Buscar

Medicações intra canais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Medicações intra canais 
Qual é o papel dos microorganismos nas lesões pulpares periapicais?
 -São os causadores, os fatores etiológicos
Polpa viva: sugere a ausência de microorganismos no canal radicular
Polpa morta - infecção primária: é polimicrobiana, predominando bactérias anaeróbias Gram – 
 - infecção secundária: é monomicrobiana, em estado crônico, predominando bactérias facultativas Gram +
Sobrevivência dos microbianos: ocorre devido a incapacidade do preparo químico-mecânico em removê-los e permanência de nutrientes. 
OBS: a limpeza deve ser potencializada pela medicação intracanal
Fases do tratamento endodontico: 1-diagnóstico 2-abertura coronária 3-preparo biomecânico 4-
A medicação é na fase de desinfecção
“A medicação intracanal consiste no emprego de medicamentos no interior do canal, onde deverão permanecer ativos durante todo período entre as sessões”
Objetivos da medicação: 
-promover a eliminação de bactérias que sobrevivem ao preparo químico-mecânico;
-impedir infecção ou re-infecção por bactérias da saliva;
-impedir a proliferação das bactérias;
-atuar como barreira físico-química;
-reduzir a inflamação perirradicular (conforto ao paciente e efeito analgésico);
-solubilizar matéria orgânica (resíduos, reservatórios de microorganismos, canais secundários, istmos e áreas de reabsorção dentária);
-neutralizar produtos tóxicos (necrose pulpar e projeção de microorganismos);
-controlar exsudato persistente (o exsudato impede adequado selamento do canal e indica que irritantes permanecem atuando sobre os tecidos perirradiculares);
-atividade antibacteriana;
-inibição da resposta inflamatória;
-ação física de preenchimento;
-ação higroscópica;
-estimular a reparação por tecido mineralizado (selamento biológico do forame apical)
Sessões únicas x sessões múltiplas
Única: previne a contaminação entre sessões e ocupa menor tempo, pode ser realizada quando a polpa é viva
Múltiplas: feita em dentes com necrose pulpar, havendo sintomatologia pós-operatória e sucesso a longo prazo
OBS: a pulpotomia é feita apenas em jovens (com menos de 18 anos) porque terão resposta, pacientes mais velhos, principalmente de aproximadamente 30 anos já não terão a resposta necessária
Quando empregar a medicação intracanal?
-Quando tiver necrose
Condições clínicas -polpa viva: obturação
 -polpa morta: medicação
MEDICAÇÕES
Otosporin: tem ação corticóide (anti-inflamatório) e antibiótica
“Atenua a intensidade da reação inflamatória provocada pelo ato cirúrgico e uso de drogas, favorecendo a eliminação da dor pós-operatória e o mecanismo reparador”
-Mantém a vitalidade e saúde da polpa, mesmo de forma indireta (proximidade)
-Preserva a neoformação do coto periodontal 
-Tem grande poder de penetração
-Hidrossolúvel
-Fácil aplicação e remoção do canal (líquido)
-Indicações: polpa vital, trauma físico (sobre-instrumentação) e químico no coto periodontal e/ou tecidos periapicais
-Efeitos colaterais: retardo na reparação tecidual e permanência por períodos curtos (7 dias)
-Técnica de uso: 1- canal seco
 2- preencher o canal com otosporin
 3- colocar uma bolinha de algodão na câmara pulpar
 4- restauração provisória com IV
Tricresol Formalina: é altamente irritante aos tecidos vivos e tem ação por contato ou à distância
-Tríplice ação: -antibacteriana
 -neutralizadora
 -fixação celular
-Técnica de uso: 1- colocar uma gota em uma bolinha de algodão
 2- “espremer” a bolinha com outro algodão seco para tirar o excesso
 3- colocar na câmara pulpar
 4- restauração provisória com IV
Ajuda a “matar” o restante da polpa e deve ser deixada por 3 dias 
Paramonoclorofenol canforado: PMC é citotóxico e a cânfora tem ação irritante, antibacteriana e é oleosa
-Propriedade: baixa tensão superficial 
-Função:
-Indicações: necrose pulpar, canais muito finos ou não instrumentados (até 7 dias)
-Tem maior ação por contato e pouca eficácia em ação indireta, agindo por emissão de gases/vapores
-Técnica de uso: 1- umedecer levemente um cone de papel com PMCC (o cone deve ter tamanho e diâmetro adequados e a sua ponta não deve ultrapassar o limite entre os terços médio e apical)
 2- levar à cavidade e cortar o excesso de cone 
 3- colocar bolinha e algodão na câmara pulpar
 4- restauração provisória com IV
Paramonoclorofenol furacinado: 
Tem vantagens em comparação a cânfora, como: hidrossolubilidade, menor irritabilidade, maior poder bactericida e maior poder de penetração
Hidróxido de cálcio: pó branco, alcalino (pH 12,8), pouco solúvel em água, obtido a partir da calcinação do carbonato de cálcio
OBS: neutraliza a inflamação e o EDTA, pois ambos são ácidos
-Propriedades: biológicas e bacteriológicas
-Associação de veículos: promove melhores condições clínicas de emprego, podem ser:
 1- hidrossolúvel aquoso: soro fisiológico
 2- hidrossolúvel viscoso: calen
 3- hidrossolúvel oleoso: glicerina, óleo de oliva, silicone ou cânfora Aquoso: rápida dissociação, difusão e diluição nos tecidos. Para infecção elevada. Manter por um período de 7 dias para eliminação das bactérias que escaparam do PBM e reduzir a infecção nos túbulos
Viscoso: deixar por média de 30 dias, pois a liberação é lenta e duradoura. Para infecções persistentes
Oleoso: mais difícil aplicação e manipulação, tem ação muito lenta, podendo deixar meses
-Atividades biológicas: ação anti-inflamatória, antibacteriana, neutralização de endotoxinas e indução do efeito osmótico
-Hidroxila (OH): hidrolisa a LPS degradando o lipídio A e neutralizando seu efeito residual
-Promove a formação de dentina ou cemento
-Solvente de matéria orgânica, com pH alcalino e ação alcalinizante e anti-hemorrágica
-Técnicas de utilização: 1- remoção da Smear Layer com preenchimento do canal com EDTA a 17% por 3 min
 2- irrigação, aspiração, secagem e medicação
 3- aplicação do HC com lima memória, lentulo ou seringa insersora
Lima memória: inserir com rotação no sentido horário e remover no sentido anti-horário
Lentulo: deve ter diâmetro menor que a lima memória e ser colocado em baixa rotação
Seringa insersora: com stop na ponta da agulha, lubrificar um pouco com glicerina (no tubete específico) e depois trocar o tubete para o HC
Polpa viva:
	
	-7 dias
	+7 dias
	Preparo completo
	Otosporin
	Hidróxido de cálcio
	Preparo incompleto
	Otosporin
	Otosporin
Polpa morta:
	
	-7 dias
	+7 dias
	Preparo completo
	PMC Furacinado
	Hidróxido de cálcio
	Preparo incompleto 
	Hipoclorito de Sódio 1%
	
Resumo:
Polpa viva: -Hidróxido de cálcio: primeira opção para canal devidamente instrumentado, de 7 a 30 dias
 -Otosporin: periodontite apical traumática ou química, canal não instrumentado completamente e tempo de consulta inferior a 7 dias
Polpa morta: -Hidróxido de cálcio: é a primeira opção para canal devidamente instrumentado, de 7 a 30 dias
 -PMCC ou PMCF: canais muito finos e dificuldade de aplicação de pasta de hidróxido de cálcio, por menos de 7 dias

Continue navegando