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Direito do Consumidor I - 1º bim

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DIREITO DO CONSUMIDOR I 
 
Faculdade Mater Dei – 5º período / Noturno - 2014 
 
 
� Lei 8.078/1990. 
 
• Origem: 
Constitucional; 
Filosófica (ampla proteção do consumidor); 
Sociológica (sociedade de consumo em massa); 
 
└ Ordem pública e interesse social; 
 
- Inversão do ônus da prova (Artigo 6º, VIII CDC) – fornecedor. 
 
Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: 
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do 
ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for 
verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras 
ordinárias de experiências; 
 
 
� Juiz inverte o ônus da prova: no início (ao seu critério); ou como regra de 
procedimento (momento processual) até a Audiência Instrutória; ou como regra de 
julgamento na Sentença; 
 
 
- C.F. 
 
Artigo 5º, XXIII; 
 
Artigo 170, V; 
 
Atos Disposições Constitucionais Transitórias: Artigo 48; 
 
 
• Evolução histórica do CDC: 
 
Constituição Federal; Filosófica (Proteção ao vulnerável); Sociológica – Econômica 
(fatos históricos – Rev. Industrial,...); 
 
 
 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR I 
 
Faculdade Mater Dei – 5º período / Noturno - 2014 
 
 
• CARACTERÍSTICAS DO CDC: 
 
Lei principiológica (Art. 4º, 6º C.F. – Dignidade da pessoa); 
 
Normas de ordem pública e interesse social (Art. 1º CDC) – microssistema disciplinar; 
 
CDC permite / proporciona: diálogo das fontes (Buscar princípios em outros ramos do 
Direito – doutrina alemã – Joaquim Barbosa); 
 
 
• CARACTERIZAÇÃO DAS RELAÇÕES DE CONSUMO: 
 
- Definições da Lei 8.078/90 (CDC); 
 
 
� Consumidor, Coletividade de Consumidores, Fornecedor, Produto, Serviço; 
 
 
 
 
� Relação Social x Relação Jurídica (Repercussão ao mundo do direito); 
 
 
 
� Relação Jurídica de Consumo: Firmada entre consumidor e fornecedor, a 
qual possui como objeto a aquisição de um produto ou a contratação de um 
serviço; 
 
 
 
� Artigo 2º: conceito de consumidor; Natureza econômica; 
 
 
 
� Conceito: “Destinatário Final”; análise da finalidade com a qual o 
consumidor adquire produtos / serviços (Teoria Finalista e Teoria 
Maximalista); 
 
 
- Finalista: 
A corrente finalista defende a teoria que o consumidor – destinatário final seria apenas 
aquela pessoa física ou jurídica que adquire o produto ou contrata o serviço para utilizar para si ou para 
outrem de forma que satisfaça uma necessidade privada, e que não haja, de maneira alguma, a utilização 
deste bem ou deste serviço com a finalidade de produzir, desenvolver atividade comercial ou mesmo 
profissional. 
Os finalistas afirmam que, ao se adquirir um produto ou serviço com a finalidade de 
desenvolver uma atividade de produção, seja para compor o estabelecimento ou para revender o produto, 
mesmo que transformado, este não estaria utilizando o produto ou serviço como destinatário final. 
DIREITO DO CONSUMIDOR I 
 
Faculdade Mater Dei – 5º período / Noturno - 2014 
 
 
Nesta conjuntura estaria se caracterizando a compra do produto ou a contratação do 
serviço para a produção ou comercialização, pois este seria destinado, tão somente, para a revenda, 
transformação ou incorporação ao estabelecimento, para que um consumidor – destinatário final adquira 
ou contrate com este profissional ou empresa. 
“Destinatário final seria aquele destinatário fático e econômico do bem ou serviço, seja ele 
pessoa jurídica ou física. Logo, segundo esta interpretação teleológica, não basta ser destinatário fático 
do produto, retirá-lo da cadeia de produção, levá-lo para o escritório ou residência – é necessário ser 
destinatário final econômico do bem, não adquiri-lo para revenda, não adquiri-lo para uso profissional, 
pois o bem seria novamente um instrumento de produção cujo preço será incluído no preço final do 
profissional que o adquiriu. Neste caso, não haveria a exigida ‘destinação final’ do produto ou do serviço, 
ou, como afirma o STJ, haveria consumo intermediário, ainda dentro das cadeias de produção e de 
distribuição.” 
De acordo com a corrente finalista, o comerciante e o profissional poderão ser considerados 
como consumidores, quando adquirirem produtos ou contratarem serviços para o uso não profissional, ou 
seja, que não tenham nenhuma ligação com a sua atividade produtiva. Desta maneira, estariam utilizando 
o produto ou o serviço para uso privado, por uma necessidade ou satisfação pessoal, de tal modo, 
poderiam ser considerados como vulneráveis. 
 
- Finalista Mitigada: STJ: situação fática; 
 
- Maximalista: 
A corrente maximalista defende a teoria de que o consumidor – destinatário final seria toda 
e qualquer pessoa física ou jurídica que retira o produto ou o serviço do mercado e o utiliza como 
destinatário final. 
Nesta corrente não importa se a pessoa adquire ou utiliza o produto ou serviço para o uso 
privado ou para o uso profissional, com a finalidade de obter o lucro. 
Os maximalistas veem “nas normas do CDC o novo regulamento do mercado de consumo 
brasileiro, e não normas orientadas para proteger somente o consumidor não profissional. O CDC seria 
um código geral sobre o consumo, um código para a sociedade de consumo, que institui normas e 
princípios para todos os agentes do mercado, os quais podem assumir os papéis ora de fornecedores, ora 
de consumidores. A definição do art. 2.° deve ser interpretada o mais extensamente possível, segundo 
esta corrente, para que as normas do CDC possam ser aplicadas a um número cada vez maior de 
relações no mercado. Consideram que a definição do art. 2.° é puramente objetiva, não importando se a 
pessoa física ou jurídica tem ou não fim de lucro quando adquire um produto ou utiliza um serviço. 
Destinatário final seria o destinatário fático do produto, aquele que o retira do mercado e o utiliza, 
consome, por exemplo, a fábrica de toalhas que compra algodão para reutilizar e a destrói. Segundo esta 
teoria maximalista, a pergunta da vulnerabilidade in concreto não seria importante. Defende que, diante 
de métodos contratuais massificados, como o uso de contratos de adesão, todo e qualquer co-contratante 
seria considerado vulnerável.” 
Os maximalistas defendem que será considerado como consumidor aquele que retire o 
produto ou serviço do mercado e que o utilize como destinatário final, sem importar se este produto ou 
serviço adquirido seja utilizado para satisfazer uma necessidade pessoal, ou para ser incorporado a um 
novo processo de produção. 
Nota-se, portanto, que o elemento fático para definição do status de consumidor à pessoa 
física ou jurídica, nesta corrente, não se dará, pelo sujeito de direitos que adquiriu o produto ou o serviço. 
Este sujeito será definido como consumidor, tão somente, por realizar a compra do produto ou a 
contratação do serviço. 
Cabe ainda, uma observação quanto a esta corrente: Se todas as pessoas, profissionais ou 
não, que adquirem ou utilizam um produto ou um serviço serão consideradas como consumidores, dessa 
maneira, somente uma pessoa que estiver vinculada ao processo de produção, montagem, criação, 
construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização do produto que está 
sendo adquirido, não poderá ser considerada como consumidor. 
DIREITO DO CONSUMIDOR I 
 
Faculdade Mater Dei – 5º período / Noturno - 2014 
 
 
� CDC = possui normas de ordem publica e de interesse social; 
 
- POLÍTICA* NACIONAL DAS RELAÇÕES DE CONSUMO (artigo 4º) é EXECUÇÃO DA POLÍTICA 
(artigo5º); 
*Estado está envolvido diretamente; 
- OBJETIVOS: (Artigo 4º): 
Atendimento das necessidades dos consumidores; respeito à dignidade, saúde e segurança; 
proteção dos interesses econômicos; melhoria da qualidade de vida; transparênciadas relações 
consumo; 
 
- PRINCÍPIOS1 NORTEADORES PARA ALCANÇAR OBJETIVOS: (Artigo 4º) 
� Princípios = Correlação direta com a Constituição Federal; 
 
I – Vulnerabilidade: 
- Fundamento técnico, jurídico e fático; 
 
Ex.: Inversão ônus da prova (artigo 6º, VIII); 
Aplicação da responsabilidade objetiva – teoria do risco (artigo 12); 
 
• Hipervulnerabilidade: complemento da vulnerabilidade; 
Ex.: doentes, idosos, gestantes, deficientes físicos...; 
• Hipossuficiência = econômica; 
Ex.: justiça gratuita; 
 
II - Ação Governamental; 
a) por iniciativa direta; 
 
Ex.: criar PROCON; 
 
b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas; 
 
Ex.: Associações de defesa do consumidor; 
 
1
 Enunciações normativas de valor genérico / abstrato, que condicionam e orientam a 
compreensão do ordenamento jurídico em sua aplicação e integração; ou mesmo para elaboração de novas 
normas; (Miguel Reale - Noções Preliminares de Direito). 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR I 
 
Faculdade Mater Dei – 5º período / Noturno - 2014 
 
 
 
c) pela presença do Estado no mercado de consumo; 
 
Ex.: Inmetro;MP; fiscalizando e melhorando relações de consumo; 
 
 
d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, 
durabilidade e desempenho; 
 
Ex.: itens obrigatórios de segurança (air-bag, freios ABS); 
 
III - Harmonização Interesses; 
Interesse difuso; 
Ex.: Proibição de propagandas enganosas; 
 
IV - Educação e Informação; 
 
V - Controle de qualidade de produtos / serviços; 
Ex.: mercadista desligar câmara fria para poupar energia elétrica; consumidor denuncia MP fiscalizar; 
 
VI - Coibição Práticas Abusivas; 
Marcas e Patentes; 
Ex.: Distribuidora Petrobrás (BR); 
 
VII - Melhoria Serviços Públicos; 
Ex.: fornecimento de água; 
 
VIII - Estudo e Modificação do mercado de consumo; 
 
Art. 5º Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o Poder Público com os 
seguintes instrumentos, entre outros: 
I – manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente; 
II – instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério Público; 
III – criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento de consumidores vítimas de 
infrações penais de consumo; 
IV – criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a solução de 
litígios de consumo; 
V – concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações de Defesa do Consumidor. 
 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR I 
 
Faculdade Mater Dei – 5º período / Noturno - 2014 
 
 
DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR: (ARTIGO 6º) 
 
- NÃO CONSTITUEM ROL TAXATIVO 
 
- CONSTITUEM UM PATAMAR MINIMO DE PRERROGATIVAS JURIDICAS DOS 
CONSUMIDORES; 
 
- PROTEÇÃO A VIDA, SAUDE E SEGURANÇA (ARTIGO 6º, I); EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO 
(ARTIGO 6º II E III); 
 
- PROTEÇÃO CONTRA PUBLICIDADE ENGANOSA/ABUSIVA E PRÁTICAS COMERCIAIS 
(ARTIGO 6º, IV); 
 
- PREVENÇÃO DE DANOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS (ARTIGO 6º, VI E VII) FACILITAÇÃO 
DOS SEUS DIREITOS (ARTIGO 6º, VIII); 
 
- ADEQUADA E EFICAZ PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS (ARTIGO 6º, X) 
 
 
PROVA 
Artigo 1º ao 10º 
 
 
DA QUALIDADE DE PRODUTOS E SERVIÇOS DA PREVENÇÃO DE DANOS: 
 
Artigo 8º ao 10º; 
 
Art. 8º Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à 
saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em 
decorrência de sua natureza e fruição, obrigando‑se os fornecedores, em qualquer hipótese, a 
dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito. 
 
Parágrafo único. Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar as 
informações a que se refere este artigo, através de impressos apropriados que devam 
acompanhar o produto. 
 
Art. 9º O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou 
segurança deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou 
periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto. 
 
Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe 
ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança. 
 
§ 1º O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no mercado de 
consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato 
imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores, mediante anúncios 
publicitários. 
 
§ 2º Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo anterior serão veiculados na 
imprensa, rádio e televisão, às expensas do fornecedor do produto ou serviço. 
 
§ 3º Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de produtos ou serviços à saúde ou 
segurança dos consumidores, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão 
informa‑los a respeito.

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