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Introdução ao Direito Financeiro e Orçamento Público

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Aula 01 – Direito Tributário e Financeiro I (prof. Mônica)
I – Atividade Financeira
Conceito: é a obtenção da receita (gastos/despesas necessárias, que atendem a necessidade pública, o interesse coletivo);
Finalidade: atender os as necessidades públicas. Cumprir os objetivos da República.
II – Direito Financeiro 
Conceito:
Direito Financeiro: É o ramo do direito público que vai criar as regras para atividades financeiras do Estado.
Objeto de estudo: receita, despesa, orçamento e crédito público.
Autonomia científica
Obs.: meta fiscal é a economia, o que foi arrecadado. É o limite que existe para gastar.
III – Constituição Financeira
- art. 24,I, da CF – competência concorrente;
- art. 163 a 169, da CF.
Competência:
- concorrente
- suplementar
- plena.
IV – Despesa Pública
Conceito: É um gasto realizado por um agente público/administração pública, relacionado a um fim coletivo, para necessidades públicas.
Classificação:
A) Quanto ao ente:
- federal;
- estadual/distrital;
- municipal.
Obs.: a competência é concorrente na sua gestão.
B) Quanto à regularidade:
- ordinária – aquelas previsíveis, comuns, rotineiras;
- extraordinária – despesas que poderiam causar mudanças bruscas. Ex.: fenômenos naturais.
C) Quanto ao critério econômico
- despesa corrente (operacional). Serve tão somente para manutenção daquilo que já existe:
* de custeio;
* transferência corrente.
- despesa capital (patrimonial). Ex.: aquisição de bens, desapropriação, etc. :
* investimento;
* inversão financeira: quando se trata de bens em relação aos quais o Estado já tinha acesso e há uma espécie de substituição.
Exemplo: um prédio que era alugado pelo Poder Público e foi comprado; quando o Poder Público aumenta o capital de uma empresa que atua no comércio (Petrobrás);
* transferência de capital.
Princípio da Legalidade da Despesa
- art. 167, I, da CF: É vedado o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
- créditos adicionais: suplementar, especial ou extraordinário
art. 167, §3, da CF c/c art. 62, da CF:  A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62. 
Descumprimento: crime de responsabilidade (art. 85, VI, CF; Lei 1079/50 – Crimes de responsabilidade; ADPF 378, Súm. Vinc. 46, STF)
Sum. Vinculante n° 46 - A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são de competência legislativa privativa da União.
Receita Pública e Lei da Responsabilidade Fiscal
Conceito: Entrada que, integrando-se ao patrimônio público, sem quaisquer reservas, condição ou correspondências no passivo, vem acrescentar o seu vulto como elemento novo e positivo. Aliomar Baleeiro.
Ingresso: entrada de dinheiro provisório x Receita: entrada permanente, sem correspondente no passivo.
Fases históricas:
Parasitária: arrecadação fiscal pela guerra;
Dominical: parte da receita advém do próprio Estado;
Regalianas: as chamadas “regalias”. Equivale a um pedágio, hoje.
Tributária: tributos definidos;
Social: o Estado tem que se confundir com a necessidade do cumprimento social.
Classificação:
Quanto ao critério econômico:
Correntes (art. 11, §1, Lei 4320/64): transações que o governo realiza diretamente ou através de seus órgãos ou da administração pública indireta e cujo esforço não resulta acréscimos no patrimônio do Estado ou na criação de bens de capital. Ex.: receita tributária, receita contribuição, receita patrimonial, receita agropecuária, indústrias e serviços, transferência.
Capital (art. 11, §2, Lei 4320/64): são operações que dão em resultado uma movimentação no registro do ativo e passivo. Ex.: operações de crédito, alienação de bens, amortização de empréstimos, transferências de capital.
Quanto à regularidade:
Ordinária: previsível e periódica;
Extraordinária: imprevisível e esporádica.
Quanto à origem:
Originária: preço público, compensação financeira e ingressos comerciais;
Derivada: tributos, multas, penalidades.
Obs.: Receitas Originárias: são as provenientes do patrimônio estatal.
Receitas Derivadas: são provenientes através do Estado por meio de tributos e multas.
Aula 03 - Orçamento Público, Fiscalização e Crédito Público 
I - Orçamento Público
“Ato pelo qual o Poder Legislativo prevê e autoriza ao Poder Executivo, por certo período e em pormenor, as despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do país, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei”.(Aliomar Baleeiro) 
Leis Orçamentárias
1. PLANO PLURIANUAL  
Conteúdo: Deve conter, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada (art. 165,§ 1º, CF). 
2. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS
Conteúdo: Compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações da legislação tributária e estabelecerá política de aplicação das agências financeira oficiais de fomento, como, por exemplo, Banco do Brasil, Caixa Econômica e BNDES . (art. 165, § 2º)
3. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL
Conteúdo: Tem por finalidade a concretização dos objetivos e metas estabelecidos no Plano Plurianual. É o cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em consonância com o PPA, a LDO e a LRF.
Além de estimar receitas e fixar despesas, poderá conter autorização para abertura de créditos suplementares e para contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita (ARO).
A LOA compreenderá:
- Orçamento fiscal 
Refere-se aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações mantidas pelo Poder Público. 
- Orçamento de investimento 
Diz respeito às empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha maioria do capital social com direito a voto.  
- Orçamento da Seguridade Social 
Abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. É subdividida em saúde, previdência e assistência sócial.
Princípios Constitucionais Orçamentários
LEGALIDADE – Art. 5º, II, art. 37 e art. 167, I e II, CF que proíbe o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual, bem como realização de despesa ou assunção de obrigação que excedam os créditos orçamentários ou adicionais. 
UNIDADE – art. 165, § 5º, CF c/c art. 2° da Lei 4320/64 - Todos os orçamentos devem ser harmônicos entre si. Os créditos extra-orçamentários (suplementares, especiais e extraordinários) são considerados exceções ao princípio, porque representam autorização do Legislativo para efetivação de despesas não previstas ou insuficientes dotadas na lei orçamentária.
UNIVERSALIDADE – art. 3° e 4° da lei 4.320/64 - Devem estar incluídas, por seus valores brutos, todas as despesas e receitas da União, inclusive as relativas as administração direta e indireta e mantidas pelo Poder Público. 
ANUALIDADE - O orçamento deve ser elaborado para o prazo de um ano. O art.34 da Lei 4.320, de 1964 que um exercício financeiro coincidirá com o ano civil. 
PROIBIÇÃO DE ESTORNO - Contido no art. 167, VI, da CF que veda a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra e de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa. 
NÃO-VINCULAÇÃO DE RECEITA PÚBLICA - Está prevista no art. 165, IV da CF, quando veda a vinculação de receita de impostos a órgãos, fundo ou despesa. Excepcionando a repartição de receita dos arts. 158 e 159 da CF e 198,§ 2º, 212 e 37, XII, CF. 
EXCLUSIVIDADE DE MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA – Está previsto no art. 165,§ 8°, CF que preconiza que o orçamento não conterá dispositivo estranho à previsão de receita e a fixação de despesa. 
Fases Execução Orçamento
Empenho – É condição para o pagamento, de acordo com o art. 58 da Lei 4.320, de 1964. Corresponde à dedução em determinada dotação orçamentária de parcela relativa ao pagamento de uma conta e não pode exceder o limite do crédito concedido no orçamento.
Liquidação – Verificação do direito do credor, mediante a análise dos documentos e títulos comprobatórios do referido crédito (art. 63 da Lei 4.320).
Ordenação – é o despacho da autoridade administrativa competente que após o empenho e a liquidação, determina o pagamento (art. 64 da Lei 4.320).
Pagamento – é o ato pelo qual o Estado recebe a quitação de sua obrigação (art. 62 da Lei 4320, Decreto_lei 200, de 1967, art. 74). 
 PRECATÓRIO
Conceito: 
“Art. 100, da CF. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.”
São pagamentos devidos pelos entes acima;
Derivam de sentença judiciária transitada em julgado;
Ocorrerá de acordo com a ordem de habilitação para recebimento do crédito e de acordo com o disponível nas contas desses entes.
O indivíduo se habilita perante o órgão que proferiu a sentença condenatória.
Momento da Habilitação
§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente. 
Ordem de pagamento
Deverá ser observada a ordem de habilitação:
Quanto aos créditos de natureza alimentícia
Preferência: 60 anos ou mais/portadores de doença grave definida em lei;
Limite: Até 3x do teto do pequeno valor (30sm; 40sm ou 60 sm)
 Quanto aos Créditos de outra natureza 
Em regra, não é possível fazer o parcelamento do precatório, salvo se possuir natureza alimentar e for idoso de 60 anos ou mais ou portador de doença grave. 
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data de expedição do precatório, ou sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório. 
Nesses casos, o indivíduo receberá até 3 vezes o limite do que é considerado pequeno valor:
	Federal
	60 s.m.
	180 s.m.
	Estadual
	40 s.m.
	120 s.m.
	Municipal
	30 s.m.
	90 s.m.
Ou seja, se tem direito a receber mais do que o triplo, o valor restante será pago depois, de acordo com a ordem da fila normal.
A preferência é personalíssima, logo, apenas aquele indivíduo pode gozar da preferência. Caso este venha a falecer, não pode nem mesmo o cônjuge, ainda que também idoso, se valer da preferência.
O que seria Requisição de Pequeno Valor? 
Art. 100, § 4, da CF – diz que o Estado e Municípios podiam definir por lei própria o que seria considerado de pequeno valor.
Todavia, para que evitasse a inércia dos Estados e Municípios devedores, a ADCT, em seu art. 97, §12, dispôs que eles teriam 180 dias, a contar da publicação da E.C.62/09, que se deu em 09.12.2009, para definir o que seria considerado de pequeno valor, e, caso não o fosse, restaria definido como: (i) para Estados e DF – 40 s.m; (ii) para Municípios – 30 s.m.
Regras Gerais:
Habilitação até 1º de julho para recebimento no próximo ano.
Perante o Presidente do Tribunal que proferiu a decisão (§6º)
Não será admitido precatório suplementar ou parcelamento, salvo para a preferência do § 2º.
Precatório será corrigido até a data do efetivo pagamento.
Poderá ser utilizado para compra de imóvel público do respectivo ente federado
Poderá ser cedido a outra pessoa, devendo ser comunicado o tribunal de origem. 
II. Controle de Fiscalização
“Art. 70, da CF. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.”
Controle Externo – Realizado pelo Congresso Nacional com auxílio do Tribunal de Contas (art. 71, CF). 
Se na esfera estadual: ALERJ com auxílio do TCE.
Se na esfera municipal: Câmara dos Vereadores com auxílio do TCM. Todavia, só existem 2 TCM (Rio e São Paulo). Os outros municípios devem ser analisados pelo TCE. 
Art. 31,§ 4º, CF - Proíbe criação de tribunais, conselhos ou órgãos de contas municipais, permitindo, no entanto (art. 75, CF), a manutenção dos já existentes (RJ e SP) e a criação destes órgãos na estrutura do Estado.
Obs.: É possível que o CN, ALERJ e Câmara dos Vereadores rejeitem o relatório elaborado pelos técnicos dos Tribunais de Conta;
Controle Interno – Realizado por cada Poder – Executivo, Legislativo e Judiciário (art. 74). Avalia o cumprimento dos resultados e metas e a eficácia e eficiência da gestão orçamentária.
Um exemplo seria a Controladoria Geral da União.
Controle popular (art. 74,§ 2º,CF) – qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para denunciar irregularidades. Ver arts. 5º, LXXIII e Art. 31,§ 3º, CF .
Caso Concreto – semana 01
Determinado Município indeferiu pedido de pagamento de precatório de um contribuinte que por possuir 70 anos alegou ter privilégios com base no Estatuto do Idoso. O Município alegou que não se aplica o Estatuto do idoso em matéria tributária e que o precatório por não ser de caráter alimentar, tampouco requisição de pequeno valor não poderia preterir a ordem cronológica de apresentação dos precatórios. Responda de forma fundamentada se a alegação do Município está correta. 
R.: O indivíduo deve se habilitar no T.J., já que encontra-se foi por este proferida sentença judiciária transitada em julgado, não podendo, portanto, o município indeferir o precatório. No entanto, em relação a questão de preferência, o fato do idoso possuir 70 anos de idade, por si só, não lhe confere o direito de obter prioridade, o que somente ocorreria se, além de idoso, fosse um crédito de natureza alimentar. 
Quanto ao R.P.V., o mesmo somente seria possível se o crédito derivado fosse até 30 s.m., conforme expresso no art. 97, §12, do ADCT.
Questão objetiva
Constituem elementos da atividade financeira do Estado:
a) originária e derivada;
b) receita e ingresso público; 
c) receita, despesa e orçamento; 
d) receita pública, despesa pública, orçamento público e crédito público. 
III. CRÉDITO PÚBLICO
Conceito: faculdade de o Estado obter empréstimo (mero ingresso, não receita), de quem deles dispõe, assumindo em contrapartida, a obrigação de restituí-los. 
Aliomar Baleeiro vê o crédito público como processo financeiro, um conjunto de mecanismos pelos quais o Estado obtém dinheiro condicionado à obrigação jurídica de pagar juros por todo o período pelo qual retenha consigo o capital obtido. 
Fases do Empréstimo
Emissão – O Estado indica as condições em que se fará a subscrição, principalmente as vantagens e garantias asseguradas ao subscritor como o valor aplicado, a rentabilidade e o prazo para resgate que deverá estar disciplinado por lei complementar (art. 163, III e IV da CF).
Os limites do endividamento serão dados pelo Senado ou pelo orçamento (art. 167, III, CF e art. 30 da LRF).
Dívida Pública: É uma decorrêncianatural dos empréstimos. Consiste na obrigação de pagar os empréstimos captados no mercado financeiro interno ou externo, através de contratos assinados com bancos ou instituições financeiras ou de oferecimento de títulos ao público em geral. Compreende os juros e a amortização do capital devido pelo Estado.
Competências do Congresso Nacional e do Senado Federal
CONGRESSO NACIONAL – Compete dispor dobre o montante da dívida mobiliária federal (art. 48, XIV, CF)
SENADO FEDERAL: Designadas no art. 52, V a X, da CF. Dentre outras funções tem a atribuição de dispor sobre os dívida mobiliária dos Estados, Distrito Federal e Municípios e ainda sobre a dívida consolidada da União, Estados, Distrito Federal e Municípios limites globais da dívida consolidada da União
Direito Tributário: É o ramo do direito público que tem por objetivo estabelecer regras, princípios, conceitos que irão regulamentar a relação jurídica estabelecida entre os entes da federação e os contribuintes.
Aula 04 – Tributos em espécie
Conceito:
ART. 3º, CTN - “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. 
Características:
 É uma relação jurídica obrigacional. 
Pagamento em pecúnia. Não pode ocorrer uma prestação in labore (prestação ou serviços) ou in natura (entrega de bens).
Prestação compulsória. A vontade do sujeito passivo de prever ou desejar o dever jurídico tributário é indiferente para a sua incidência. Assim, conforme Carvalho, uma vez concretizado o fato previsto na norma tributária, nasce, automática e infalivelmente, a obrigação jurídica tributária.
Prestação diversa de sanção de ato ilícito. A hipótese de incidência da regra jurídica tributária pode ser qualquer fato (ato, fato ou estado de fato), desde que seja lícito. Caso contrário, se for ilícito, o objeto da prestação não será tributo, mas sanção ou multa.
Prestação instituída por lei. Nenhum tributo poderá ser exigido sem que a lei o estabeleça.
Espécies tributárias – teoria pentapartida
IMPOSTOS
TAXAS
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS 
Obs.: impostos, taxas e contribuições de melhoria podem ser criados pela União, Estados, DF e Municípios. Contribuições especiais e empréstimos compulsórios só podem ser criados pela União. É privativo e, em tributário, tem força de exclusivo, ou seja, indelegável.
IMPOSTOS - (art. 145, I, CF e art. 5º c/c art. 16, CTN)
Está definido no art. 16 do CTN como sendo uma obrigação que tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, por isso é classificado como tributo NÃO VINCULADO. O objetivo da receita dos impostos é custear, de uma forma geral, as despesas do Estado. A vinculação da receita dos impostos a qualquer órgão, fundo ou despesa é proibida, ressalvada as exceções constitucionais (art. 167, IV, CF).
Obs.: É o único tributo não vinculado. Não tem uma destinação específica. O contribuinte paga e não tem nada em troca.
TAXA - (art. 145, II, CF e art. 5º c/c art. 77 do CTN)
A taxa é um tributo VINCULADO, ou seja, sua incidência estará sempre vinculada a alguma atividade específica do Estado em relação ao contribuinte. Não pode ter a mesma base de cálculo ou fato gerador dos impostos (art. 145, § 2º, CF e art. 77, parágrafo único, CTN). 
A competência para instituir taxa é comum, mas fica limitada ao âmbito das atribuições de cada ente da federação. Somente o ente que tenha competência administrativa para prestar o serviço público é que pode instituir a respectiva taxa. Ver súmulas 545 e 667 do STF; súmula 124 do STJ.
 A hipótese de incidência das taxas estará sempre vinculada a ao exercício regular do poder de polícia e a utilização efetiva ou potencial de serviços públicos prestados ou postos à disposição do contribuinte. 
Obs.: Taxa e tarifa são coisas distintas. A tarifa é típica das atividades concessionárias, ex.: Light. Taxa é criada pela União, Estados, DF e Municípios, ex.: passaporte, concurso, etc.
O contribuinte ganha algo em troca. 
Não pode existir uma taxa que se valha da mesma base de cálculo dos impostos, mas se forem alguns elementos, pode, a luz da súmula vinculante 29, que fragilizou o §2, do art. 145, da CF.
Sum. Vinc. N°29 - É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.
	Preço Público/Tarifa
	Taxa
	Privado
	Público
	Contratual
	Legal
	Consumidor
	Contribuinte
	CDC
	CTN e/ou CF
A Taxa terá como fato gerador:
a) poder de polícia – art. 78, CTN: poder de fiscalização. Ex.: Vigilância Sanitária, INMETRO, etc.
b) prestação de serviço público (de forma efetiva, potencial, prestado ou posto à disposição. UTI singuli): tem que ser específico e divisível – art. 29, do CTN.
Obs.: para os serviços de uso coletivo, UTI universis, não pode ser criado taxa, eis que não será possível a fruição individual. Todavia, contribuição pode.
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
Fato gerador: Valorização do imóvel + obra pública. 
Pode ser criada pela União, Estados, DF e Municípios.
Tem caráter temporário.
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
É por lei complementar, restituível e de competência exclusiva da União.
Rio, 14 de outubro de 2016.
Para prova, até aula 06.
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
PODER DE TRIBUTAR 
Conceito: “Sistema tributário nacional é o conjunto de tributos vigente em um país em determinada época e das regras jurídicas que o disciplinam.” (Luiz Emygdio F. da Rosa Jr) 
Para ser sistema tributário e não regime:
- Normas devem ser conexas e direcionadas ao poder impositivo do Estado;
- Devem ser harmônicas;
- Os tributos devem ser organizados dentro de uma finalidade. 
- O sistema tributário deverá ser um reflexo das instituições jurídicas, políticas e sociais de um país, por isso não pode ser simplesmente um conjunto de regras e seu estudo dependerá do tempo e do espaço que está sendo analisado.
PODER DE TRIBUTAR
Decorre do poder geral do Estado que, através da soberania exercida em seu território, exige de todos que estão a ele submetidos que contribuam, de forma obrigatória, com recursos destinados a satisfação das necessidades públicas. 
 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
“Competência tributária é aptidão para criar abstratamente tributos, descrevendo, por meio de lei, seus aspectos fundamentais.” (Roque Antônio Carrazza).
Art. 7º - A Competência Tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3 do artigo 18 da Constituição 
Atributos da Competência:
Privativa – serve para evitar a bitributação. As competências devem ser exercidas de forma exclusiva. Evitar que as competências se sobreponham.
Indelegabilidade – aqueles que receberam a competência pela CF não podem passar para outro.
Incaducabilidade – não tem tempo para ser exercido.
Irrenunciabilidade – previsto na CF.
Facultatividade – não pode passar para outro, mas pode não exercer.
Competência legislativa – é concorrente. A União estabelece as normas gerais para que cada ente possa exercer. É uma carta branca.
Competência tributária – é o poder de criar tributos. É mais específica, delimitada pela CF.O Sistema Tributário Nacional serve para dar uniformidade entre os entes, para que esses não criem tributos da forma que bem quiserem. Há limites impostos pela CF.
Lei Complementar Federal – dispor como a competência legislativa em direito tributário será exercida pelos entes.
CF – Sistema Tributário Nacional:
Competência: União, Estados, DF e Municípios
Tributos:
- impostos: art. 167, IV, da CF. Podem ser fiscais (visam arrecadação) ou extrafiscais (servem para regular);
- taxas: serviços públicos (art. 145, II, da CF) ou poder de polícia;
- contribuições de melhoria: art. 145, III, da CF;
- contribuições especiais: art. 149, da CF. Somente pela União.
- empréstimos compulsórios: únicos restituíveis – art. 148, da CF.
c) Limitações ao poder de tributar/imunidades:
- legalidade;
- anterioridade;
- não confisco;
- isonomia;
- capacidade contributiva.
Obs.: Lei Nacional – a União cria, mas vale para todos. Lei Federal – a União cria, mas os outros entes também podem criar, uma vez que possuem autonomia legislativa, quando competência comum.
CF – dá o poder
Lei Complementar – dá a definição
Lei Ordinária – cria os tributos
Obs.: Podem os Estados e Municípios criar seus próprios Códigos Tributários, porém, não podem contrariar o CTN.
As normas gerais são dadas pela União, porém, os Estados, DF e Municípios podem suplementar.
A competência tributária é indelegável e não tem nada a ver com quem fica com o dinheiro.
Ex.: IPVA é de competência dos Estados. Porém, 50% do dinheiro arrecadado vão para o Município em que o veículo foi emplacado. Isso o torna competente, podendo alterar ou criar leis sobre esse imposto? Não.
Competência se baseia em 4 pilares:
- criar leis indelegável.
- fiscalizar
- administrar delegável: capacidade tributária ativa.
- arrecadar
Obs.: Capacidade Tributária Ativa: Pode ser atribuída pela Constituição Federal ou por lei a ente estatal não necessariamente dotado de poder legislativo. É delegável e refere-se às atribuições de arrecadar e fiscalizar o cumprimento das obrigações tributárias. Para delegar é necessário que seja para outra pessoa jurídica de direito público e por lei.
Espécies Competência
Competência privativa 
Impostos 
Art. 153 e 154, CF – União
Art. 155, CF – Estados
Art. 156, CF – Municípios
Art. 147, CF – DF (art. 155 e 156, CF).
Empréstimos Compulsórios – art. 148 , CF
Contribuições Especiais – art.  149, CF
Contribuição Iluminação Pública – Art. 149-A,CF 
Competência Comum
Somente para instituir taxa e contribuição de melhoria, uma vez que não possuem uma identificação exclusiva. Competência dada a União, Estados, DF e Municípios para instituir taxas e contribuições de melhoria no âmbito de suas atribuições e competências constitucionais. 
Competência cumulativa
Está prevista no art. 147, CF e prende-se ao poder da União de criar impostos em seus territórios e do DF em sua base territorial.
Art. 147 – “Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais.”
Competência Especial
Traduz-se no poder de instituir empréstimos compulsórios e contribuições especiais.
Competência Residual
Encontra-se presente nos arts. 154, I e 195,§ 4º, CF. 
Competência Extraordinária: 
É exclusiva da União Federal para instituição do Imposto Extraordinário de Guerra, previsto no art. 154, II, CF c/c art. 76, CTN. Somente pode ser criado em estado de beligerância, podendo incidir sobre fatos geradores de outros impostos 
REPARTIÇÃO DAS RECEITAS
Este instituto significa que determinados entes políticos participam do produto da arrecadação de alguns impostos, que são da competência tributária de outras pessoas jurídicas de direito público.” (Luiz Emygdio da Rosa Jr.).
Como salienta Roque Carrazza 
 
“em rigor o que a Constituição faz é estipular que, na hipótese de ser criado o tributo, pela pessoa política competente, o produto de sua arrecadação será total ou parcialmente destinado a outra pessoa política. Evidentemente, se não houver o nascimento da relação jurídica tributária (prius), não poderá surgir a relação jurídica financeira (posterius).” 
A União repassa receita para os Estados, Municípios, Fundo de Participação dos Estados, Fundo de Participação dos Municípios e Fundo de Participação do Norte, Nordeste..
Os Estados repassam para os Municípios.
ESPÉCIES DE TRANSFERÊNCIA
Direta: Está prevista nos artigos. 157 e 158, CF. Ocorre sem intermediação, ou seja, o ente político beneficiado apropria-se, total ou parcialmente, da receita tributária mediante transferência orçamentária, ou recebe diretamente do ente competente parte do produto da arrecadação por ele feita. 
Indireta: Os percentuais pertinentes aos recursos entregues pela União, por intermédio dos Fundos de Participação, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios constam dos artigos 159 e 161 da Constituição Federal. O primeiro define a forma de rateio no âmbito da federação, enquanto que o último estabelece, entre outras providências, que o TCU tem competência para calcular as quotas do Fundo de Participação dos Municípios, do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal, e dos Fundos de Financiamento do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Esse cálculo obedece aos critérios fixados em legislação complementar e ordinária.
SEMANA 2 
Caso Concreto - O Prefeito do Município X constatando que a despesa com pessoal chegou a 60% da receita corrente líquida solicita Parecer a Porcuradoria Geral do Município indagando se tal percentual é legal ou se viola a lei de responsabilidade fiscal. O Prefeito pede que a Procuradoria invoque todos os fundamentos contidos na Constituição e na LC 101/00 que autorizem ou vedem tal procedimento. Na qualidade de Procurador desse Município emita o Parecer. 
R.: Não há qualquer irregularidade, eis que a LC 101/00, prevê o percentual de 60% de despesa com pessoal para os Municípios. Em relação aos Estados, 60% e União, 50%.
Vale ressaltar que, qualquer medida que implicará no aumento de despesa com pessoal, deve cumprir dois requisitos: 1. Prévia dotação orçamentária e 2. Autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, salvo empresa pública e sociedade de economia mista.
Questão objetiva 
Julgue os seguintes itens relativos à receita pública e marque a opção correta.
a) Todo tributo advém da Receita Originária.
b) Ingresso e receita constituem sinônimos. 
c) Os tributos constituem receita derivada cobrada mediante atividade administrativa vinculada ou discricionária. 
d) Receita originária é aquela em que o Estado atua como particular e receita derivada é aquela em que o Estado atua através do seu poder de império. 
e) Receita derivada é aquela em que o Estado atua como particular e receita originária é aquela em que o Estado atua através do seu poder de império.
SEMANA 3 
Caso Concreto - O projeto de lei orçamentária do Estado X estabeleceu a vinculação de 10% da receita proveniente de impostos estaduais para realização de atividades da administração tributária. Emita Parecer jurídico no sentido da viabilidade de tal previsão no projeto de lei orçamentária. 
R.: Em regra, é proibida a vinculação de receita. Todavia, a própria Constituição Federal apresenta algumas exceções, sendo uma delas a realização de atividades da administração tributária. (art. 167, IV, da CF).
Questão objetiva 
Quanto aos princípios orçamentários, julgue as seguintes afirmativas: I - O princípio da não-afetação da receita à despesa é aplicável apenas aos impostos, sem qualquer exceção quanto a outras espécies tributárias. II - O princípio da exclusividade determina, sem ressalvas, que a lei orçamentária limitese à disciplina da previsão de receitas e da fixação de despesas. III - O princípio da anualidade tributária não se confunde com o princípio da anualidade orçamentária, embora ambos não mais sejam vigentes no ordenamento jurídico brasileiro.IV - O princípio da unidade orçamentária, que determina que a lei orçamentária anual deve ser única, colide com a previsão constitucional do art. 165, de existência do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias. 
( ) a. Todas as afirmativas acima estão corretas. 
( ) b. Apenas uma das afirmativas acima está incorreta
( ) c. Apenas duas das afirmativas acima estão incorretas. 
( ) d. Apenas três das afirmativas acima estão incorretas.
( ) e. Nenhuma das afirmativas acima está correta
SEMANA 4
Caso Concreto - Determinado Município institui taxa de fiscalização de anúncios usando como base de cálculo o valor do anúncio. Comente a constitucionalidade da taxa. 
R.: Os Municípios podem instituir taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição, conforme Constituição Federal. A taxa de fiscalização de anúncios é devida em razão da atividade municipal de fiscalização do cumprimento da legislação disciplinadora da exploração ou utilização, por qualquer meio ou processo, de anúncios nas vias e nos logradouros públicos, ou em locais deles visíveis ou, ainda, em outros locais de acesso ao público.
Questão objetiva 
Relativamente a empréstimos compulsórios, pode-se afirmar, exceto: 
a) a competência para sua instituição é exclusiva da União Federal; 
b) podem ser instituídos por Medida Provisória, desde que haja relevância e urgência; ( é por lei complementar).
c) são restituíveis; 
d) o empréstimo compulsório de caráter emergencial pode ser instituído em caso de guerra externa, excepcionado o princípio da anterioridade.
Semana 05
Caso Concreto - Servidor estadual ingressa com ação de repetição de indébito contra o Estado respectivo em função de uma retenção na fonte de imposto de renda retido na fonte pelo órgão ao qual pertencia a servidora. O Estado alega ilegitimidade passiva tendo em vista que a competência tributária para legislar sobre o imposto de renda é da União. Comente se procede a alegação do Estado. 
R.: Não procede tal alegação, eis que, conforme entendimento sumulado (Súmula n°447, do STJ), os Estados e o DF são partes legítimas nas ações de restituição de imposto de renda retido na fonte proposta por seus servidores. 
Na relação abaixo, de transferências intergovernamentais de receitas tributárias, MARQUE as da União para os Estados/DF (1), as da União para os Municípios (2) e as dos Estados/DF para os Municípios (3): ( ) 50% do IPVA; ( ) 20% dos impostos de competência residual; ( ) 50% do ITR; ( ) 21,5% do IPI e do IR para Fundo de Participação; ( ) 25% do ICMS; ( ) 22,5% do IPI e do IR para Fundo de Participação; ( ) 70%do IOF sobre o ouro ativo financeiro ou instrumento cambial.
(3) 50% do IPVA; (art. 158, III, CF)
(1) 20% dos impostos de competência residual; (Art. 157, II, CF)
(2) 50% do ITR; (Art. 158, II, CF)
(1) 21,5% do IPI e do IR para Fundo de Participação; (Art. 159, I, a, CF)
(3) 25% do ICMS; (art. 158, IV, CF)
(2) 22,5% do IPI e do IR para Fundo de Participação; (Art. 159, I, b, CF)
(2) 70%do IOF sobre o ouro ativo financeiro ou instrumento cambial. (Art. 153, §5º, II, CF)
Federais
- IR (Imposto de Renda) - Imposto sobre a renda de qualquer natureza. No caso de salários, este imposto é descontado direto na fonte.
- IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados.
- IOF - Imposto sobre Operações Financeiras (Crédito, Operações de Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários).
- ITR - Imposto Territorial Rural (aplicado em propriedades rurais).
Estaduais
- ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.
- IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (carros, motos, caminhões)
Municipais
- IPTU - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (sobre terrenos, apartamentos, casas, prédios comerciais)
- ITBI - Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens e Imóveis e de Direitos Reais a eles relativos 
- ISS - Impostos Sobre Serviços
SEMANA 6 
Caso Concreto - A união através de lei ordinária isenta tributo do Estado sob o fundamento de que deve fomentar o desenvolvimento das microempresas e empresas de pequeno porte. Comente a legalidade e a Constitucionalidade da referida lei.
R.: É expresso no art. 151, III, CRFB, o impedimento da união em isentar tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. Pois tal interferência na competência tributária dos entes violaria o principio da vedação de isenções heterônomas.
 
Questão objetiva Relativamente à competência tributária, assinale a alternativa incorreta. a) A União Federal tem competência para instituir impostos extraordinários em caso de guerra. b) Os Municípios têm competência para instituir impostos sobre a propriedade predial e territorial urbana. c) Os Municípios não têm competência para instituir contribuições previdenciárias, pois esta competência é exclusiva da União Federal. d) As taxas e as contribuições de melhoria são consideradas, pela doutrina, tributos de competência comum.
SEMANA 7
O Estado do Paraná através de lei ordinária concedeu benefício de ICMS nas contas de serviços de água, luz, telefone e gás das igrejas. Destaque-se que a lei foi editada sem a celebração do Convênio CONFAZ autorizando que o Estado pudesse implementar tal benefício. Comente a Constitucionalidade do benefício invocando todos os fundamentos afetos questão. 
R.: A posição do STF pautou se no argumento de que tão lei não teria o condão de promover uma guerra fiscal ou violar o pacto federativo. Isto porque o Estado do Paraná ao editar a lei não teve a intenção de que todas as igrejas do Brasil fossem deslocadas para aquele Estado, o que por óbvio jamais acontecerá. Sendo assim, desnecessário foi a celebração do Convênio CONFAZ autorizando que o Estado pudesse implementar tal benefício.

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