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A natureza da cidade antiga - Munford

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A NATUREZA DA CIDADE ANTIGA
A NATUREZA DA CIDADE ANTIGA
Acreditava-se que a estrutura física da cidade teve um crescimento repentino quando comparada com as visíveis ruínas da babilônia. Essa suposição foi desfeita pelo descobrimento de uma cidade que existiu milênios antes de quaisquer outros restos conhecidos em outro lugar.
Ruínas da Babilônia próximas ao rio Eufrates.
  1 . DESENVOLVIMENTO DAS
FUNÇOES URBANAS
Pode ser que grande parte da estrutura física tenha antecedido a instituição da realeza. Porém, a transferência da ênfase do chefe para o rei deve ter-se acontecido em um período bem longo, antes que a cidade plenamente dimensionada surgisse afinal.
A forma ideal das cidades sofreu poucas alterações. A cidade ancestral, que começou com uma concentração de trabalho sob uma chefia firme e unificada, foi um instrumento para a arregimentação de homens e para o domínio da natureza, formando uma comunidade a serviço dos deuses. 
  1 . DESENVOLVIMENTO DAS
FUNÇOES URBANAS
Os princípios de chefia eram aplicados em todas as funções superiores que a cidade promovia. 
Dentro de um governo municipal mais centralizado, ainda persistiu um corpo de costume ainda mais antigo trazido da aldeia antiga.
  1 . DESENVOLVIMENTO DAS
FUNÇOES URBANAS
4
As atividades da cidade podem ser divididas em dois aspectos: funções humanas comuns e as funções urbanas especiais.
Surgindo como um local sagrado, a cidade antiga foi antes de tudo um ponto de encontro permanente. 
A capacidade das cidades da Mesopotâmia de sobreviver às enchentes tonaram se atrativas à vida na cidade.
  1 . DESENVOLVIMENTO DAS
FUNÇOES URBANAS
As cidades urbanas começaram a atrair pessoas de regiões mais distantes por causa de suas oportunidades humanas.
 A ascensão da cidade parece se esforçar para derrubar o isolamento e autossuficiência da aldeia. Essa mistura trouxe vantagens biológicas.
 A mistura cultural trouxe benefícios, a cidade deu continuidade de um local de encontro ao colocar pessoas que vieram de longe para compartilhar suas experiências externas com as pessoas que viviam em casa. 
  1 . DESENVOLVIMENTO DAS
FUNÇOES URBANAS
As pessoas procuravam a cidade por voluntariedade. Para participar de uma aldeia seria através do nascimento ou casamento, enquanto a cidade desde o princípio oferecia um lugar aos estrangeiros. 
O crescimento da cidade dependia de trazer alimentos, matérias-primas, habilidades e homens de outras comunidades, pela conquista ou pelo comércio. O forasteiro, viajante, comerciante ou inimigo invasor contribuíram para o desenvolvimento urbano.
  1 . DESENVOLVIMENTO DAS
FUNÇOES URBANAS
O aparecimento da cidade como uma unidade contida em si mesmo, com todos os seus órgãos históricos diferenciados e ativos coincidiu com o aparecimento o desenvolvimento do registro permanente. 
Glifo astrológico
Ideograma egípcio 
Primeiros números
  1 . DESENVOLVIMENTO DAS
FUNÇOES URBANAS
A principio, a classe sacerdotal tinha o controle das atividades já que eram livres do trabalho manual e se especializavam nas funções mediadoras do espírito. 
Tornaram o documento um instrumento de preservação e transmissão de idéias, sentimentos e emoções que antes não haviam forma material
  1 . DESENVOLVIMENTO DAS
FUNÇOES URBANAS
A existência urbana foi estigmatizada pelo documento, a vida registrada poderia se tornar mais importante que a vida de fato vivida. 
A cidade manteve e transmitiu uma porção de suas vidas maior do que as lembranças humanas poderiam transmitir pela palavra oral.
Por meio de suas estruturas e edifícios duráveis, a cidade une as diferentes épocas, durando mais que as funções e finalidades que originalmente lhe deram forma. 
  1 . DESENVOLVIMENTO DAS
FUNÇOES URBANAS
Se os recipientes urbanos se alterassem muito rapidamente quanto o seu conteúdo, ambos desapareceriam. Mas se fossem rigorosamente seletivos, perderiam sua capacidade social de facilitar a realização da vida de varias maneiras. 
A forma urbana ruiu várias vezes de forma irrecuperável, mas até o sec. XVII a cidade perdurou sem mudanças muito radicais de forma pois as atividades do homem civilizado haviam se resfriado e congelado.
  1 . DESENVOLVIMENTO DAS
FUNÇOES URBANAS
A cidade é um recipiente destinado a armazenar e transmitir mensagens, à princípio, ligadas à religião. As mensagens mais significativas eram sagradas. 
  2 . MONOPÓLIO DA CRIATIVIDADE
Durante muito tempo o clero monopolizou os poderes criadores. Assim, a criatividade era facilmente perturbada pela insegurança e pressão externa.
  2 . MONOPÓLIO DA CRIATIVIDADE
A criatividade alcançada pela primeira vez na cidade ocorreu por uma pequena minoria, ligada ao templo e ao palácio que se apropriavam dos meios de produção e distribuição. 
O pequeno grupo assumiu inicialmente o controle dos poderes sagrados, na construção de santuários e na elaboração de rituais, tornando depois o registro permanente secreto. 
  2 . MONOPÓLIO DA CRIATIVIDADE
Embora grande parte dos excedentes produzidos na sociedade urbana fosse desperdiçada com um extravagante consumo e atos ainda mais extravagantes de destruição militar, uma parte considerável destinou-se ao lazer, ao tempo sem finalidade, libertado da rotina diária, dedicado à contemplação da natureza e à disciplina do espírito humano.
  2 . MONOPÓLIO DA CRIATIVIDADE
A própria vida tornou-se uma expressão coletiva de amor, desligada das urgências da reprodução social. Atividades que brotavam apenas em ocasiões festivas, passaram a fazer parte da existência diária da cidade.
É graças à execução de atos criadores, na arte, no pensamento, nas relações pessoais, que a cidade pode ser identificada como algo mais que uma organização puramente funcional de fábricas, prisões e centros de controle.
  2 . MONOPÓLIO DA CRIATIVIDADE
Todas as inovações na vida urbana da cidade tiveram sua origem na Cidadela. Desenvolvia-se na cidadela o que seria exsudado para outras partes da cidade.
A realeza teve mais tempo para se dedicar a algo mais do que alimentação e reprodução e, passa a se dedicar as artes, a música, a pintura, escultura e demais atividades.
  
3- EXSUDAÇÕES CULTURAIS
A primeira prova de divisão de trabalho conhecida e sua especialização, foi na época paleolítica, nos poderes exercidos pelo mágico ou chefe do ritual. Pode ter ocorrido alguma especialização entre aqueles que se dedicavam à mineração ou à lascar pedras.
  
4- DIVISÃO URBANA DO TRABALHO
A antiga comunidade da Idade da Pedra, ao penetrar na cidade, foi desmembrada em dezenas de partes: castas, classes, profissões, ofícios, artes.
Na chamada “sátira das profissões” o autor dá 18 exemplos de profissões no segundo milênio a.C. acentua suas dificuldades e exalta a profissão do escriba.
  
4- DIVISÃO URBANA DO TRABALHO
Já na cidade o trabalhador desempenhava uma única função por toda sua vida, no ramo da mineração por ex: existia 50 qualidades e graus de oficiais e trabalhadores.
Pelo tempo em que Heródoto visitou o Egito no séc. V a.C a divisão geral do trabalho chegou a um ponto comparável aos dias de hoje.
  
4- DIVISÃO URBANA DO TRABALHO
Na Índia a divisão chegou a um ponto em que as castas passaram a ser hereditárias.
No tempo de Platão essa divisão de trabalho se tornou tão enraizada no pensamento que a escravidão chegou a ser considerada uma quase realidade da natureza. Isso se tornou tão forte que, até hoje, parece ser inimaginável outro tipo de desenvolvimento urbano. 
  
4- DIVISÃO URBANA DO TRABALHO
A estratificação ocupacional produziu na cidade antiga uma pirâmide urbana com o pró absoluto no topo desta pirâmide (reis, sacerdotes, guerreiros) e, ela refletia também na alimentação e no tipo de moradia
  
4- DIVISÃO URBANA DO TRABALHO
Porém com essa segregação acelerou uma economia monetária, exigindo um sacrifício maior dos trabalhadores abandonando
a função da livre troca de papéis que tinham antes para se concentrar em uma única função em benefício do rei, do deus e da cidade. 
Sendo a prostituição considerada umas profissões mais antigas do mundo, o motivo pelo qual originou-se, seria o fato de haver um número superior de homens solteiros e que originalmente derivava-se das sacerdotisas como rituais de fertilidade.
  
4- DIVISÃO URBANA DO TRABALHO
O autor faz uma crítica dizendo que acabou o homem indo na contramão de sua história pois, devido ao crescimento exagerado de seu cérebro e sua capacidade de evoluir sem ter mais que sair do lugar, perdeu também a sua natureza, sua liberdade. 
E que com as suas novas habilidades de especialização acabou preso a sua própria criação, recordando do fato de não mais por muitas vezes trocar seu oficio que acabara virando hereditário.
  
4- DIVISÃO URBANA DO TRABALHO
E por último faz uma comparação do homem a uma colmeia de inseto, resultando que o homem conseguiu superar a sua divisão de trabalho. 
  
4- DIVISÃO URBANA DO TRABALHO
A vida urbana trouxe uma importante mudança na relação entre os homens: a invenção da propriedade privada. Antes das cidades, o modo de vida comunitário fazia com que tudo pertencesse a todos na mesma proporção.
  
5- PROPRIEDADE E PERSONALIDADE
Nas cidades através do poder dos templos todas as terras passam a ser consideradas propriedade dos Deuses, entretanto, como o rei é o representante máximo dos deuses na terra, logo as propriedades passam a pertencer ao rei.
  
5- PROPRIEDADE E PERSONALIDADE
A cidade cria nos cidadãos uma identidade, uma personalidade. Cada um ganha um contorno diferenciado a variar com sua posição social, sua profissão. O rei é a maior evidência deste fato, ele é alguém único, diferente. 
  
5- PROPRIEDADE E PERSONALIDADE
  
6 .RITMO DE DESENVOLVIMENTO
Apesar de todo o desenvolvimento alcançado nas grandes cidades antigas, os homens, mesmo os mais ricos e abastados que se beneficiarão pelas glórias concedidas pelos reis, não serão, em sua maioria felizes. 
 
Para saciar a busca por acúmulo de riqueza e poder, grandes impérios buscaram expandir suas fronteiras, para ampliar as suas ambições aumentavam o tributo interno através do terror, extermínio e medo.
O sadismo dos grandes governantes de impérios, deteve a construção de uma riqueza maior e a transformação de uma espécie mais co-participativa.
 
A vida do homem civilizado torna-se vazia e odiosa. Comparação do cotidiano: países mais 'felizes' têm maiores taxas de suicídio, diz estudo. O homem ao superar a limitações da aldeia, rompe com a sua necessidades animais e se concentra com exclusividade no poder e na riqueza. 
  
6 .RITMO DE DESENVOLVIMENTO
  
6 .RITMO DE DESENVOLVIMENTO
Não há uma relação apresentada entre o crescimento do domínio do governante em seu território e a crescente complexidade de dispositivos técnicos e qualidade da cultura humana.
"...A vida está no viver..."subprodutos da vida são apenas incentivos para modos de vida mais intensos e não pode substituir a vida.
  
6 .RITMO DE DESENVOLVIMENTO
Prédios falam e agem, não menos que as pessoas que eles habitam.
  
6 .RITMO DE DESENVOLVIMENTO
  
6 .RITMO DE DESENVOLVIMENTO
Assim, quando uma cidade destrói completamente outra e ergue sobre aqueles mesmos escombros uma cidade nova... não há nenhum interesse nisso a não ser construir um novo sonho.
A vida urbana irá gravar na cabeça do homem uma ideia errônea: a de que a riqueza é um fim em si mesma.
  
6 .RITMO DE DESENVOLVIMENTO
  
7 . O DRAMA URBANO
O drama teve origem nos antigos rituais religiosos da aldeia. 
OS rituais refletiam a imagem da aldeia.
  
7 . O DRAMA URBANO
O drama ganha força em outras cerimônia tribais 
  
7 . O DRAMA URBANO
Em Atenas, havia concursos de cavalos, cantores, companhia militares compositores e dramaturgos.
A cidade se torna um grande palco. Seja através de deuses e heróis na religião, ou no cotidiano da cidade.
O drama torna uma das formas de coomprer a si mesmo.
  
7 . O DRAMA URBANO
Apenas na cidade há suficiente diversidade e competição para fazer o homem a atingir o seu ápice 
Da ação dramática surgi o diálogo.
O diálogo teve dificuldade para reivindicar o seu espaço na cidade, pois nas primeiras cidades o monologo do poder era o habitual.
O dialogo e o drama tornaram-se um meio de inclusão das diversidades humanas.
  
7 . O DRAMA URBANO
O diálogo abre caminhos para que todos os homens participem da conversa.
A cidade tem seu fim, quando o diálogo acaba.
“O silencio de uma cidade morta tem mais dignidade que os vocalismo de uma comunidade que não conhece nem o retiro e nem oposição dialética..”

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