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#ConhecimentoLiberta MAT.1260 Álgebra Linear 1 (P1 2017.1) www.liberedu.com | facebook.com/liberedu 2 01 Considere as retas em ℝ𝟑: 𝒓𝟏 = 𝟏, 𝟎, 𝟎 + 𝒕 𝟏, 𝟏, 𝟎 𝒕 ∈ ℝ} 𝒓𝟐 = 𝟎,−𝟐, 𝟏 + 𝒕 𝟏, 𝟎, 𝟐 𝒕 ∈ ℝ} A) Encontre a equação cartesiana do plano 𝚷 que contém a reta 𝒓𝟏 e o ponto 𝑷 = 𝟐,−𝟏, 𝟏 . Para encontrar a equação cartesiana de um plano são necessários: a normal do plano e um ponto pertencente ao plano. O ponto pertencente ao plano é facilmente encontrado, ele será o próprio ponto 𝑃 dado na questão. O desafio da questão é encontrar um jeito prático para encontrar a reta normal ao plano. Para isso, o melhor modo é desenhar os planos e retas envolvidos. DICA LIBER: Em problemas de retas e planos em que não se vê uma saída clara, o melhor modo é desenhar a situação e analisar com calma No desenho acima podemos ver que a reta vermelha representa a reta 𝒓𝟏, sendo o ponto 𝑨 = (𝟏, 𝟎, 𝟎) e 𝒖 = (𝟏, 𝟏, 𝟎) o vetor diretor da reta. No desenho também se vê o ponto 𝑷, que, como pedido, pertence ao plano. E além disso foi marcado o vetor 𝒗 = (𝟏, −𝟏, 𝟏) que liga os pontos 𝑨 e 𝑷. www.liberedu.com | facebook.com/liberedu 3 Com isso temos dois vetores pertencentes ao plano, se fizermos o produto vetorial entre eles encontraremos a normal do plano. DICA LIBER: O produto vetorial sempre dá como resultado outro vetor, e este vetor é perpendicular aos dois primeiros. 𝑢 𝐱 𝑣 = 𝑑𝑒𝑡 𝑖 𝑗 𝑘1 1 01 −1 1 = (1, −1, −2) Com isso temos que a equação do plano é: 𝛱 = 𝑥 − 𝑦 − 2𝑧 = 𝑑 Para encontrar o valor de d, basta substituir o ponto 𝑃 na equação 2 − −1 − 2 ∗ 1 = 𝑑 = 1 Com isso temos como resposta final: 𝚷 = 𝐱 − 𝐲 − 𝟐𝐳 = 𝟏 www.liberedu.com | facebook.com/liberedu 4 B) Calcule a distância entre as retas 𝒓𝟏 e 𝒓𝟐. Para o cálculo de distância entre retas, o primeiro passo é determinar um ponto genérico em ambas as retas e calcular o vetor que os conecta. Os pontos utilizados foram: 𝑃J = 1 + 𝑡, 𝑡, 0 𝑃K = (𝑠, −2,1 + 2𝑠) O vetor que conecta esses pontos é obtido subtraindo P1 de P2: 𝑃K − 𝑃J = 𝑣 = (𝑠 − 1 − 𝑡, −2 − 𝑡, 1 + 2𝑠) Para esse caso, o modulo do vetor v seria igual a distância entre os pontos P2 e P1. Mas falta determinar os valores de 𝒔 e de 𝒕 para que a distância entre esses pontos seja a mesma distância entre as retas, para isso acontecer o vetor 𝒗 tem que ser perpendicular a ambas as retas (ou aos seus vetores diretores), ou seja: 𝑣 . 1,1,0 = 0 𝑣 . 1,0,2 = 0 DICA LIBER: O produto escalar entre dois vetores sempre tem como resultado um número, e se ele for 0 os vetores são perpendiculares. Resolvendo o sistema: 𝑠 − 3 − 2𝑡 = 0 5𝑠 + 1 − 𝑡 = 0 Temos como resultados: 𝑡 = −169 𝑠 = −59 𝑃J = 79 , − 169 , 0 𝑃K = −59 , −2, − 19 𝑣 = 29 , − 29 , − 19 𝒗 = 𝟒𝟖𝟏 + 𝟒𝟖𝟏 + 𝟏𝟖𝟏 = 𝟏𝟑 www.liberedu.com | facebook.com/liberedu 5 C) Determine a posição relativa entre as retas 𝒓𝟏 e 𝒓𝟐. A posição relativa entre duas retas pode ser uma entre quatro opções: Retas coincidentes: Nesse caso as duas tem o mesmo vetor diretor e tem um ponto em comum (as retas são iguais). Retas paralelas: Nesse caso elas tem o mesmo vetor diretor, mas nenhum ponto em comum. Retas concorrentes: Nesse caso elas tem vetores diretores diferentes, mas possuem um ponto em comum (as retas se cruzam). Retas reversas: Nesse caso elas tem vetores diretores diferentes e não possuem nenhum ponto em comum. Como vimos no item anterior, a distância entre as duas retas é maior do que zero. Então não existem nenhum ponto em comum entre elas, basta analisar os vetores diretores das retas para notar que eles não são paralelos, com isso podemos afirmar que; As retas são reversas www.liberedu.com | facebook.com/liberedu 6 D) Determine uma equação paramétrica da reta 𝒔 que liga os dois pontos mais próximos de 𝒓𝟏 e 𝒓𝟐, ou seja, a reta 𝒔 com as seguintes propriedades: (i) 𝒔 ⊥ 𝒓𝟏 (ii) 𝒔 ⊥ 𝒓𝟐 (iii) 𝒔 e 𝒓𝟏 são concorrentes (iv) 𝒔 e 𝒓𝟐 são concorrentes Todas as informações necessárias para resolver esta questão já foram calculadas no item B basta organizar os dados obtidos. O vetor diretor da reta em questão já foi calculado, é o próprio vetor 𝒗 = (𝟐, 𝟐, −𝟏), e para o ponto que passa pela reta basta escolher ou 𝑃J ou 𝑃K, no caso, escolhemos 𝑷𝟏 = (𝟕𝟗 , − 𝟏𝟔𝟗 , 𝟎), com isso temos: 𝒔 = 𝟕𝟗 ,−𝟏𝟔𝟗 , 𝟎 + 𝒕 𝟐, 𝟐, −𝟏 𝒕 ∈ ℝ} www.liberedu.com | facebook.com/liberedu 7 02 Considere as retas de ℝ𝟐: 𝒓 → 𝒚 = 𝟏𝟒𝒙 − 𝟏 𝒔 → 𝒚 = −𝟏𝟑𝒙 + 𝟔 A) Determine um vetor ortogonal a reta 𝒓. O modo mais prático para calcular vetores ortogonais a retas no ℝ𝟐 é olhando para a equação cartesiana dela, no caso: 14 𝑥 − 𝑦 = 1 DICA LIBER: Em ℝ𝒏 você sempre pode olhar para a equação cartesiana de um espaço de dimensão n-1 para chegar no vetor normal. Por exemplo, em ℝ𝟐isso serve para retas, em ℝ𝟑para planos. Com isso em mente, podemos afirmar que o vetor 𝒏 ortogonal a reta é : 𝒏 = 𝟏𝟒 ,−𝟏 www.liberedu.com | facebook.com/liberedu 8 B) Determine 𝒓 ∩ 𝒔. Para encontrar a interseção entre as duas retas basta encontrar valores para x e y que satisfaçam ambas as equações das retas, para isso basta resolver o sistema abaixo: 14 𝑥 − 𝑦 = 1−13 𝑥 − 𝑦 = −6 𝑥 = 12 𝑦 = 2 𝒓 ∩ 𝒔 = {(𝟏𝟐, 𝟐)} www.liberedu.com | facebook.com/liberedu 9 C) O cosseno do ângulo entre as retas 𝒓 e 𝒔. Encontrar o ângulo entre duas retas é o mesmo que encontrar o ângulo entre os seus vetores diretores, e para isso usaremos uma propriedade do produto escalar entre dois vetores: 𝑢 . 𝑣 = 𝑢 ∗ 𝑣 ∗ 𝑐𝑜𝑠(𝜃) DICA LIBER: É pela propriedade acima que o produto escalar entre dois vetores ortogonais da zero, pois o 𝒄𝒐𝒔 𝝅𝟐 = 𝟎. Basta encontrar os vetores diretores agora, para isso olharemos novamente as equações cartesianas das retas, pois se girarmos em 90º os vetores normais, obteremos os diretores: 14 𝑥 − 𝑦 = 1 𝑛J = 14 , −1 𝑣J = 1, 14 − 13 𝑥 − 𝑦 = −6 𝑛K = −13 , −1 𝑣K = 1, − 13 DICA LIBER: Em ℝ𝟐 para rodar um vetor em 90º basta trocar as coordenadas de lugar e inverter o valor de ums delas! Por exemplo (𝒙, 𝒚) ⊥ (−𝒚, 𝒙) Agora basta resolver a equação inicial: 𝑣J. 𝑣K = 1 − 112 = 1112 𝑣J = 1 + 116 = 1716 𝑣K = 1 + 19 = 109 𝒄𝒐𝒔 𝜽 = 𝟏𝟏𝟏𝟐𝟏𝟕𝟏𝟔 ∗ 𝟏𝟎𝟗 = 𝟏𝟏𝟏𝟐 ∗ 𝟏𝟐𝟏𝟕𝟎 = 𝟏𝟏𝟏𝟕𝟎 www.liberedu.com | facebook.com/liberedu 10 D) Determine uma equação paramétrica da reta 𝒔’ que é a reflexão da reta 𝒔 com relação à reta 𝒓 Para esse caso podemos utilizar a formula para reflexão de um vetor 𝒖 na direção 𝒗. A formula é a abaixo: 𝑅𝑒𝑓 𝑢 l = 2 ∗ 𝑃𝑟𝑜𝑗 𝑢 l − 𝑢 Sendo 𝑃𝑟𝑜𝑗 𝑢 l = 𝑢. 𝑣𝑣. 𝑣 𝑣 Para isso os vetores utilizados vão ser os diretores das retas que encontramos no item anterior. 𝑅𝑒𝑓 𝑣K ln = 2 ∗ 𝑣K. 𝑣J𝑣J. 𝑣J 𝑣K − 𝑣J = 2 ∗ 11121716 ∗ 1, 14 − 1, − 13 = 3751 , 3951 DICA LIBER: Não se assuste com valores grandes ou estranhos, eles são comuns na álgebra, principalmente em questões de espelhamentos e projeções Essa será a direção da reflexão da reta 𝑠 com relação a reta 𝑟, e como apenas estamos lidando com direções podemos multiplicar o vetor por 51 apenasdeixar o resultado visualmente mais agradável. Para finalizar falta apenas encontrar um ponto que pertença a reta, mas como sabemos que um ponto que não muda na reflexão é um ponto que pertence a reta pela qual estamos refletindo podemos afirmar que a interseção de 𝑟 e 𝑠 também pertence a 𝑠’, e esse ponto já foi calculado anteriormente então temos como resposta: 𝒔′ = 𝟏𝟐, 𝟐 + 𝒕 𝟑𝟕, 𝟑𝟗 𝒕 ∈ ℝ} www.liberedu.com | facebook.com/liberedu 11 03 Decida se cada afirmação abaixo é verdadeira ou falsa. Se a afirmação for verdadeira, apresente uma demonstração. Se a afirmação for falsa, exiba explicitamente um contraexemplo. A) Se 𝑪 = {𝒖𝟏, 𝒖𝟐, . . . , 𝒖𝒎} é um conjunto de vetores de ℝ𝒎 que contém o vetor nulo então 𝑪 é um conjunto linearmente dependente. Um conjunto linearmente dependente é aquele em que algum vetor pode ser escrito como combinação linear dos outros vetores do conjunto, e o vetor nulo sempre pode ser escrito como zero vezes a soma de qualquer vetor. Por isso o vetor nulo sempre pode ser escrito como a combinação linear de quaisquer outros vetores, logo a afirmação é: Verdadeira www.liberedu.com | facebook.com/liberedu 12 B) Se 𝒖, 𝒗 e 𝒘 são vetores não nulos e tais que 𝒖 . 𝒗 = 𝒖 . 𝒘, então 𝒗 =𝒘. Isso pode se achar facilmente um contraexemplo utilizando vetores ortogonais, já que sabemos que o produto escalar entre eles é sempre igual a zero, basta escolher 3 vetores perpendiculares entre si e diferentes, um modo fácil de se fazer isso é trabalhando com vetores no ℝ𝟑, por exemplo: 𝑢 = (1,0,0) 𝑣 = (0,1,0) 𝑤 = (0,0,1) DICA LIBER: Tente sempre achar contraexemplos em em ℝ𝟐 ou em ℝ𝟑, geralmente dimensões maiores podem confundir os alunos. A afirmação é: Falsa www.liberedu.com | facebook.com/liberedu 13 C) Se 𝒖 e 𝒗 são vetores tais que 𝒖 . 𝒗 = 𝟎, então 𝒖 = 𝟎 ou 𝒗 = 𝟎. Como foi comentado no item anterior, o produto escalar entre dois vetores ortogonais é igual a zero, logo como contra exemplo basta usar: 𝑢 = (1,0) 𝑣 = (0,1) E podemos notar que a afirmação é : Falsa www.liberedu.com | facebook.com/liberedu 14 D) Se 𝒖 = (𝟏, 𝟎, 𝟎) e 𝒗 = (𝒂, 𝟏, 𝟎), então a área do paralelogramo formado por 𝒖 e 𝒗 é igual a 1 seja qual for o valor de 𝒂. Utilizando uma propriedade do produto vetorial podemos calcular áreas com facilidade, o modulo do produto vetorial entre dois vetores é igual a área do paralelogramo formada por eles, então: Á𝑟𝑒𝑎 = 1,0,0 x (𝑎, 1,0) = 1 DICA LIBER: Se fosse pedido a área do triangulo formado, seria a mesma ideia, mas a área seria a metade do modulo do produto vetorial. Com isso vemos que a afirmação é: Verdadeira www.liberedu.com | facebook.com/liberedu 15 E) Se 𝒖, 𝒗 e 𝒘 são vetores não nulos de ℝ𝟑 e tais que 𝒖 𝒙 𝒗 = 𝒖 𝒙 𝒘, então 𝒗 = 𝒘 Como vimos no exemplo anterior, o produto vetorial entre os vetores abaixo independe do valor de a: 𝑢 = (1,0,0) 𝑣 = (𝑎, 1,0) Então basta escolher dois vetores diferentes do tipo (𝑎, 1, 𝑜) que teremos três vetores diferentes, onde o produto vetorial entre dois deles será igual, podemos por exemplo escolher: 𝑢 = (1,0,0) 𝑣 = (0,1,0) 𝑤 = (1,1,0) 𝑢 x 𝑣 = 𝑢 x 𝑤 = (0,0,1) Podemos ver que a afirmação é: Falsa www.liberedu.com | facebook.com/liberedu 16 Gostou desse gabarito? Esperamos que sim e que tenha te ajudado bastante! Afinal, estamos aqui para isso! Então se tiver gostado e desejar mais material como esse, gratuito e de qualidade, não esqueça de nos ajudar mandando provas, listas e todo o conteúdo que você quiser que resolvamos bem explicadinho para nosso email, contato@liberedu.com! 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