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Adoção (Salvo Automaticamente)

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FACULDADE CENECISTA DE VARGINHA
Administração
 e 
Ciências Contábeis
: Reconhecimento pelo Decreto Federal Nº 76177/75 - D.O. 02/09/75
Ciências Econômicas
: Reconhecimento através da Portaria Ministerial Nº 242/91 - D.O. 22/02/91
Sistemas de Informação
: Reconhecimento através da Portaria Nº 4.562 - D.O. 29/12/05
Direito
: Reconhecimento através da Portaria Nº 895 - D.O. 20/11/08
Engenharia de Produção
: Autorização através da Portaria Nº 1.687 - D.O. 25/11/09
Rua Professor Felipe Tiago Gomes, 173 – Vila Bueno – 37.006.020 – Varginha – Minas Gerais
(35) 3690-8900 / 3690-8958 (fax)
 http//www.faceca.br = E-MAIL: faceca@faceca.br 
FACULDADE CENECISTA DE VARGINHA – FACECA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
HENRI RUIZ DE OLIVEIRA PESSOA 
IVANA TELES 
LARISSA GOULART SACRAMENTO
ROSEMARY ANDRADE CANDIDO
TALLITA M. L. OLIVEIRA 
ADOÇÃO
VARGINHA-MG
2014
HENRI RUIZ DE OLIVEIRA PESSOA 
IVANA TELES 
LARISSA GOULART SACRAMENTO
ROSEMARY ANDRADE CANDIDO
TALLITA M. L. DE OLIVEIRA 
ADOÇÃO
Trabalho apresentado ao Curso de Graduação em Direito da Faculdade Cenecista de Varginha, como requisito parcial, para obtenção de Crédito na disciplina de Direito de Família ministrada pelo prof: Dr.: Leandro José Paiva.
VARGINHA – MG
2014
SÚMARIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................3
2 ADOÇÃO...........................................................................4
 2.1 Conceito......................................................................4
 2.2 Evolução Histórica.......................................................5
 2.3 Ordenamento Jurídico Brasileiro...................................6
 2.4 Processo de Adoção......................................................7 
 2.5 Efeitos Jurídicos.........................................................11 
 2.6 Adoção Internacional..................................................12
 3 CONCLUSÃO..................................................................13
 REFERÊNCIAS................................................................14
 31 INTRODUÇÃO 
Do ponto de vista jurídico, a adoção é um procedimento legal que consiste em transferir todos os direitos e deveres de pais biológicos para uma família substituta, conferindo para crianças/adolescentes todos os direitos e deveres de filho, quando e somente quando forem esgotados todos os recursos para que a convivência com a família original seja mantida. É regulamentada pelo Código Civil pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e pela Nova Lei de Adoção (NLA), que determina claramente que a adoção deve priorizar as reais necessidades, interesses e direitos da criança/adolescente e a afetividade. 
Partindo desta explanação, este trabalho procura demostrar desde os tempos remotos até os atuais como se estabeleu o intituto da adoção, sua origem, sua legislação no ordenamento juridíco brasileiro vigente, os procedimetos de adoção, os efeitos e adoção homoafeiva e a internacional.
Buscando subsídios dentro da matéria de Direito de Família, em obras doutrinárias, notícias veiculadas pela mídia e algumas informações buscadas na internet e em sites especializados em adoção. 
Por fim, espera-se que este trabalho possa contribuir de alguma forma, para o maior entendimento sobre o tema.
 
 42 ADOÇÃO 
2.1 Conceito 
 A palavra adoção deriva do latim “adoptio”, que possui como significado acolher, tomar alguém como filho.
 Para a língua portuguesa, adotar “é um verbo transitivo direto” (AURÉLIO, 2004), uma palavra genérica, que de acordo com a situação pode assumir significados diversos, como: optar, escolher, assumir, aceitar, acolher, admitir, reconhecer, entre outros.
 De acordo com a concepção clássica de Direito é um instituto jurídico que procura imitar a filiação natural, adaptio natura imitaur.
 As definições para o instituto da adoção são muitas das quais destacamos a de Maria Helena Diniz (2010, p.522):
É o ato jurídico solene pelo qual, observados os requisitos legais, alguém estabelece, independentemente de qualquer relação de parentesco consanguíneo ou afim, um vínculo fictício de filiação, trazendo para sua família, na condição de filho, pessoa que, geralmente, lhe é estranha.
  Sob a ótica do estatuto, adoção é na doutrina de Bandeira (2001, p.33):
[...] o vínculo jurídico que liga, via de regra, um menor de 18 anos a uma família substituta. Esse vínculo tem caráter irrevogável  e atribui ao adotado os mesmos direito do filho natural, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com os pais biológicos e parentes naturais, ressalvando-se os impedimento matrimoniais.
 Finalmente, podemos conceituar a adoção como um ato jurídico em sentido estrito, de natureza complexa, excepcional, irrevogável e personalíssimo, que firma a relação paterna ou materna – filial com o adotando, em perspectiva constitucional isonômica em face da filiação biológica. 
 52.2 Evolução Histórica 
A adoção hoje é um instituto de Direito, mas a sua origem é de natureza religiosa. Eles tinham a finalidade de dar filhos aos que não podiam tê-los, para perpetuar a religião da família.
Tem se na Bíblia passagens como no livro de Ester, uma linda menina chamada Ester, a qual foi adotada pelo seu primo depois da morte de seus pais, tornou-se uma rainha e Deus a usou para trazer libertação ao povo judeu. No Novo Testamento, o filho único de Deus, Jesus Cristo, foi concebido através do Espírito Santo ao invés da semente do homem (Mateus 1:18). Ele foi adotado e criado pelo marido de Sua mãe, José, o qual cuidou de Jesus como seu próprio filho.
É de suma importância destacar o Código de Hamurabi (1686-1718 a.C) na esfera da origem do instituto, uma vez que o mesmo já mencionava a adoção em nove (185 a 193) dos seus 282 dispositivos e determinava a garantia dos direitos sucessórios do adotado.
O instituto da adoção encontrou disciplina e ordenamento sistemático no Direito romano no qual, teve bastante relevância em sua evolução, porém, na Idade média acabou caindo em desuso, pois, na Idade média a família vivia sobre o olhar cristão que era amparado sobre o olhar canônico onde o sacramento do matrimônio era extremamente respeitado. Foi então retirada do esquecimento do contexto social com o Código de Napoleão de 1804, tendo beneficiado e se irradiado para inúmeras legislações modernas atuais.
 Já no Brasil a história legal nos remete ao início do século XX. O assunto é tratado, pela primeira vez, em 1916 no Código Civil Brasileiro. Depois dessa iniciativa tem-se ainda a aprovação: em 1957, da Lei nº. 3.133; em 1965, da Lei nº. 4.655; e em 1979 da Lei nº. 6.697, que estabelece o Código Brasileiro de Menores.
Atualmente a legislação vigente que se debruça sobre esse assunto é a seguinte: Constituição Federal; Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA; Código Civil Brasileiro; e a lei nº 12.010.
“A Constituição eliminou a distinção entre adoção e filiação ao deferir idênticos direitos e qualificações aos filhos, proibindo quaisquer designações discriminatórias (CF 227, §6º). Como essa norma esta inserida no dispositivo constitucional que trata de crianças e adolescentes, inúmeros questionamentos surgiram em sede doutrinária sobre tal equiparação quanto à adoção de maiores. A justiça, no entanto, é uníssona em impedir distinções. Mesmo que tenha sido a adoção de maiores levada a efeito antes da vigência da norma constitucional, não mais existem diferenciações.” (Dias, p 497).
 6O Estatuto da Criança e do Adolescente significou grande avanço e contribuiu para regulamentar e proteger os interesses de crianças e adolescentes com o principio da supremacia do interesse da criança e do adolescente, regulando a adoção plena sempre para os menores de 18 anos, inclusive prevendo osdireitos sucessórios dos mesmos, restando ao CC/1916 somente a adoção dos maiores de idade, que possuíam diferenciação nos direitos sucessórios em face dos filhos naturais e/ou menores adotados.
O Código Civil de 2002 trouxe previsões acerca da adoção, instituindo o sistema de adoção plena, porém seguindo os ditames estabelecidos pelo ECA, sendo que a adoção, tanto de adultos quanto de crianças e adolescentes, possuem as mesmas características, sendo obtidas exclusivamente por meio de processo judicial.
A lei 12.010, conhecida como A nova lei de adoção (NLA) que possui apenas sete artigos, trouxe várias inovações a cerca da celeridade processual, estabelecendo prazos para dar maior rapidez ao processo de adoção. Para o ordenamento jurídico propriamente dito, esta surgiu para assegurar os direitos dos adotantes, mas, principalmente dos adotados. Os deveres da chamada “autoridade parental”, foram destinados pela Constituição Federal, consistindo basicamente na criação, educação dos filhos, assisti-los, formando assim, um núcleo de responsabilidade com liberdade.
No entendimento de Dias (2010, p 502) a NLA transformou o instituto da adoção numa “medida excepcional”, no qual só deverá ser recorrido quando esgotados todos os meios da permanência da criança com sua “família natural”.
 Todavia, está sendo extremamente aceito em decisões judiciais a adoção por casais do mesmo sexo, amparados pelo principio do melhor interesse da criança e do adolescente.
2.3 Ordenamento Jurídico Brasileiro
Com o advento desta nova lei de adoção (NLA) o ordenamento jurídico brasileiro foi beneficiado. 
Alterando o Estatuto da Criança e do Adolescente, O Código Civil e até mesmo a Consolidação das leis do trabalho.
A adoção antes de tais inovações era baseada no conceito arcaico de família, nos preceitos do direito canônico que consistia na existência de um vinculo matrimonial entre homem e mulher, o chamado sacramento cristão, para que assim denomine “família”. A própria NLA, suprimiu em seu texto a questão da adoção por casais homoafetivos, porém, mesmo este benefício tendo sido suprimido, a jurisprudência tem mostrado estar acompanhando de forma bem mais célere e tem celebrado muitas decisões amparadas pelo principio do melhor interesse e decidido a favor da adoção por casais homoafetivos.
 7A NLA também inovou estabelecendo o novo conceito de família definindo – a pelo afeto, sendo assim o instituto da adoção não necessita mais do vinculo de um casal para ser realizado, sendo possível qualquer pessoa maior de 18 anos adotar uma criança, independentemente da relação conjugal que tenha, ou seja, se é solteiro, casado, viúvo, e até mesmo independentemente da sua orientação sexual. “Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil.” (ECA, art. 42).
2.4 Processo de Adoção 
À adoção de determinada pessoa – seja maior ou menor de idade – se procede mediante ação judicial. Os candidatos se habilitam à adoção, devendo a petição inicial ser acompanhada de uma série de documentos, entre eles: comprovante de renda e de domicílio; atestado de sanidade física e mental; certidão de antecedentes criminais e negativa de distribuição cível (ECA 197-A). Os candidatos indicam o perfil de quem aceitam adotar. O Ministério Público pode requerer a designação de audiência para a ouvida dos postulantes e de testemunhas (ECA 197-BII).
As inscrições dos candidatos estão condicionadas a um período de preparação psicossocial e jurídica (ECA 50 § 3.º), mediante frequência obrigatória a programa de preparação psicológica, orientação e estímulo à adoção inter-racial, de crianças maiores ou de adolescentes, com necessidades especiais de saúde ou com deficiências e de grupos de irmãos. (ECA 197-C §1.º).
Deferida a habilitação, o postulante e inscrito nos cadastros (ECA 50), cuja ordem cronológica é obedecida quase que cegamente (ECA 197-E§1.º).
A gestante ou a mãe que deseje entregar os filhos à adoção tem direito a assistência psicológica no período pré e pós-natal (ECA 8.º §5.º). Precisa ser encaminhada à Justiça da Infância e da Juventude (ECA 13 parágrafo único).
A adoção, tanto de crianças e adolescentes (ECA 47) como de maiores de 18 anos de idade (CC 1.619), só pode ocorrer mediante processo judicial. É vedada a adoção por procuração, sendo necessária a participação do Ministério Público, por ser ação de estado (CPC 82 II).
 8A competência para a ação de adoção de maiores é das varas de família e, em se tratando de crianças e adolescentes, é das varas de infância e juventude (ECA 148 III).
É necessário o estágio de convivência (ECA 46), havendo a possibilidade de o juiz dispensá-lo quando o adotado já estiver sob tutela ou guarda por tempo suficiente para avaliar a convivência da constituição do vínculo.
Quando o adotado contar com mais de 12 anos, é indispensável sua oitiva (ECA 28 § 2.º). Antes dessa idade, deve ser ouvido por profissional e, sempre que possível, a sua opinião devidamente considerada. Também a Convenção sobre os Direitos da Criança determina que as opiniões das crianças sejam levadas em consideração segundo a sua idade e maturidade (art. 121).
A Lei da Adoção garante a tramitação prioritária dos processos, sob pena de responsabilidade (ECA parágrafo único), mas não prevê qualquer sansão outra. As ações de suspensão e perda do poder familiar precisam estar concluídas no prazo máximo de 120 dias (ECA 163).
O vínculo de adoção é estabelecido por sentença judicial, que dispõem de eficácia constitutiva e produz efeitos a partir do seu transito em julgado. Há uma exceção a essa regra. Na hipótese de ocorrer o falecimento do adotante no curso do processo de adoção, a sentença dispõe de efeito retroativo à data do óbito (ECA 47 §7. °), desde que já tenha havido inequívoca manifestação de vontade. (ECA 42 § 6. °).
Apesar de os efeitos da adoção só terem início a partir do trânsito em julgado da sentença, até a data da publicação o consentimento é retroável (ECA 166 § 5.º).
A sentença é averbada, mediante mandato judicial, no registro civil, sem qualquer referência à origem do ato. É tal o interesse em que a natureza do vínculo não seja revelada que da inscrição no registro de nascimento do adotado não deve constar nenhuma observação, sendo vedado o fornecimento de certidão (ECA47).
Sustenta Belmiro Welter, não sem razão, a inconstitucionalidade do tortuoso, moroso e desacreditado processo de adoção judicial. Preconiza ele a dispensabilidade do cumprimento de todos os requisitos legais (ECA 39 a 52-D), sob o fundamento de que o reconhecimento do filho afetivo é consensual e voluntário.
 9A autoridade judiciária deve manter em cada comarca ou foro regional um duplo registro: um de crianças e adolescentes em condições de serem adotados e outro de candidatos à adoção (ECA 50). A inscrição nos cadastros deve ocorrer em 48 horas, sendo que sua alimentação e a convocação dos candidatos são fiscalizados pelo Ministério Público.
Além das listagens locais, a Lei da Adoção determina a criação de cadastros estaduais e de um cadastro nacional (ECA 50 § 5º).
Com isso, há a possibilidade de uma criança de um estado ser adotada por alguém de outro extremo.
A Lei condiciona a adoção ao prévio cadastro dos candidatos, mas admite exceções (ECA 50 § 13): I – a adoção unilateral; II – formulada por parente com o qual a criança ou adolescente mantenha vínculos de afinidade e afetividade; III – se o pedido é formulado por quem detém a tutela ou guarda legal de criança maior de 3 anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência comprove a fixação de laços de afinidade e afetividade, e não seja constatada a ocorrência de má-fé.
Em qualquer dessas hipóteses, o candidato deve comprovar, que preenche os requisitos necessários à adoção. Outra possibilidade de ocorrer à adoção sem a prévia inscrição nos cadastros é por meio da colocação em família substituta. Basta os pais aderirem ao pedido, que pode ser formulado diretamente em cartório esem a assistência de advogado. Só precisam ser ouvidos judicialmente.
Ainda que haja a determinação de que sejam elaboradas as listas, deve-se atentar ao direito da criança de ser adotada por quem já lhe dedica carinho diferenciado, em vez de priorizar os adultos pelo só fato de estarem incluídos no registro de adoção.
Os cadastros servem tão só, para organizar os pretendentes à adoção, isto é, para agilizar e facilitar a concessão da medida, e não para obstaculizá-la. Estabelecido vínculo afetivo com a criança, é perverso negar o pedido e entregá-la ao primeiro inscrito. Tal postura desatende aos interesses prioritários de quem goza da especial proteção constitucional.
Ao título de disposições transitórias, a Lei da adoção impôs a todos os figurantes do cadastro a obrigação de, no prazo máximo de 1 ano, sujeitarem-se a preparação psicossocial e jurídica, sob pena de cassação da inscrição (art. 6º). Pelo jeito a partir de um ano da entrada em vigor da nova lei (3/11/2010). Nenhuma adoção pode ser deferida em quanto não se submeterem as pessoas já habilitadas ao indigitado procedimento preparatório. E, caso não seja disponibilizado dito programa pela justiça, no prazo legal, simplesmente todas as inscrições que foram levadas a efeito estarão automaticamente canceladas.
 10
2.5 Efeitos Jurídicos 
Os principais efeitos da adoção podem ser de ordem pessoal e de ordem patrimonial. Os de ordem pessoal dizem respeito ao parentesco, ao poder familiar e ao nome; os de ordem patrimonial concernem aos alimentos e ao direito sucessório.
A adoção gera um parentesco entre adotante e adotado, chamado de civil, mas em tudo equiparado ao consanguíneo (CF, art. 227, § 6º). 
Preceitua, com efeito, o art. 41 do Estatuto da Criança e do Adolescente que adoção “atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais”. Essa a principal característica da adoção, nos termos em que se encontra estruturada no Estatuto da Criança e do Adolescente. Ela promove a integração completa do adotado na família do adotante, na qual será recebido na condição de filho, com os mesmos direitos e deveres dos consanguíneos, inclusive sucessórios, desligando-o, definitiva e irrevogavelmente, da família de sangue, salvo para fins de impedimentos para o casamento. “Se um dos cônjuges ou companheiros adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou companheiro do adotante e os respectivos parentes” (ECA, art. 41, § 1º). Trata-se da espécie conhecida como “adoção unilateral”, em que o cônjuge ou companheiro do adotante não perde o poder familiar, exercendo-o em conformidade como Código Civil e o art. 21 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Dispõe ainda o § 2º do aludido art. 41: “É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus descendentes, o adotante, seus ascendentes, descendentes e colaterais até o 4º grau, observada a ordem de vocação hereditária”.
Com a adoção, o filho adotivo é equiparado ao consanguíneo sob todos os aspectos, ficando sujeito ao poder familiar transferido do pai natural para o adotante. No tocante ao nome, prescreve o art. 47, § 5º, do Estatuto da Criança e do Adolescente, coma redação que lhe foi dada pela Lei n. 12.010, de 3 de agosto de 2009: “A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido de qualquer deles, poderá determinar a modificação do prenome”. Acrescenta o § 6º: “Caso a modificação de prenome seja requerida pelo adotante, é obrigatória a oitiva do adotando, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 28 desta Lei”.
 11Quanto aos efeitos de ordem patrimonial, são devidos alimentos, reciprocamente, entre adotante e adotado, pois tornam-se parentes. O adotante, enquanto no exercício do poder familiar, é usufrutuário e administrador dos bens do adotado (CC, art. 1.689, I e II). Com relação ao direito sucessório, o filho adotivo concorre, hoje, em igualdade de condições com os filhos de sangue, em face da paridade estabelecida pelo art. 227, § 6º, da Constituição e do disposto no § 2º do art. 41 do Estatuto da Criança e do Adolescente. 
A adoção produz seus efeitos “a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva, exceto na hipótese prevista no § 6º do art. 42 desta Lei, caso em que terá força retroativa à data do óbito” (ECA, art. 47, § 7º). Neste caso, a concessão será post mortem. A adoção será precedida de estágio de convivência coma criança ou adolescente pelo prazo que a autoridade judiciária fixar – o qual “poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a conveniência da constituição do vínculo”. A simples guarda de fato “não autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de convivência” (ECA, art. 46, §§ 1º e 2º) Quanto à adoção internacional, o novo § 3º do art. 46 do ECA unificou o prazo mínimo de estágio de convivência para trinta dias, independentemente da idade da criança ou do adolescente, a ser cumprido no território nacional.
2.6 Adoção Internacional 
 “A adoção internacional” no dizer de MARCO ANTONI GARCIA DE PINHO,” difere da nacional por referir-se à aplicação de dois ou mais ordenamentos jurídicos, envolvendo pessoas subordinadas a diferentes soberanias. De um lado, adotando com residência habitual em um país e de outro lado, adotante com residência habitual noutro país”
	É eivada nos arts. 51 a 52 do Estatuto da Criança e Adolescente.
	As organizações internacionais destinadas à adoção internacional de menores devem protocolar seus requerimentos de autorização para funcionamento no Brasil no Ministério da Justiça, acompanhados da comprovação de credenciamento da organização junto á Polícia Federal. Após parecer da Divisão de Assistência Consular, do Ministério das Relações Exteriores, e do Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação, o Ministério da Justiça encaminha o pedido à Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH), que irá decidir definitivamente sobre o pedido, julgando se a organização deve ou não ser credenciada na Autoridade Central Administrativa Federal, órgão competente para o acompanhamento de tais entidades no Brasil.
 12	 Sendo assim pode - se concluir o maior rigor das normas legais e administrativas brasileiras quanto à adoção internacional tudo em prol de nossas crianças. 
 133 CONCLUSÃO
	Constatou-se que, o instituto sofreu intensas modificações, eis que enquanto as crianças e adolescentes não detinham a condição de sujeitos de direitos, permitia-se a preocupação apenas com os interesses dos adultos envolvidos. No Brasil, embora existissem Leis anteriores que tratavam do tema, foi o Código Civil de 1916 que disciplinou a sistemática da adoção. 
	Conclui-se então que a adoção é um modo de se formar uma família com as mesmas características familiares de quem já possua filhos biológicos. A diferença de sangue ou raça existente entre duas pessoas, no caso pais e filhos adotivos, não é motivo para impedir que laços afetivos, filiais, de maternidade ou paternidade possam surgir entre essas pessoas.
	Havendo a possibilidade de se utilizar do instituto da adoção, se assim for à vontade de algumas pessoas que pretendam formar um ambiente familiar e dar condição do menor em poder ser adotado, não há que se deixar de observar tal medida, visando à proteção integral da criança ou adolescente, no exercício de seus direitos humanos fundamentais, acrescidos os direitos à vida, à saúde, ao lazer, à educação, à alimentação, do direito ao afeto e ao amor, imprescindível para o desenvolvimento de qualquer ser humano.
	E para finalizar explanamos o Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil.” (ECA, art. 42) sendo hoje a família definida pelo afeto, o instituto da adoção não necessita mais do vinculo de um casalpara ser realizado, sendo possível qualquer pessoa maior de 18 anos adotar uma criança, independentemente da relação conjugal que tenha, ou seja, se é solteiro, casado, viúvo, e até mesmo independentemente da sua orientação sexual. 
REFERÊNCIAS
Gonçalves, Carlos Roberto, 1938- Direito de família / Carlos Roberto Gonçalves. – 16. Ed.- São Paulo : Saraiva, 2012. – (Coleção sinopses jurídicas; v. 2), p.311-319.
Gagliano, Pablo Stoze – Novo curso de direito civil, volume IV : Direito de família – As famílias em perspectiva constitucional / Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho: São Paulo : Saraiva, 2011, p.655-671.
Vade Mecum / obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz Roberto Curia, Livia Céspedes e Juliana Nicoletti, - 13. Ed. Atual. e ampl. – São Paulo : Saraiva, 2012, p. 255 (arts.1.618 – 1.629) ; 985 – 1014.
Adoção – Disponível em : < http://jus.com.br/artigos/29979/o-instituto-da-adocao > Acesso em 20 de outubro de 2014, 00: 23: 38.
Adoção por casais homoafetivos no Direito Brasileiro – Disponível em : < http://npa.newtonpaiva.br/direito/?p=1420 > Acesso em 23 de outubro de 2014, 19: 44: 28.
História da adoção no Brasil e no mundo – Disponível em : < http://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/adocao/contexto-da-adocao-no-brasil/historia-das-leis-de-adocao-no-brasil.aspx > Acesso em 8 de novembro de 2014, 23 :19: 59.

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