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Relatório (Homo Sapiens 1900 - Eugenia)

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Relatório: Homo Sapiens 1900 – Eugenia (Legendado PT/BR) 
 
 O século XIX foi marcado pelo avanço técnico-cientifico em 
todas as esferas possíveis do conhecimento. Momento este que o homem vive 
em sentido pendular: Ora extremamente confiante nos progressos auferidos; 
ora exacerbado com o pessimismo do futuro. Período marcado pela crença no 
progresso da civilização e por consequência no aperfeiçoamento também do 
homem, para se atingir a plenitude do Hommo sapiens sapiens. Trouxe a luz 
que a natureza humana poderia também acompanhar a marcha do progresso, 
através de tentativas cientificas que visavam alterar a própria genética 
humana e modificar características consideradas “imperfeitas” para o gênero 
humano – tal conceito recebeu o nome cientifico de Eugenia. 
 O termo “Eugenia” foi concebido pelo cientista inglês , Francis 
Galton, que em sua teoria acreditava que : “O controle social pode melhorar 
ou empobrecer qualidades psicosociobiologicas das futuras gerações”. Esta 
ideia recebeu ares de ciência e ganhou considerável repercussão em países da 
Europa [Inglaterra, Alemanha, Suécia e etc.] , na então União Soviética, nos 
Estados Unidos e até mesmo no miscigenado, Brasil. A Eugenia além de 
conhecimento cientifico, foi adotado como política social em certos países e 
este conceito se subdividia em : Eugenia positiva ( incentivava as pessoas 
saudáveis a se reproduzirem e coibia as relações com os menos aptos) e 
Eugenia negativa (incentivo ao aborto, esterilização e em alguns casos até a 
possível eliminação dos incapazes). 
 A Eugenia , enquanto política social, promoveu até mesmo 
concursos entre crianças para verificar a pureza da linhagem familiar e 
justificar o “bem-estar social” através de medidas xenofóbicas , como foi o 
caso dos países nórdicos, explicitando o caso sueco. Tal medida teve sua 
aplicabilidade legislativa também justificada nos Estados Unidos, que 
empregaram como método de seleção educacional o dito teste de QI , proibiam 
relações inter-raciais e privilegiavam a entrada de imigrantes de matriz anglo-
saxônica (excluindo veementemente os alemães e italianos). No entanto, foi na 
Alemanha Nazista que a prática eugênica ganhou maior notabilidade através 
de políticas que pregavam além do racismo, o ódio através do extermínio de 
grupos étnicos, deficientes e incapazes para dar lugar ao “ Homem Alemão” 
de linhagem pura e trazendo a tona do conceito grego de perfeição do corpo , 
foi até mesmo criado a “Casa de maternidade Lebensborn” que era um 
verdadeiro centro de reprodução humana controlado pela SS , justamente 
para tais fins. Na Rússia Soviética, teve sua manifestação, mas não como nos 
casos já explicitados – acreditava-se no “ideal do novo homem socialista” que 
seria mental e fisicamente superior aos outros povos do mundo, porém, as 
eugenia foi intimamente ligada ao fascismo e logo fora banida da URSS, seus 
expoentes foram presos e posteriormente fuzilados. 
 Evidente é que a eugenia foi a principal causadora do racismo 
fundamentado cientificamente e praticado para justificar “ a higienização 
populacional” adotada por certos países que resultou em indiscutíveis 
desastres geopolíticos , como foi o holocausto na Alemanha ou a política de 
“branqueamento” no Brasil. Com o fim da Segunda Grande Guerra, os países 
que outrora apoiavam tais medidas, passaram a abandonar paulatinamente 
esses conceitos, pois com os horrores cometidos na guerra, aparecia o 
verdadeiro ônus da ideia eugênica e foi convencionado que a humanidade não 
poderia ser divididas em raças e sub-raças, mas deveria ser classificada como 
um só gênero - “ a grande raça humana” – livre de diferenciações. 
 
Relatório: Homo Sapiens 1900 – Eugenia (Legendado PT/BR)

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