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Direit� Processua� d� Trabalh� I Evoluçã� Históric� d� DPT - Decreto 1.637 de 05/11/1907: Iniciou a fase de institucionalização da Justiça do Trabalho (conselhos de conciliação e arbitragem, no âmbito dos sindicatos); - Lei Estadual 1.869 do Estado de SP: Criou-se os Tribunais Rurais do Trabalho (500 mil réis); - Decreto 19.433 de 26/11/1930: Era Vargas - Cria-se o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio; - Em 1932: Foram instituídas as comissões mistas de conciliação que tinham como finalidade conciliar os conflitos coletivos e, neste mesmo ano, foram criadas as juntas de conciliação e julgamento, destinadas a conciliar e solucionar os dissídios individuais, tendo, porém, natureza de órgão administrativo. As execuções das decisões proferidas era feita perante a JUSTIÇA COMUM. ⤷ As Juntas eram compostas por 1 juiz presidente (sendo preferencialmente advogado, magistrado ou funcionário público) e por 2 vogais (representante dos empregados e outro do empregador) - nesta fase, o juízes não gozavam de independência e poderiam ser demitidos pela vontade de uma só das partes (ad nutum). ⤷ Apenas os empregados sindicalizados tinham acesso às Juntas ou comissões mistas. - CF de 1934: Deu origem a fase de constitucionalização da Justiça do Trabalho - para dirimir questões entre empregados e empregadores (estava ligada ao poder Executivo e não ao Judiciário). - CF de 37: Seguiu a mesma ideia. - Decreto-Lei 1.237 de 02/05/1939 e 1.346 de 15/06/1939: Institucionalização da Justiça do Trabalho - instalada em 1º de MAIO de 1941 (justiça trabalhista como órgão autônomo com função jurisdicional, mas ainda não integrava o Poder Judiciário - não necessitava mais de ajuizamento na Justiça Comum - tinha processo próprio). ⤷ Divide-se em 3 instâncias: a) Juntas de Conciliação e Julgamento; b) Conselhos Regionais do Trabalho; c) Conselho Nacional do Trabalho (JT e Previdência Social). - Decreto-Lei 9.797 de 1946: Aos Juízes Togados são conferidas garantias inerentes à magistratura (vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos) - Nesse momento é necessário realizar CONCURSO de títulos e provas para ingressar na carreira. ⤷ Aperfeiçoa-se a Justiça do Trabalho: a) CNT transforma-se em Tribunal Superior do Trabalho; b) CRs transformam-se em Tribunal Regional do Trabalho. ⤷ STF reconhece a Natureza Jurídica dos Tribunais Trabalhistas. ⤷ Logo, a Justiça do Trabalho passa a INTEGRAR O PODER JUDICIÁRIO (TST, TRTs e Juntas ou Juízes de Conciliação e Julgamento). ⤷ À JT é conferida a competência de se julgar e conciliar dissídios individuais e coletivos entre empregados e empregadores e, as demais controvérsias de trabalho especificadas em LEGISLAÇÃO ESPECIAL. - CF de 88: aqui se mantém a representação dos classistas - juízes leigos que representavam os trabalhadores e seus empregadores na JT, inicialmente ⤷ Agora têm-se: a) TST (17 juízes togados e vitalícios e 10 classistas temporários); b) TRTs (1/3 juízes classistas); e c) Juntas de Conciliação e Julgamento (presidente togado e 2 juízes classistas). - Emenda Constitucional 24/99: EXCLUI-SE a figura dos juízes classistas e a nomenclatura usada para as Juntas agora é VARAS DO TRABALHO; - Emenda Constitucional 45/04: Amplia-se a competência da Justiça do Trabalho - contempla-se as relações de trabalho em sentido AMPLO. - Reforma Trabalhista: 1) permite a arbitragem para contratos com remuneração superior ao dobro do teto do Regime Geral da Previdência - art. 444, da CLT; 2) Cria Jurisdição Voluntária para homologação de acordos extrajudiciais; 3) Estabelece-se a contagem de prazos em DIAS ÚTEIS; 4) Restringe-se o benefício da gratuidade judiciária; 5) Prevê Honorários Advocatícios Sucumbenciais; 6) Impôs a indicação de valores NOS PEDIDOS das Reclamatórias Trabalhistas no Rito Ordinário; 7) Autoriza a representação por preposto não empregado; 8) Estabelece novo procedimento para exceção de incompetência; 9) Restringe a execução de ofício... Direit� Processua� d� Trabalh� - Objetivo: regular os processos individuais e coletivos submetidos à sua jurisdição): - Conceito: para Sérgio Pinto Martins é um conjunto de princípios, regras e instituições que se destinam a regular a atividade dos órgãos jurisdicionais na solução dos conflitos individuais ou coletivos, que advém da relação jurídica. - Autonomia: ⤷ Corrente Monista – Direito Processual do Trabalho NÃO POSSUI autonomia, pois segue as regras e princípios do processo comum – mero desdobramento do processo civil; ⤷ Corrente Dualista – POSSUI autonomia, pois contém legislação e princípios próprios, possuindo inclusive, ramo especializado do judiciário para soluções de conflitos, além de ser objeto de estudos doutrinários próprios. - Fontes de Integração: ⤷ Fontes: correspondem à origem da norma e como ela se exterioriza no mundo jurídico; ⤷ Integração: mantém a plenitude do ordenamento jurídico, servindo para contemplar as lacunas existentes, especialmente na codificação principal; ⤷ Fontes Materiais: em suma, trata-se de estudo filosófico e sociológico sobre o aparecimento da norma; ⤷ Fontes Formais: relaciona-se à forma em que a norma jurídica se exterioriza no mundo jurídico (ex: CF; Convenções e Tratados Internacionais; LC e LO). ⤷ A integração tem regulamento na CLT e leis esparsas: em caso de omissão da CLT ou leis esparsas, poderá ser aplicada de forma SUBSIDIÁRIA o processo comum (art. 769, da CLT). Omissão + Compatibilidade LEMBRAR: Nos casos de Execuções, antes de ser aplicado o processo comum, deve-se invocar a Lei de Execuções Fiscais (art. 889, da CLT); Essa ordem não será observada quando a própria norma celetista impuser qual a norma a ser aplicada, como ocorre no caso da ordem preferencial de bens à penhora, onde deverá incidir diretamente o art. 815, do CPC (art. 889, da CLT). - O art. 15 do CPC possui diferenças essenciais em relação ao art. 769 da CLT: 1) Permite a aplicabilidade do CPC, quando houver OMISSÃO na CLT não versando sobre a necessidade de COMPATIBILIDADE; 2) Permite a aplicabilidade do CPC em caráter SUPLETIVO e subsidiário à legislação trabalhista, enquanto a CLT apenas trata da SUBSIDIARIEDADE. - Existem correntes que discutem se há ou não conflito entre esses artigos: 1) Existe o conflito e deve ser sanado pelo critério da especialidade, ou seja, deve ser aplicada a norma mais específica – CLT prevalece; 2) Existe o conflito, devendo ser aplicado o CPC, pois trata-se de norma sobre direito, não podendo, falar no critério de especialidade, devendo, assim, respeitar-se o critério cronológico – art. 15 é a norma mais nova; 3) Não existe conflito, havendo a necessidade de harmonização entre as normas do ordenamento jurídico e não de sua exclusão, possibilitando a aplicação simultânea, coerente e coordenada das plúrimas fontes legislativas – diálogo das fontes. ATENÇÃO: A doutrina clássica entende que haverá omissão quando houver lacunas normativas, já a moderna entende que há três espécies de lacunas: normativa (ocorre quando não há norma para determinado caso), ontológica (quando existe a norma, porém ela não corresponde à realidade social) e axiológica (quando existe a norma, mas se for aplicada, ela será injusta). Princípi�� d� Process� d� Trabalh�: Introduçã� - Princípios: bases gerais que são seguidas no momento de criar, interpretar, ou aplicar a lei - Segundo Pereira, são mandamentos de otimização, verdades fundantes, representando vetores e alicerces do sistema jurídico vigente - Segundo Delgado, são proposições gerais inseridas na cultura e ordenamento jurídico que conformam a criação, revelação, interpretação e aplicação do Direito - O pós-positivismo concedeu aos princípios status de norma jurídica, conferindo-lhe força normativa; - Os princípios deixam de ter atuação apenas supletiva nessa nova concepção, para agir de forma autônoma, podendo inclusive contrariar uma regra jurídica. Tem-se, pois, que, na atualidade, as normasjurídicas (gênero) englobam as regras jurídicas e os princípios; - Função: instrutiva, interpretativa e normativa; a) Instrutiva: função de nortear o legislador para que este proponha leis que estejam alinhadas com os valores defendidos pelos princípios; b) Interpretativa: auxiliar diretamente os aplicadores do direito e magistratura no momento de tomar decisões em relação aos processos das JT; c) Normativa (integrativa – art. 8º, da CLT): servem para preencher supostas lacuna em situação que não está prevista na lei. Nestes casos, pode-se usar um princípio para dar base à decisão do Judiciário. Princípi�� comun� a� Process� Civi� � d� Trabalh� 1) Do dispositivo ou da demanda ⤷ também conhecido como inércia da jurisdição – na esfera civil o processo somente tem início com a provocação da parte, mas na trabalhista, via de regra, a parte interessada poderá ajuizar a ação de modo verbal (será reduzida a termo) ou escrita, conforme arts. 786 e 787, da CLT. Obs: No processo do Trabalho – Inquisitoriedade (característica de investigação ativa dos fatos de um caso) é exaltada na CLT; ⤷ na fase de execução trabalhista, o princípio da demanda não era adotado no processo do trabalho, vez que se possibilitava a execução, de ofício pelo juiz (princípio inquisitivo). ⤷ Contudo, com o advento da Lei nº 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), o art. 878 da CLT, passou a adotar o princípio da demanda na execução, possibilitando que a execução de ofício seja realizada apenas nos casos em que as partes não estiverem representadas por advogado, ou seja, quando for o caso do jus postulandi. 2) Princípio Inquisitivo ⤷ concede poder ao órgão julgador para dar continuidade ao processo, a fim de chegar ao resultado final da demanda; ⤷ No processo do Trabalho esse princípio ganha relevância devido aos art. 765, da CLT – iniciado o processo (princípio do dispositivo), será impulsionado oficialmente (inquisitivo), devendo os sujeitos cooperarem entre si para que se obtenham, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva (princípio cooperativo). 3) Princípio do Duplo Grau de Jurisdição ⤷ possibilita o reexame das decisões por um grau jurisdicional superior (fundamentado no art. 5º, LV, da CF/88 – garante ampla defesa, com meios e recursos a ela inerentes); ⤷ na realidade, a denominação “duplo grau de jurisdição” encontra certa incorreção jurídica, pois, dá a impressão da existência de apenas dois graus de jurisdição, o que não é verdade Obs: há tese MAJORITÁRIA é que a Constituição Federal não reconheceu o duplo grau de jurisdição como garantia ou princípio constitucional, colocando-o como regra de organização judiciária; ⤷ quais seriam as jurisdições: 1º grau: vara do trabalho 2º grau: TRT 3º grau: TST 4º grau: STF 4) Princípio da Instrumentalidade do Processo ⤷ Esse princípio é um meio para se alcançar o objetivo do ato processual, uma vez que, os atos e termos processuais não dependem de forma determinada, de acordo com o CPC (art. 188), porém, há casos em que exigem-se formalidade, todavia, mesmo assim, pode o ato ser reputado válido se atingir sua finalidade essencial. ⤷ exemplo: quando o reclamado, sem ser notificado para comparecer à audiência designada, comparece espontaneamente, aperfeiçoando, assim, a citação 5) Princípio da Preclusão ⤷ é a perda da faculdade de praticar um ato processual – no caso do processo trabalhista está presente no art. 879, §2º, da CLT. a) Consumativa : não se pode praticar o mesmo ato processual duas vezes; b) Temporal: não se praticou o ato dentro do prazo previsto; c) Lógica: prática de ato processual incompatível com um ato anterior. Princípi�� d� Process� d� Trabalh� 1) Princípio da Proteção ⤷ princípio esse basilar desse direito – visa colocar os litigantes num mesmo patamar de igualdade (ameniza-se a diferença econômica entre os litigantes) – também denominado Princípio de Protecionismo Temperado ao Trabalhador ou Princípio Tutelar. ⤷ é um complemento do princípio da igualdade ⤷ exemplo: o comparecimento à audiência é tratado de forma diferenciada pela CLT em seu art. 844, se a ausência for do reclamante (autor) ação trabalhista será arquivada, o que proporciona ao autor, normalmente o empregado, a oportunidade de ajuizar uma nova ação perante a justiça especializada; já a ausência do reclamado, normalmente o empregador, importará em revelia, além de confissão quanto a matéria de fato. ATENÇÃO: Com a Reforma Trabalhista, o Reclamante que não comparece em audiência será condenado a pagar custas processuais para ingressar com nova Reforma Trabalhista (art. 844, §2º e 789 CLT) ⤷ nos casos de recursos, o depósito recursal é exigido apenas do empregador, quando este for o recorrente, conforme art. 899, §4º da CLT ⤷ desse modo, cabe ressaltar que a seara processual trabalhista vista tratar as pessoas desiguais de forma desigual, visando, num primeiro instante, proteger aquele que é o menos capaz economicamente. 2) Princípio da Conciliação ⤷ previsto no art. 764, da CLT – prevê que os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da JT serão sempre sujeitos à conciliação, podendo, de acordo com o art. 862 – E, do mesmo código, ocorrer EM QUALQUER FASE DA AUDIÊNCIA. a) Rito Sumaríssimo: aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes as vantagens dessa conciliação e usará os meios adequados de persuasão para a solução conciliatória do litígio em questão (em qualquer fase da audiência); b) Rito Ordinário: dois momentos obrigatórios que deve tentar a conciliação: na abertura da audiência inicial e antes da apresentação da defesa; e, depois das razões finais e antes da sentença, conforme art. 846 e 850, respectivamente. OBS: 1º momento na abertura a audiência inicial e antes da apresentação da defesa (art. 846 CLT) e 2º momento depois das razões finais e antes da sentença (art. 850 CLT). ⤷ Súmula nº 418 do TST: destaca-se que a obrigatoriedade está na tentativa de conciliação e não, necessariamente na sua celebração, ademais o juiz não está obrigado a homologar o acordo judicial apresentado pelas partes. ⤷ Para a efetivação dos meios de solução consensual de conflito, o CPC/2015 impõe que os tribunais criem centros judiciários com essa finalidade, para que haja a realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e o desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição (art. 165) 3) Princípio do Jus Postulandi ⤷ admite-se, no processo do trabalho, que o empregador ou empregado postule em juízo pessoalmente (sem a necessidade de advogado) – art. 791, da CLT. OBS: o TST não permite o jus postulandi nos casos de ação rescisória, ação cautelar, mandado de segurança e recursos de competência do TST (súmula 425, TST juntamente com art. 791 CLT). 4) Princípio da Oralidade ⤷ IMPORTANTE na JT – acelera a solução dos conflitos e da entrega da prestação jurisdicional – art. 840, §2º; art. 847, caput; art. 795, da CLT – esse se subdivide em: a) Identidade física do juiz: consiste na vinculação do órgão julgador àquele que conclui a audiência de instrução, ou seja, o juiz que instruiu o processo que acolheu diretamente a prova, deve julgá-lo, pois possui melhores possibilidade de valorar a prova, uma vez que a acolheu diretamente, tomou contato direto com as partes e testemunhas; b) Concentração dos atos processuais: quer dizer que em uma ou em poucas audiências próximas, devem ser realizados os atos processuais; c) Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias: (PRINCÍPIO 05) os atos do juiz podem ser classificados como sentenças (põe termo ao processo); decisões interlocutórias (tem natureza decisória, mas não é sentença) e despachos. ⤷ versa a CLT que a petição inicial pode ser apresentada de maneira verbal (art. 840, parágrafo 2º, CLT), o mesmo ocorrendo com a defesa igualmente, em audiência (art. 847, caput, CLT), as razões finais são verbais (art. 850, CLT), os protestos em audiênciasão verbais (art. 795, CLT). Ainda que lavrados a termo, a oralidade traduz dinamismo ao processo trabalhista, tornando-o ágil e célere. 5) Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias ⤷ os atos do juiz podem ser classificados como sentenças (põe termo ao processo); decisões interlocutórias (tem natureza decisória, mas não é sentença) e despachos. ⤷ com o intuito de alcançar de forma mais célere e efetiva processual, a resolução da pretensão colocada em juízo, a CLT, em seu art. 893, §1º, estabeleceu que “AS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS SÃO IRRECORRÍVEIS DE IMEDIATO” ⤷ Exemplo: as decisões interlocutórias são aquelas que resolvem questões incidentais (deferimento ou indeferimento de contradita de testemunhas, de requerimento de juntada de “documento novo”, de pedido de adiantamento da audiência; de concessão de tutela provisória de urgência ou medida liminar, etc) OBS (nos termos do art. 893, §1º CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, são nas hipóteses, a Súmula 214 do TST estabelece exceções) – a) se o TRT contrariar Súmula ou Orientação Jurisprudencial do TST; b) se a decisão for suscetível de impugnação mediante recursos para o mesmo Tribunal; e, c) decisão que acolheu exceção de incompetência territorial, com remessa dos autos para o Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, conforme o art. 799, §2º, da CLT. 6) Celeridade ⤷ não é exclusivo do DPT, mas é mais acentuado neste, uma vez que o trabalhador postula crédito de natureza alimentar. 7) Simplicidade ⤷ Processo do Trabalho é mais simples e menos burocrático que o Processo Civil – para Júlio Bebber a burocracia e formalismos são vícios que entravam o processo. 8) Informalidade ⤷ ao contrário do Processo Civil, o Processo Trabalhista é menos burocrático, mais ágil e simples, com linguagem mais acessível ao cidadão não versado em direito, ocorrem de forma mais simples e objetiva, proporcionando maior participação das partes, celeridade no procedimento e maiores possibilidades de acesso à Justiça ⤷ Exemplos: ● petição inicial e contestações verbais (art. 840 e 846 CLT) ● comparecimento de testemunhas independente de intimação (art. 825 CLT) ● recurso por simples petição (art. 899 CLT) ● ausência de despacho de recebimento da inicial, sendo a notificação da inicial ato próprio da Secretaria (art. 841 CLT). ● jus postulandi ● imediatidade entre o juiz e a parte da audiência ● linguagem mais simplificada no processo 9) Extrapetição ⤷ o magistrado pode condenar o reclamado em pedidos que não constam no rol da inicial ⤷ Exemplo: ● a Súmula 211 do TST; ● magistrado por deferir o adicional de 1/3 das férias do trabalhador quando não houve apenas o pedido de pagamento das férias sem previsão expressa do adicional; ● anotação da CTPS quando houver apenas o reconhecimento de vínculo empregatício; etc. OBS: pode o magistrado, portanto, condenar além da inicial, sem que se configure uma sentença extra ou ultra-petita, pois o princípio supramencionado é sinônimo de pedidos implícitos. Organizaçã� d� Justiç� d� Trabalh� (a��. 111, d� CF/88): Pontos Importantes: - A Justiça do Trabalho é uma das Justiças Federais Especializadas (matéria de natureza trabalhista); - Art. 646, da CLT: Os órgãos da Justiça do Trabalho funcionarão perfeitamente coordenados , em regime de mútua colaboração, sob a orientação do presidente do TST. Tribunal Superior do Trabalho: - Tem como função uniformizar a interpretação da legislação trabalhista; - Matéria trabalhista infraconstitucional; - Requisitos (art. 111-A, da CF/88): ● 27 ministros (esse número é FIXO); ● brasileiros; ● "com MAIS de trinta e cinco anos e MENOS de sessenta e cinco anos"; ● notório saber jurídico e conduta ilibada; ● "nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela MAIORIA ABSOLUTA do Senado Federal (Redação dada pela EC n° 92, de 2016)"; - Preenchimento (art. 111-A, I e II, da CF/88): ● 1/5 dentre advogados com MAIS de 10 anos de efetiva atividade profissional + membros do MPT com MAIS de 10 anos de efetivo exercício; ○ Deve-se observar o disposto no art. 94, do CF/88: ■ Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. Observação : Condução ao cargo: a indicação ocorrerá através da lista tríplice formada por esse órgão, sendo posteriormente encaminhada ao Presidente da República, para a escolha e nomeação dos nomes indicados, após a aprovação pela MAIORIA ABSOLUTA do Senado Federal; ● Dentre juízes do TRT oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo TST. - O procedimento vale tanto para os membros do quinto constitucional quanto para os membros de carreira, sendo a diferença: a) 1/5 - primeiro há a LISTA SÊXTUPLA (formada pelas entidades da respectiva categoria), sendo essa enviada ao TST que formará a LISTA TRÍPLICE; b) juízes de carreira - será formada a LISTA TRÍPLICE junto aos juízes de carreira dos TRTs (os membros dos TRTs oriundos do quinto NÃO podem concorrer a esta vaga de carreira). - Os Tribunais, conforme disposto no art. 96, da CF/88, tem competência PRIVATIVA para a elaboração de seus regimentos internos. - O art. 59 do Regimento Interno do TST estabelece que possui os seguintes órgãos: a) Tribunal Pleno; b) Órgão Especial; c) Seção Especializada em Dissídios Coletivos; d) Seção Especializada em Dissídios Individuais (SBDI - I e SBDI - II); e) Turmas (atualmente 8 turmas) - Os atos praticados pelos Ministros desse Tribunal decorrem de COLEGIADO (em regra as decisões são proferidas em conjunto); - As TURMAS são a composição mínima do Colegiado - participa-se em cada uma delas 3 Ministros. - Ec n° 45/2004 - funciona junto ao TST: ENEMAT e CSJT (função administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial- art. 111-A, § 2°, da CF/88). Tribunal Regional do Trabalho - O art. 115, da CF/88, estabelece que são Requisitos: a) no MÍNIMO, 7 juízes, recrutados, quando possível, NA RESPECTIVA REGIÃO; b) nomeados pelo Presidente da República; c) brasileiros; d) com MAIS de trinta anos e MENOS de sessenta e cinco anos (Redação dada pela EC n° 45, de 2004). - Preenchimento (art. 115, I e II, da CF/88): a) 1/5 dentre advogados com MAIS de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do MPT com MAIS de 10 anos de efetivo exercício, observando-se também o disposto no art. 94, da Carta Magna; b) os demais, mediante PROMOÇÃO de Juízes do Trabalho por ANTIGUIDADE e MERECIMENTO, alternadamente. - Art. 94, parágrafo único/ CF - Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação; - Art. 115, §§ 1° e 2°/ CF: § 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho INSTALARÃO a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho PODERÃO funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004). - Enquanto a justiça itinerante é uma obrigação (instalarão), a descentralização dos TRTs é uma possibilidade (poderão funcionar), contudo ambas têm o mesmo escopo: ampliar o acesso à justiça OBS: Tribunais Regionais do Trabalho (temos 24 TRTs - Acre, Tocantins, Roraima e Amapá estão agregados a outros tribunais / São Paulo possuio da Capital e o de Campinas) Varas do Trabalho (art. 112, da CF/88) - A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004); - Art. 113/CF. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 1999); - Art. 116/CF. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 1999). - Cumpre salientar que a Just. Trabalho deixou a sua composição tripartite (um juiz togado e dois classista) desde a EC 24/99, sendo exercida, em 1º grau, por um juiz singular, na forma do art. 116 da CF/88 Competênci� d� Justiç� d� Trabalh�: - Conceito: distribuição interna do exercício da atividade jurisdicional, ou seja é a medida da jurisdição – jurisdição é inerente à atividade de todo juiz, mas nem todo juiz tem poderes para julgar todos os litígio, sendo assim, só o magistrado competente tem legitimidade para fazê-lo validamente; - Competência Absoluta X Competência Relativa a) Competência Absoluta: é criada em razão do interesse público – é considerada assim em razão da matéria; da pessoa; e, da função. ● Essa é inderrogável e não pode ser modificada – deve ser declarada de ofício e pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição, independentemente de exceção. ● Em regra é arguida como preliminar de contestação; ● Declarada a incompetência absoluta, os atos decisórios serão nulos, remetendo-se os autos ao juízo competente. b) Competência Relativa: as partes podem aplicá-la ou não no caso concreto, sem que haja qualquer vício – privilégio às partes – é fixada em razão do território. ● Não pode ser reconhecida de ex officio, pois depende obrigatoriamente da provocação do réu; ● Pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que autuar; ● Com a REFORMA TRABALHISTA – o art. 800 da CLT, passa a prever que a alegação da incompetência territorial se dará por meio de exceção em peça apartada, devendo ser ● apresentada no prazo de 5 dias a contar da notificação e antes da audiência. - Competência Material X Em razão da pessoa: a) Material - identificada pela causa de pedir (fatos e fundamentos jurídicos) e pelo pedido deduzido em juízo; b) Em razão da pessoa – leva-se em conta a qualidade das partes envolvidas na relação jurídico-processual. Atenção: a Justiça do Trabalho é INCOMPETENTE para julgar causas instauradas entre o Poder Público e os servidores vinculados a ele por se tratar de típica relação baseada no regime estatutário ou jurídico-adm. – ADI nº 3.395; Também não possui competência para o processamento de litígios entre os servidores temporários e a adm. Pública. - Súmula 382 do TST – na hipótese do ente público alterar o regime celetista para estatutário, a Competência da JT fica limitada ao período do regime celetista, inclusive restringindo-se a execução aquele período – entende que a transferência do regime jurídico de celetista para o estatutário implica extinção do contrato de trabalho, fluindo o prazo da prescrição bienal a partir da mudança do regime. - Inscreve-se na competência material da JT a lide entre empregado e empregador tendo por objeto indenização pelo não fornecimento das guias do seguro desemprego – sum. 389, I, do TST; - Compete à JT processar e julgar ações ajuizadas por empregados em face de empregadores relativas ao cadastramento no PIS – sum. 300 do TST; - O plenário do STF, em 2013, decidiu que compete à Justiça Comum apreciar causas pertinentes à previdência complementar; - Súmula Vinculante 22 - A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional 45/2004. - Súmula Vinculante 23 - A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. - ADI 3.684 – concedida liminar, com efeitos ex tunc, declarando incompetência da JT para processar e julgar ações pênis. - Competência funcional: fixada em decorrência da distribuição interna de atribuições dos órgãos judiciais, no caso, da JT; ● A competência dos Tribunais pode ser subdividida em: recursal (relacionada aos recursos, ou seja, a CF, Lei ou os Regimentos Internos dos Tribunais definem o órgão que será competente para o julgamento de determinado recurso) é originária (ocorre quando a legislação suprime do primeiro grau de jurisdição o julgamento da causa, delimitando como competente um tribunal). ● Reforma Trabalhista – art. 652 – compete às Varas do Trabalho [...] decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da JT; - Competência Territorial (em razão do lugar): delimita com base nos limites geográficos de cada órgão do poder judiciário. Portanto, divide-se a competência considerando cada parte do território nacional. ● Essa modalidade de competência é relativa, o que significa que depende da provocação da parte interessada, a ser alegada em exceção de incompetência, sob pena de prorrogação de competência (juiz passa a ser competente). ● A partir do art. 651, da CLT, estabelece-se a estrutura para a competência da JT, em regra, de acordo com a PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS, tendo como exceção: agente ou viajante comercial; empregado brasileiro que trabalha no exterior; e, empregado que promove prestações dos serviços fora da celebração do contrato de trabalho. - Conflito de Competência (arts. 803-812, da CLT): ● Se o conflito ocorrer entre juiz do trabalho e juiz de direito, no exercício normal de sua jurisdição, será julgado pelo STJ, pois os magistrados supra estão sujeitos a tribunais diversos, cf. Art. 105, I, da CF/88; ● Se o conflito for entre juiz do trabalho e juiz de direito, investido da jurisdição trabalhista, localizados numa mesma região, será competência do TRT (art. 678, I, e, 3, da CLT; Súm. 180 do STJ e arts. 112 e 114, V, da CF); ● Pelo TST, os conflitos suscitados entre os TRs, ou entre Juntas e Juízos de Direito sujeitos à jurisdição de TR diferentes; ● Não se configura conflito de competência entre TRT e Vara de Trabalho a ele vinculada – sum. 420, TST). At��, Term�� � Praz�� Processuai� - Atos Processuais: são acontecimentos voluntários que ocorrem no processo e dependem de provocação do Estado-juiz, partes ou auxiliares da justiça - o processo é composto por atos processuais das partes, do juiz e de impulso processual - Princípios aplicados aos Atos Processuais: ● Sequencialidade, Finalidade e Interdependência: os atos processuais devem ser sempre analisados conforme a sequência em que são produzidos e não de forma isolada, assim, a sentença é o ato final das fases de conhecimento e de execução, deve resultar de outros atos anteriores realizados de forma encadeada a partir da petição inicial. ○ apesar de cada ato ter um objetivo específico, todos possuem uma mesma finalidade, qual seja, o atingimento da tutela jurisdicional justa, com prolação de decisão definitiva de mérito e a entrega do bem da vida ao credor ○ como os atos processuais são produzidos em sequência, haverá interdependência entre eles, de modo que o conteúdo e a forma de cada ato dependerá do ato praticado anteriormente e por consequência, influenciará o ato posterior ○ para ter validade os atos processuais devem obedecer às diretrizes e princípios processuais: ■ publicidade ■ limites temporais ■ forma ● Publicidade dos Atos Processuais: em regra, os atos processuais devem ser públicos○ as partes ou procuradores poderão consultar os processos, com ampla liberdade, nos cartórios ou secretarias ○ art. 770 CLT: excepcionalmente, é admitido o segredo de justiça no processo do trabalho, para preservar o interesse social, por exemplo, a intimidade da parte ● Tempo dos Atos Processuais: ○ entretanto, sendo necessário, mediante autorização do juiz, os atos processuais podem ser praticados fora do limite temporal acima, nos termos do art. 212, § 2º do CPC ○ art. 770 CLT: os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 às 20 horas ■ parágrafo único: a penhora poderá realizar-se em domingo ou dia de feriado, mediante autorização expressa do juiz ou presidente - Atos Processuais por Meio Eletrônico ● no processo eletrônico, quando a petição for enviada para atender a prazo processual, serão consideradas tempestivas, as transmitidas até às 24h do seu último dia (art.3º, parágrafo único, Lei nº 11.419/2006, CPC/2015, art. 213, caput). ● o parágrafo único do art. 213 CPC/2015 faz a ressalva de que para a aferição de atendimento do prazo, será considerado o horário vigente no juízo perante o qual o ato deve ser praticado, evitando-se, desse modo,, problemas relacionados às diferenças de fusos horários no Brasil e até mesmo ao horário de verão, que não ocorre em todos os Estados. - Comunicação dos Atos Processuais: a comunicação dos atos processuais consiste no meio de dar conhecimento a alguém dos atos realizados no processo, quando a comunicação ocorre entre juízos, ela é feita por meio de: ● Carta de Ordem: quando o tribunal se dirige a um órgão jurisdicional a ele subordinado hierarquicamente- exemplo: o ministro do TST expede ordem ao juiz do TRT ● Carta Precatória: é a comunicação entre juízes brasileiros quando não há hierarquia entre eles ● Carta Rogatória: é utilizada quando o juízo brasileiro comunica atos processuais ao juízos estrangeiro ● Carta Arbitral: foi introduzida pelo NCPC e serve para que o órgão do Poder Judiciário pratique e determine o cumprimento de ato objeto de pedido de cooperação judiciária formulado por juízo arbitral, inclusive os que importem efetivação de tutela provisória (art. 237 CPC/2015) ● Quando a comunicação não for realizada entre juízo, ela pode ocorrer de duas maneiras: ○ Citação: ato pelo qual se dá ciência a alguém de que contra si há uma ação em curso, podendo ser: ■ por via postal: em regra será encaminhada pelos correios com aviso de recebimento (art. 841 da CLT) ● no Proc. do Trabalho não constitui ato pessoal, podendo ser recebida por pessoa diversa das partes, sendo válida com a simples entrega de registro postal no endereço da parte ● Súmula 16 TST: presume-se recebida a notificação 48h depois de sua postagem, o seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário ■ por edital: quando o reclamado criar embaraços para o recebimento da notificação postal ou na hipótese de não ser encontrado, a CLT permite a notificação por edital ● na fase de execução é admitida a citação por edital, quando o executado é procurado por duas vezes no espaço de 48h e não é encontrado (art. 880, §3º da CLT) ● no rito sumaríssimo não se fará citação por edital (na fase de conhecimento) ■ por oficial de justiça: está prevista na CLT apenas para a fase de execução (art. 880 CLT) ● na fase de execução, a citação deve ser pessoal ● a citação da União, Estados e Municípios deve ser realizada por meio de oficial de justiça, inclusive na fase de conhecimento ■ por meio eletrônico: a Lei nº 11.419/2006, regulamentada atualmente no âmbito da JT pela resolução nº 185/2017 do CSTJ, estabelece que nos processos eletrônicos, todas as citações, intimações e notificações, inclusive as destinadas à União, Estados, DF e Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público será feita por meio eletrônico, sem prejuízo da publicação no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho (DEJT) ○ Intimação: ato pelo qual se dá ciência a alguém de um ato processual para que pratique ou deixe de praticar um ato ■ poderá ser realizada por meio do Diário Oficial em nome do advogado das partes ■ Súmula 427/TST: ato de nulidade processual (comunicação em nome de outro profissional ■ poderá ocorrer a intimação postal ou por oficial de justiça e meio eletrônico, não poderá arguir a nulidade por aquele que lhe deu causa (art. 796, b da CLT e 276 CPC) ■ poderá realizar a intimação na audiência (art.834 e 852 CLT) ATENÇÃO: no Processo do Trabalho, citação recebe o nome de NOTIFICAÇÃO (art. 841 da CLT) - Termos Processuais: são atos documentados do processo, a transformação do ato em documento é denominada “TERMO” e deve ser escrito na língua portuguesa - Prazos Processuais: é o tempo no qual deve ser praticado um ato, a fixação é necessária como condição de desenvolvimento do processo ● prazo legal: é o fixado em lei ● prazo judicial: é fixado pelo juiz na omissão da lei ● prazo convencional: é estabelecido por conveniência das partes, de comum acordo, ex: a suspensão do processo para tentativa de acordo ● prazo peremptório: prazo fatal, de natureza preclusiva, não pode ser alterado pelas partes e nem pode ser prorrogado ● prazo dilatório: não preclusivo, pode ser prorrogado pela solicitação das partes ● contagem dos prazos processuais: são contados em dias úteis ○ exclui-se o dia de começo e inclui o dia do vencimento ○ se o dia do início for feriado ou dia não útil, o prazo somente começa a contar no primeiro dia útil, a mesma coisa irá acontecer com o vencimento ● suspensão e interrupção dos prazos: os prazos podem ser suspensos ou interrompidos ○ exemplo de suspensão: recesso forense que ocorre entre 20 de dezembro a 6 de janeiro ○ exemplo de interrupção: oposição de embargos declaratórios, que interrompem o prazo recursal ● prazo diferenciado: as pessoas jurídicas de direito público que não explorem atividade econômica, o MP e a Defensoria Pública possuem prerrogativas de prazos diferenciados (prazo em dobro para manifestar nos autos-recursos, contrarrazões) ATENÇÃO: o MP e a Defensoria Pública, não terá prazo quádruplo para contestar (art. 180 §2º, 183 §2º e 186 §4º CPC) ● Decreto Lei nº 779/69, art. 1º: a União, Estados, DF e Municípios e as autarquias ou fundações de direito público federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica: ○ prazo em quádruplo para contestar ○ prazo em dobro para recorrer ● OJ nº 310 da SDI-1 do TST: litisconsortes. Procuradores distintos não haverá prazo em dobro Nulidade� Processuai� - Vícios Processuais: o processo do trabalho é pautado no princípio da simplicidade, entretanto a ausência de cer4tas formalidades dá origem aos chamados vícios dos atos processuais, que são classificados nas seguintes espécies: ● atos inexistentes: são aqueles que não possuem os elementos mínimos para sua formação ○ vício de maior gravidade ○ exemplo: sentença assinada por quem não é juiz ● nulidade absoluta: ocorre quando há violação de norma de interesse público ○ vício insanável ○ pode ser reconhecida de ofício pelo juiz ou por meio de requerimento da parte a qualquer momento ATENÇÃO: o CPC/2015 enfatiza que mesmo na hipótese de nulidade absoluta, o juiz, antes de manifestá-la de ofício, deverá oportunizar o contraditório (art.10), o que deve ser aplicado ao processo do trabalho, em observância ao princípio do contraditório substancial (trinômio: informação + possibilidade de reação + poder de influenciar o julgador) ○ exemplo: ajuizamento de ação perante o juízo absolutamente incompetente, nesse ponto o CPC destaca que, salvo decisão judicial em sentido contrário, os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente serão conservados até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente (CPC/2015, art. 64 §4º) ● nulidade relativa: decorre da violaçãode norma de interesse das partes ○ não havendo alegação na primeira oportunidade em que tiver que se manifestar nos autos, o vício se convalesce, isto é, não poderá mais ser alegado ○ exemplo: incompetência territorial ● irregularidades: é o vício que não gera nenhum efeito para o processo ○ exemplo: folhas numeradas de maneira incorreta - Princípios das Nulidades Processuais ● Princípio da Transcendência (Prejuízo) ○ art. 794 CLT: nos processos sujeitos à apreciação da JT só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes ○ tal princípio é inspirado no sistema francês “pas de nullité sans grief” o que significa que não há nulidade sem prejuízos ○ art. 282 §2º CPC/2015: ademais, quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, o juiz não pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta OBS: parte da doutrina entende que esse princípio deve ser aplicado apenas quando se tratar de nulidade relativa, uma vez que a nulidade absoluta, o prejuízo é presumido ● Princípio da Convalidação ou Preclusão ○ art. 795 CLT: as nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos ■ §1º: deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro, nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios ■ §2º: o juiz ou o tribunal que se julgar incompetente determinará, na mesma ocasião, que se faça remessa do processo, com urgência, à autoridade competente, fundamentando sua decisão ○ portanto, a parte deverá arguir na primeira oportunidade que tiver para se manifestar nos autos, sob pena de preclusão ○ a preclusão consiste na perda da faculdade de praticar um ato processual, podendo ser: ■ temporal: quando a perda decorre na não realização do ato em determinado prazo ■ consumativa: realizado o ato (consumado),não se admite que seja novamente realizado ■ lógica: não se admite que a parte pratique um ato posterior incompatível com um ato anterior ■ pro iudicato: quando a preclusão é para o juiz ■ ordinatória: quando a validade de um ato pressupõe a existência de um anterior ● exemplo: os embargos à execução somente podem ser recebidos após a garantia do juízo pela penhora ■ máxima: quando ocorre a coisa julgada ATENÇÃO: em caso de arguição de nulidade posterior ao que deveria ter sido suscitada, os tribunais têm configurado como manobra processual inadequada e repudiada (‘nulidade de algibeira ou nulidade de bolso’) ● Princípio da Economia Processual ○ está inserida no art. 769 CLT, o qual dispõe que a nulidade não será pronunciada quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato. ○ permite=se que algumas nulidades sejam saneadas, como forma de dar celeridade processual ○ art. 796, a: a nulidade não será pronunciada quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato ● Princípio do Interesse ○ art. 796, b: a nulidade não será pronunciada quando arguida por quem lhe tiver dado causa ○ portanto, aquele que deu causa à nulidade não poderá argui-la posteriormente ● Princípio da Utilidade ○ a declaração da nulidade deve ser útil para o processo ○ deve-se buscar o aproveitamento dos atos praticados (princ. do aproveitamento), evitando-se, quando possível, a declaração de nulidade ○ art. 797 CLT: o juiz ou tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende ○ a nulidade de certo ato processual somente atingirá o posterior que dele for dependente (princ. da causalidade), conforme o art. 798 da CLT ○ art. 798 CLT: a nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam consequência ○ art. 282, caput CPC/2015: portanto, ao pronunciar a nulidade do ato, deve o juiz declarar quais atos foram atingidos e ordenar as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados ○ serão aproveitados os atos válidos praticados no processo, desde que posteriores ao ato nulo e que dele não sejam consequência ● Princípio da Instrumentalidade da Forma ○ art. 188 CPC/2015: em regra os atos processuais não dependem da forma determinada ○ impõe que a forma não pode ser vista como um fim em si mesmo, mas como meio para se alcançar o objetivo do ato processual Formaçã�, Suspensã� � Extinçã� d� Process� - Formação do Processo ● art. 2º CPC: de acordo com o princípio do dispositivo ou princípio da demanda ou da inércia da jurisdição, o processo se inicia com a iniciativa da parte ● art. 765 CLT: após a propositura da ação o processo se desenvolve por impulso oficial (prin. inquisitivo) ○ distribuição da RT ○ juiz prevento (aquele que recebe o primeiro processo) ○ notificação ● na seara trabalhista, são produzidos desde o ajuizamento da ação os seguintes efeitos: ○ torna prevento o juízo ○ induz a litispendência ○ constitui em mora o devedor ○ interrompe a prescrição - Suspensão do Processo ● art. 5º, LXXVIII/ CF; art. 6º CPC: o andamento do processo, em regra, deve ocorrer sem nenhuma suspensão, devido ao princípio da duração razoável do processo ● art. 799 CLT: prevê a suspensão do processo nos casos de exceção de incompetência e suspeição ● art. 844, parágrafo único CLT: e quando por motivo relevante, o presidente suspender o julgamento designando nova audiência ● art. 775 CLT: há ainda previsão de prorrogação dos prazos processuais pelo juiz ou tribunal, quando o magistrado entender necessário ou em virtude de força maior, devidamente comprovada ● art. 313 CPC/2015: suspense-se o processo: ○ Morte ou perda da capacidade processual: ■ Nos casos em que o direito discutido no processo for intransmissível, ocorrerá a extinção do processo sem resolução de mérito, conforme art. 485, IX, do CPC. Nos demais casos em que o direito discutido for transmissível, haverá a suspensão do processo. ■ Havendo falecimento da parte, é necessário o procedimento de habilitação nos autos. A habilitação corresponde a uma ação incidental de procedimento especial. A suspensão será iniciada na data do falecimento da parte. ■ Falecido o réu pessoa física, o juiz ordenará a intimação do autor para que promova a citação do respectivo espólio, de quem for o sucessor, ou se for o caso, dos herdeiros, no prazo que designar, de no mínimo 2 e máximo 6 meses. (art. 313, § 2º, I, CPC) ■ Falecido o autor, pessoa física, caso tenha sido aberto o arrolamento ou o inventário, o espólio será representado pelo(a) inventariante. ● Por outro lado, caso não haja arrolamento ou inventário, a Lei nº 6.858/80 prevê um procedimento simplificado de habilitação pelos herdeiros habilitados perante a Previdência Social. ● Se não houver dependentes habilitados na Previdência Social, a regularização do polo ativo da demanda ocorrerá por meio de exibição de alvará judicial obtido no Juízo Cível competente, independentemente de inventário ou arrolamento. ● Nos casos de perda da capacidade processual de algumas das partes durante o processo, deverá ocorrer a suspensão para que ingresse um representante processual, tendo em vista que a parte não terá capacidade para estar em Juízo. ○ Falecimento do Advogado: No processo do trabalho, havendo falecimento do advogado de qualquer das partes, parte da doutrina entende que não deve ser suspenso o processo, em decorrência da aplicação do jus postulandi na Justiça do Trabalho. ■ Outra parcela entende que se o jus postulandi é uma faculdade das partes, não pode ser dificultado o “acesso à justiça e o amplo direito de defesa da parte que contratou um advogado para representá-la em juízo. ■ Assim, no caso de morte do procurador de qualquer das partes, ainda que iniciada a audiência de instrução e julgamento, o juiz determinará que a parte constitua novo mandatário, no prazo de 15 dias. ■ Caso o autor não nomeie novo mandatário, extinguirá o processo sem resolução do mérito. Se falecidoo procurador do réu e este não tomar providência, o juiz ordenará o prosseguimento do processo à sua revelia. ○ Convenção das partes: prazo de até 6 meses ○ Arguição de Impedimento ou de suspeição: art. 799 da CLT ( Trata somente caso de suspeição sendo silente no tocante ao impedimento. Com fundamento na lacuna ontológica, deve ser aplicado as regras do CPC de forma supletiva ao processo do trabalho). ○ Exceção de Incompetência Territorial ○ Admissão de Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas: O incidente deverá ser julgado no prazo de 1 ano e terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus. O prazo poderá ser prorrogado pelo relator, por meio de decisão fundamentada (art. 980, CPC). O Termo inicial do prazo de 1 ano é a publicação do despacho do relator que declara a suspensão. ○ Prejudicialidade e necessidade de verificação de determinado fato ou produção de prova, requisitada a outro juízo ○ Força maior ○ Acidentes e fatos da navegação de competência do Tribunal Marítimo ○ Demais casos: Parto ou adoção - Extinção do Processo ● Com resolução de mérito: ocorre com a solução do conflito de interesses que deu origem à sua formação (sentença definitiva) ● Sem resolução de mérito: quando o conflito não é solucionado (sentença terminativa) Petiçã� Inicia� - a jurisdição tem como característica essencial a inércia, assim o Estado-juiz só atua se for provocado, o que se faz por meio da demanda, exteriorizada na petição inicial - Conceito: é um ato solene, razão pela qual possui requisitos previamente dispostos no ordenamento jurídico - Requisitos da Petição Inicial (art. 840 CLT) ● a reclamação poderá ser escrita ou verbal ● se Verbal, será distribuída antes de sua redução a termo. Distribuída a Reclamação verbal, o reclamante deverá, salvo por motivo de força maior, apresentar-se no prazo de 5 dias ao cartório ou a secretaria, para reduzi-la a termo, sob pena de perda, pelo prazo de 6 meses, do direito de reclamar perante a JT (ART. 786 da CLT)- PEREMPÇÃO TEMPORÁRIA; Deve ainda ser reduzida em duas vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no § 1º do art. 840 da CLT. - Pedido: é o principal requisito da petição inicial, delimitando o objeto da demanda. É a própria razão de ser do ingresso em juízo do autor. Pode ser caracterizado como: ● imediato: representa o provimento jurisdicional pretendido (condenação, declaração, constituição, acautelamento, etc.) ● mediato: o bem da vida pretendido (ex: dinheiro) OBS: Com o advento da Lei nº 13.467/2017, houve a obrigatoriedade de liquidar os pedidos, ou seja, exige-se que o pedido seja certo, determinado e com indicação de seus valores. - Adiantamento da Petição: é a possibilidade de se alterar o pedido ou a causa de pedir. ● Embora a CLT seja silente em relação ao aditamento, na prática forense tem admitido o aditamento da petição inicial, sem anuência do réu, na audiência inaugural (ou UNA), desde que antes do momento de apresentação da contestação. Após iniciado o momento da contestação, somente com a anuência do réu será admitido seu aditamento. - Emenda à Petição: Busca corrigir vícios sanáveis da petição inicial. Art. 321 do CPC/2015. ● Embasado no princípio da cooperação, impõe que o juiz deve indicar com precisão o que deve ser corrigido ou complementado, na petição inicial. ● Havendo vício sanável, o reclamante será intimado para emendá-la no prazo de 15 dias. Caso não providencie a emenda, a inicial será liminarmente indeferida. - Indeferimento da Petição: Se houver vício sanável na petição inicial o autor será intimado para emendá-la no prazo de 15 dias. ● Se o vício for insanável, a inicial será desde logo indeferida. (art. 330 do CPC). ○ Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: ■ I – for inepta; ■ II – a parte for manifestamente ilegítima; ■ III – o autor carecer de interesse processual; ■ IV – não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321. ■ §1º Considera-se inepta a petição inicial quando: ● I – lhe faltar pedido ou causa de pedir; ● II – o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; ● III – da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; ● IV – contiver pedidos incompatíveis entre si. ○ Súmula nº 263 do TST ■ PETIÇÃO INICIAL. INDEFERIMENTO. INSTRUÇÃO OBRIGATÓRIA DEFICIENTE (nova redação em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016 ■ Salvo nas hipóteses do art. 330 do CPC de 2015 (art. 295 do CPC de 1973), o indeferimento da petição inicial, por encontrar-se desacompanhada de documento indispensável à propositura da ação ou não preencher outro requisito legal, somente é cabível se, após intimada para suprir a irregularidade em 15 (quinze) dias, mediante indicação precisa do que deve ser corrigido ou completado, a parte não o fizer (art. 321 do CPC de 2015). Atenção!!! O art. 840 §3º da CLT ao declinar que os pedidos que não forem certos, determinados e indicarem seu valor na petição inicial serão julgados extintos sem resolução de mérito, tratando-os como modalidade de inépcia da petição inicial. - Respostas do Réu no Processo do Trabalho: 1. Fase de conhecimento ➔ Em toda a relação processual, a reação à ação é uma consequência dos princípios do contraditório e da ampla defesa, os quais são garantias fundamentais, e constitucionais, de qualquer litigante. ➔ Por litigante, conforme esclarece Bezerra Leite (2015), entende-se toda e qualquer pessoa, seja física ou jurídica, ente despersonalizado com capacidade postulatória, que figure como parte, seja autor ou seja réu, ou até mesmo como terceiro, e por isso tais princípios têm natureza dúplice. 2. Direito de Resposta do Réu ➔ O direito de resposta do réu encontra seu principal fundamento de validade na Constituição Federal, consubstanciando-se nos Princípios do devido processo legal (art. 5º, LIV), da inafastabilidade da jurisdição (art. 5º, XXXV), do contraditório e da ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes (art. 5º, LV). 3. Lei 13.467/2017 – Reforma Trabalhista ➔ Art. 841 § 3º da CLT - Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante não poderá, sem o consentimento do reclamado, desistir da ação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) ➔ SISTEMA PJE – (art.10 da Lei 11.419/06) ➔ Deverá ser encaminhada , como regra antes da audiência, podendo ser protocolada no PJE até a realização da proposta infrutífera (art. 22, da resolução n.185/17, do CSJT). - Espécies de Resposta do Réu: Vale dizer que o termo defesa, citado pela CLT, é gênero que tem como espécies: a exceção e a contestação. ● Além disso, há autores que citam a reconvenção como espécie de defesa, mas destacam Martins (2013) e Leite (2015) que, na verdade, a reconvenção não constitui propriamente uma defesa, pois é uma ação do réu em face do autor, ou seja, é um “ataque” do réu e não uma defesa. ● Uma vez que há aplicação subsidiária do Código de Processo Civil e que este prevê as três hipóteses supracitadas, e que cada espécie de resposta, por sua vez, tem suas especificidades e características típicas do processo trabalhista, analisar-se-á cada uma delas nos próximos tópicos. -
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