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CENTRO CIRÚRGICO E SUAS CARACTERÍSTICAS Definição conforme Ministério da Saúde A Unidade de Centro Cirúrgico é o conjunto de elementos destinados às atividades cirúrgicas, bem como à recuperação pós-anestésica e pós-operatória imediatas. LAMB (2000) propõe novo conceito: Unidade de Centro Cirúrgico é o conjunto de ambientes, devidamente localizados, dimensionados, inter-relacionados e dotados de instalações e equipamentos, com pessoal qualificado e treinado para a realização de procedimentos cirúrgicos, de forma a oferecer o máximo de segurança aos pacientes e às melhores condições de trabalho para a equipe técnica. Principal objetivo do Centro Cirúrgico Atender com total segurança o paciente que será submetido a um procedimento seja este eletivo, de urgência ou emergencial, propiciando à equipe cirúrgica todas as condições de atendimento e ao paciente a certeza de um atendimento seguro. Principais Finalidades Realização de cirurgias,Campo de pesquisas, Campo de estágios Equipe cirúrgica = demonstrar competência quanto a prestar assistência Paciente e família = demonstram ansiedade, estresse ao desconhecido, medo. O Centro Cirúrgico, divide-se em: Salas operatórias Sala de Recuperação Pós-Anestésica Central de Material e Esterilização Planejamento físico Localização Fácil acesso para pacientes críticos (emergência, UTI, internação) Próximo às áreas de suporte (farmácia, almoxarifado, lavanderia banco de sangue, laboratório, rx, CME...) Quanto à assepsia, o CC é dividido em três áreas: restrita, semi-restrita e não restritas Áreas restritas: Limite de circulação de pessoal e material Sala de operação Lavabos Corredor interno Áreas semi-restritas Sala de recuperação pós-anestésica Conforto médico Salas de guarda de material Secretarias (quando dentro do Centro Cirúrgico) Almoxarifado Câmaras escuras, etc. Áreas não restritas Circulação livre dentro do ambiente cirúrgico Corredor de entrada principal (de pessoal e pacientes) Vestiários Copa Em um hospital geral, podemos dizer que 40 a 50% de seus leitos são cirúrgicos e que, para cada 20 a 25 leitos cirúrgicos devemos dispor de uma sala cirúrgica, sendo estas de porte: Pequeno: 4 X 5 metros (20m²) Médio: 5 X 5 metros(25m²) Grande 5 X 6 ou 7 X 5 metros (36m²) Composição do Centro Cirúrgico Vestiários (masculino e feminino),Almoxarifado,Sala da Enfermagem (chefia) ,Conforto médico,Serviço de Anestesia,Copa,Lavabos,Sala operatória,Sala de recuperação pós-anestésica,Central de material e esterilização,Sala de guarda de materiais,Expurgo,Rouparia,Secretarias,Salas de indução anestésica Localização Fácil acesso à equipe de enfermagem e médica Facilidade para transportar o paciente para CTI, Semi-Intensiva e enfermaria Local de pouca movimentação, barulho e agitação e longe de poeira O Centro Cirúrgico deverá estar próximo de alguns setores, para um melhor funcionamento, tais como: Raio X, Laboratório, Banco de Sangue, Maternidade (quando o hospital não dispõe de Centro Obstétrico), e Berçário de admissão do recém-nascido. Equipamentos básicos da Sala Operatória Mesa cirúrgica, Mesas auxiliares (no mínimo três),Mesa de Mayo (auxiliar do anestesista)Escadinha ao lado da mesa cirúrgica, Estrados, Cestos de lixo, Foco central e auxiliar, Descarpack, Bisturi elétrico (digital, argônio),Braçadeiras (muitas vezes a própria mesa cirúrgica possui),Relógio de parede, Suporte de hamper, Bancos giratórios, Suportes de soro, Aparelho de anestesia, Oxímetro e monitor cardíaco, Estetoscópio com esfignomanômetro, Negatoscópio REvestimentos: Piso Fácil limpeza Menor número de frestas Cor clara Ausência de ralos De fácil manutenção NÃO encerar; o piso deverá possuir aterramentos Paredes Sem frestas, de fácil limpeza (laváveis) Cantos arredondados De preferência, tinta lavável Cor clara (repousante aos cirurgiões) Portas Largas (passagem de macas e camas) De duas folhas, tipo vai-e-vem, ou uma folha Visor Janelas – se houverem: Deverão estar lacradas Muitas vezes, escurecidas Possuírem telas Lavabos Torneiras com acionamento sem utilização das mãos (fotocélula) De preferência, para cada 3 salas de cirurgia, um lavabo Uso de degermantes (PVPI e clorexidina) SALADE RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA È a área destinada à permanência do paciente logo após o termino do ato anestésico cirúrgico até a recuperação da consciência, eliminação de anestésicos e estabilização dos sinais vitais; Deve estar instalada dentro do CC ou nas suas proximidades, favorecendo o transporte rápido do paciente anestesiado para este local; Sistemas de Abastecimento, Instalações e Equipamentos básicos: Oxigênio c/ fluxômetro Ar comprimido Vácuo clínico Sinalização de enfermagem Tomadas 110 e 220w Foco de luz Monitor cardíaco Oxímetrode pulso Esfigmomanômetro TEMPOS CIRÚRGICOS OU OPERATÓRIOS São procedimentos ou manobras consecutivas realizadas pelo cirurgião, desde o início até o término da cirurgia. De um modo geral as intervenções cirúrgicas são realizadas em quatro (4) tempos básicos. 1 ) DIÉRESE 2) HEMOSTASIA 3) CIRURGIA PROPRIAMENTE DITA 4) SÍNTESE Obs: Algumas vezes apenas um tempo cirúrgico pode estar presente, como por exemplo, na abertura de um abscesso ou na sutura de um corte ocasionado acidentalmente. 1) 1)DIERESE: (Dividir, cortar, separar) Separação dos planos anatômicos ou tecidos para possibilitar a abordagem de um órgão ou região (cavitária ou superfície), é o rompimento da continuidade dos tecidos. Pode ser classificada em: Mecânica (instrumentos cortantes) Física (recursos especiais) Mecânica pode ser: -Punção – Drenar coleções de líquidos ou coletar fragmentos de tecidos, (agulhas, trocaters) -Secção – Dividir ou cortar tecidos com uso de material cortante (bisturi, tesouras, lâminas) Segmentação de tecidos - Divulsão – Afastamento dos tecidos nos planos anatômicos sem cortá-los (afastadores, tesouras com ponta romba) -Curetagem – Raspagem da superfície do órgão (cureta) Dilatação – Processo para se aumentar o diâmetro de estruturas físicas anatômicas (dilatadores específicos) Descolamento – Separação dos tecidos de um espaço anatômico (pinças descoladoras, descoladores específicos) Física pode ser: Térmica – Realizada com uso do calor, cuja fonte é a energia elétrica (bisturi elétrico) Crioterapia – Resfriamento brusco e intenso da área a ser realizada a cirurgia (nitrogênio líquido) Laser – realiza-se por meio de um feixe de radiação, ondas luminosas de raios infravermelhos concentrados e de alta potência. Há vários sistemas laser, mas, o mais utilizado na cirurgia é o laser de CO2, que pode ser facilmente absorvido pela água existente no tecido humano 2) HEMOSTASIA: (hemo=sangue; stasis=deter) – Processo pelo qual se previne, detém ou impede o sangramento. Pode ser feito por meio de: Pinçamento de vasos Ligadura de vasos Eletrocoagulação Compressão Hemostasia prévia, preventiva ou pré-operatória: Medicamentosa = baseada nos exames laboratoriais Cirúrgica = interromper em caráter provisório o fluxo de sangue para a ferida cirúrgica para prevenir ou diminuir a perda sanguínea (garrote pneumático, faixa de smarch) Hemostasia temporária – Feita durante a intervenção cirúrgica para deter ou impedir temporariamente o fluxo de sangue no local da cirurgia (compressão por instrumentais – pinças, aplicação de medicações, uso de hemostáticos) Hemostasia definitiva – Obliteração do vaso sanguíneo em caráter permanente (sutura, bisturi – eletrocoagulação, laqueadura, uso de hemostáticos) 3) Cirurgia propriamente dita ou Exérese – Tempo cirúrgico fundamental, onde efetivamente é realizado o tratamento cirúrgico - momento em que o cirurgião realiza a intervenção cirúrgica no órgão ou tecido desejado, visando o diagnóstico, o controle ou a resolução da intercorrência, reconstituindo a área, procurando deixá-la da forma mais fisiológica possível. 4) Síntese cirúrgica (junção, união) – aproximar ou coaptar bordas de uma lesão, com a finalidade de estabelecera contigüidade do processo de cicatrização, é a união dos tecidos. O resultado da síntese será mais fisiológico quanto mais anatômica for a dierese (separação). Pode ser classificada em: I) Cruenta : Coaptação, aproximação, união dos tecidos realizada por meio de sutura permanente ou removível. São utilizados instrumentos apropriados : agulhas de sutura, fios de sutura etc... II) Incruenta : Aproximação dos tecidos, a união das bordas, é feita por meio de gesso, adesivo ou atadura. III) Imediata : Coaptação ou união das bordas da incisão é feita imediatamente após o término da cirurgia. IV) Mediata : Aproximação dos tecidos, das bordas é feita após algum tempo de incisão ( algum tempo depois da lesão). V) Completa : Coaptação, aproximação, união dos tecidos é feita em toda a dimensão/extensão da incisão cirúrgica. VI) Incompleta : Aproximação dos tecidos não ocorre em toda a extensão da lesão, mantem-se uma pequena abertura para a colocação de um dreno O processo mais comum de síntese é a sutura que pode ser: Temporária – quando há necessidade de remover os fios cirúrgicos da ferida após fechamento ou aderência dos bordos desta. Definitiva ou permanente – quando os fios cirúrgicos não precisam ser removidos, pois, permanecem encapsulados no interior dos tecidos. FIOS E SUTURAS: Fios cirúrgicos Características do fio ideal -Resistência à tração e torção -Calibre fino e regulado -Mole, flexível e pouco elástico -Reação tecidual -Esterilização Características físicas, de manuseio e de reação tecidual dos fios Configuração física: refere-se a composição dos fios quanto aos seus filamentos. Monofilamentar: constituído de um único filamento (nylon),multifilamentar, com varias fibras trançadas compondo um único fio (algodão). Capilaridade: capacidades de absorver líquidos ao longo do fio ( os multifilamentares possuem maior capilaridade, podem apresentar maior aderência microbiana), Diâmetro: é determinado em milímetros e expresso em tamanhos com zero ( quanto menor diâmetro maior nº mais zeros) Força de tensão: é quantidade de peso necessária para ruptura do fio. Força do nó: é a força necessária para fazer com que certo tipo de nó deslize parcialmente ou completamente( os multifilamentares possuem atrito maior, permitindo assim uma fixação mais segura do nó). Elasticidade: é a capacidade do fio cirúrgico de recuperar a forma e comprimento originais depois de um estiramento. Essa propriedade contribui para diminuir a possibilidade de romper as bordas da incisão cirúrgica. Memória: é a capacidade de um fio retornar a sua forma original após o nó. Quando possui alta memória , oferece menor segurança do nó. Manuseio: está relacionado tanto com a rigidez ( quão facilmente ele pode ser dobrado ou seja, quão facilmente ele desliza através do tecido)mais difícil de dar o nó. Reação tecidual: todos os fios causam certa reação tecidual, essa reação começa quando o fio agride o tecido durante a introdução e pode persistir de acordo com a sua composição. A reação tem inicio com a infiltração dos leucócitos, macrófagos, fibroblastos e tecido fibroso. Classificação dos fios cirúrgicos Quanto à estrutura: Monofilamentar constituído de um único filamento Nylon Aço inoxidável Polipropileno Polidioxanone Multifilamentar: com varias fibras, trançadas ou intercaladas Categute simples e cromado Algodão Seda Nylon Dacrón Ácido poliglicólico Poliglactin revestido Quanto à absorção: Absorvíveis: são fagocitados, degradados e assimilados pelo tecido Categute simples/ cromado Ácido poliglicólico (Dexon) Ácido poligaláctico (Vicryl) Polidioxanona (Maxon, PDS) Inabsorvíveis: são resistentes á digestão enzimática Seda Algodão Poliéster Nylon Polipropileno (Prolene) Quanto à origem Origem animal(intestino delgado ovinos e bovinos) Categute simples(absorção mais rápida – 8 dias) cromado ( 20 dias) Solução alcoólica – preservar propriedades, luz e temperatura. Origem orgânica Seda-(bicho-da-seda,fibras retorcidas, processo enceramento diminuir capilaridade). Origem vegetal Algodão(derivado celulose, Custo, fácil esterilização,pouca reação tecidual) Origem sintética Nylon (duro e corrediço, não produz nó firme, grande resistência tensil; suturas vasose tendões) Polipropileno(grande resistência tensil; suturas de aponeuroses, tendões e vasos; facilmente removível, ideal para sutura intradérmica) Poliéster (resistente e de grande durabilidade; pode apresentar-se sem cobertura ou coberto por polibilato polibilato(Ethibond ®) ou teflon(Tevdek ®); • suturas de aponeuroses, tendões e vasos Origem metálica: utilizados para tenorrafia ( tendão), fechamento de parede abdominal Prata,Cobre,Aço ,Clips de Michel- fechamento de pele, diminui tempo de cirurgia, tensão uniforme. Quanto à presença de agulhas: Agulhados, Não agulhados Quanto à reação tissular Desprezível, Mínima, Muito baixa, Moderada Quanto à memória – capacidade de retornar a sua forma original Desprezível Baixa Moderada Alta Bastante alta Quanto ao calibre Categute – origem animal Biológico Submucosa do int. delgado de ovelhas ou serosa de bovinos polifilamentado Simples: Absorção mais rápida – 5 a 10 dias Perde tensão em 1 a 2 semanas Cromado: Tratamento com bicromato de potássio Absorção mais lenta – 20 dias Força tênsil aumentada – 2 a 3 sem Categute Vantagens :Manuseio, Absorvível Desvantagens : Permeável Reação tecidual Infecção Alergênico Indicações: Suturas gastrintestinais Amarraduras de vasos na tela subcutânea Suturas no peritônio Cirurgias ginecológicas Bexiga Contra indicação Suturas superficiais Aponeurose Ácido poliglicólico (Dexon) Vantagens : Sintético e Multifilamentado Desvantagens : Perda da tensão efetiva de seus nós em torno de 3 semanas Custo, Infecção Ácido poliglicólico (Dexon) Indicações: Peritônio Músculos Subcutâneo Chuleio intradérmico Laqueadura vascular Não indicado - aponeurose Ácido poligaláctico (Vicryl) Sintético Semelhante ao ác. Poliglicólico Absorvido em 60 dias Indicações: Cirurgias gastrintestinais, urológicas, ginecológicas, oftalmológicas, aproximação de tec. Subcutâneo, pele ponto intradérmico (3.0) Polidioxanona (PDS) Sintético Monofilamentado Absorção lenta – 90 a 180 dias Manutenção da resistência tênsil por longo período Indicações Sutura de tendões, capsulas articulares e fechamento da parede abdominal Seda Filamento protéico obtido do bicho-da-seda Multifilamentado Fibras retorcidas ou trançadas Inabsorvível porém biodegradável Seda Vantagens :Não irritante Barato fácil manuseio Nó firme Cicatrização Desvantagens :Infecção , Reação tecidual - corpo estranho Seda Utilização: Fechamento de parede Hemostasia de vasos Cirurgias gastrointestinais Cirurgias Oftálmicas Cirurgias torácicas Cirurgias ortopédicas Algodão Vantagens :Barato Maleável Nós firmes Resistente Utilização: Cirurgias gerais Desvantagens :Infecção Reação tecidual – granuloma de corpo estranho Poliéster Sintético Multifilamentado Resistência e durabilidade reação tecidual resposta inflamatória Indicações :Aponeuroses, tendões, vasos Contra indicações: Infecção no local da sutura Nylon Vantagens :Mono/multifilamentar resistência Flexível Reação tecidual Não irritante Desvantagens :Elasticidade Difícil manuseio Perde resistência Não produz nó firme Não absorvível porém biodegradável Utilização: Usado em todos os tecidos – praticamente inerte Preferidos para suturas de pele Fechar paredes Polipropileno (Prolene) Sintético Monofilamentado Produz reação tecidual resistência – vários anos Facilmente removível Utilização: Sutura vascular Sutura intradérmica Fechamento de aponeurose Aço Vantagens: Resistência Inerte aos tecidos Maleável Grande força tensional Infecção Esterilização Desvantagens : Difícil manuseioElasticidade Nós volumosos Opaco ao RX Uso limitado Utilização: Finos – Cirurgia Plástica Médio – Parede Grosso – Osso Origem metálica Prata - clips de neurocirurgias e cirurgias vasculares. Cobre – cirurgias bucomaxilofaciais. Aço vitálico – osteossínteses. Agrafes ou clips de Michel – aproximação de bordas de pele. Nós e suturas Nó cirúrgico é o entrelaçamento ordenado feito com as extremidades livres do fio cirúrgico Objetivos : Fácil execução Perfeito ajuste das bordas da ferida Evitar afrouxamento Ponto cirúrgico: É o segmento de fio cirúrgico compreendido entre uma ou duas passagens deste no tecido. Distância entre dois locais consecutivos .É a unidade de síntese Sutura cirúrgica: Ponto ou conjunto de pontos aplicados nos tecidos com o objetivo de união, fixação e sustentação A importância da sutura cirúrgica diminui com o progredir da cicatrização Nós cirúrgicos: Compostos por 3 seminós: 1°- Contenção 2º- Fixação 3°- Segurança Vantagens Afrouxamento de um nó não interfere no restante da sutura ↓ quantidade de corpo estranho na ferida ↓ isquemia da ferida Desvantagem Mais trabalhosa e mais demorada Tipos de suturas Sutura em pontos separados: Ponto simples Ponto simples com nó para o interior da ferida Ponto em U horizontal Ponto em U vertical Ponto em X horizontal Ponto em X horizontal com nó para o interior da ferida Ponto recorrente Ponto helicoidal duplo Ponto simples U horizontal – Wolf U vertical - Donatti Tipos de suturas Sutura contínua: Chuleio simples Chuleio ancorado Sutura em barra grega Sutura intratecidual, em barra grega Sutura em pontos recorrentes Sutura contínua simples ou sutura de Kurschner Sutura ancorada de Ford, Retrógrada, festonada ou de Reverdin Sutura em barra grega Sutura intradérmica Sutura em bolsa Suturas da pele Fios inabsorvíveis → ↓ reação tecidual → cicatrizes estéticas Nylon, poliéster Pontos separados Pontos intradérmicos – fios inabsorvíveis ou absorvível tipo poliglicólico Aproximação com tiras de esparadrapo microporado Sutura de tela subcutânea Evitar formação de espaço morto e consequencia de coleções serosas e hemáticas Pontos separados Fio absorvível Categute ou poliglicólico Sutura de aponeurose Pontos separados Fio inabsorvível Nylon, poliéster, algodão ou seda Sutura contínua – facilita eventrações Sutura muscular Quando a aponeurose que recebe o músculo é delicada Fios absorvíveis Evitar pontos isquemiantes Sutura de vasos e nervos Pontos separados ou contínuos Sempre com fios inabsorvíveis Nylon ou poliéster Sutura do tudo digestivo Anastomoses gastrintestinais Lembert (1825): sutura serosa-serosa Halsted (1887): inclusão da submucosa + sutura em um plano Posteriormente: anastomose intestinal em 2 planos Gambee (1951): Bons resultados com anastomoses intestinais em 1 Plano Recentemente: estudos clínicos e esperimentais confirmam este estudo Anastomoses gastrintestinais Disposição das bocas: Término-terminal Término-lateral Látero-lateral Sutura através de grampeadores Grampos metálicos Técnica adequada, rápida, segura Pequena reação tecidual Retirada dos fio de sutura cutânea Devem ser mantidos enquanto úteis Retirar o mais breve possível – resistência da cicatriz Incisões pequenas (≤4cm) – 4° a 5° dias Incisões extensas – 7° a 8° dias Experiência do cirurgião Avaliação Aspecto da cicatriz Local da ferida – tensão? Direção da cicatriz – linhas de força Condições que interferem na cicatrização Tipo de tecido e capacidade de adquirir resistência tênsil ao processo de cicatrização Tensão a que o tecido será submetido ATENÇÃO PRIMÁRIA Apresentação Pessoal Diga seu nome Identifique-se como pessoa treinada Pergunte à vítima se pode ajudá-la Fontes de informação sobre a cena e a vítima A cena por si mesma A vítima, se pode responder Familiares e/ou circundantes O mecanismo óbvio da lesão Lesões óbvias Sinais/sintomas clínicos característicos Fase de identificação e correção imediata dos problemas que ameaçam a vida a curto prazo, sendo eles: Vias aéreas - Estão desobstruídas? Existe lesão da cervical? Respiração - Está adequada? Circulação - Existe pulso palpável? Há hemorragias graves? Nível de Consciência - AVDI. Alerta, Verbaliza,Doloroso ou Inconsciente DEFINIÇÃO Processo ordenado para identificar e corrigir de imediato problemas que ameaçam a vida da vítima em curto prazo.Consiste no CA B Primário: C - Circulação A – Vias aéreas B - Respiração/ventilações Verifique a consciência: Toque os ombros e chame por 3 vezes A = abertura de via Aérea Casos Clínicos: Inclinação da cabeça-elevação do queixo Casos de Trauma: elevação da mandíbula sem extensão da cabeça B = Checar a Respiração Ver, ouvir e sentir ( em até 10 segundos) Se não há respiração, faça duas ventilações C = checar Circulação Verifique pulso carotídeo em adultos e crianças ( por 10 segundos) Pulso Braquial em < de 1 ano Checar hemorragia Iniciar pela cabeça/pescoço, Tórax, Abdome, Membros inferiores, Braços PASSOS IMPORTANTES ATENÇÃO PRIMÁRIA: 1º Verificar a consciência 2º Abrir vias aéreas com cuidado com a coluna cervical 3º Verificar a respiração (se não há, atuar de imediato) 4º Verificar presença de pulso (se não há, atuar de imediato) 5º Controlar hemorragias AVALIAÇÃO DA CENA: A primeira atitude a ser tomada no local do acidente é avaliar os riscos que possam colocar em perigo a pessoa prestadora dos primeiros socorros. Se houver algum perigo em potencial, deve-se aguardar a chegada do socorro especializado. DEFINIÇÃO: É uma avaliação rápida realizada pelo profissional ao chegar no local da ocorrência. - Tem como finalidade avaliar os diferentes fatores relacionados com o incidente, e determinar riscos potenciais, garantindo assim a segurança da equipe e demais pessoas presentes na cena. É fundamental para a tomada de decisão. PASSOS :Qual é a situação (estado atual);Até onde pode ir (potencial/riscos);O que e como farei para controlá-la (operações e recursos). DADOS A RELATAR A CENTRAL DE COMUNICAÇÃO: Central de Regulação medica Tipo/natureza da ocorrência; ac. Transito, atropelamento, colisão, queda moto Endereço do acidente (local exato); Problemas presentes/riscos potenciais; Número de vítimas; Necessidades de apoio (recursos extras); Condições climáticas e topográficas. COMO MANTER SEGURO O LOCAL DA OCORRÊNCIA: Estacionar adequadamente o veículo de emergência;Sinalizar e isolar o local; Prevenir riscos (desconectar bateria, fechar o registro de gás, fumantes); Evitar ou eliminar agentes que possam causar lesões ou agravos a saúde como: - Fogo , explosão, fumaça,Gás tóxico,Queda de estrutura, Tráfego(via pública) AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Vítima grave não deve permanecer na cena para realização do exame secundário -Histórico : AMPLA - Alergias - Medicações de uso regular - Passado médico e antecedente cirúrgico - Líquidos e alimentos ingeridos - Ambiente - Histórico rápido - Documentar as informações: ficha - Repassar as informações p/ equipe médica do hospital -Exame Físico Detalhado Exame da cabeça aos pés -Ver, ouvir e sentir -Sinais vitais: PA, frequência e qualidade do pulso, FR e MV, temperatura, cor da pele - Exame neurológico CABECA: Inspeção: contusões, abrasões, lacerações, assimetria e deformidades ósseas, hemorragias, alterações em olhos, pálpebras, orelhas, nariz, boca, mandíbula Checar pupilas: reatividade, tamanho, simetria, formato irregular Nariz, orelha e boca: presença de sangue, líquor, secreções, objetos, dentes, ferimentos Palpar couro cabeludo, buscando lesões de partes moles Palpar c/ cuidado: ossos da face e crânio: crepitação, desvios, depressão, mobilidade anormal PESCOCO: Inspeção: contusões,abrasões, lacerações, assimetria e deformidades, estase venosa Palpação da coluna: dor sugere fratura, luxação ou lesão ligamentar. Palpar com cuidado. Palpação: enfisema subcutâneo, crepitação da laringe Fratura de laringe: crepitação de laringe, rouquidão e enfisema subcutâneo TÓRAX: Inspeção: deformidades, áreas de movimento paradoxal, contusões, abrasões, saliência ou retração intercostal, supra-esternal ou supraclavicular, ferimento perfurante Ausculta pulmonar: MV e ruídos Ausculta cardíaca: abafamento de bulhas Palpação: enfisema subcutâneo, crepitações ósseas Expiração completa: diafragma sobe: anterior: 4º EIC, lateral: 6º EIC,posterior: 8º EIC **TÓRAX INSTÁVEL Perda de estabilidade torácica resultante de fraturas de dois ou mais arcos costais, em dois ou mais locais, associadas ou não a fraturas de coluna vertebral ou de esterno. A parede torácica deixa de proporcionar um apoio ósseo rígido, necessário para manter a expansibilidade torácica suficiente para uma função ventilatória normal ABDOME Inspeção: contusões, abrasões, equimoses, lacerações, evisceração Palpação de cada quadrante: dor, rigidez, posição de defesa, massas Sinal do cinto de segurança: contusão transversal, próxima do umbigo; lesões de vísceras ocas, fratura coluna lombar PELVE Inspeção: contusões, abrasões, equimoses, lacerações, fraturas expostas Palpação: suave pressão ântero-posterior na sínfise púbica Palpação: pressão medial nas cristas ilíacas bilateralmente Palpar a pelve uma única vez Exame da genitália DORSO: Examinar o dorso quando lateralizar a vítima para realizar o rolamento para a prancha longa. Inspeção: lesões diversas Ausculta pulmonar: MV e ruídos Palpação da coluna: identificar sensibilidade e deformidade EXTREMIDADES: Inspeção: equimoses, lacerações, hematomas, fraturas expostas, hemorragias, deformidades, desalinhamentos .(Proximal p distal) Palpação: identificar sensibilidade, crepitação, movimento incomum Verificar função neurológica: identificar função de nervos motores e sensitivos Verificar circulação: pulsos distais, perfusão periférica ATENDIMENTO AO POLITRAUMATIZADO: O trauma é uma das maiores causas de morte entre a segunda e quarta década de vida; A prevenção da Hipoxia é o objetivo principal do atendimento. Todo o profissional da saúde bem como toda equipe que faz o atendimento inicial deve conhecer os princípios para garantir essa oferta. MORTES POR TRAUMAS: 1º pico: Ocorre nos primeiros segundos ou minutos após o trauma por ruptura de aorta, TCE, TRM e comprometimento respiratório;2º pico: Primeira hora pós trauma (Golden Hours) por hemorragias e lesões do SNC; 3º pico: mortes ocorridas após semanas do trauma por infecção e falência de múltiplos órgãos. SUPORTE BÁSICO: abc = avaliação primária, de+ avaliação secundária AIRWAY: Vias Aéreas e controle cervical (colocar colar cervical); BREATHING: Respiração, ventilação (administrar oxigênio), realizar aspiração se necessário. CIRCULATION: Circulação e Controle de Hemorragias, checar pulso carotídeo e femoral, imobilizar fraturas. DISABILITY OR DIAGNOSTIC NEUROLÓGIC: Exame Neurológico, Glasgow. EXPOSITION: Exposição da vítima + evitar hipotermia A: Vítima Inconsciente Realizar manobra de elevação do queixo (Chin Lift); Realizar manobra de elevação da mandíbula (Jaw Thrust); Somente realizar extensão, quando não existir suspeita de trauma raquimedular; Realizar aspiração oral; Utilizar Cânula de Guedel: Entubação orotraqueal;:Entubação nasotraqueal;Cricotireoidostomia B: Acesso respiratório e ventilação da vitima. No exame físico procura-se alteração de caixa torácica, observa-se a expansibilidade da parede torácica se está normal e simétrica; Vitima consciente e eupneico: oferta de oxigênio de 3 a 5 I/min. via cateter nasal ou mascara; Vitima consciente com dispnéia: Suporte de oxigênio 10 a 15 l/min. Via cateter nasal ou mascara. Vitima inconsciente com Apnéia: Mascara facial com reservatório de oxigênio e um fluxo de 10 a 12 litros/min com AMBU. O2: Sem suplementação de Oxigênio Boca x Boca = 16 % Ambu-máscara = 21 % Com suplementação de Oxigênio Cateter nasal: 1 a 6 L = 24 – 26 % Máscara sem reservatório: 8 a 10 L = 40 – 60 % Máscara com reservatório: 12 a 15 L = 90 – 100 % Ambu sem reservatório: 8 a 10 L = 40 – 60 % Ambu com reservatório: 10 a 15 L = 90 – 100 % Observar o pescoço e procurar desvio de traquéia e êxtase jugular (sinais de pneumotórax hipertensivo) Pneumotórax: Presença de ar entre as pleuras parietal e visceral. Pneumotórax hipertensivo: Associação com alterações hemodinâmicas devido a < DC do retorno venoso e desvio das estruturas do mediastino Com sinais clínicos de pneumotórax hipertensivo, fazer a descompressão com punção no 2º espaço intercostal na linha hemiclavicular em seguida , drenar o tórax ( TORACOCENTESE) Toracocentese: 4 º ou 5º espaço intercostal entre as linhas axilar média e anterior. C : OBJETIVOS: Controle de sangramento, imobilização de fraturas. AVALIAÇÃO DO ESTADO CIRCULATÓRIO: Alteração do Nível de consciência Pulso: Carotídeo ou femoral avaliando sempre qualidade, freqüência e regularidade; Perfusão capilar: enchimento capilar em 2seg. Coloração da pele: Cianose ou palidez (Pele acinzentada ou esbranquiçada). Controle de sangramentos: utilizar técnica de contensão das hemorragias; Hipotermia: Aquecer vitima soluções aquecidas e Monitorização eletrocardiográfica; Reposição volemica: 2 acessos calibrosos + infusão de solução cristalóide (Ringer Lactato); Exame de sangue incluindo gravidez para mulheres. OBS: Um indivíduo pode tolerar uma perda de 1,5 /litros de sangue em três horas, mas não tolera esta mesma perda em minutos. **Verificar pulso carotídeo, se ausente iniciar a RCP; Vítimas com idade abaixo de 1 ano, artéria braquial; Verificar enchimento capilar; Verificar temperatura, cor e umidade da pele; Verificar hemorragias e imobilizar fraturas. D:OBJETIVO: Verificar o nível de consciência. A avaliação do nível de consciência é realizada pelo tipo de resposta ao estímulo verbal e ao doloroso. A - Alerta, V- Verbal, D - Deficiência! Doloroso e I - inconsciência Um exame neurológico mais apurado deve ser realizado no atendimento secundário, através da Escala de Coma de Glasgow. O escore ou nota final de Glasgow é classificada em Grave= 3-8, Moderado= 9-12 e Leve= 13-15. E: Informar a vítima ou aos familiar-acompanhantes o procedimento. Executar a exposição da vítima somente quando necessário; Evitar tempo demasiado para evitar hipotermia; Cobrir com manta aluminizada, cobertor ou lençóis; Evitar expor partes íntimas do corpo; Respeitar as objeções da vítima, motivos pessoais, religiosos ou culturais; Remover os calçados; Entregar os pertences, mesmo que danificados a chefia de enfermagem
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