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UNISULMA. Plano de Aula. Hist.Dt.UD.1.1

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UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DO SUL DO MARANHÃO UNISULMA 
CURSO DE DIREITO
PLANO DE AULA (UD-1)
Disciplina: HISTÓRIA DO DIREITO (1º Período)
Professor: Miguel DALADIER Barros
I – OBJETIVO GERAL: Permitir ao estudante de Direito o conhecimento da evolução histórica do Direito, com ênfase no estudo da influência do Direito Colonial na formação do Direito Brasileiro Imperial e Republicano.
II – OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
1) Estudar a evolução da História do Direito e a sua relação com a escrita.
2) Identificar a importância do Direito Comparado no estudo da História do Direito.
3) Identificar as principais famílias dos direitos.
4) Estudar as principais codificações, desde a Idade Antiga até a Idade Contemporânea.
III – METODOLOGIA:
Aula didática tipo expositiva, discussão dirigida, trabalho de pesquisa (individual), resolução de problemas e produção de textos relacionados com o tema.
IV – MATERIAL DIDÁTICO NECESSÁRIO:
Constituição da República Federativa do Brasil, de 05.10.1988; “A República” (Platão, “A Política” (Aristóteles); “Ética à Nicômaco” (Aristóteles) e, “Do Espírito das Leis” (Montesquieu).
V – BIBLIOGRAFIA:
CASTRO, Flávia Lages de. História do Direito – Geral e Brasil. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2003.
AZEVEDO, Luiz Carlos de. Introdução à História do Direito. São Paulo: RT, 2005.
COULANGES, Fustel de. A Cidade Antiga. São Paulo: Martin Claret, 2002.
ATAVILA, Jayme de. Origem dos Direitos dos Povos. São Paulo; Editora Ícone, 2001.
VI – ASSUNTO:
UNIDADE 1 – INSTITUIÇÕES GRECO-ROMANAS
INTRODUÇÃO
O MUNDO GREGO
Os filósofos e suas idéias
Da família à cidade estado
Esparta
Atenas
Organização administrativa e judiciária
O legado da Grécia
Roma e o Direito Romano
3.1. Introdução
3.2. História de Roma: Divisão Política
3.3. Direito Romano
3.4. Os jurisprudentes
INTRODUÇÃO
Grécia não indicava um nome de um país ou de uma unidade política na Antiguidade. Grécia, significava uma região. (explicar).
Grécia é também, até certo ponto, uma unidade cultural, com deuses, dialetos e alguns hábitos em comum. Portanto, essa “não unidade política” que era a Grécia significa buscar a compreensão do que seja uma “Cidade Estado”. (explicar).
Comum a todas as “Cidades Estados” gregas era a crença, independentemente dos regimes políticos a que se submetiam.
Nos séculos VIII a VII a. C., as cidades gregas conheceram um grande desenvolvimento urbano, porém, duas cidades mais se destacaram no tocante ao Direito: Esparta e Atenas.
O MUNDO GREGO
Impossível estudar a História do Direito sem uma atenção especial à Grécia, “berço cultural da humanidade”. Ademais, na Grécia, a democracia nasceu e se desenvolveu. (explicar).
Para o Direito é importante lembrar os termos em grego: lei = nómos (que também significa costume); e direito = diké (arte de dizer o direito), ou themis (legalidade); por fim, a expressão justiça = dikaosyne.
Não havia um direito grego genérico, aplicado a todas as Cidades Estados e, sim, ante a inexistência de histórica de unidade política, havia vários direitos gregos. (explicar).
Historicamente há dificuldade em localizar as fontes dos Direitos gregos. Eles eram mais praticados pelos cidadãos do que escritos por eles, e sua contribuição ficou vinculada ao direito público. (explicar).
A mitologia representava, como a filosofia, marco transcendental da cultura grega. Os gregos, como ninguém, souberam criar através dos mitos e com os mitos. Assim, os deuses:
ZEUS, deus dos deuses;
HERA, filha de SATURNO, irmã e esposa de ZEUS;
AFRODITE (VÊNUS), deusa da beleza, da fertilidade e do amor;
POSSÊIDON, deus dos mares;
HÉRCULES, era um semideus, filho de ZEUS com uma terráquea.
Na Grécia as mulheres não tinham participação na vida política na maioria das cidades. Suas vidas eram dependentes do homem e não tinham propriedade exclusiva. O homossexualismo, tanto masculino quanto feminino era praticado em um número limitado de cidades.
Vigoravam nas Cidades Estados gregas um conjunto de tradições, costumes, e estatutos que, reunidos, formavam o que os gregos entendiam como “Constituição”. Tratava-se de emaranhado de normas complexas e que não atendia aos anseios da classe dominante, o que provocou a necessidade de convidar sábios para que colocassem de maneira organizada a atualizada a “Constituição” local. Aparecem, então, LICURGO (na Cidade Estado de Esparta, cerca de 1.000 a. C.), SÓLON e DRÁCON (estes em Atenas).
LICURGO. Viveu entre 1.000 e 850 a. C. e diz a tradição que a ele se pode afirmar que coube restabelecer os costumes e a moralidade pública em Esparta. Orientou sem sua reforma, a mais estreita relação do indivíduo com o Estado. Este princípio constitui o fundamento da sociedade espartana:
educação dos jovens pelo Estado, a partir dos sete anos até os vinte anos de idade;
refeições públicas;
organização de uma vida de acampamento, estando assim o Estado sempre preparando para guerra. (explicar).
DRÁCON. Viveu no ano de 620 a. C., em Atenas. Ao ser convidado a legislar para as Cidades Estados, criou leis severíssimas favorecendo a classe dos “eupátridas”, da qual ele era um de seus representantes mais destacados.
Sua leis consistiam:
Em relação ao crime de homicídio, os condenados eram proibidos de freqüentar os templos e praticar cultos;
Fez, pela primeira vez na história, a distinção entre homicídio premeditado e o involuntário. (explicar);
Estabeleceu a pena de morte para o crime de roubo;
Estabeleceu que somente a família da vítima poderia ir à justiça;
Estabeleceu a famosa “lista com os nomes dos traidores”, que podia ser encontrada na Acrópole; 
OBS.: Vide o atual rol de inadimplentes do “Serviço de Proteção a Crédito – SPC”; 
Estabeleceu a temível “lista dos culpados” por delitos, exilados por terem cometido homicídios, ou ainda atentado contra a organização política grega.
OBS.: Vide o atual “rol dos culpados” existente nos Cartórios Criminais.
Conclusão: A expressão “draconiano”, que significa rígido, severo, advém da era em que DRÁCON viveu na Grécia.
SÓLON. Viveu entre os anos de 638 a 558 a. C. e era um homem extremamente culto e conhecedor de quase todos os ramos da sabedoria.
Em face do seu antecessor, DRÁCON, suavizou as suas leis;
Redividiu os homens livres em 4 categorias, conforme a renda que possuíam;
Proibiu taxativamente a escravidão por dívida, costume usado desde a Mesopotâmia, perdoando as existentes;
Regulamentou a cobrança de juros e diminuiu a carga de impostos;
Previu uma nova constituição da assembléia popular;
Proibiu a possibilidade do pai vender suas filhas;
Aumentou o acesso às instâncias judiciais, podendo qualquer pessoa que se sentisse ofendida queixar-se, permitindo assim um maior equilíbrio entre as classes;
Estabeleceu que todos os pais deveriam ensinar os filhos a ler e escrever, sendo a primeira vez na história que tal dever da família apareceu.
OBS.: Vide o art. 205 da Constituição Federal. (explicar).
Conclusão: Por esses conceitos revolucionários à época, e pela coragem de suas decisões, SÓLON é considerado um dos maiores sábios da Grécia.
Os filósofos e suas idéias
Pré-Socráticos:
THALES DE MILETO: Era matemático e político. Acreditava ser a “água” a origem do universo. Fundou a escola de Mileto;
ANAXIMANDRO: Era também matemático, político, astrônomo e geógrafo. Como geógrafo teria sido a primeira pessoa a efetuar medições das distâncias entre os corpos celestes;
ANAXÍMENES: Para este filósofo o “ar” seria a origem de todas as coisas;
PITÁGORAS: Destaca-se em seus ensinamentos que um é o ponto; dois, a linha (distância mínima entre dois pontos); três, a superfície (donde a simbolização do triângulo), e o quatro significa o volume;
PARMÊNIDES: Os ensinamentos de PARMÊNIDES, tempos mais tarde, fundamentarão a criação da Metafísica; 
EMPÉDOCLES: Defendeu a democracia contra a oligarquia que seinstaurou na Grécia;
ANAXÁGORAS: Pela primeira vez afirmou que a lua não possuía luz própria, sendo mero reflexo da luz solar;
DEMÓCRITO: Foi o último dos Pré-Socráticos. Para ele o átomo seria indivisível, eterno e imutável;
Pós-Socráticos:
SÓCRATES: Foi o maior dos filósofos nascidos em Atenas. Pregava com veemência que, para vislumbrar algum conhecimento, era indispensável ao homem conhecer-se interiormente: “conhece-te a ti mesmo”. Sócrates não se destacou somente como filósofo e sim como político que defendeu a aristocracia como melhor regime. Sócrates não deixou nenhuma obra escrita;
PLATÃO: Principal discípulo de Sócrates. Criou o “mito das cavernas”, que consistia em afirmar que o mundo físico é o visível. O imaginário, o ideal. Escreveu par a História do Direito: “A República” (Politéia) e “As Leis” (Nómos). Reduziu a forma de governo em duas: monarquia e democracia.
ARISTÓTELES: Discípulo de PLATÃO, fundou o Liceu em Atenas. Escreveu “A Política”, onde dizia que “o homem é animal político”. É conhecido como “pai da Lógica” e ficou eternizado ao estruturar o silogismo. O silogismo consiste em se fazer uma ou mais afirmações (premissas maiores), e uma mais intermediárias (premissas menores) e, por conclusão, chegar à essência (conclusão): “TODO HOMEM É MORTAL; PEDRO É HOMEM; LOGO, PEDRO É MORTAL”. O método dedutivo se enquadra nesse sistema.
Para a História do Direito destacamos “A Política” (Politiké), obra dividida em quatro livros. Previu três formas de governo: monarquia, aristocracia e república (governo de um, de alguns, ou de muitos homens livres).
2.2. Da família à cidade estado
A família é o elemento constitutivo da cidade;
Família: “associação religiosa e política das famílias e das tribos” (Fustel de Coulanges);
A família grega era vista sobre dois enfoques:
- primeiro: mais restrito, lactário, reduzido ao marido e pai, à mulher, filhos, agregados e escravos;
- segundo: em sentido mais amplo, abrangendo todos os membros do mesmo grupo, descendente de um ancestral comum, longínquo, na maioria das vezes místico;
4) Seqüência: família => território => população => cidade (cidade-estado);
5) Cidade-Estado: organização restrita ao centro urbano, envolvendo a periferia e aldeamentos vizinhos e, em alguns casos o porto. Goza de autonomia administrativa, política e com legislação própria e soberana;
6) Princípios que as Cidades-Estados:
1º) igualdade de direitos perante a lei e liberdade de conduta (fazer o que a lei dispõe);
2º) organização a fim de realizar o que sozinho o homem não tem condições de fazer, preservando a família, fornecendo-lhe segurança;
3º) conclusão: maior direito de expressar livremente o seu pensamento, expor suas queixas em publico, em igualdade de condições.
Esparta
Fundada no século IX a. C., pelos invasores “dórios”, foi uma das primeiras Cidades Estados a surgir na Grécia. O nome da cidade deriva de uma planta da região.
A sociedade espartana era constituída de três camadas sociais:
- Os “espartíatas” eram os dórios, guerreiros que recebiam educação militar especial (surgimento da expressão “educação espartana”);
- Os “periecos”: eram os aqueus, tinha boas condições materiais de vida mas nenhum direito político;
- Os “hilotas”: eram os escravos de propriedade e do Estado.
3) A economia da Esparta transformou-se a partir do século VII a. C. surgindo uma vasta propriedade estatal no lugar das antigas propriedades coletivas, divididas em lotes legais e o cidadão (“espartíatas”) o usufruto;
4) Os periecos se dedicam à agricultura e, mais esparsamente a criação de pequenos animais, ao artesanato, a mineração de ferro e ao comércio. Apesar de terem direito a propriedade, não tinha direito as melhores terras.
 5) A política: Monopolizado exclusivamente pela “Gerusia”, ou “Conselho de Anciãos”: composta de 28 Gerontes (cidadãos acima de 60 anos) que tinham cargo vitalício e eram escolhidos por aclamação na Assembléia (composta exclusivamente por espartíatas). Era um órgão consultivo, visto que decidia por aplauso;
A Gerusia escolhia, sob a ovação da Assembléia, o poder executivo (os Éforos): 5 magistrados com mandato de 1 (um) ano que tinham por função cuidar da educação das crianças espartíatas, fiscalizar a vida pública e julgar os processos civis.
Cultura e Ideologia a cultura em Esparta era marcantemente militarista;
As características dos espartanos incentivadas pelo Estado: a xenofobia, a xenelasia e o laconismo.
- Xenofobia: é a aversão, desconfiança, temor ou antipatia por pessoas estranhas ou por tudo que venha de outro lugar;
- Xenelasia: é o banimento ou impedimento de estadia de estrangeiros;
- Laconismo: existe quando se fala somente o mínimo necessário e, mesmo assim, utilizando-se do menor numero de palavras possíveis. Tal pratica, resultou na diminuição da atividade intelectual e criativa de Esparta.
 Atenas
Localizada na Península da Ática e era separada do resto da Grécia por montanhas muito altas, o que lhe protegeu as invasões, principalmente dos dórios, facilitando-lhe a vida política;
No século VII a. C. a economia de Atenas era basicamente rural, restrita as atividades artesanais e comerciais e já ultrapassavam os limites da região;
Crise política: os “georgoi”, ou agricultores que possuíam terras pouco férteis junto às montanhas, se viram cada vez mais em situação difícil, em face das condições climáticas e a das importações de alguns cereais. Tal fato gerou um endividamento junto aos comerciantes e aos artesãos que se tornaram ricos e desejosos de participar da vida política;
Os “eupátridas” formaram uma Oligarquia. Os georgoi aliaram-se aos comerciantes ricos e desejosos de participar da vida política;
Os insatisfeitos formaram o partido popular e o governo oligárquico ficou do o outro lado, com o partido Aristocrático. Finalmente, em 621 a. C. houve a reforma política desejada;
Economia: as leis de Sólon preparou Atenas para ser uma potência econômico-comercial, fazendo de Atenas a principal e mais poderosa Cidade Estado da região;
Sociedade: Sólon suavizou as leis de Drácon, concedendo anistia, perdoando os crimes políticos. Limitou os direitos de herança dos filhos primogênitos, que anteriormente eram herdeiros universais e proibiu a escravidão por dívida.
2.5. Organização administrativa e jurídica
O fundamento da democracia se apoiava na soberania popular, expressada pela voz viva dos cidadãos no exercício de suas funções públicas, no direito de haver assento e voto nos tribunais, na participação cotidiana de que desfrutavam as assembléias;
Como o objetivo de resguardar o equilíbrio entre a liberdade individual e o Poder Público, a atividade da cidade estado desenvolveu-se por meio de três órgãos coletivos principais, correspondentes, em princípio, e guardadas as devidas proporções, aos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário;
Eram eles: a Boulé, a Eclésia e o Elineu;
A “Boulé” (ou “Conselho dos Quinhentos”):
Composto por cidadãos escolhidos por sorte. Em Atenas, eram escolhidos 50 de cada tribo;
Cuidava de questões religiosas, financeiras, diplomáticas e militares;
Seus membros, ao assumir o encargo, deviam jurar fidelidade às leis da cidade, não contrariando nem agindo em desacordo com os interesses da democracia;
Redigiam e preparavam decretos, enviando-os à Assembléia Popular, para discussão e aprovação;
Incumbiam-se de controlar a atividade dos magistrados, por meio da “docimasia”;
As sessões eram públicas, mas não existia participação de outros cidadãos senão daqueles que compunham o corpo do Conselho.
A “Eclésia” (ou “Assembléia Popular”):
Reunia cidadãos maiores de 18 anos no pleno exercício de seus direitos políticos e aberta a todos que detivessem tais prerrogativas;
Os assuntos englobavam matéria relativa à política externas, como tratados e alianças com cidades congêneres, recepção às embaixadas ou temas de maior gravidade e urgência comoa declaração de guerra;
No tocante à administração interna, tratavam de provisões e armazenamento de cereais, tributos, confisco de bens, ostracismo.
Reuniam-se em local amplo, capaz de abrigar considerável população (na “Agora” ou na colina de “Pnix”), realizando a votação abertamente alçando uma das mãos; os às vezes faziam a votação em segredo, marcando a escolha em algum objeto (p. ex., parte lisa das ostras);
OBS.: a palavra “ostracismo”, vem dessa prática, e vem da medida pela qual se votava o exílio de um cidadão, a bem de interesse público, por até 10 anos;
havia outra sanção: a “atimia”, ou perda total ou parcial dos direitos civis. A perda total dirigia-se aos condenados por crimes em geral (o roubo, a corrupção, o falso testemunho, a vadiagem ou a ociosidade). Já a perda parcial, ficava reduzida à restrição que a sentença determinava. Havia uma terceira sanção que se dirigia aos devedores do erário, e duravam até que solvido o pagamento. Caso não houvesse o pagamento, era convertida em confisco de bens.
O “Elieu” (ou “Tribunal dos Heliastas”):
Era o júri popular, composto por até 6.000 cidadãos, escolhidos por sorte, entre os que tivessem mais de trinta anos e se colocassem à disposição da cidade para exercer estas importantes funções;
As decisões desse órgão eram soberanas e não a admitiam recurso algum;
Sua competência abrangia as causas públicas e privadas.
Os Magistrados:
A par desses tribunais, existia a organização judiciária de inúmeros magistrados, com atribuições definidas:
“os tesmotetas”: incumbidos de promover a revisão das leis e presidir os pleitos que envolviam interesses de ordem pública;
“os eisagogueis”: juízes para as causas comerciais que exigiam pronta solução, restrita aos meses em que o Mediterrâneo não oferecia perigo á navegação e à carga transportada. Julgavam ainda querelas mais rápidas;
“os demarca”: era o principal magistrado, incluindo-se entre suas múltiplas funções aquela de zelar pelo cumprimento da justiça e em especial das sentenças proferidas nas questões postas entre as partes;
“os polemarca”: era juiz que atendia às causas em que pelo menos uma das partes não dispunha da condição de nacional (era estrangeiro).
CONCLUSÃO: Em face da importância que se emprestavam às magistraturas administrativas e judiciárias da cidade-estado, Aristóteles,em suas obras “Política” e “Ética à Nocômaco”, evidenciou tal fato. 
2.6. O legado da Grécia
O Direito Grego contribuiu com os seguintes aspectos:
fundamentos da Ciência Política;
Instituições de Direito Público;
Idéias relacionadas á forma tripartida de Governo (Aristóteles; “A Política”);
Ideal democrático.
Sua forma prática e ágil de solucionar as lides, através da linguagem viva da justiça, extraída das decisões emanadas dos tribunais colegiados, serviram de paradigma para a criação dos “Juizados Especiais” na atualidade;
Mesmo tendo dado uma contribuição mais modesta ao Direito Privado, a contribuição grega, contida na obra “Ética a Nicômaco”, de Aristóteles, nos legou os seguintes institutos:
ajuste voluntário estabelecido na compra e venda;
o empréstimo;
a fiança;
o depósito; 
a locação;
a expressão: “sinalagmático” (que é recíproco, juntamente, ao mesmo tempo);
a anticrese;
a enfiteuse;
a hipoteca;
10) bens parafernais.
entretanto, o “maior valor” da herança deixada pelo povo grego ao mundo, resume-se:
a democracia;
a representação proporcional;
a tripartição dos poderes;
o revezamento de seus dirigentes.
OBS.: tais institutos estão presentes na obra “a Política” de Aristóteles.
- Leitura complementar: Sugestão de leitura para complementação dos conhecimentos apresentados em sala de aula sobre o assunto constante deste Plano de Aula.
a) CASTRO, Flávia Lages de. História do Direito – Geral e Brasil. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2003.
CAPÍTULO V - GRÉCIA (Pág. 65/75).
b) PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. Nova Friburgo: Imagem Virtual, 2002.
Capítulo IV - Civilização Clássica: Os Gregos (Pág. 117/147).
- Pesquisa: 
“O Direito e a escrita”.
“Grécia o Berço cultural da humanidade”.
“A importância do direito grego na formação do direito brasileiro”.
3. ROMA E O DIREITO ROMANO
Introdução
A História de Roma é a história de todos nós (somos latinos antes de tudo);
Somos romanos:
quando falamos, pois nossa língua é filha do latim;
na nossa noção urbana; na nossa literatura;
quando temos uma noção de patriotismo;
na política e administrativamente
principalmente quando falamos em Direito, quando fundamos nossa sociedade em um Estado de Direito (vide CF/88, art. 1º, caput). Direito esse sistematizado pelos romanos antigos.
Importância do estudo do direito romano: O nosso Direito Civil, contém, cerca de 80% dos artigos baseados direta ou indiretamente nas fontes jurídicas romanas;
Conclusão: tudo em Roma era superlativo e sua história mostra que buscaram tornarem-se eternos.
História de Roma: Divisão Política
Momentos da história de Roma:
Realeza: da fundação de Roma até 510 a. C.;
República: de 510 a. C., até o não de 27 a. C.;
Império: de 27 a. C., até a morte de Justiniano em 566 d. C.
A Realeza: em Roma era vitalícia porém, eletiva e, principalmente, não hereditária. Os “Comícios Curiatos” (Assembléias, com a participação do “povo”: patrícios e clientes, exceto os plebeus e escravos) escolhiam o rei cujo nome havia sido proposto pelo Senado (poder que abrangia os âmbitos civil, militar, religioso e o judiciário);
A República (Res + Publicae = “coisa do povo”): pulverizou o poder executivo nas mãos de muitos, evitando assim que alguém pudesse ter um poder exacerbado nas mãos;
O Senado permaneceu vitalício, entretanto, sua função primordial durante esse período, foi de cuidar de questões externas;
Os que detinham o poder executivo em Roma Republicana eram chamados Magistrados que podiam ser: Ordinários e Extraordinários.
São Magistrados Ordinários:
Cônsules: sempre em número de dois. Tinha a função de comandar o exército presidiam o Senado e os Comícios, representavam a cidade em cerimônias religiosas;
Pretores: São os magistrados mais importantes relativo à Justiça.
Eram de dois tipos: O Pretor Urbano, que cuidava de questões envolvendo apenas romanos na cidade e, o Pretor Peregrino, que cuidava de questões de justiça no campo e aquelas envolvendo estrangeiros;
Edis: tinha a função de cuidar fisicamente da cidade, ou seja, cuidavam das provisões da cidade, velavam pela segurança pública e pelo tráfego urbano, vigiando aumentos abusivos de preços e a exatidão dos pesos e medidas no mercado, cuidando da conservação de edifícios e monumentos públicos, da pavimentação da cidade, organização e promoviam jogos públicos;
Questores: Esses Magistrados cuidavam, principalmente, das questões da fazenda. Custodiavam o Tesouro público, cobravam os devedores e os denunciavam à justiça eram tesoureiros dos governadores e generais;
Censores: Era um cargo cobiçado como um dos mais respeitados da República, eram ocupados por cidadãos respeitadíssimos e que já tinham ocupado o cargo de Cônsul. Eram responsáveis pelo Censo (recenseamento) que era realizado de 5 e 5 anos. Eram responsáveis pelo policiamento dos costumes (Regimen Morum). Podiam devassar a vida de um indivíduo e maus exemplos, luxos, filosofias não condizentes com o que era considerado romano, e podiam ser denunciados perante a Assembléia Pública;
O Império: durante o Império a figura principal do governo romano foi o Imperador, que possuía todos os poderes civil, militar e judiciário. Messe período a Magistratura não tinha a força anterior e o Consulado existiu apenas em caráter honorífico. O Senado continuou existindo, entretanto, cada dia suas atribuições eram limitadas.
Conclusão: Roma começou como uma pequena cidade do Lácio e tornou-se a Capital do Mundo Conhecido.
O Direito RomanoO Direito Romano possibilitou o nascimento dos chamados “Estados de Direito” (CF/88, art. 1º, caput);
Definição de Direito para os romanos: “viver honestamente, não lesar ninguém e dar a cada um o que é seu”;
Fases da evolução do Direito Romano:
Período Arcaico: vai da fundação de Roma, no século VIII a. C., até o século II a. C. Esse período se caracteriza pelo formalismo, pela rigidez, pela ritualidade. A família era o centro de tudo, mesmo do direito. O mais importante marco deste período é a lei das XII Tábuas, feita em 451 e 450 a. C., como resposta a uma das revoltas da plebe Romana. Foi a fase de formação do Direito Romano. O Direito era de domínio de poucos. Não havia o advogado e as questões jurídicas eram resolvidas pelos Pretores;
Período Clássico: Foi o auge do Direito Romano. Nesse período o Poder do Estado foi centralizado e dois personagens (Pretores e Jurisconsultos) adquiriram maior poder de revolucionar o Direito. Foi a fase áurea do Direito Romano. Surge o período das “fórmulas”, em que os Pretores ouviam as partes na primeira fase do processo e, encontrando fundamentos para o seguimento do feito, elaboravam uma fórmula, que os interessados entregavam aos árbitros. Inicia-se aí a fase escrita do processo romano;
Período Pós-Clássico: Nesse período o Direito Romano não teve grandes inovações. Vivia-se do legado da fase áurea. Houve a necessidade de codificação do Direito, que teve seu apogeu com Justiniano através da codificação denominada de Justinanéia (Corpus Iuris Civilis), cuja marca encontramos em todos os Códigos modernos. Foi o declínio do Direito Romano, abandonando-se o processo formulário. O advogado já se vê-se presente e o recurso é admitido;
Fontes do Direito Romano:
Costumes: a forma mais espontânea e mais antiga de constituição do direito é o costume. Os romanos o chamavam de “consuetudo”, surgindo assim o termo “direito consuetudinário”;
Leis e Plebiscitos: Par os romanos apalavra LEX tem significado mais amplo do que tem modernamente. Assim, a “LEX Privatae”, refere-se ao estudo de uma cidade; a “LEX Colegii”, as deliberações dos órgãos do Estado ou, “LEX Pública”;
Editos dos Magistrados: Eram as chamadas “Edicta”, ou a maneira pela qual os Pretores administravam a justiça durante seu ano. Se bem-sucedidas, os Editos acabavam por fazer parte do dia a dia dos romanos.
Os Jurisconsultos:
Introdução.
Aristóteles, em sua obra, “Ética à Nocômaco” discorria sobre a “prudência” (“fronésis”), considerando que era próprio do homem ao qual sobrasse tal qualidade saber discernir o que lhe parecia útil e conveniente, para todos aqueles que integrantes do mesmo grupo social;
A “prudência” significaria, então, aquela aptidão racional, real e prática, a respeito do que seria bom e do seria mau para o “zoon politicón”, para aquele capaz de se comportar em sociedade, atuando, enfim, de acordo com a sua “recta ratio”; 
O que faziam os jurisprudentes? Os jurisprudentes, também conhecidos por “Prudentes”, por experiência no exame da matéria e ponderação no juízo que expediam, viam-se chamados a dar respostas às indagações dos cidadãos que dela necessitavam. Tais consultas resultavam do seu reconhecimento como pessoas aptas e habilitadas para esse fim, junto ao meio social no qual viviam. Na prática, as palavras desses conselheiros formavam uma verdadeira fonte doutrinaria de direito (a “jurisprudência”), que passou a ser fonte do direito.
Os Jurisconsultos:
Gaius – GAIO. Conta-se que seria natural da Ásia Menor, tendo lecionado direito ao tempo dos principados de Adriano e Antonio Pio, até Marco Aurélio. Notabilizou-se pela obra que deixou, particularmente as “Institutas”, manual que produz, em seus quatro comentários, com didática e objetividade de exposição, os “princípios gerais do direito processual”, sendo largamente utilizado em nosso Novo Código de Processo Civil (NCPC);
Aemilus Papinianus – PAPINIANO. De origem africana ou Síria, foi considerado o principal entre aqueles que dispunham do direito de resposta, para colocar e expor a sua opinião. É de Papiniano a máxima que dispõe: “admite-se que nos convênios há de se atender mais à vontade dos contraentes do que as palavras”. É também de Papiniano a máxima: “o especifico derroga o genérico”, de utilização no nosso direito (vide a antiga Lei do e Introdução ao Código Civil – LICC, atual Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro – LINDB, art. 2º § 1º);
Domitus Ulpianus – ULPIANO. Foi discípulo de Papiniano, e um dos autores mais citados, em razão de sua máxima: “direitos não se estabelece em razão de pessoas determinadas, mas generaliter”. Foi autor dos princípios da proporcionalidade entre as partes durante o processo. E mais: “quando concorrem varias ações pela mesma causa, deve-se exercitar apenas uma delas” (afastando-se a “litispendência”). E ainda: “pode-se dizer que aquele a quem se dá a ação, com mais razão, ainda, cabe-lhe a exceção” (direito da parte contrária defende-se). Finalmente, “coisa julgada: verdade aceita e não mais possível de ser modificada” (“principio da segurança jurídica”);
Julis Paulus – PAULO. Foi mais conhecido pelas sentenças que prolatou. É dele a máxima: “quem cala consente” ou, “quem cala certamente não consente, mas verdade é que não nega” e, ainda: “o ônus da prova incumbe a quem afirma”;
Herenius Modestinus – MODESTINO. Exerceu a jurisdição de matéria civil e penal. É de sua autoria a seguinte máxima: “todo direito, ou foi criado pelo consenso, ou a necessidade constituiu ou o confirmou o costume”. Seu conhecimento jurídico estende-se a todos os ramos do Direito. Sobre a “coisa julgada” define: “a sentença é contra o direito quando infringe lei ou constituição imperial” (vide NCPC – ação rescisória: “A sentença do mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando violar literalmente disposição de lei, cabendo, assim, ação rescisória”).
- Leitura complementar: Sugestão de leitura para complementação dos conhecimentos apresentados em sala de aula sobre o assunto constante deste Plano de Aula.
a) CASTRO, Flávia Lages de. História do Direito – Geral e Brasil. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2003. CAPÍTULO VI: ROMA E O DIREITO ROMANO (Pág. 77/115).
b) PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. Nova Friburgo: Imagem Virtual, 2002.
Capítulo V - Civilização Clássica: Os Impérios Romanos (Pág. 151/179).
- Pesquisa: 
a) “Por que os romanos conseguiam conviver harmoniosamente com os povos por eles conquistados”?
b) “Os princípios gerais do Direito e seus significados”.
c) “A influência do direito romano na formação do direito brasileiro”.
 
 
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