu, e continência) ou voluntária que por sua vez, pode ser expressa ou tácita.
Aula 20/07/2013
Classificação da Competência
Absoluta × Relativa
Absoluta
1. Matéria
2. Pessoa
3. Funcional
*valor da causa: se o valor da causa estiver além do estabelecido pelo legislador
*territorial
ART. 95 do CPC ATENÇÃO!! Tb no caso do foro de domicílio, mesmo no direito civil, se refere ao domicílio do réu.
Relativa
1. Territorial
2. Valor da causa
Competência internacional
Definida em razão da soberania de cada Estado. Se o Estado Brasileiro não pode impor a decisão sobre aquelas partes, não há porque ele ter competência sobre fato alheio ao direito brasileiro. 
Princípio da plenitude: Jurisdição exercida de forma plena e ilimitada. 
Princípio da exclusividade: Judiciário no âmbito do território brasileiro deve atuar ... Art. 12, parágrafo 1, LINDB
Princípio da imunidade de jurisdição: não só o Estado Brasileiro não pode impor algo em outro Território, comonão pode outro Estado impor algo em Território alheio ao seu.
LINDB (Dec-Lei n. 4.657/42; Lei 12.376, 31/12/2010)
Art. 12 do CPC e ss. Falam sobre competências internacionais
Competência internacional concorrente: mais de uma juízo é compentente para julgar uma ação, nesse caso tanto no exterior quanto no Brasil. Nesse caso a decisão proferida lá será aplicada no Brasil também. Mesmo assim, de acordo com o art. 105, inciso I, alínea "i", precisa o STJ dar o exaquatur - CPC, Art. 88 (obs.: qualquer referência a competência concorrente se dá quando mais de um juízo tem competência para julgar uma ação). 
Forum shopping: fato jurídico em que situações de conflitos de interesse para os quais o autor tem mais de um juízo para ajuizar a ação. 
Autor entrar em dois juízos com a ação é um caso de litispendência, um dos processos será extinto.
(Teoria) Forum non conveniens: Tudo bem que o autor possa ajuizar a ação em mais de um juízo competente, no entanto, deve-se manter a boa fé objetiva permitindo ao magistrado declarar o forum não conveniente. Caso de ações referentes indenizações, batida de carro em salvador, réu reside em Aracaju e Salvador, o autor apesar de entrar com a ação em Aracaju, pelo fato de a batida ter sido em salvador, pode declarar que apesar de ter competência em julgar a ação entende que é mais adequado, em virtude de o fato ter ocorrido em salvador, ser julgado por juízo competente na cidadede origem do fato.
Competência internacional exclusiva - Art. 12, par. 1, LINDB. Art. 90 do CPC, Arts. 103 e 301 parágrafos 1 ao 3. Dá prioridade a decisão da justiça brasileira
Art. 12, par. 2 diligências deprecatórias se referem ao trabalho em conjunto entre o juíz brasileiro e o juiz estrangeiro
Art. 17 do LINDB 
Prorrogação de competência, juízo não tinha competência e passa a ter. 
× 
Competência concorrente: O réu tem dois domicílios, qualquer um dos dois pode ser competente.
Aula 31/07/2013
aula extra: 10/08
07:00 às 09:00hrs
Conexão e continência
*Elemento objetivo: a causa de pedir. Elemento subjetivo: as partes.
*Demanda engloba o pedido e a causa de pedir
É a razão legal pela qual irá ocorrer a prorrogação da competência territorial (art. 103 conexão e 104 continência CPC). Continência vem de conter: uma demanda ajuizada e outra ação ajuizada. Atenção a falsa continência: qunado ocorrem cumulação de pedidos. Não há continência (exemplo: ação de danos morais que eu entro por ter batido em meu carro e depois eu entrar com uma ação para danos morais e materiais não há continência. Mas em um contrato de compra de um carro onde uma parte entra com ação para invalidar uma cláusula. 
As duas demandas são exatamente iguais: não há continência
Ao resolver um dos dois conflitos de interesse, vou estar resolvendo o outro? Se a resposta for positiva, haverá continência.
Identidade de demanda: litispendência
Litispendência: duas ações iguais com as mesmas partes, o mesmo pedido e a mesma causa de pedir. Posso ter uma litispendência parcial e total. A parcial é quando se entra com uma ação de danos morais e depois em outro lugar ajuizo uma outra ação para a mesma pessoa pedindo danos morais e materiais. 
CPP arts. 76 e 77
Doutrina se refere a alguns tipos de conexão: 
Preliminares: impedem o exame do mérito, se acolhidas.
Prejudiciais: não impede, direciona o exame do mérito. 
Podem haver 
Conexão por preliminariedade: quando uma questão for preliminar a outra
Conexão por prejudicialidade: quando uma ação é prejudicial a outra
Internas: dentro da mesma ação existem questões prejudiciais
Externas: ações diferentes que existem questões prejudiciais
Homogênea: se o direito material discutido se refere a mesma matéria (ação de investigação de paternidade e pedido de alimentos, referem-se a direito de família)
Heterogênea: se o direito material discutido se refere a materias diferentes (assassinato: cabe o direito penal julgar o fato jurídico e a família, pode, entrar com ação indenizatória, no âmbito do direito civil, pedindo essa indenização por ter assassinado o membro da família).
O direito prevê que em casos de ação civil e penal, o direito civil não precisa esperar 50 anos para dar a sentença, caso não fosse o culpado, perdeu o dinheiro que pagou. Poderá entrar no Estado reclamando da demora de julgar a ação penal
Em casos onde há conexão, sendo esta comprovada, os processos são unidos e o mesmo juiz é escolhido para julgar ambos. O que causa a prorrogação da competência é a conexão. CPC 106 (competência territorial) e 219 (Competência territorial diferente).
Prevenção: quando os dois juízos são competentes (atenção, conexões entre matérias diferentes não podem ser reunidas, apesar de sua conexão).
Passo a passo prevenção: 
1.Identifica a conexão
2. Identifica a possibilidade de reunir as ações (ver gravação, aos 01:02:57), sendo que só pode reunir se não quebrar a competência Absoluta.
Não há problema em conectar duas ações de conhecimento ou conhecimento e execução.
Exceção: a EC 45/2004 trouxe uma regra que a doutrina chama de deslocamento de competência. CF art. 109, par. 5. 
Modificação de competência: Art 107 CPC + 219 CPC. Duas comarcas, entra-se com a ação, supõe que o juiz não vai dar causa favorável, entra na outra comarca, resolver com base nos artigos citados acima.
Conflito de competência: um juiz declara-se incompetente, remete os autos ao competente e este segundo, crê que tb não é compentente, então abre-se uma espécie de processo, declarando conflito de competência. Serão resolvidos: cada tribunal tem competência para julgar seus conflitos de competência, se de comarcas, diferentes, mas de um mesmo tribunal remete ao TJ do Estado, se forem entre tribunais suoeriores, é d responsabilidade do STF julgar. Não existe conflito de competência entre órgãos judiciários em que haja uma hierarquia entre eles, juiz de 1 grau contra TJ, competência é do TJ.
Teoria da ação
Entendida como o direito de provocar a atividade jurisdicional. Antigamente não era enxergado como algo autônomo do direito material. Só existiu, depois de muita evolução no direito processual. Apenas quando reconheceu autonomia direito processual. 
Elementos da ação
Partes: aquele que está pedindo algo e aquele contra quem a pretensão é deduzida.
Causa de pedir: fundamentos fáticos e jurídicos do pedido.
Pedido: o bem da vida requerido
Condição da ação
Legitimidade para a causa ("Legitimatio Ad causam"): tem que estar autorizada pela lei a deduzir sua pretensão. Ver alegações na petição inicial (teoria da asserção). Ativa: para ser autor; passiva: para ser o réu. É preciso que as pessoas que terão sua esfera jurídica afetadas, precisam integrar o processo.
Interesse de agir: Só estar presente quando existir necessidade da tutela jurisdicional e se essa tutela for útil. Necessidade: batida de carros, o indivíduo se responsabiliza em pagar todos os custos, não há necessidade da tutela. Utilidade desejar algo que a tutela jurisdicional não pode garantir.
Possibilidade jurídica do pedido: Pedido juridicamente possível. Exemplo de caso impossível: Entra com ação reivindicatória da lua.
Teoria da asserção: as condições de ação tem que ser analisadas à luz da petição inicial.
Aula 07/08/2013
Ação e direito de ação teorias
Teoria imanentista: não há direito de ação se não há direito material.
Teoria autonomista:enxergam o direito de ação como algo autônomo ao direito material.
Teoria Autonomista Concretista: diz que o direito de ação é um direito autônomo ao direito material que só existe nos casos concretos, isto é aqueles em que houvessem direito material
Teoria Autonomista Abstrativista: diz que é um direito abstratamente autônomo, não concretamente. Aceita que ingresse com uma ação ainda que não se tenha um direito material. Existe independentemente da efetiva ou real existência. Precisa haver uma existência qualquer
Natureza jurídica da ação
Direito público subjetivo constitucional: é constitucional por estar na constituição; públicoe subjetivo: exigido pelo indivíduo e cobrado pelo estado
Elementos da ação: 
(quadro descrito em sala)
Condições da ação: 
A lei fala que quando extinta qualquer das condições o processo é extinto sem resolução do mérito. 
Carência de ação: seria uma condição da ação eu ser carecedora dessa (ver gravação)
Teoria da asserção: a existência dessas condições da ação deverá ser verificada à luz das condições trazidas na petição inicial. Se o juiz teve que ir além mesmo que o processo seja improcedente, ele entrou no mérito. 
Possibilidade jurídica do pedido: condição da ação menos vista no dia a dia. Se trata da analise do juiz, quando o mesmo analisa se a lei garante aquele indivíduo o mérito, o juiz analisa se a lei veda o direito aquela tutela legal.
Aula 10/08/2013
Legitimidade "Ad Causam"
Ativa: autor
Passiva: réu
Classificações
Ordinária: quando há relação entre parte do litígio e parte processual. Art.6 CPC. Pleteia em nome próprio direito próprio. 
Extraordinária: Só pode ocorrer quando expressamente autorizada pela lei. Pleteia em nome próprio direito alheio. (pode ser ativa ou passiva) - ver gravação. Representação: ação em nome alheio por pessoa alheia. O sujeito pode sofrer ação com legitimidade ordinária e exclusiva, ex.: condomínio: dois ou mais indivíduos donos de uma mesma coisa. Nesse caso, caberia a ação extraordinário e ordinária, do ponto de vista que um indivíduo entra com uma ação referente a algo do condomínio, beneficiando a todos, apesar da ação estar em seu nome, entra com ação pleteando direito próprio (ordinária), em favor também de direito alheio (extraordinária) - ver gravação
Exclusiva: quando houver apenas um sujeito legitimado para ingressar ou responder por aquela demanda
Concorrente ou co-legitimidade: mais de uma pessoa legitimada para ingressar ou responder com aquela ação. Litisconsórcio unitário a lide tem que ter a mesma solução jurídica para ambas as partes. O efeito da ação de um deverá ser para todos. Litisconsórcio necessário no polo ativo afronta os direitos de ação, por isso só será passivo.
Isolada/simples:quando o legitimado puder estar sozinho em juízo (toda legitimidade exclusiva é também isolada; 
*no caso de legitimidade concorrente ou co-legitimidade poderá ser isolada ou conjunta; 
Conjunta/complexa: duas ou mais pessoas TEM QUE ir juntas para uma ação (co-legitimidade conjunta e também Litisconsórcio necessário). ações reais envolvendo bens imóveis. Execução hipotecária. Casal comunhão total de bens, são legitimados apenas para entrar com uma ação em conjunto.
Total: quando o indivíduo for legitimado para estar em juízo na demanda principal e nos seus incidentes. Incidente de impugnação a causa, etc..
Parcial: Só tem legitimidade para atuações em incidentes dentro da ação
Originária: desde a origem da ação indivíduo tem legitimidade para estar no polo ativo ou passivo
Derivada: quando no início não podia estar no polo ativo ou passivo da ação passa a ter legitimidade para entrar em tal situação. Pode ser no âmbito de sucessão de pessoa ou empresa
Espólio conjunto de bens do "De Cujos"
*Arts. 41, 42, 43 do CPC onde lê-se substituição é sucessão
Substituição processual (tratado como sinônimo de legitimação extraordinária) é diferente de sucessão processual 
Nomeação ou autoria: intervenções de terceiros. Passa a ser parte processual sem ser autor ou réu. Alguém entra com ação acusando de outrem de cometer ato ilícito, porém eu não cometi o ato, a lei diz que eu posso nomear outro dizendo que este que cometeu o ato ilícito, se este indivíduo assumir autoria ele sucede o primeiro no processo. Arts. 65 e 66 do CPC
Aula 14/08/2013
Interesse de agir
Condição da ação que se relaciona com a causa de pedir. A prescrição jurisdicional precisa ser necessária e útil. A parte tem que necessitar do pleito/tutela que é analisado na causa de pedir (necessidade da prestação jurisdicional ou exigência legal em casos de nas ações declaratórias (onde pede para o juiz declarar algo) e em jurisdição voluntária. No quesito utilidade a ação ainda que ganhe o processo e ela não será efetiva ao final. Ex.: ação de cobrança de um cheque com um valor muito inferior (R$ 10, 00) não compensa, tendo em vista que as custas do processo serão superiores ao valor necessitado para tutelar, o processo só serve para movimentar a máquina pública
Interesse de agir na adequação: alguns autores acreditam que o processo deve ser adequado. Em regra o procedimento deve ser adequado/adaptado
17/08/2013
Classificação das ações
Ações Penais
Classificação em relação ao sujeito que move a ação penal. A ação vai ser pública ou privada. Será pública quando for movida pelo MP e privada quando for movida por ofendido. A ação pública é dividida em: Incondicionada sendo independente de manifestação do indivíduo, são a regra. Condicionado ocorre apenas sobre manifestação do ofendido, é uma exceção, nesse caso o ofendido se limita a representação (significa o interesse do ofendido em se manifestar para a ação). A representação após ajuizamento da ação penal condicionada não pode ser retratada. Nas ações penais privadas o autor é o ofendido, na ação pública é o MP. Nas ações privadas entende-se o dano causado ao indivíduo é maior do que o dano a coletividade. As ações privadas podem ser exclusivamente privadas (caso em que o bem jurídico tem mais relevância para o indivíduo do que para a coletividade). Ações privadas podem ser subsidiárias públicas que será quando o não são tomar providências, o interessado pode se manifestar; O MP tem prazo para ajuizar ação penal, ou o indivíduo pode se tornar autor de uma ação pública, no entanto, nem desse modo poderia desistir da ação. No âmbito privado a ação penal é chamada de queixa-crime, sendo as partes denominadas querelante (autor) e querelado (réu). Nas ações públicas, a ação é chamada denúncia, as partes são denominadas autor/réu. Itens contidos nos artigos: CPP 46, 29. CF, Art. 5, LIX.
Ações cíveis
●Quanto à natureza da relação jurídica: as ações podem ser reais ou pessoais. É real quando envolve uma pessoa e um bem; é pessoal quando envolve indivíduos. 
●Quanto ao objeto do pedido mediato: se classificam em mobiliárias ou imobiliárias. Sendo mobiliárias quando se trata de um bem móvel. Ex.: ação que envolva reivindicatória de um carro. O carro é um bem móvel, por isso, está inserido no âmbito mobiliário; sendo imobiliárias quando envolve bem imóvel. Ex.: ação de despejo, ocorre ação entre locador e locatário, onde o interesse é um bem imóvel.
●Quanto à natureza do provimento pedido: é o pedido imediato. As ações serão divididas em: conhecimento, onde busca a certificação de um direito; execução, satisfação efetiva deste direito; cautelar, certifica a proteção desse direito enquanto se aguarda um pronunciamento judicial em cognição euzariente (ao término do processo). 
*Ações sincréticas: quando em uma única ação se tem provimento de ação cautelar, execução e conhecimento. Ex.: caso em que o indivíduo vendo um carro para outro que não me paga, para impedir a abertura de três processos para tratar de uma mesma coisa. No início do processo entra com medida cautelar para aquele indivíduo não vender o carro a outro, pedido de conhecimento do juiz para a causa e no mesmo processo com a decisão do juiz pede que se execute o resultado. Lei 8.952/94 (ver CPC 273) medida antecipatória é diferente de provimento de medida cautelar tutela, garantem o resultado final útil do processo. (ver gravação)?
Lei 10.444/02 passou a haver nas ações de conhecimento que envolvem fazer ou não fazer ou dar coisa distinta de dinheiro.(CPC 461, 461-A)
Lei 11.232/05 passou a envolver ações que envolvem obrigações de pagar quantia.(CPC 475-J e ss.)
Aula 21/08/2013
1.Classificação das ações
1.1.Conhecimento: classificação ternária:
1.1.1. ações meramente declaratórias: vão se limitar a declarar algo (ação declarativa de paternidade). Discussão referente interesse de agir: onde está o interesse de agir em uma açãomeramente declaratória. Existe quando a ausência de declaração podem haver consequências
1.1.2. Ações constitutivas: declarar algo e modificar a relação jurídica, quando envolve direitos potestativos. 
1.1.3. Ações condenatórias: fazer, não fazer, dar coisa ou pagar quantia.
1.2. Classificação quinária
1.2.1. Ações mandamentais
1.2.2. Ações executivas "lato sensu"
1.3. Classificação quaternária
(parenteses) direito a uma prestação: obrigação de fazer, não fazer # direitos potestativos: podem exercer independente da vontade da parte contrária, não envolvendo uma prestação. Se relacionam com prazos prescricionais - inadimplemento (não cumprir com a obrigação). Prescrição de uma satisfação de uma pretenção. 
A natureza das ações tem relação direta com a natureza do pronunciamento judicial.
Princípio da congruência vai estabecer que tem que existir congruência entre o pronunciamento judicial e a demanda produzida pelo autor.
Hipóteses violadoras da congruência
Sentença "citra petita": o estado juiz dá um pronunciamento que não alcançou a demanda do autor. Deu menos do que foi pedido, deixando de apreciar algo.
Sentença "extra petita": quando o juiz dá algo diferente do que a parte pediu. Não guarda congruência com a demanda. Entrou pedindo danos materiais e o juiz mandou pagar morais. 
Sentença "ultra petita": quando o juiz der mais que o autor pediu. Autor ajuiza a ação pedindo danos materias, o juiz entende que os danos morais foram afetados e determina que sejam pagos os danos materiais e morais.
Quando acontece algumas dessas sentenças se diz que o juiz cometeu erro de procedimento. Se diferencia do erro em julgamento. O erro in judicando se relaciona com o erro na aplicação de uma norma material. Vai haver erro de procedimento quando ele formalmente comete o erro.
Autor -> Ação. O autor traça os limites da demanda
Réu -> Exceção (Defesa). O réu não pode alterar os limites da demanda
Classificação da Exceção:
1-Exceção Processual -> admissibilidade
2-Exceção substancial -> mérito
2.1. Direta - pretensão
2.2. Indireta - fatos impeditivos, modificativos ou extintos do direito alegado pelo autor. Ex.: autor ingressa ação referente uma batida de carro há três anos atrás, há um fato de extingue o direito alegado pelo autor.
As exceções substanciais diretas serão extintas com resolução do mérito; nas exceções substanciais indiretas sem resolução do mérito.
Quanto aos efeitos: 
exceções dilatórias -> dilatar o procedimento.
Exceções peremptórias -> implicarem na extinção do processo.
Quanto ao conhecimento da defesa pelo juiz
Objeção - de ofício
Exceção em sentido estrito - tem que ser alegada pela parte
O cpc chama de exce

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