Buscar

8. Direitos Reais de Garantia

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
DIREITOS REAIS DE GARANTIA
*
DÍVIDA = obrigação principal.
DIREITO REAL DE GARANTIA = acessório da obrigação.
EXTINTA A OBRIGAÇÃO – extingue-se o direito real de garantia.
EXTINTO O DIREITO REAL DE GARANTIA – subsistirá a obrigação.
*
DIREITO REAL DE GARANTIA – GARANTE – o credor não pode usar e gozar do bem.
Ex: rendimento – empregado na liquidação do débito.
*
REQUISITOS SUBJETIVOS:
Capacidade geral; e
Capacidade especial para alienar.
*
CAPACIDADE GERAL:
Não podem hipotecar, empenhar ou dar em anticrese:
- menor de 16 anos (representados, mediante autorização);
- maiores de 16 anos e menores de 18 anos (assistidos, mediante licença);
- menores sob tutela (tutor, mediante autorização);
- interditos (representados, mediante autorização);
- pródigos (curador, mediante autorização);
- as pessoas casadas (separação absoluta, união estável, pacto antenupcial);
- inventariante (mediante autorização);
- falido – art. 102 da Lei de Falências ( bens relacionados no pleno de recuperação judicial);
- mandatário.
*
HERDEIRO?
Parte ideal.
*
ASCENDENTE PARA DESCENDENTE?
Vedada a dação da coisa em pagamento da dívida.
*
CAPACIDADE ESPECIAL PARA ALIENAR:
Art. 1420 do CC. Só aquele que pode alienar poderá empenhar, hipotecar ou dar em anticrese; só os bens que se podem alienar poderão ser dados em penhor, anticrese ou hipoteca.
§ 1º A propriedade superveniente torna eficaz, desde o registro, as garantias reais estabelecidas por quem não era dono.
*
REQUISITOS OBJETIVOS:
Não podem ser objeto de garantia, sob pena de nulidade:
Bens fora do comércio;
Bens públicos;
Bens inalienáveis;
O bem de família;
Os imóveis financiados pelos Institutos e Caixas de Aposentadorias e Pensões.
*
CO-PROPRIETÁRIOS – ANUÊNCIA?
DIVISIBILIDADE X INDIVISIBILIDADE
Art. 1420 do CC. Só aquele que pode alienar poderá empenhar, hipotecar ou dar em anticrese; só os bens que se podem alienar poderão ser dados em penhor, anticrese ou hipoteca.
§ 2º A coisa comum a dois ou mais proprietários não pode ser dada em garantia real, na sua totalidade, sem o consentimento de todos; mas cada um pode individualmente dar em garantia real a parte que tiver.
*
REQUISITOS FORMAIS:
FORMALIDADES – condição de eficácia;
EFICÁCIA – especialização e publicidade.
ESPECIALIZAÇÃO – Art. 1424 do CC.
*
Art. 1424 do CC. Os contratos de penhor, anticrese ou hipoteca declararão, sob pena de não terem eficácia:
I - o valor do crédito, sua estimação, ou valor máximo;
II - o prazo fixado para pagamento;
III - a taxa dos juros, se houver;
IV - o bem dado em garantia com as suas especificações.
*
AUSÊNCIA DOS REQUISITOS FORMAIS = INEFICÁCIA ≠ NULIDADE
INEFICÁCIA = direito pessoal, vinculado somente as partes.
*
EFEITOS DOS DIREITOS REAIS DE GARANTIA:
PRINCIPAL EFEITO – o bem fica afetado ao pagamento prioritário de determinada obrigação.
OUTROS EFEITOS – preferência, sequela, excussão e indivisibilidade.
*
DIREITO DE PREFERÊNCIA:
Pagar-se com o produto da venda judicial da coisa dada em garantia.
“prior tempore potior iure” – primeiro no tempo, melhor no direito.
*
INSUFICIENTE?
Credor quirografário
*
EXCEÇÕES:
Custas judiciais com a execução hipotecária;
Despesas com a conservação da coisa, feitas por terceiro, com o assentimento do credor e do devedor, depois da constituição da hipoteca;
Dívida proveniente de salário de trabalhador agrícola;
Impostos e taxas devidos a Fazenda Pública;
Debêntures;
Créditos derivados da legislação do trabalho limitados a 150 salários mínimos por credor e os decorrentes de acidentes de trabalho.
*
DIREITO DE SEQUELA:
Direito de reclamar e perseguir a coisa em poder de quem quer que se encontre.
DIREITO DE SEQUELA = PRÓPRIO DIREITO REAL EM AÇÃO
*
“o vínculo não se desloca da coisa cujo valor está afetado ao pagamento da dívida. Se o devedor a transmite a outrem, continua onerada, transferindo-se, com ela, o gravame. Acompanha, segue a coisa, subsistindo, íntegro e ileso, seja qual for a modificação que sofra a titularidade do direito. O direito do credor tem, portanto, sequela”. Orlando Gomes
*
DIREITO DE EXCUSSÃO:
Promover a venda em hasta pública, por meio de processo de execução judicial.
REQUISITO = obrigação esteja vencida.
*
INDIVISIBILIDADE:
O pagamento parcial da dívida não acarreta a liberação da garantia na proporção do pagamento efetuado, ainda que esta compreenda vários bens, salvo se o contrário for convencionado.
GARANTIA = ADERE AO BEM GRAVADO POR INTEIRO.
*
O SUCESSOR PODE LIBERAR O SEU QUINHÃO PAGANDO A SUA QUOTA-PARTE DA DÍVIDA?
TOTALIDADE DO DÉBITO – sub-roga-se nos direitos do credor pelas cotas dos herdeiros.
Art. 1.429 do CC. Os sucessores do devedor não podem remir parcialmente o penhor ou a hipoteca na proporção dos seus quinhões; qualquer deles, porém, pode fazê-lo no todo.
Parágrafo único. O herdeiro ou sucessor que fizer a remição fica sub-rogado nos direitos do credor pelas quotas que houver satisfeito.
*
REMIÇÃO – liberação da coisa gravada
≠
REMISSÃO – perdão da dívida
REMIÇÃO = VALOR TOTAL = INDIVISIBILIDADE DO DIREITO REAL DE GARANTIA
*
DIVISÃO DA GARANTIA HIPOTECÁRIA:
JURISPRUDÊNCIA – HIPÓTESE:
INCORPORADOR DO CONDOMÍNIO EDILÍCIO QUE NÃO PAGA O FINANCIAMENTO X UNIDADES AUTÔNOMAS PAGAS INTEGRALMENTE
*
Súmula 308 do STJ:
A hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posterior à celebração da promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os adquirentes do imóvel.
*
VENCIMENTO ANTECIPADO DA DÍVIDA:
Art. 1425 do CC. A dívida considera-se vencida:
I - se, deteriorando-se, ou depreciando-se o bem dado em segurança, desfalcar a garantia, e o devedor, intimado, não a reforçar ou substituir;
II - se o devedor cair em insolvência ou falir;
III - se as prestações não forem pontualmente pagas, toda vez que deste modo se achar estipulado o pagamento. Neste caso, o recebimento posterior da prestação atrasada importa renúncia do credor ao seu direito de execução imediata;
IV - se perecer o bem dado em garantia, e não for substituído;
V - se se desapropriar o bem dado em garantia, hipótese na qual se depositará a parte do preço que for necessária para o pagamento integral do credor.
*
I – insuficiência da coisa dada em garantia. Ex: degradação física, desvalorização econômica, etc...
*
II – a falência determina o vencimento de todas as dívidas;
*
III – impontualidade do devedor revela a sua insolvência – a execução desfalcaria a garantia do crédito sobressalente;
Juros?
DOUTRINA – inviabilidade
JURISPRUDÊNCIA – viabilidade
*
IV – execução imediata ou reforço da garantia.
Seguro?
Sub-roga-se na indenização até ser completamente reembolsado
*
V – hipótese de divisibilidade – vencimento antecipado de parte da dívida proporcional ao bem destruído ou desapropriado.
*
GARANTIA REAL OUTORGADA POR TERCEIRO:
Art. 1427 do CC. Salvo cláusula expressa, o terceiro que presta garantia real por dívida alheia não fica obrigado a substituí-la, ou reforçá-la, quando, sem culpa sua, se perca, deteriore, ou desvalorize.
*
TERCEIRO = NÃO SE TRANSFORMA E CODEVEDOR OU FIADOR – não atinge o seu patrimônio.
TERCEIRO:
Não está pessoalmente vinculado;
Não fica obrigado a substituir ou reforçar a garantia se a coisa gravada se deteriora ou se desvaloriza.
*
EXCEÇÕES:
PRIMEIRA – estipulação expressa em contrário no título obrigando terceiro a substituir ou reforçar a garantia em caso de perda ou desvalorização do seu objeto;
SEGUNDA – quando a perda ou desvalorização do objeto da garantia decorrer de culpa do próprio terceiro.
*
CLÁUSULA COMISSÓRIA:
É a estipulação que autoriza o credor a ficar com a coisa dada em garantia.
Art. 1428 do CC. É nula a cláusula que autoriza o credor pignoratício, anticrético ou hipotecário a ficar com o objeto da garantia, se
a dívida não for paga no vencimento.
Parágrafo único. Após o vencimento, poderá o devedor dar a coisa em pagamento da dívida.
*
FINALIDADE – proteger o devedor – se a dívida não for paga e o objeto tiver valor muito superior ao da dívida, o credor experimentaria um lucro desmesurado – VEDADO PELA LEI DE USURA
*
CLÁUSULA COMISSÓRIA = NULIDADE
CONTRATO = VÁLIDO
*
FACULDADE DO DEVEDOR = DAÇÃO EM PAGAMENTO – após o vencimento da dívida.
VONTADE DO DEVEDOR ≠ OBRIGAÇÃO
*
RESPONSABILIDADE DO DEVEDOR PELO REMANESCENTE DA DÍVIDA:
Art. 1430 do CC. Quando, excutido o penhor, ou executada a hipoteca, o produto não bastar para pagamento da dívida e despesas judiciais, continuará o devedor obrigado pessoalmente pelo restante.
*
GARANTIA REAL NÃO EXCLUI A PESSOAL – esgotada a primeira pode valer-se da segunda.
EXECUÇÃO DO SALDO REMANESCENTE – penhora de outros bens do devedor = credor quirografário.
*
ESPÉCIES DE DIREITOS REAIS DE GARANTIA
PENHOR
HIPOTECA
ANTICRESE
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando