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A Filosofia Contemporanea_AD

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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul
Campus Virtual
	
	Atividade de Avaliação a Distância
Unidade de Aprendizagem: A Filosofia Contemporânea
Curso: Filosofia
Professor:
Nome do aluno: 
Data: 
Orientações:
Procure o professor sempre que tiver dúvidas.
Entregue a atividade no prazo estipulado.
Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.
Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA).
1. Considere o seguinte trecho de Husserl (Meditações Cartesianas,Segunda Meditação, §14)
 “Por consequência, é necessário alargar o conteúdo do Ego Cogito Transcendental, acrescentar-lhe um elemento novo e dizer que qualquer cogito ou ainda qualquer estado de consciência "visa" qualquer coisa, e que traz em si mesmo, enquanto "visado" (enquanto objeto de uma intenção) o seu cogitatum respectivo. Alias, cada cogito falo-à a sua maneira. A percepção da "casa" "visa" (refere-se à) uma casa - ou, mais exatamente, tal caso individual - da maneira perceptiva; a recordação da casa "visa" a casa como recordação; a imaginação , como imagem; um juízo predicativo tendo como objeto a casa "posta perante mim" visa-a de modo próprio no juízo predicativo; um juízo de valor acrescentado, visá-la-ia a sua maneira e assim por diante. Estes estados de consciência são também chamados estados intencionais. A palavra Intencionalidade significa apenas esta particularidade intrínseca e geral que a consciência tem de ser consciência de qualquer coisa, de trazer, na sua qualidade de cogito, o seu cogitatum em si próprio.”
Nesta passagem Husserl chama atenção, entre outras coisas, para o fato de que os objetos são primeiramente intencionados, para depois serem experienciados. Sendo assim, explique o seguinte (1,5 cada questão):
O que é acrescentado ao Ego cogito Transcendental segundo Husserl? 
	Para Husserl, a característica da “atitude natural” não se limita à forma pela qual nos relacionamos com o mundo exterior; também os atos da consciência e o “eu” podem ser tratados como o mundo externo. Husserl propõe então que coloquemos também “entre parênteses”, a própria consciência, o “eu” e os seus atos. É preciso refletir sobre o refletido. É preciso pensar o pensado (reflexão transcendental). Passamos, assim, do ego cogito cartesiano para o ego cogito da Transcendental. 
B) Qual a distinção elaborada no trecho acima entre cogito e cogitatum?
	Sendo um novo tipo de filosofia transcendental, a fenomenologia é, de certo modo, um neocartesianismo. Husserl volta ao "cogito" de Descartes, mas, com a idéia de intencionalidade da consciência, evita a confusão entre o "ego" e a "res cogitans" (coisa pensante), pois, se pensar (em sentido amplo, que envolve todas as operações da consciência) é sempre pensar em alguma coisa, a fórmula correta não será "cogito ergo sum" ("penso, logo existo"), mas "ego cogito cogitatum" ("eu penso o pensado").
C) Explique o que Husserl quer dizer com a afirmação "A palavra intencionalidade significa apenas esta particularidade intrínseca e geral que a consciência tem de ser consciência de qualquer coisa” 
	Podemos iniciar como ponto de partida adotado pelo filósofo alemão: a análise dos fenômenos no âmbito da consciência no intuito de se tentar apreender as coisas em si mesmas, isto é, como elas são. Podemos dizer que em Husserl o cogito cartesiano ganha uma nova roupagem onde a intencionalidade (toda consciência é consciência de) assume o lugar da certeza “clara e distinta” de René Descartes.
	A intencionalidade seria a marca fundamental da consciência, uma vez que a consciência está o tempo todo voltada para fora de si. Contudo, a consciência não é considerada por Husserl como se fosse uma substância ou um invólucro a partir do qual o mundo brotaria:
(...) O princípio de intencionalidade é que a consciência é sempre ‘consciência de alguma coisa’, que ela só é consciência estando dirigida a um objeto. Por sua vez, o objeto só pode ser definido em sua relação à consciência, ele é sempre objeto-para-um-sujeito. (...) Isto não quer dizer que o objeto está contido na consciência como que dentro de uma caixa, mas que só tem seu sentido de objeto para uma consciência (DARTIGUES, 2005, p. 212,). A ênfase dada por Husserl à análise da consciência será uma das marcas capitais de sua filosofia. Seu método investigativo-filosófico procura ater-se sobretudo ao modo mesmo como a consciência se dá, nos seus pormenores, sem recorrer a "muletas" conceituais que venham a "explicar" a subjetividade (a consciência como res cogitans , por exemplo) .
	O conceito husserliano de intencionalidade traz no seu seio as noções de intenção, intuição e evidência apodítica. Husserl chama de “intenção” o conteúdo significativo de alguma coisa. Temos a intenção de um objeto (um livro sobre a mesa) quando possuimos apenas o significado intencional desse livro (bem como da mesa). No entanto, no momento dessa intenção não há efetivamente a presença em carne e osso do livro e da mesa. Em outras palavras:
existe apenas uma “intenção significativa”, quando “significamos intencionalmente” o objecto, sem considerar ainda a sua presença, por exemplo, se temos só em conta o conteúdo significativo de um prado. Esta “intenção” pode ser preenchida pela presença do objecto, por exemplo, se nos colocamos diante do prado; neste caso temos uma “intuição”. A intuição é portanto o preenchimento duma intenção. A evidência é a consciência da intuição. Mas como “evidência” e “intuição” mùtuamente se implicam, Husserl usa, na prática, indiferentemente as duas palavras (FRAGATA, 1962, p. 21). A evidência, portanto, está diretamente relacionada ao grau de preenchimento da intenção. No entanto, o grau de “clareza” da evidência pode ser limitado por fatores tais quais a distância e a luminosidade, por exemplo. Um objeto apreendido sob uma penumbra terá alguns aspectos seus que não irão “preencher” completamente a intenção significativa dele. Nesse caso, o grau de clareza de minha intuição (evidência) estaria comprometido. Para o filósofo alemão, “o supremo grau de intuição só se verificaria  na plena adequação entre intencionado e intuído; teríamos então, no sentido perfeitamente rigoroso, uma evidência apodíctica”. Husserl admitirá que a adequação plena entre intencionado e intuído nunca pode ser atingida de fato. A despeito disso, Husserl defende que o filósofo deve buscar atingir a mais plena adequação possível entre intenção e intuição. Só assim o investigador poderá obter um fundamento sólido e “primordial” para estabelecer sua filosofia.
	Na esteira do conceito de intencionalidade encontramos ainda a noção de hylé. Para Husserl, a hylé seria a “matéria subjetiva” que compõe uma percepção qualquer. A consciência de um objeto qualquer se daria sobre “dados hiléticos” que seriam “dados constituídos pelos conteúdos sensíveis, que compreendem, além das sensações denominadas externas, também os sentimentos, impulsos, etc.” (ABBAGNANO, 2000, p. 499) . Embora Husserl estabeleça que toda consciência é consciência de alguma coisa, ou seja, que toda consciência é intencional, ele não considera os dados hiléticos como sendo intencionais. Os dados hiléticos seriam apenas a “matéria” sobre a qual a consciência se dá. A noção husserliana de hylé não pode ser aqui associada ao empirismo. Husserl não reduz os objetos percebidos a sensações. A hylé husserliana é considerada apenas como uma matéria que assume um papel importante na intuição de um objeto .
A partir de sua interpretação de conceitos como liberdade e alteridade (o outro), Sartre elabora sua ética existencialista para nos explicar em que consiste a liberdade humana. Faça uma pesquisa em artigos filosóficos ou livros e escreva uma resposta dissertativa (mínimo 15 linhas) explicando o conceito sartreano de "liberdade como determinação do ser humano". Sua resposta deve trazer pelo menos uma citação dos textos pesquisados. (3,0 pontos)O homem nasce um nada, é antes de tudo um projeto do seu futuro. O homem existe e depois se faz o que é e o que quer ser. O próprio homem se define o que é e quando se define, define a humanidade e o próprio gênero humano, pois é o que julga ser o homem e a humanidade.
	Jean Paul Sartre define o homem ativo no seu próprio caminho e essência, o ser-em-si de Sartre existe primeiro para posteriormente definir sua essência, ou seja, o homem é o que se cria, o que faz de si mesmo, não existiria algo (Deus) que concebesse sua natureza e/ou essência, por isso Sartre nega concepções sobre a natureza humana e enfatiza que a existência precede a essência. O próprio homem escolhe sua natureza e sua essência.
	Sartre conceitua o homem como um ser de liberdade plena. Um ser absolutamente responsável por si e por seus atos. Para Sartre o homem utiliza da má-fé para justificar o que é a fatores externos, deterministas e hereditários. Não poderia encontrar em outro lugar, que não em si mesmo, o que é; não poderia absorver certos valores justificando imposição social.
Sartre defende veementemente a liberdade humana. Para o filósofo e dramaturgo francês, autor de O Ser e o Nada, o homem é definitivamente livre para fazer todas suas escolhas, não haveria deus nem fatores externos que o faça o que é, exceto ele mesmo. 	Daí que Sartre fala do desamparo, pois não há alguém que o livre desta liberdade individual. O ser humano é o que quer ser.
	O existencialismo sartreano é extremamente angustiante como o próprio filósofo escreve em seu texto O existencialismo é um humanismo, ao qual é esta angustia que levaria o homem ao desamparo, pois o homem seria livre para fazer suas escolhas. Não existiria nada que o determine, cada ser que determina seus caminhos e suas escolhas. È livre para decidir sozinho absolutamente tudo. Seria livre para interpretar sua realidade, o que seria certo ou errado, bom ou mal. O homem estaria condenado à liberdade, a angústia de decidir, de escolher. O ser humano estar o tempo todo fazendo escolhas e não há ninguém que decida por e para ele, é ele quem decide sobre si, este decidir, para Sartre, é a angústia do homem, pois mesmo não escolhendo algo já é uma escolha.
	O homem é um conjunto de seus atos e de seus empreendimentos, assim o homem só pode contar com ele mesmo para suas realizações é isto que Sartre denomina de desespero. O homem vendo que só ele pode escolher e realizar seus desígnios, não havendo ninguém para influenciá-lo, ou seja, cada ser estar e é auto-realizável e o desespero é saber que ninguém veio ao mundo realizar os “ sonhos” de ninguém, cada um estar apenas em busca de suas próprias realizações e nada mais. 
3. O Círculo de Viena tornou-se célebre pela difusão de uma perspectiva filosófica orientada unicamente pelos ideais do conhecimento científico. A partir das reflexões sobre a estrutura lógica da linguagem e da tentativa de construir um discurso objetivo, depurado de quaisquer traços metafísicos, os neopositivistas elegem o princípio de verificação como a sua “regra de ouro”. 
Baseando-se no enunciado acima e em seu estudo sobre o Círculo de Viena, explique a seguinte afirmação de Ernest Mach:
"Onde nem a confirmação nem a refutação é possível, então não é um caso para a ciência"(2,5 pontos).
	 O princípio de Verificação foi elaborado pelo Círculo de Viena com o objetivo de eliminar a possibilidade de que a proposições metafísicas pudessem fazer parte do conjunto das teorias científicas. De maneira resumida, o Princípio de Verificação diz o seguinte:
	“ Uma proposição, não analítica, tem significação se, e somente se, seus termos podem ser reduzidos a conteúdos observacionais.
	Só podem aspirar ao status de verdadeiro conhecimento aquelas afirmações que podem ser verificadas empiricamente, ou seja, sobre as quais se pode decidir se são verdadeiras ou falsas por meio de algum tipo de teste científico.				Esse princípio liga-se ao projeto cientificista do Círculo, que pretendia fornecer uma base segura para as ciências e, para tanto, necessitava elaborar uma linguagem sem dubiedades e conceitos não definidos.							O princípio de verificação nos permite indicar em que condições uma proposição poderá ser considerada empiricamente significante, compreender uma proposição siginifica saber aquilo que é o caso quando ela é verdadeira. É objetivo da ciência substituir, ou conservar, experiências, pela reprodução e antecipação de fatos no pensamento. A memória está mais à mão do que a experiência e, muitas vezes, tem o mesmo propósito. Esta tarefa econômica da ciência, que preenche toda a sua existência, é visível à primeira vista e o seu total reconhecimento faz desaparecer todo o misticismo da ciência. A ciência é comunicada pela instrução de forma a que um homem possa beneficiar com a experiência de outro e seja poupado à tarefa de acumular por si mesmo. Assim, para poupar a posterioridade, as experiências de gerações inteiras estão armazenados nas biblioteca.
Referências Bibliográficas:
SARTRE, Jean-Paul. As Palavras. Tradução de J. Guinsburg. 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.
SARTRE, Jean-Paul. O ser e o nada. Petrópolis-RJ: Vozes, 1989.
Crítica da Razão Dialética. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2002.
O Existencialismo É um Humanismo. Apud Os Pensadores. Vol. XLV. São Paulo: Abril Cultural. p.09-28.
A ideia da Fenomenologia. Liboa: Edições 70, 1986.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Livraria Freitas Bastos, 1971.
POJMAN, Paul. Ernest Mach ( Winter 2003 Edition), Edward N. Zalta (ed.).

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