Portfólio Brincadeiras da minha região

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
DJÚLIA ALVES DE BRITO, Ru: 1504063
LICENCIATURA EM MATEMATICA
PORTFÓLIO NÚCLEO ESPECÍFICO 2016
Ética, estética e ludicidade. 
Módulo C – Fase II: 
 Jogos e brincadeiras da minha região
GOIANÉSIA 
2016
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
DJÚLIA ALVES DE BRITO, Ru: 1504063
LICENCIATURA EM MATEMATICA 
PORTFÓLIO NÚCLEO ESPECÍFICO 2016
Ética, estética e ludicidade. 
Módulo C – Fase II: 
 Jogos e brincadeiras da minha região
Portfólio elaborado para obtenção de nota nas disciplinas de Infância e ludicidade
E Metodologia do Ensino de Literatura em Matemática.
GOIANÉSIA 
2016
RESUMO 
Hoje em dia as brincadeiras infantis mudaram muito em relação ao passado. As crianças de hoje se divertem com computadores e vídeo games, fazendo com que as brincadeiras de antigamente não chamem mais a atenção. A informação hoje em dia é em tempo real, o aprendizado das crianças é mais rápido, não existem barreiras de tempo ou de distância para que qualquer um saiba o que está acontecendo.
É normal ver uma criança que, ao mesmo tempo, navega na internet, folheia uma revista, fala no telefone, e ainda assiste televisão. Já antigamente as crianças disponiblizam um tempo de seu dia para assistir televisão, brincar com carrinhos, jogar amarelinha e empinar pipa. Duas realidades que estão tornando as distantes entre elas cada vez maiores.
Palavras-chave: brincadeiras; cantiga de roda; antigamente; atualmente;
Introdução-Entrevista
‘’Ah, minha infância! Tempos bons aqueles!
Tempos que a preocupação não existia, onde tudo eram sonho e encanto!’’
Para falar sobre o assunto, faram entrevistos por mim, moradores de Goianésia. Participaram da entrevista 6 voluntários, os mesmos tem idade entre 8 a 72 anos.
Nome: Agilmar Fernando Brito/ Idade: 63 anos 
Qual era a brincadeira preferida que o senhor tinha quando criança? 
 Jogava futebol, trenzinho, esconde e esconde, soltava pipa.
Tem alguma lembrança de como foi sua infância? 
 Tudo tinha sua época, cada brinquedo e brincadeiras em seu tempo. Pião e Fura-chão. Jogo de castanha e jogo de bilha aconteciam sempre em época de inverno. Minha infância foi muito divertida, fora os dias que eu tinha que ir para a roça ajudar meus pais ou trabalhar com eles, mas sempre tinha um tempinho para brincar. Os meus brinquedos eram sempre confeccionados, pois na época meus pais não tinham condições de comprar.
 
Nome: Lia Brito oliveira / Idade: 34 anos 
Quais eram as brincadeiras mais usadas? 
 Cantiga de roda, carrinho de rolimã, futebol pega-pega, pé na lata, policia e ladrão.
 Sente saudades das brincadeiras da sua época?
 Ha sim, com toda certeza, era muito simples brincar e se divertir. Não era preciso ter dinheiro. Bastava procurar ou negociar com algum amigo para obter outros brinquedos. Eu estava sempre trocando de brinquedos. Minha boneca, minhas panelinhas, sempre trocava ou dividia com minhas amigas ou irmãs.
Nome: Gabrielle Lima Alves/ Idade: 8 anos
Principais brincadeiras: 
 Brincar de boneca, brincar de escolinha (professora), assistir vídeos no You Tube, andar de roller e pular corda.
Quais os brinquedos que você mesmo faz para brincar? 
 Inventar desenhos para depois colorir e criar atividades com base dos vídeos do You Tube. 
Como é a infância?
 Então. A maior parte do tempo brinco sozinhas ou com meus pais no fim de semana que eles tiram um tempo para interagir comigo.
Nome: Milton Alves de brito/ idade: 55 anos
Para o senhor, por que as crianças não brincam como antes?
 Um pouco é devido o tempo que os pais não têm para elas, pois a maioria mora sozinha, fica em casa, e só o computador e o vídeo game pra ser uma distração e forma de brincadeira.
Quais brincadeiras o senhor se recorda, e brincava com seus amigos? Pião, fura-chão, policia ladrão, jogava futebol.
Nome: Andressa Rodrigues/ idade: 19 anos 
Você está entre as crianças que brincavam na rua, e as que vivenciam o avanço da tecnologia. O que você acha dessa nova fase?
 Realmente. Eu me lembro de que quando eu tinha 6 anos, estava brincado na rua ou de casinha com minhas colegas. Aos 8 para os 9, a vontade brincar foi passando e eu sempre estava na frente da televisão. Quando fiz 14 anos, percebi que o vedo game era a nova sensação, e hoje com 19 anos vejo como existem poucas crianças que não esteja na frente de uma tv ou tela de um computador.
Nome: Rosa Aparecida Sandielli/idade: 72 anos 
Quais as Principais brincadeiras do seu tempo? 
 Cantiga de roda, brincar de boneca, brincar de escolinha (professora), e de casinha.
Como foi a infância foi uma infância? 
 Boa. Cresci numa casa em uma vila com meus pais, e quatro irmãos, brincamos com os vizinhos da rua e amigos da escola, brincávamos na rua mesmo naquele tempo não avia tanto perigo de se brincar na rua. A imaginação da criançada ia longe.
	
Produção textual-genêro crônica 
Cantiga de Roda 
 -Mamãe, quero dormir! Canta uma musíca pra mim? Era assim que me lembro da minha infancia. As cantigas ainda estam vivas em minha mente. Lembro de quando ia pr escola, e na hora do lanche a professora sempre vinha com uma musica para a turma do prezinho;
‘’Meu Lanchinho Meu Lanchinho Vou comer, vou comer Prá ficar fortinho, prá ficar fortinho E crescer! E crescer!’’
 E quando iamos brincar, outras cantigas apareciam, são varias que carrego comigo até hoje. Quando criança não tinha tantos brinquedos como as crianças de hoje e, por isso, tínhamos que usar mais a criatividade, geralmente os brinquedos eram confeccionados e as brincadeiras eram passadas de pai para filho. Usávamos tocos de madeira, pedrinhas, sementes, frutas e palitos para fazer animais, além de brincadeiras como amarelinha, cinco Marias, bolinha de gude, cantigas de roda, passa anel, roda pião, empinar pipa, salada mista e outras. A tecnologia afastou as crianças do convívio familiar, elas vivem isoladas em seu mundinho virtual.
Dia de chuva! Esse dia trouxe boas lembranças, um dia escuro, frio, me sinto preguiçosa, antes de me levantar fico pensativa, pensamentos bons, de uma época boa povoam minha cabeça, de repente me vejo em casa, não nessa casa de hoje, em minha casa da infância, lugar onde fui muito feliz com meus pais e irmãs, éramos 8(oito) e todas meninas.
Em dias como esse não tínhamos muito que fazer, a TV não pegava, também, não nos preocupávamos com isso, não dávamos tanta importância assim à televisão, gostávamos mesmo era de brincar, e nossas brincadeiras eram muito divertidas: Passa anel, Cinco Marias, Corre cotia, Pega-pega, Esconde-esconde, Queimada, Cozinhadinha, Ciranda, Pião, Bola de gude, Salada mista (pêra, uva, maçã, salada mista?). A brincadeira que eu mais gostava era salada mista, uma brincadeira que fazia o coração da criançada acelerar, primeiro, porque tinha que ser feita em lugares bem escondidos para evitar que os pais descobrissem. A adrenalina de estar fazendo "coisa errada" se juntava com a possibilidade de dar um beijinho em uma garota, ou garoto no caso das meninas. Melhor ainda se fosse em quem você gostasse.Mas, você sabe o que significa pêra, uva, maçã ou salada mista? É muito simples. Pêra significa dar um aperto de mão; uva, um abraço; maçã, um beijo no rosto; e salada mista, um aperto de mão, um abraço e um beijo na boca. Na verdade, um selinho, mas que na época fazia nosso coração bater bem mais forte...
Acordei de meus devaneios, voltandoà realidade, vejo que hoje tudo mudou, os adolescentes mudaram, as brincadeiras evoluíram e evoluíram tanto que quase não se brinca mais de Salada Mista, amarelinha, cinco Marias, bolinha de gude, cantigas de roda, passa anel, roda pião, hoje as crianças preferem ficar jogando no celular, tablet, computador, vivem solitárias em seu mundo virtual. 
Algumas brincadeiras na minha cidade 
Amarelinha
Joga, pula e agacha! Para brincar de amarelinha é preciso desenhar no chão um caminho dividido em casas numeradas. Após jogar uma pedrinha em uma casa - em que não poderá pisar -, a criança vai pulando com um pé só até o fim do trajeto. Ao chegar, deve retornar, apanhar a pedrinha e recomeçar, dessa vez, atirando a pedra na segunda casa e depois nas seguintes até passar por todas. O participante não pode pisar, perder o equilíbrio ou jogar a pedra na risca nem atirá-la fora da risca. Se isso acontecer, ele perde a vez. Vence quem completar o percurso primeiro.
Pular corda
Pular cordaPular corda "Com quem você pretende se casar?" Você já pulou corda cantando esta música? A brincadeira funciona mais ou menos assim: duas crianças batem a corda bem próxima ao chão, enquanto as outras pulam. Os saltos devem seguir uma sequência determinada e mudam de acordo os comando de voz indicados na cantiga. A altura da corda vai aumentando aos poucos. A brincadeira termina quando resta apenas um participante capaz de pular a corda àquela altura.
3. Esconde-esconde
Esconde-escondeEsconde-esconde Esta brincadeira é fácil! Uma criança deve ser eleita como pegadora. As demais precisam correr para de esconder e fugir dela. Quem for apanhado assume a posição de pegador. Os participantes podem, também, escolher um pique, local designado pelo grupo como neutro, onde se fica a salvo.
4. Bolinha de gude
Bolinha de gudeBolinha de gude Para brincar de bolinhas de gude, primeiro, cava-se um buraquinho, conhecido como poça. Ao acertar a bolinha dentro do buraco, o participante ganha o direito de lançar sua bolinha contra as dos adversários. As bolinhas atingidas são conquistadas. Se errar, a vez passa para o próximo. O jogo acaba quando um participante conseguir ganhar todas as bolinhas.
5. Passa anel
Passa anelPassa anel Uma criança fica com o anel, enquanto as outras do grupo se sentam uma ao lado da outra com os braços apoiados no colo e com a palma das mãos unidas. A "escolhida" segura o anel entre a palma das mãos e passa as mãos pelas mãos dos amiguinhos. Quando resolve parar, abre as mãos mostrando que estão vazias e pergunta para um dos participantes: "Com quem está o anel?". Se ele acertar, será o próximo a passar. Se errar, quem recebeu o anel é que passará.
6. Cantiga de roda 
''Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar!
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar''
Cantigas de Roda Esta prática, hoje em dia não tão presente na realidade infantil como antigamente devido às tecnologias existentes, é geralmente usada para entretenimento de crianças de todas as idades em locais como colégios, creches, parques, etc.
Samba Lelê
Samba Lelê está doente
Está com a cabeça quebrada
Samba Lelê precisava
De umas dezoito lambadas
 Além disso, as cantigas acompanhava a maioria das brincadeiras. Passar o anel, batata quente, pular corda, estatua, 
‘’Escravos de Jô
Jogavam caxangá.
Tira, bota
Deixa o Zamberê ficar.
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue, zigue, za’’
Apesar de não ser tão popular com antes. As cantigas ainda estão predominantes em lugares como a escola, dvds infantis e anda é usada por pais para fazerem seus filhos dormirem.
 As cantigas de roda são de extrema importância para a cultura de um país. Através delas dá-se a conhecer costumes, o cotidiano das pessoas, festas típicas do local, comidas, brincadeiras, paisagem, crenças.
Conclussão 
 Atualmente as crianças brincam muito pouco. Na minha singela opinião, a modernidade tirou das crianças uma infinidade de brinquedos e brincadeiras saudáveis. Ultimamente tenho observado a ausência dos grupos de meninos e meninas que antes eram comuns em cada rua, em cada bairro. O que existe são alguns poucos que ainda resistem com a brincadeira de bola e gol mirim. 
 Cocluimos assim que as brincadeiras de certa forma não deixaram de existir mas raramente veremos crianças brincando de pião, corda, ou banbolé. Dizer que uma criança não brinca é o mesmo que alegar que ele não tem infância, logicamente que com o passar do tempo as brincadeiras evoluem, predominante hoje é o video game, internet, etc.
Referencias
KISHIMOTO, T. Jogos tradicionais infantis: o jogo, a criança, a Educação. Petrópolis: Vozes, 1993.
http://www.anos80.net/brinquedos-e-brincadeiras/salada-mista
http://www.assimsefaz.com.br/sabercomo/como-brincar-de-salada-mista
https://misshalliday.wordpress.com/2010/04/06/quem-brinca-ainda-de-salada-mista/
Bartnik, Helena Leomir de Souza: Gestão educacional [livro eletrônico] / Helena Leomir de Souza Bartnik – Curitiba: InterSaberes, 2012. (Série Formação do Professor).
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