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PROJETO DE PESQUISA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS – UNILESTE
CURSO DE DIREITO
ISADORA DE OLIVEIRA MARTINS AIRES
A CRIMINALIZAÇÃO DA ALIENAÇÃO PARENTA:
Identificação do dolo na conduta do alienante e medidas penais já existentes
Coronel Fabriciano
2017
ISADORA DE OLIVEIRA MARTINS AIRES
A CRIMINALIZAÇÃO DA ALIENAÇÃO PARENTA:
Identificação do dolo na conduta do alienante e medidas penais já existentes
Projeto de pesquisa apresentado para o curso de Direito do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Direito.
Orientadora: Gilce Castro
Coronel Fabriciano
2017
ISADORA DE OLIVEIRA MARTINS AIRES
PROJETO DE PESQUISA
A Criminalização da Alienação Parental
Projeto de pesquisa apresentado para o curso de Direito do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Direito.
Orientadora: Gilce Castro
Aprovada em ___/___/_____. Por:
Examinador 1
Examinador 2
Examinador 3
Dedico este trabalho aos meus avós e aos meus grandes amigos Iadô e Efigênio, incentivadores do meu sucesso.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, que com seu infinito amor, me enche de força e esperança para superar as dificuldades encontradas nesta longa caminhada. Agradeço também a minha família, em especial aos meus avós, que são a base da formação do meu caráter e a minha prima Marina que me deu apoio em toda minha caminhada acadêmica. Aos meus amigos, que me dão estimulo para alcançar todos os meus objetivos, muito obrigada! Amo vocês!
RESUMO
	Este trabalho apresenta uma pesquisa realizada acerca da viabilidade da aprovação do Projeto de Lei 4488/2016, que prevê a imposição da pena de detenção, a genitores ou responsáveis que pratiquem a nefasta alienação parental. Por se tratar de um tema complexo, uma vez que sua prática prejudica o bem-estar psicológico da criança ou adolescente alienado, e sua punição, em caso de deferimento do referido Projeto, atingirá a esfera de liberdade do alienante, é de extrema importância a realização deste estudo. Assim, para que seja possível o alcance de um posicionamento efetivo, serão identificados, ao longo da elaboração da pesquisa, os meios já existentes, na esfera criminal, para o combate aos atos que compõem a conduta da alienação parental.
Palavras-chaves: Alienação Parental. Criminalização. Punição. Liberdade.	
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DO TEMA
	Tramita no Congresso Nacional, o projeto de Lei 4488/16, que busca criminalizar a prática da alienação parental, como forma de coerção e punição dos alienadores. Caso o referido projeto seja aceito, serão acrescentados alguns parágrafos e incisos ao artigo 3º da Lei 12.318/2010, que dispõe sobre a alienação parental. Assim, aquele que praticar o ato de alienação, poderá ser penalizado com detenção de três meses a três anos, existindo, ainda, a possibilidade de a pena ser agravada em 1/3 (um terço) em determinadas hipóteses.
	A Lei 12.318/2010, discorre sobre a prática da alienação parental, bem como sobre os meios de diagnóstico, prevenção e reparação de seus efeitos. De acordo com seu artigo 2º, “ considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízos ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. ” 
	Nas palavras de Rolf Madaleno, a alienação parental trata-se de “uma forma de abuso emocional que visa à extinção dos vínculos afetivos entre o genitor alienado e sua prole, acarretando consequências nefastas para uma visa em pleno desenvolvimento” (MADALENO, Rolf. Síndrome da Alienação Parental, p.11).
	Em grande parte dos casos, a prática da alienação parental advém de genitores tomados pelo ódio, sentimento de abandono ou mesmo ciúmes, resultantes de uma relação amorosa malsucedida, que acabam colocando a vingança pessoal à frente do melhor interesse e bem-estar de seus filhos.
	Inúmeros são os danos físicos e psicológicos decorrentes da cruel prática da alienação sobre a criança ou o adolescente, alguns irreversíveis. Da mesma forma, são também vítimas, os pais e demais familiares, impedidos de participar efetivamente das atividades cotidianas e do crescimento dos filhos alienados, sendo, muitas vezes, apagados da vida e da memória dos mesmos.
	Contudo, existem situações em que a alienação parental é realizada de forma inconsciente pelo alienante, ou seja, muitas vezes o genitor que aliena não tem a percepção de que está praticando a conduta, ou não tem noção do grande mal que está provocando na vida dos filhos. Neste caso, em que pese exista o efeito lesivo à saúde psicológica da criança ou adolescente, não se verifica a intenção de prejudicar na atitude do genitor.
	Assim, necessário analisar a viabilidade de se criminalizar a alienação parental, uma vez que a aprovação do projeto de lei nº 4488/2016 atingirá a esfera da liberdade do genitor alienante, que, em determinados casos poderá estar refletindo nos filhos seu caos psicológico, sem, no entanto, tem a intenção de prejudica-los ou neles instalar a Síndrome da Alienação Parental.
	Outrossim, para que seja possível dimensionar a necessidade e os possíveis efeitos da criminalização da conduta alienante, imprescindível apontar quais os mecanismos já existentes para a detecção, prevenção e reparação da mesma, bem como os resultados exitosos dos mesmos.
	Esta pesquisa visa conceituar, analisar, avaliar e dissertar acerca deste fenômeno conhecido como alienação parental, sob a ótica de sua criminalização, enumerando seus prós e contras, buscando um parecer concreto no que diz respeito a sua viabilidade. 
PROBLEMATIZAÇÃO
O projeto parte das seguintes questões levantas acerca do projeto de lei 4488/2016, que busca criminalizar a prática de alienação parental:
Qual a viabilidade da aprovação do projeto de lei 4488/2016? Até que ponto a criminalização da alienação parental estará defendendo o melhor interesse da criança? Caso a prática da alienação parental se torne crime, como será identificado o dolo na conduta do alienador? Quais os meios já existentes no ordenamento jurídico para o combate à alienação parental e qual seu aproveitamento?
	
JUSTIFICATIVA
	A importância do estudo desse tema está em analisar até que ponto é conveniente a criminalização da alienação parental, uma vez que tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei 4488/2016, que busca criminalizar a prática da alienação parental, consistente em manipular a criança ou o adolescente contra um de seus genitores.
	Considerando que a prática da referida conduta pode se realizar de forma inconsciente pelo genitor alienante, necessário se faz discutir acerca dos meios de identificação do dolo na conduta do mesmo, bem como as medidas já existentes para a penalização dos atos que compõem a conduta, visto que as penalidades previstas no referido projeto atingem a esfera de liberdade do homem, e, ainda, para que as mudanças a serem implantadas na Lei 12318/10 não se tornem redundantes.
	
OBJETIVOS
	
	Pretende, este estudo, compreender e avaliar a conveniência da criminalização da alienação parental, uma vez que o projeto de lei 4488/2016, em trâmite no Congresso Nacional, prevê medidas que limitam o direito à liberdade do alienante, em face da pratica de atos, que por vezes inconscientes, estão relacionados à instabilidade emocional dos genitores. 
	Para que seja atingido o objetivo supra, crucial o alcance de objetivos específicos,tais como: dissertar acerca dos danos causado pela prática da alienação parental; discutir meios cabíveis para a constatação do dolo na conduta do alienador, caso a mesma se torne crime; analisar até que ponto a criminalização da alienação parental defenderá o melhor interesse da criança e do adolescente; comparar a eficácia das técnicas utilizadas para a prevenção, detecção, combate e reparação dos atos de alienação parental; e, por fim, contrastar posicionamentos jurisprudenciais e doutrinários no que se refere à alienação parental.
METODOLOGIA
Para a realização do presente trabalho de pesquisa, serão utilizados os recursos bibliográficos presentes na Biblioteca do Centro Universitário de Minas Gerais, assim como os acervos disponíveis na Internet. Da mesma forma, será efetuada a coleta e análise de dados, também disponibilizados na Internet, bem como obtidos a partir do estudo de casos concretos. Por fim, serão pesquisadas e colocadas em paralelos jurisprudência proferidas por magistrados, definindo qual o entendimento majoritário no que diz respeito ao tema em estudo.
CRONOGRAMA
	ATIVIDADES
	2º Semestre/2017
	1º Semestre/2018
	2º Semestre/2018
	Pesquisa do tema
	x
	
	
	Definição do tema
	x
	
	
	Levantamento Bibliográfico
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	Elaboração do anteprojeto
	X
	
	
	Apresentação do projeto
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	Coleta de dados
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	X
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	Analise dos dados
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	Organização da pesquisa
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	Redação do trabalho
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	Revisão e redação final
	
	
	X
	Entrega da monografia
	
	
	X
	Defesa da monografia
	
	
	x
BIBLIOGRAFIA
MADALENO, Ana Carolina Carpes; MADALENO, Rolf. Síndrome da Alienação Parental: a importância de sua detecção com seus aspectos legais e processuais. Rio de Janeiro: Forense, 2015.
CABRAL, Jaqueline Dias; SILVA, Ilma Maria; LOPES, Elizabeth Aparecida. Manual de Normalização para Trabalhos Acadêmicos do Unileste: de acordo com as nomas de documentação da ABNT. Disponível em: < https://www.unilestemg.br/arq/doc/biblioteca/manual-de-normalizacao-para-trabalhos-academicos-2016.pdf> Acesso em: 16 de setembro de 2017.
DIAS, Maria Berenice. Síndrome da Alienação Parental, o que é isso? Ministério
Público do Estado do Pará - Procuradoria Geral de Justiça. Revista do Cao Cível, Belém, ano 11, n.5, jan-/dez. 2009. Disponível em: http://www.alienacaoparental.com.br/ Acesso em: 16 de setembro de 2017.
PRODANOV, Cleber Cristiano; DE FREITAS, Ernani Cesar. Metodologia do Trabalho Científico: métodos e técnicas de pesquisa e do trabalho acadêmico. Disponível em: < https://ubec.blackboard.com/bbcswebdav/pid-481862-dt-content-rid-1439265_1/courses/246471/E-book%20Metodologia%20do%20Trabalho%20Cientifico.pdf> Acesso em: 16 de setembro de 2017.

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