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Processo do Trabalho

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SINTETICÍSSIMO
CURSO DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO- ASSUNTOS TRATADOS: 
TRÂMITES TRABALHISTAS, PRINCÍPIOS E LEIS QUE REGULAMENTAM; O DESEMPENHO JURISDIÇÃO TRABALHISTA, A ORGANIZAÇÃO, A JURISDIÇÃO, COMPETÊNCIA, JUIZES, PRINCIPIOS, ELEMENTOS DA AÇÃO, LEALDADE PROCESSUAL, AGRAVO DE PETIÇÃO, NULIDADES PROCESSUAIS, PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS, POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO, EXECUÇÃO TRABALHISTA, PROCESSOS ESPECIAIS, PROCESSAMENTO DA EXECUÇÃO.
QUESTÕES DE MAIOR IMPORTÂNCIA NO DIREITO PROCESSUAL TRABALHISTA.
1- O procedimento ordinário nos dissídios individuais inicia-se com a apresentação da Petição Inicial, elaborada pelo Advogado ou pelo próprio Reclamante, no exercício do “jus postulandi”.
FACILITAÇÃO DANDO ACESSO às instâncias trabalhistas> consubstancia-se o jus postulandi, que é a possibilidade de as partes envolvidas na relação trabalhistas ingressarem em juízo sem o acompanhamento de advogado. Embora tal prerrogativa ponha em dúvida a qualidade de defesa não deixa de ser um importante facilitador, notadamente ao hiposuficiente.
2- Para Amauri Mascaro, SÃO REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL: a designação do juízo, qualificação do autor, individualização do réu, exposição dos fatos, pedido e indicação do valor da causa. Não há a necessidade de pedir a citação do réu, ato que é promovido de ofício pela Secretaria. (esses requisitos já acompanhamos nos modelos de Petição Inicial).
3- Aplicam ao processo do trabalho os princípios gerais do direito processual, como o direito ao contraditório, igualdade de tratamento das partes (em consonância com o princípio da proteção), publicidade dos atos, a lealdade processual, motivação das decisões, dentre outros.
Pelo princípio da oralidade, consubstanciado no Art. 840, §2º da CLT, a A PETIÇÃO INICIAL PODE SER FEITA ORALMENTE, E reduzida a termo (TRANSCRITA) no Órgão onde for apresentada. Tal faculdade vem se exaurindo na prática, não obstante ainda subsista na legislação.
Que Princípios que se aplicam ao processo do trabalho que busca trazer inovações permitindo a celeridade do processo > os princípios gerais do direito processual, como o direito ao contraditório(, igualdade de tratamento das partes (em consonância com o princípio da proteção), publicidade dos atos, a lealdade processual, motivação das decisões, dentre outros.
Outro princípio fundamental é a concentração. Dele desdobra-se a brevidade e a simplicidade do processo do trabalho. O Princípio da concentração é presente, na realização de uma audiência una onde é apresentada a contestação. Outro princípio fundamental é a realização de justiça social, máxima de toda disciplina legal trabalhista.
Processo do Trabalho > BUSCA> permitir a celeridade do processo sem o comprometimento do direito à ampla defesa e ao contraditório assegurados pela Constituição Federal.
5- Após, a distribuição,será feita a citação por via postal, sem a participação do Magistrado. Torna-se válido tal ato com a entrega da carta citatória no âmbito do reclamado, não sendo necessária a citação pessoal. No art. 774 da CLT, a lei fixa uma presunção de recebimento, após 48 horas da expedição da carta; tal presunção é relativa, admitindo, portanto, prova em contrário. Por fim, há de se ressaltar que não cabe citação por hora certa na Justiça do Trabalho, não se aplicando o C.P.C. nessas hipóteses.
6- Segue-se então com a instrução, onde são produzidas as provas orais. Estas são o depoimento pessoal e a inquirição de testemunhas. Quanto à prova documental, esta deve acompanhar a inicial ou a contestação, salvo quando não houver impossibilidade de fazê-lo. A prova pericial também deverá ser requisitada na peça vestibular ou na contestatória.
7- Em decorrência do princípio da concentração, a audiência será o momento para apresentação da defesa. Segundo a lei, a audiência é una, mas, segundo o dizer de Amauri Mascaro, a praxe consagrou a sua divisão, dada a impossibilidade de realização de todos os atos numa só e mesma sessão. Observe-se que apenas 3 (três) testemunhas poderão ser ouvidas no procedimento Ordinário.
8- Desse modo, a audiência será divida em inicial, de instrução e de julgamento. Na inicial, será realizada a primeira tentativa obrigatória de conciliação, se frustrada, será apresentada a defesa. A parte tem então 20 minutos para a exposição oral, o que dificilmente acontece, sendo a contestação escrita predominantemente utilizada.
9- REVELIA -> O não comparecimento do Autor gerará arquivamento do processo (Art. 844, CLT). Quando o Reclamante faltar, o processo será arquivado sem resolução do mérito. E, se der causa a dois arquivamentos consecutivos, perderá o direito de pleitear durante seis meses junto à Justiça do Trabalho. Se o Reclamado não comparecer, (não apresentação de contestação) haverá revelia e confissão quanto a matéria de fato alegada na exordial.
(vocabulário: exórdio: introdução ou preâmbulo de uma obra literária).
10- Não tendo o juiz conhecimento técnico para dirimir controvérsia surgida, deverá nomear perito, o qual receberá “encargo judicial de proceder à verificação que exige o conhecimento especial” (Mascaro). As partes poderão formular quesitos e nomear assistentes técnicos.
 Se o juiz indeferir oitiva de testemunha do reclamante sob a alegação de que a pessoa promove reclamação trabalhista contra a mesma reclamada. Eu, como advogado do reclamante tomaria que atitude?
R- Como advogado> Faria consignar os protestos em ata de audiência, para arguir nulidade, se for o caso, quando do recurso ordinário.
11- Na Justiça do trabalho poderá o preposto ser ou não ser empregado de quem representa? R- Conforme o art.843§ 1º da CLT é facultado ao empregador se fazer representar na audiência pelo gerente ou qualquer outro empregado que tenha conhecimento do dissídio. E, de acordo com a Súmula 377, há a exigência que o preposto seja empregado, exceto para reclamação de empregado doméstico.
COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA> Artigos 625 A até 625 H.
O tempo despendido pelo representante dos empregados na atividade conciliadora será considerado como de trabalho efetivo perante o seu empregadir (Art. 625B § 2º
12- Após ter conciliado com a empresa sua rescisão de contrato de trabalho, tendo ambos saído satisfeitos, sem qualquer ressalva, posteriormente, o ex empregado procura a mesma comissão de conciliação alegando que o termo de ajuste em discussão deu quitação somente a uma parte da demanda e que não havia sido feita ressalva sobre pedidos que ali não foram debatidos...porque não seria necessário...Qual a tese jurídica a ser debatida diante dessa situação?
R- Conforme o Art. 625 E da CLT, uma vez feita a conciliação, o termo lavrado e assinado, é título executivo extra-judicial- não houve ressalva e assim sendo não cabe outra ação contra a mesma empresa. E, de acordo com o Art. 831 da CLT, § Único, e Súmula 10 V TST, o termo uma vez lavrado vale como decisão irrecorrível.
13- Motorista, que tem extinto seu contrato de trabalho, insatisfeito com a empresa, pretende ajuizar Reclamação Trabalhista, postulando o pagamento de diversos títulos. O ex empregado residente em Nova Iguaçu conduzia o veículo que fazia a linha Praça –Mauá/ Rio de Janeiro/ Alcântara-São Gonçalo. É possível que ele escolha o foro entre as cidades de Nova-Iguaçu, Niterói, São Gonçalo e Rio de Janeiro? 
R- Competência em razão de Lugar. Art.651 da CLT- Inaplicabilidade do foro de eleição/ Inaplicabilidade da regra de domínio do réu. – 
COMPETÊNCIA
JUIZ PREVENTO- É COMPETENTE O DO LOCAL ONDE O RECLAMANTE DEU ENTREDA PRIMEIRO-
CITAÇÃO VÁLIDA- o primeiro a receber a notificação postal é o Juiz Prevento. Art. 219 do CPC. É quem 1º marcou audiência.
PRORROGAR A COMPETÊNCIA. Art.114 CPC-...Exemplo: A reclamada diz que o empregado sumiu(argúi na 5ª Vara), o empregado entre com ação na 4ª Vara.
A citação válida torna prevento o Juízo.
COMPETE À JUSTIÇA DO TRABALHO julgar: (a) as Penalidades Administrativasimpostas aos empregados> (b) Julgar as ações que envolvem exercícios do direito de greve. 
Ex. Cidadão veio de Aracajú para o Rio de Janeiro, contratado por um empregador uruguaio para trabalhar em Santiago do Chile, tendo lá trabalhado por 2 anos, ao término desse período foi dispensado> retornou ao Brasil e aqui ajuizou reclamação trabalhista, mas o juiz, atendendo a requerimento do reclamado extinguiu o processo sob fundamento que a competência para julgar a matéria é da Justiça Uruguaia, correspondente à nacionalidade do empregador.
O Juiz não agiu acertadamente. Conforme Art. 651, § 2º CLT – a lei estende a competência ao Judiciário brasileiro, para essa situação descrita no caso concreto. Em se tratando de decisão interlocutória não cabe recurso imediato. Cabendo de imediato a demonstração de inconformismo que deve ser registrada de imediato
CABE RECURDO DA DECISÃO PROFERIDA? SIM> CABE RECURSO ORDINÁRIO dirigido ao TRT, conforme Art. 895 § Único (tem prazo de 8 dias).
Com relação à COMPETÊNCIA MATERIAL NA JUSTIÇA DO TRABALHO É CORRETO AFIRMAR QUE: a Justiça do Trabalho é competente para julgar Ação ajuizada por SINDICATO DE CATEGORIA profissional em face de determinada empresa para que esta seja condenada a repassar-lhe as contribuições assistenciais descontadas dos salários dos empregados sindicalizados, conf. Art. 114, III.
CONFLITO DE COMPETÊNCIA: entre um Juiz do Trabalho e um Juiz Federal, >deve ser julgado pelo STJ.
A rapidez é um dos pilares fundamentais do processo trabalhista. Para Nicoliello, a ultrapetição das sentenças é manifesta e confere maior liberdade ao magistrado diante da matéria em debate; como exemplo, cite-se a reintegração convertida em indenização dobrada (Art. 496, CLT). 
AS NULIDADES PROCESSUAIS EM MATÉRIA TRABALHISTA> devem ser arguidas na primeira vez em que o ingressado tiver de falar em audiência ou nos autos, desde que os atos acarretem prejuízo à parte que argúi.
Só serão considerados nulos os atos que alegadamente causem manifesto prejuízo às partes.
NOTAS:
 Do Procedimento Sumaríssimo estão excluídos os órgãos da Administração Pública Direta .
INCOMPETÊNCIS RELATIVA> só o reclamante pode arguí-la.
PROCEDIMENTO ORDINÁRIO> apenas para causas acima de 40 salários mínimos (R$ 
A rapidez é um dos pilares fundamentais do processo trabalhista. 
O Juiz do Trabalho utiliza o Código Civil para dirimir questões de Contrato de Empreitada.
Após sentença inicia-se pelo relatório, o qual constitui uma exposição informativa sobre as peças produzidas no processo. Ademais, deve haver a fundamentação, que serve para “dar suporte lógico à vontade do juiz, encerrando o ato” (Pontes de Miranda). Por fim, na conclusão ou dispositivo haverá a decisão do juiz, constituindo o título executório. A sentença será comunicada de imediato quando prolatada em audiência. 
Ônus da prova- a regra do Código de Processo Civil (Art. 333), cabendo ao autor provar os fatos constitutivos de seu direito; ao réu, os fatos extintivos, impeditivos ou modificativos do direito do autor.
A instrução, tem-se o momento das razões finais, faculdade conferida as partes para “inspirar ou reforçar o convencimento do Juiz, no portal da sentença, por meio da análise e da interpretação do alicerce factual do dissídio”. (Rodrigues Pinto). Tais memoriais poderão também ser apresentados na forma escrita, sendo também o momento específico para impugnação do valor da causa.
SENTENÇA- Para por termo ao processo na instância inicial, dando solução à causa, o juiz proferirá a sentença, terminativa ou definitiva pondo fim ao processo, e, na última hipótese, adentrando na discussão do mérito da causa.
Recurso Ordinário- da decisão caberá Recurso Ordinário para o Tribunal Regional do Trabalho respectivo, o qual pode revolver a matéria fática visando inclusive ao pré questionamento para posterior Recurso de Revista ao Tribunal Superior do Trabalho.
ADVOGADO – o advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de 15 dias (Art. 5º § 1º da Lei 8806/94). A súmula 164 do TST dispõe que o não cumprimento dessa determinação importa o não conhecimento de Recurso por inexistência, exceto na hipótese de mandato tácito. Observar o caso concreto.
Procedimento Sumário
	O Procedimento Sumário. Em síntese, é o que cabe em causas de valor até 20 salários mínimos, mais célere, no qual só cabe recurso quando versar sobre matéria constitucional, percorrendo o recurso neste caso todas as instâncias trabalhistas.
		Diante dos problemas que a impossibilidade de recurso implica, aliado ao surgimento do procedimento sumaríssimo, o qual abarca também as causas nos valores supra, o rito sumário deixou de ser utilizado na prática, não obstante subsista a previsão legal. 
		Os juízes normalmente têm fixado o valor da causa acima desse limite, evitando assim possíveis recursos por cerceamento de defesa, já que o procedimento sumário em regra não admite recurso, e isto sempre será desfavorável a uma das partes.
PROCESSO SUMARÍSSIMO, mais utilizado na prática...
O Juiz, de ofício, ou a requerimento do interessado, corrigirá o erro ou a falta de distribuição, compensando-a.
A toda causa será atribuído um valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico (Art. 258 CPC).
Art. 259 ver também o Art. 259 e incisos.
Em sequência, tratar-se-á do procedimento sumaríssimo, criado pela Lei 9957/2000, que veio para aumentar ainda mais a celeridade e simplicidade do processo trabalhista. É aplicável em causas cujo valor não exceda 40 salários mínimos, tendo como base o valor do mínimo na data do ajuizamento da ação.
Esse procedimento chamado SUMARÍSSIMO é de suma importância, pois abarca grande parte dos procedimentos, os de menor vulto, atendendo assim à camada mais carente da população. 
Ademais, vale ressaltar que tal procedimento não se aplica aos dissídios coletivos, nem quanto à Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional. A inovação busca realmente atingir as camadas mais necessitadas, funcionando como um verdadeiro “Juizado Especial” no ramo trabalhista.
REQUISITOS PARA PROCEDIMENTO no rito Sumaríssimo: o procedimento sumaríssimo tem início com a petição inicial, a qual possui algumas peculiaridades, além dos requisitos já trazidos quando se tratou do procedimento ordinário. O primeiro diz respeito ao pedido, que deve ser certo e quantitativamente determinado, indicando-se o valor da causa, opinião corroborada pela maioria da doutrina. 
		Outro requisito diz respeito à indicação correta do nome e endereço do reclamado, pois o Art. 852-B, II, da CLT, dispõe que não se fará citação por edital. Destarte, só há citação pessoal ou por oficial de justiça, mesmo nos casos em que a parte contrária obstar o livre prosseguimento do ato. Tal fato se justifica pela celeridade do procedimento, aliado ao fato de que não há omissão da lei trabalhista nesse tema, não se aplicando o Código de Processo Civil, que recomenda adotar à citação via edital. 
		Esses são os dois requisitos básicos da petição inicial; na falta de qualquer um destes, o juiz arquivará a reclamação. Para Pinto Martins, quando o arquivamento for por pedidos ilíquidos, deveria ser adotada a expressão extinção do processo sem julgamento do mérito.
O pedido deverá ser certo ou determinado e indicará valor da causa correspondente. A
No rito Sumaríssimo não se fará citação por Edital, mas sim por oficial de Justiça.
O autor deve indicar o nome e endereço corretos do reclamado.
PROCESSO SUMARÍSSIMO
 Quanto à apreciação pelo juiz, esta deve se dar em 15 dias. Trata-se de prazo impróprio, pois não impõe nenhuma sanção ao magistrado. Não obstante, tal apreciação pode ser requerida via correição parcial, recurso trabalhista próprio para dirimir questões que não possuam procedimento específico.
		Avançando no processo, a audiência será obrigatoriamente una. Neste caso, há uma exigência específicada CLT. no art. 852-C, não podendo haver a subdivisão que normalmente ocorre no procedimento sumário.
			RELATÓRIO > questão relevante é a inexigibilidade de relatório na sentença, fundamental no procedimento ordinário. Não obstante, deve o juiz fazer um breve resumo dos fatos relevantes (Art. 852-I). Desse modo, há um relatório, sendo imprópria a expressão da lei quando menciona a dispensa do relatório. O que há é a desnecessidade de um relato profundo sobre o processo, embora subsista o próprio relatório.
Sobre a conciliação, a lei diz que o juiz deve persuadir as partes para tal, durante toda a audiência. Não há, entretanto, um momento obrigatório como no procedimento normal, no qual a falta gera nulidade processual.
		O não comparecimento de qualquer das partes gera o mesmo efeito já tratado no procedimento ordinário. Com relação as preliminares processuais, estas serão decididas em audiência. Quando houver questão de mérito, será esta apreciada na sentença.
		Um fator importante sobre o procedimento sumaríssimo, é que aqui vigora o princípio dispositivo, o qual, através do art. 852-D da CLT, confere ao magistrado ampla liberdade para ordenar a produção das provas que julgar pertinente, além de excluir ou limitar as que julgar impertinentes.
		Quanto aos documentos acostados por cada parte, manifestar-se-á a outra imediatamente, salvo impossibilidade absoluta, consoante o art. 852-H. Não há no caso a interrupção da audiência, o que demonstra por mais uma vez a celeridade imposta pelo procedimento em voga. 
		O número máximo de testemunhas, cada parte só poderá indicar no máximo duas testemunhas para serem interrogadas. 
		A prova pericial deve ser deferida pelo magistrado quando a lei impuser ou o fato exigir. Deve-se nomear perito, determinando o objeto e fixando prazo para realização da mesma. Quanto à insalubridade e periculosidade, estas só podem ser comprovadas por perito técnico, seguindo o procedimento comum. As partes serão intimadas no prazo comum de 5 (cinco) dias para manifestação sobre o laudo.
RECURSOS
		
		Outra questão relevante é a inexigibilidade de relatório na sentença, fundamental no procedimento ordinário. Não obstante, deve o juiz fazer um breve resumo dos fatos relevantes (Art. 852-I). Desse modo, há um relatório, sendo imprópria a expressão da lei quando menciona a dispensa do relatório. O que há é a desnecessidade de um relato profundo sobre o processo, embora subsista o próprio relatório.
No Recurso ordinário (RO) deve o Juiz apreciá-lo e devolver a matéria em 10 dias para a apreciação do Tribunal, que irá inserir o Acórdão na Certidão de Julgamento. O prazo para interposição é o mesmo do Rito Ordinário: 8 (oito) dias.
		A particularidade se refere ao Recurso de Revista. Este recurso, que visa a uniformizar a jurisprudência no Tribunal Superior do Trabalho, sofre uma limitação no procedimento sumaríssimo. 
		O rito ordinário, é cabível nas seguintes hipóteses, previstas no art. 896 da CLT: divergência jurisprudencial na aplicação de lei federal ou sobre convenção coletiva, regulamento de empresa, lei estadual e sentença normativa, neste caso quando a aplicação ultrapassar a jurisdição do Tribunal recorrido.
Ex: Recurso ordinário de João que ajuizou ação trabalhista/ 15ª Vara> pedidos julgados improcedentes/ A Notificação Postal postada em 14/07/2011, quinta feira. Qual o prazo para ele interpor o Recurso Ordinário? R- O prazo final para interpor esse recurso passou a contar >48 horas após: sábado+ o dia seguinte domingo, logo a contagem do prazo inicia-se na segunda feira dia 18 + 8 dias = dia 26/07/2011, de conformidade com o Art. 774 (48 horas, presumidamente, para o recebimento do Aviso) e A Súmula 262 I TST, que esclarece que caindo no sábado o recebimento, conta-se o início do prazo a partir de segunda, contando-se 8 dias a partir daí.
		No processo submetido ao rito sumaríssimo só caberá Recurso de Revista quando houver violação à Constituição Federal ou contrariedade à súmula do TST. Segundo o melhor entendimento, quando for violada orientação jurisprudencial não caberá o recurso, o que visa a garantir a celeridade e efetividade do procedimento sumaríssimo.
APLICABILIDADE.
		A Lei. 9957 foi publicada em 13 de março de 2000. A dúvida que existia era se aos processos surgidos anteriormente a essa lei, esta seria aplicada. Hodiernamente, a orientação jurisprudencial nº 260 do TST dispõe:
“I – É inaplicável o rito sumaríssimo aos processos iniciados antes da vigência da Lei n. 9957/2000. (TST, SDI-1, OJ 260)”.
		Portanto, a lei só deverá ser imposta aos processos iniciados depois de sua vigência, preservando o direito já adquirido anteriormente.
20- CONCLUSÕES
		Em suma, o procedimento sumaríssimo tentou, inspirado nos Juizados Especiais Cíveis, conferir mais simplicidade ao Processo do Trabalho, o qual por si só já era célere, simples e efetivo. É importante ressaltar que na aplicação do rito sumaríssimo, quando houver omissão da CLT, deve-se buscar a complementação, principalmente, na Lei 9099/95, já que os princípios se coadunam com os propostos pelo novo rito trabalhista.
		Assim, foi uma importante modificação realizada na legislação trabalhista que garante, cada vez mais, a efetividade de um processo que deveria servir como exemplo para todas as instâncias comuns existentes no País, nas quais os processos se arrastam devido aos entraves processuais que são permitidos pela legislação.
BIBLIOGRAFIA 
Nestor de Buen, Derecho Procesal del Trabajo, Porrúa, México, 1988.
Lopez, Derecho Procesal del Trabajo, Editorial José M. Cajica Jr, S/A, México, 1956.
Menendez Pidal, Derecho Procesal Social, Editora Revista de Derecho Privado, Madri, 1950.
Couture, Algunas nociones fundamentales del derecho procesal del trabajo, in Tribunales del Trabajo, Instituto de Derecho del Trabajo, Faculdad de Ciências Jurídicas y Sociales, Santa Fé, Argentina.
Nélson Nicoliello. Nuevos apuntes jurídicos, Montividéu, Ed. Amalio M. Fernandez, 1970.
Amauri Mascari do Nascimento. Curso de Direito Processual do Trabalho. 13ª Edição. Ed. Saraiva.n 1992.
José Augusto Rodrigues Pinto, Processo Trabalhista do Conhecimento, 3ª Edição. LTR, 1994.
Wagner D. Giglio, Direito Processual do Trabalho, LTR, São Paulo, 1986.
Rodolfo Pamplona Filho. Processo do Trabalho (Estudos em homenagem ao Professor José Augusto Rodrigues Pinto), LTR, 1997.
Valentin Carrion, Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho, Ed. Saraiva. 2003.
Martins, Sérgio Pinto. Direito Processual do Trabalho. Ed. Atlas, São Paulo, 2001.
ÍNDICE
	ÍNDICE de Artigos 
	Assuntos tratados na CLT/CPC ou CRFB/88 (CF)
	114 CRFB e EC 45
	Competências da Justiça do Trabalho>possibilidade de adoção de arbitragem.
	I N 27 TST
	Ver apostila 4 > é inconstitucional, veio p/ facilitar quando do recebimento de processos da Justiça comum.
	616 § 1º CLT 
	Mediação de Conflitos – possibilidade
	625 A a 625 H
	Comissão de Conciliação Prévia (nas empresas, grupos de empresas ou sindicatos...)
	838, 839, CLT
	DOS DISSÍDIOS INDIVIDUAIS
	
	Forma de reclamação e da Notificação, qualificação das partes, reclamante e reclamado, audiência e julgamento.
	Art. 4º. Lei 1060/50 e 790,§ 3º. Da CLT< OJ 304 e SDI- 1 TST 
	Gratuidade de Justiça
	852 A a 852 I CLT
	Procedimento Sumaríssimo
	853 a 855 CLT
	Do Inquérito para apuração de falta grave
	856 a 855 CLT
	Dissídios Coletivos > sempre que ocorrer suspensão do trabalho.
	844 CLT
	Arquivamento do Processo
	878,876, § único; da 790 § 2º
	Impulso de Ofício na Execução
	Súmula 2121 TST e Art. 335 CPC
	Inversão do ônus da prova ou aceitação da presunção que só favorecem o empregado.
	Art. 5º., XXXVII e LIII CF 
	Princípios são enunciados genéricos...para iluminar o intérprete e o legislador.
	
	Princípio do Juiz Natural
	129, I CF
	Princípio do Promotor Natural
	Art. 5º. ,LIX CF
	Princípio doDevido Processo Legal
	5º cáput CF
	Princípio da Isonomia
	5º. LIV,LV, LVII CF
	Princípio da Garantia do Controle Jurisdicional
	 93, IX CF
	Princípio da Motivação das Decisões
	5º., LV CF
	Princípio do Amplo Direito de Defesa
	111, I,II e III CF
	Princípio da Revisibilidade das Decisões > composição do Órgão...
	333 CPC e 818 CLT
	Princípio da Incapacidade do Juiz
	839 /840/847 CLT
	Princípio da Simetria de Tratamento das Partes
	155,I e II CPC
	Princípio da Publicidade dos Atos Processuais
	14 a 17 do CPC
	Princípio da Lealdade Processual 
	473 CPC e 477 CLT
	Princípio da Preclusão e Homologação da rescisão contratual.
	843 a 852 e 893 § 1º. CLT
	Princípio da Celeridade e Economia
	625d 846 E 850 CLT 
	PECULIARIDADES DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
	
	 Vigentes > conciabilidade (submeter AA Comissão de Conciliação Prévia)
	Súmula 263 TST
	Emergentes> Inaceitação da Inéptia
	467 CLT
	Estrapetita (caso pagamento verbas resilitórias, se houver controvérsias)
	496 CLT
	 Quando a reintegração for desaconselhável...o Tribunal do trabalho poderá...
	625 A até H CLT
	Comissão Conciliadora Prévia.
	872 § Único CLT
	Coletivização dos Dissídios Individuais
	856 e 878 CLT
	DA LEGISLAÇÃO
	
	Instauração de Ofícios da Instância
	111,I,II e III CF
	Triplo Grau de Jurisdição
	Lei 5584/70 Art. 22 § 4º 
	Instância Única
	114§ 2º CF
	Poder Normativo
	839 CLT
	Jus Postulanti
	840 E 847 CLT e
282, III e IV CPC
	TÉCNICAS DE PROCEDIMENTO
	
	Oralidade > exposição dos fatos que resultem no dissídio
	295, I e § Único
	O Pedido
	625§3º e 852 B,I,II CLT
	Procedimento Sumaríssimo até 40 salários mínimos (não se faz citação por Edital, logo, informa corretamente o valor por Edital.
	
	Procedimento Ordinário > acima de 40 salários mínimos.
	282,VI,VII CPC e 841 CLT
	Requerimento de citação da reclamada, além da produção de Provas.
	825 E, 846 a 850 CLT
	Concentração de Atos / Proposta conciliadora
	794 a 796 CLT
	Instrumentalidade
	848 e 879 CLT
	Inquisitoriedade
	3º. CLT
	 Relações de trabalho/ relações de emprego (pessoalidade, onerosidade, não eventualidade, subordinação)> relações regidas.
	769 CPC e remissões
Lei 6.830/80
	Casos omissos buscar CPC . caso de falência de empresas> Lei 6.830/80 sobre cobrança Judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública e dá outras providências
	Art. 335 CPC
	Na falta de Normas Jurídicas o Juiz aplicará: regras da experiência comum, técnica e pericial
	212 TST
	DESPEDIMENTO> ÔNUS DA PROVA> término do contrato, negada a prestação de serviço e o despedimento.
	876 e § Único a 879
	Execução > serão executados ...ex ofício > pagamento imediato> ...ordenada liquidação.
	115CPC 669 CLT 
	COMTETÊNCIA, CONFLITOS DE
	114,V,CRFB, 102,I CF,
105,I, D CF/88
	SOLUÇÕES DOS CONFLITOS DE COMPETÊNCIA
	APÓS A EC 45/04 114 CRFB/88
	COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉERIA
	Lei 9958/2000
	Criação das Comissões
OBSERVAÇÕES:
O TST FEZ CRIAR AS COMISSÕES (CCP) DEVIDO AO GRANDE NÚMERO DE AÇÕES JUDICIAIS. TAMBÉM CRIOU O RITO SUMARÍSSIMO PARA ACELERAR AS DECISÕES.
O sucesso das comissões importaria o esvaziamento da importância da Justiça do Trabalho.
Os operadores do direito questionam a inconstitucionalidade do que reza o Art. 625D da CLT e a extensão da eficácia liberatória do Art. 625 E (óbice ao exercício do direito de ação).
A garantia do acesso à Justiça está prevista no Art. 5º, XXXV CRFB/88.

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