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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE CURSO DE BACHARELADO EM NUTRIÇÃO ALFREDO RAIADIO FREITAS DE ARAUJO ITALO LÍNS DE OLIVERA KENNEDY DE QUEIROZ SILVA RONDINEY DA SILVA RODRIGUES RELATÓRIO: VARIAÇÃO DA PIGMENTAÇÃO DOS VEGETAIS (VAGEM, BETERRABA, CENOURA E REPOLHO E TECNICA DE BRANQUEAMENTO DE ALIMENTOS (BATATA) Rio Branco 2017 ALFREDO RAIADIO FREITAS DE ARAUJO ITALO LÍNS DE OLIVERA KENNEDY DE QUEIROZ SILVA RONDINEY DA SIVA RODRIGUES RELATÓRIO: VARIAÇÃO DA PIGMENTAÇÃO DOS VEGETAIS (VAGEM, BETERRABA, CENOURA E REPOLHO E TECNICA DE BRANQUEAMENTO DE ALIMENTOS (BATATA) PROF.ª ESP. FERNANDO EUSTÁQUIO Rio Branco 2017 Relatório elaborado como requisito para nota da N2 na disciplina de AOA II – Alimentos de Origem Animal II do Curso de Nutrição, Pela Universidade Federal do Acre – UFAC 1 INTRODUÇÃO De acordo com Castilho (2010), a coloração dos alimentos é determinada pela presença de substâncias que além de colorir, trazem efeitos benéficos à saúde humana atuando na proteção do organismo e na prevenção de doenças. A cor dos alimentos pode ser proveniente de pigmentos naturais ou da adição de corantes sintéticos. Todavia, pode haver a formação de substâncias coloridas, como os caramelos e melanoidinas, durante as etapas de processamento e armazenamento do alimento, segundo Bobbio e Bobbio (1992). As utilizações de pigmentos naturais em alimentos têm se elevado devido à preocupação dos consumidores com os efeitos prejudiciais dos pigmentos sintéticos e corantes à saúde. Portanto, a utilização de pigmentos naturais tem aumentado significativamente. Além disso, os pigmentos naturais apresentam vantagens no marketing, por serem mais benéficos à saúde (DUFOSSÉ, 2006). Os pigmentos vegetais podem ser classificados em três principais categorias: carotenoides, clorofilas e flavonoides. Os carotenoides são amplamente difundidos na natureza e são subdivididos em: carotenos e xantofilas. As clorofilas podem se apresentar em mais de uma forma. Quanto à solubilidade, os carotenoides e as clorofilas são solúveis em lipídeos e em solventes orgânicos (acetona, benzeno, clorofórmio, dissulfeto de carbono, etanol, e éter etílico) e estão localizados nos cromoplastos e cloroplastos, respectivamente. Os flavonoides compõem um grupo numeroso de pigmentos, subdivididos em antocianinas, flavonas, flavonóis, leucoantocianinas e compostos fenólicos relacionados. Os flavonoides encontram-se dissolvidos na seiva das células vegetais (mistura aquosa que contém ácidos orgânicos, açúcares, derivados aromáticos, polissacarídeos, e inúmeros pigmentos) (SALFIELD, 1974). De acordo com Barros (2010) os pigmentos dos alimentos auxiliam em diversas funções do nosso organismo. O pigmento flavina dos alimentos brancos, por exemplo, pode proteger o sistema imunológico reforçando suas defesas, favorecer a renovação celular e colaborar na manutenção e formação dos ossos. O licopeno, presente nos alimentos vermelhos ajuda a regular os batimentos cardíacos, são primordiais ao funcionamento dos músculos e do sistema nervoso. Possuem efeito antioxidante atuando contra os radicais livres, cooperam na regulação dos batimentos cardíacos, na prevenção do stress, previnem contra o aparecimento de cânceres além de incitarem a circulação sanguínea. O betacaroteno, um tipo de carotenoide e pigmento dos alimentos amarelados ou alaranjados, promove a manutenção dos cabelos e dos tecidos, melhoram a visão noturna, agem no metabolismo das gorduras. As antocianinas responsáveis pela cor arroxeada ou azulada dos alimentos auxiliam na transformação de carboidratos e outros nutrientes em energia. A clorofila dos alimentos verdes possui propriedades anticancerígenas, efeito desintoxicante das células e poder de inibição dos radicais livres. Alimentos marrons promovem o funcionamento regular do intestino e ajudam a controlar o colesterol, diabetes, entre outros. Assim, na aula prática verificamos alterações de cor em função do tipo de cocção dos vegetais (vagem, beterraba, repolho braco e cenoura), e ação dos agentes ácidos e básicos (bicarbonato, sal, vinagre e somente água). E sobre o branqueamento, verificou-se se ouve mudanças e alterações na adição do sal na batata. 2 MATERIAL E MÉTODOS O experimento prático foi conduzido no laboratório de nutrição e dietética, da Faculdade Federal do Acre, em Rio Branco – Acre. VEGETAIS UTILIZADOS P/ PIGMENTAÇÃO Vagem Cenoura Repolho branco Beterraba VEGETAIS UTILIZADOS P/ BRANQUEMENTO Batata INGREDIENTES PARA COCÇÃO Sal Bicarbonato Vinagre Água Modo de preparo: Para o preparo da experiencia dos grupos o primeiro passo foi verificar a o branqueamento da batata tendo como agente o sal e água em sua preparação. Cada componente dos grupos cortou 4 batatas por grupo e verificou o peso cru, peso descascado e o fator de correção. O fator de correção estipulado para o grupo 4 ficou entre 1,02 – 1,10. O fator de correção se dá de forma diferente de cada grupo, devido a ação do manipulador na hora do pré-preparo do alimento, pois uns podem ter mais habilidade e outros não, assim contribuindo para que o fator de correção aumente ou diminua. A técnica utilizada a de branqueamento. O branqueamento, por sua vez, segundo Estelles (2003), é um processo que tem como intuito principal a inativação de enzimas que normalmente causariam degradação de nutrientes e/ou deterioração do alimento durante seu preparo. Dentre, suas utilidades, destacam-se a inativação de enzimas causadoras do escurecimento, a fixação da cor, aroma e sabor da fruta, a eliminação de ar dos tecidos evita oxidações, aumento do rendimento do produto, garantia de maior eficiência energética, controle de temperatura, eliminação de sabores estranhos, menores perdas de substancias solúvel em água, menores volumes de efluentes, facilidade de limpeza e esterilização, torna a consistência da fruta firme e tenra, reduzir a carga microbiana MATERIAIS DA COZINHA Fogão Panelas Colher Faca Bandeja para apresentação do prato Copos Balança Saco para colocar as batatas superficial, e aumenta a qualidade e vida útil do vegetal (PEREDA e RODRIGUES, 2005). Assim foi utilizado água e sal para descaço das batatas. O sal tem poder de conservação do alimento, contribuindo para a perda de água interior do alimento. Após esperado o descaço do das batatas, foi colocado as batatas em um recipiente com agua morna e colocado em um saco com efeito de embalagem á vácuo. Feito isso colocou-se no refrigerador, Após feito o branqueamento das batatas, foi feito a experiencia com os vegetais: vagem, cenoura, beterraba e repolho branco. Cada vegetal foi porcionado em 4 porções cada para notar a ação dos agentes sal, bicarbonato, vinagre e somente água. Após feito o porcionamento em um recipiente individual foi colocado cada agente separadamente em cada porção para notar os diferentes tipos de pigmentação. 3 RESULTADO E DISCUSSÃO Na cocção da beterraba observou-se alteração de cor da betalaína em todos meios, denotando que o maior interferente dos pigmentos são as alterações de Ph. Em meio alcalino (sal) a coloração da beterraba obteve um tom avermelhado perdendo sua cor roxa. No meio ácido (vinagre) a mesma obteve coloração vermelha rosácea, enquanto em meio básico (bicarbonato de sódio) observou-se uma cor roxa amarronzada, nomeio neutro a alteração no pigmento foi irrelevante. Assim, dessa forma, a coloração da beterraba nos diferentes meios dependerá justamente das modificações ocorridas, e dos agentes submetidos. Na vagem no meio básico (bicarbonato) a clorofila pode estar escondida pelo ar entre as células de vegetais frescos. O uso do bicarbonato faz com que o ar evapore e deixe cobrir as cores. O meio alcalino (sal) o cozimento converte o pigmento de clorofila em forma solúvel em água, observou-se a permanência da cor, ou seja conservação da pigmentação do vegetal. Em meio ácido (vinagre), observou-se que a vagem alterou sua coloração para uma mais desbotada. E a cocção feita somente em água notou-se a perda significativa da pigmentação da clorofila. Já na cenoura, predominante o pigmento betacaroteno, coccionada com bicarbonato de sódio (meio básico) apresentou aspecto amolecido, com estrutura visivelmente mais desidratada apesar da cor não apresentar mudança significativa. No cozimento com vinagre (meio ácido), verificou-se que a cenoura permaneceu com sua estrutura firme, porém com perca da sua cor, ficando mais esbranquiçada. A cenoura cozida em meio alcalino (sal) manteve sua cor e aparência em bom estado de conservação. Enquanto na cenoura cozida somente com água, teve consistência mais rígida, com aspecto de cru, sua estrutura permaneceu íntegra, porém houve uma pequena mudança na coloração. No repolho branco predominante o pigmento flavina, com adição dos agentes com exceção da água com bicarbonato, não houve transferência significante de pigmentos para a água. Repolho Beterraba Vagem Batata CONCLUSÃO Concluímos que as alterações de pigmentação em diversos meios de cocção são bastante visíveis. E que cada meio, seja alcalino, ácido, básico ou neutro tem uma grande parcela para conservação ou perda dessa coloração do vegetal, assim, nota-se que cada vegetal sobre ações diferentes, devido pela sua estrutura aparente ou pela sua consistência. A transferência dos pigmentos dos vegetais tem grande poder na escolha na hora da refeição, pois alguns alimentos que perdem colocação facilmente podem ser potencializados por algum meio, assim aumentando o poder de aceitação. Por fim, notamos que a pigmentação é de suma importância na alimentação pois visa a melhor escolha dos alimentos. Além disso, o processo de branqueamento dos vegetais na presença do sal no experimento conservou a cor da batata, notando a eficácia da técnica de conservação natural. REFERÊNCIAS CASTILHO. A importância das cores nos alimentos. 2010. Disponível em: <http:// www.bbel.com.br/qualidade-de-vida/post/a-importancia-das-cores-nos-alimentos. aspx>. Acesso em: 19 de abril, 2017. BOBBIO, F. O.; BOBBIO, P. A. Introdução à química de alimentos. 2. ed. São Paulo: Varella, 1992. DUFOSSÉ, L. Microbial Production of Food Grade Pigments. Food Technol. Biotechnol., v.44, p. 313-321, 2006. SALFIELD, J. R. Prácticas de ciencia de los alimentos. Zaragoza (Espanha): Acribia, 1974. BARROS, N. Cores na alimentação. 2010. Disponível em: <http://nutricao- nob.blogspot.com.br/search/label/prato%20colorido>. Acesso em: 19 de abril, 2017.
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