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Mangalarga Marchador Exterior e Julgamento

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INTRODUÇÃO
Uma das raças de cavalos mais famosas do Brasil é a raça Mangalarga Marchador. Dizem que foi formada na região montanhosa do Sul do Estado de Minas Gerais, mais especificamente na região dos municípios de Baependi e Cruzília. 
O Marchador, antes de se transformar em Mangalarga, era um desbravador dos sertões. E assim foi desde o início da sua história, que começou no ciclo do ouro, do sangue e das lutas armadas pela posse das riquezas escondidas no solo de Minas Gerais. Depois do barulho da guerra, a terra disputada começou a devolver, com riquezas outras, a quem nela trabalhasse, o cavalo Marchador tornou-se ainda mais indispensável na abertura dessas terras montanhosas, sem estradas, pontes e ferrovias. 
Em casa, na fazenda, o Marchador era o cavalo predileto, pela segurança do seu andamento, para a lida do gado, nos pastos altos das serras que caracterizam Minas Gerais. Nos dias Santos, com sela, cabeçada e rédeas de níquel ou prata, era o cavalo escolhido para acompanhar a procissão em homenagem à padroeira da cidade.
Pode-se notar que o Mangalarga Marchador sempre foi um cavalo muito versátil e apreciado pelo sua força e pelo seu andar suave em forma de marcha. Através deste trabalho destacaremos as principais características e pelagens encontradas nesta raça de equinos. 
HISTÓRIA DA RAÇA - Mangalarga Marchador 
	A raça Mangalarga Marchador é tipicamente brasileira e surgiu há cerca de 200 anos na Comarca do Rio das Mortes, no Sul de Minas Gerais, através do cruzamento de cavalos da raça Alter – trazidos da Coudelaria de Alter do Chão, em Portugal – com outros cavalos selecionados pelos criadores daquela região mineira.
	A base de formação dos cavalos Alter é a raça espanhola Andaluza, cuja origem étnica vem de cavalos nativos da Península Ibérica, germânicos e berberes. Os cruzamentos dessas raças deram origem a animais de porte elegante, beleza plástica, temperamento dócil e próprio para a montaria.
	Os primeiros exemplares da raça Alter chegaram ao Brasil em 1808, com D. João VI, que se transferiu para a Colônia com a família real. Os cavalos dessa raça eram muito valorizados em Portugal e a família real investia em coudelarias (haras) para o aprimoramento da raça. A Coudelaria de Alter foi criada em 1748 por D. João V e viveu momentos de glória durante o século XVIII, formando animais bastante procurados por príncipes e nobres europeus para as atividades de lazer e serviço.
Minas Gerais já se destacava como centro criador de equinos desde o século XVIII e a chegada dos cavalos da raça Alter veio aprimorar ainda mais seus criatórios. A Comarca do Rio das Mortes tinha um potencial de ouro muito baixo, mas chamou a atenção dos colonizadores por causa das suas boas condições para a criação dos animais. Havia água em abundância e a vegetação era constituída de matas, capões e ervas pardacentas, adequadas para a produção de forragem.
O Mangalarga Marchador teve como berço a fazenda Campo Alegre, no Sul de Minas. Ela pertencia a Gabriel Francisco Junqueira, o Barão de Alfenas, a quem é atribuída a responsabilidade pela formação da raça. A fazenda era uma herança de seu pai, João Francisco Junqueira. Outro fazendeiro importante na história do Mangalarga Marchador foi José Frausino Junqueira, sobrinho de Gabriel Junqueira. Exímio caçador de veados, José Frausino aprendeu a valorizar os cavalos marchadores por serem resistentes e ágeis para transportá-lo em suas longas jornadas.
Há várias versões para o nome Mangalarga Marchador, mas a mais consistente está relacionada à fazenda Mangalarga, localizada em Pati do Alferes, no Rio de Janeiro. O nome da fazenda era o mesmo de uma serra que existia na região. Seu proprietário era um rico fazendeiro que, impressionado com os cavalos da família Junqueira, adquiriu alguns exemplares para os passeios elegantes realizados no Rio de Janeiro. Quando alguém se interessava pelos animais, ele indicava as fazendas do Sul de Minas. As pessoas procuravam os fazendeiros perguntando pelos cavalos da fazenda Mangalarga e esta referência se transformou em nome. Já o nome Marchador foi acrescentado pelo fato de alguns daqueles cavalos terem a função de marchar em vez de trotar.
CARACTERÍSTICAS DA RAÇA - Padrão racial (abccmm)
Tipo
Médio porte; ágil; estruturas fortes e proporcionais; vigoroso e saudável; pele fina e lisa, suave e sedosa; temperamento ativo e dócil. A cernelha é proeminente com uma volta proporcional. O peito é profundo e os quartos são musculosos. A garupa é inclinada e os ombros são bem conformados com as pernas e os pés rígidos de som.
Altura
Para os machos o ideal é de 1,52 m; para registro altura mínima de 1,47 m e máxima de 1,57 m. Para fêmeas ideal são de 1,46 m; para registo, pelo menos 1,40 m e máxima de 1,54 m. 
Cabeça
Forma: triangular, bem delimitada, testa larga e plana; Perfil: reto. Olhos: expressivos e grandes, pálpebras finas e flexíveis; Orelhas: médias, móveis, paralelas, bem introduzidas, de preferência com as pontas levemente viradas para dentro; Boca: de abertura central, lábios finos, móveis e firmes; Narinas: grande, muito aberta e flexível;
Tronco 
Cernelha: bem definida, longa, proporcionando boa direção à borda dorsal do pescoço; Peito: profundo, largo, musculoso e não saliente; Costelas: longas, arqueadas, possibilitando boa amplitude torácica; Dorso: de comprimento médio, reto, musculado, proporcional, harmoniosamente ligado à cernelha e ao lombo; Lombo: curto, reto, proporcional, harmoniosamente ligado ao dorso e à garupa, coberto por forte massa muscular; Garupa: longa, proporcional, musculosa, levemente inclinada, com a tuberosidade sacral pouco saliente e de altura não superior à da cernelha; Cauda: de inserção média, bem implantada, firme, dirigido para baixo, de preferência com a ponta ligeiramente voltada para cima quando o animal se movimenta. 
Membros anteriores
Espáduas: longas, largas, oblíquas, musculadas, bem implantadas, apresentando amplitude de movimentos; Braços: longos, musculosos, bem articulados e oblíquos; Antebraços: longos, musculosos, bem articulados, retos e verticais; Joelhos: largos, bem articulados e na mesma vertical do antebraço; Canelas: retas, curtas, descarnadas, verticais, com tendões fortes e bem delineadas; Boletos: definidos e bem articulados; Quartelas: de comprimento médio, fortes, oblíquas e bem articuladas; Cascos: médios, sólidos, escuros e arredondados. Aprumos: corretos.
Membros posteriores
Coxas: musculosas e bem inseridas; Pernas: fortes, longas, bem articuladas e aprumadas; Jarretes: descarnados, firmes, bem articulados e aprumados; Canelas: retas, curtas, descarnadas, verticais, com tendões fortes e bem delineadas; Boletos: definidos e bem articulados; Quartelas: de comprimento médio, fortes, oblíquas e bem articuladas; Cascos: médios, escuros e arredondados; Aprumos: corretos.
PONTOS DE DESCLASSIFICAÇÃO: 
Despigmentação: Pele (Albinismo); Íris (Albinóide). 
Temperamento: Vícios considerados graves e transmissíveis. 
Orelhas: Mal dirigidas (Acabanadas). 
Perfil da fronte: Convexilíneo. 
Perfil do chanfro: Convexilíneo ou concavilíneo. 
Lábios: Com relaxamento das comissuras (belfo). 
Assimetria da arcada dentária: Prognatismo. 
Pescoço: Cangado, invertido (de cervo) e rodado. 
Linha dorso-lombar: Cifose (de carpa), lordose (selado) e escoliose (desvio lateral da coluna). 
Garupa: Demasiadamente inclinada (derreada), de altura superior à da cernelha, tolerando-se, neste caso, nas fêmeas, diferença de até 2 centímetros. 
Membros: Taras ósseas congênitas e defeitos graves de aprumos.
Aparelho genital: Anorquidia (ausência congênita dos testículos), Monorquidia (roncolho), Criptorquidia (1 ou 2 testículos na cavidade abdominal), Assimetria testicular acentuada, Anomalias congênitas do sistema genital feminino. 
Andamento: Andadura, Trote, Marcha trotada. 
A MARCHA
Durante a Marcha, o Mangalarga Marchador descreve no ar um semicírculo com os membros anteriorese usa os posteriores como uma alavanca para ter impulso. Marchando, ele alterna os apoios nos sentidos diagonal e lateral, sempre suavizados por um tempo intermediário, o tríplice apoio, momento em que três membros do Mangalarga Marchador tocam o solo ao mesmo tempo.
No nível do solo, quando marchando em um ritmo normal, o cavalo vai ultrapassar ligeiramente, ou seja, a faixa das patas posteriores cobrirá ou ligeiramente passará as trilhas dos pés da frente. 
PELAGENS DO MANGALARGA MARCHADOR
	Brasil possui um plantel com aproximadamente 450 mil exemplares da raça, com mais de 10 diferentes tipos de pelagens (cores). Entre as principais variedades estão o castanho, tordilho e alazão. 
	Para a associação, todas as pelagens são aceitas para a raça, com exceção do albino, pois o albinismo é considerado um defeito físico de pelagem, que facilita a ocorrência de doenças, principalmente câncer e doenças de pele. 
REFERÊNCIAS 
Canal rural. Alazão, tordilho e castanho estão entre as cerca de 10 pelagens do Mangalarga Marchador. Disponível em: 
<http://www.canalrural.com.br/noticias/jornal-da-pecuaria/alazao-tordilho-castanho-estao-entre-cerca-pelagens-mangalarga-marchador-60102> Acesso em 02 de agosto de 2016. 
Cavalos e cavalgadas. Raça de Cavalo: Mangalarga. Disponível em: 
<http://www.cavalosecavalgadas.com/racas-de-cavalos/cavalo-mangalarga-17/> Acesso em 02 de agosto de 2016. 
ABCCMM. Características da raça. Disponível em: 
<http://www.abccmm.org.br/caracteristicas-da-raca> Acesso em 02 de agosto de 2016. 
ABCCMM. Padrão da raça. Disponível em: 
<http://www.abccmm.org.br/regulamentos/padrao-da-raca> Acesso em 02 de agosto de 2016. 
Haras Rheal. Características da raça Mangalarga Marchador. Disponível em: 
<http://www.harasrheal.com.br/noticias/caracteristicas-da-raca-mangalarga-marchador/> Acesso em 02 de agosto de 2016. 
ABCCMM. História da raça. Disponível em: 
<http://www.abccmm.org.br/historia-da-raca> Acesso em 02 de agosto de 2016.

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