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Gustavo Moreno T19 AULA 17: TCE: Fisiologia do sistema cranioencefálico: A caixa craniana não tolera grandes variações de pressões – aumento do PIC leva a uma perfusão cerebral → isquemia, edema e herniação PIC elevado → reduz a pressão cerebral – causa ou exacerba uma isquemia Área isquêmica (trombo) → aumento da pressão arterial → método de compensação para tentar reverter a isquemia. Pic normal = 10 mmHg PIC > 20 mmHg – CUIDAR → pode ter pior prognóstico mesmo que consiga reduzir a PIC – pode ficar com sequelas ou descompensar rapidamente PPC = PAM - PIC PAM = PAS + 2*PAD / 3 Ideal manter a PAM em 65 mmHg para manter a perfusão cerebral Doutrina de Monro-Kellie: Volume total intracraniano tem que ficar constante independente das reações compensatórias que ocorram Obs – Lembrar – caixa craniana não se expande As pressões precisam ficar equalizadas Normal é ter massa encefálica, volume arterial, volume venoso e liquórico em equilíbrio Se ocorrer algo em algum elemento – exp hematoma (aumenta o volume arterial), logo, essas pressões tentam se equilibrar novamente. Escoando volume venoso ou liquórico para se adaptar Em um determinado momento o organismo perde a capacidade de compensar, e a curva começa a crescer exponencialmente – isso significa que pequenas alterações de volume geram grandes alterações na PIC. PIC cai muito = área isquemia aumenta Avaliação Primária: D (disability) – avaliação neurológica Escala de Glasgow Modificada: Classificação de TCE: RX de crânio: Solicitado quando não tem TM TCE – importante fazer palpação e visualizar diretamente a cabeça do paciente – às vezes o cabelo pode atrapalhar TCE Leve: Glasgow 13 - 15 Quedas > 2,5 metros → mecanismo de trauma importante (avaliar e reavaliar) Cefaléia refratária → faz analgesia simples – dipirona. Não precisa de tramadol, morfina Avaliação da história do trauma → como aconteceu? Como foi a cinética do trauma ? Tem amnésia lacunar? Cefaléia? – intensa ou controlada Exame geral para identificação de lesões Avaliação neurológica sucinta Rx cervical – de acordo com a necessidade Perfil toxicológico ? Tem alterações? – interna Paciente vai receber alta quando não apresenta nenhum desses critérios – com agendamento do retorno ambulatorial com especialista TCE Moderado: Glasgow 12 - 9 Exame físico inicial é igual para todos os pacientes Pode ser que tenha lesão de coluna cervical – investigar Pedir Rx de coluna cervical antes de tirar o colar e a tábua Se tiver condições → fazer TM de crânio e cervical Precisa internar, pedir avaliação neurológica, ser monitorado neurologicamente Manter paciente para neurocrítico – pois pode precisar de um neurocirurgião Depois da internação precisa ser reavaliado constantemente TCE moderado não precisa de Manitol *** TCE Grave: Glasgow 8 - 3 Paciente deve ser encaminhado imediatamente ABCDE – com foco no A e B, pois tudo que fizermos vai alterar a PIC (principalmente a parte respiratória) Hiperventilação – pode aumentar ou diminuir a perfusão Permitir a hipercapnia discreta Ventilação mecânica protetora – usar volume pequeno de 4 a 6 ml/kg Avaliação das pupilas: Midriáticas ou sem fotoreação ou anisocóricas: Edema cerebral Tratamento é empírico, porque, não dá tempo de chegar na TM Pode usar manitol ou solução hipertônica 3% (salgadão) – cuidar dos eletrólitos (sódio) Reanimação – se necessário Tentar coletar história Adm de algumas drogas TM mais rápido possível Não deixar de fazer TM: Fratura exposta de crânio Suspeita de fratura de base de crânio Mais de 2 episódios de vômito (vômito em jato) Maiores de 65 anos mesmo com TCE leve Indicações de TM: TCE Leve: Fratura exposta e de base de crânio Mais de 2 episódios de vômitos – em jato e não precedido por náusea Maiores de 65 anos Todos outros TCEs precisam de TM Lesões de couro cabeludo Avaliar porque o paciente pode chocar devido a isso Artéria temporal superficial ⇒ ela costuma lesionar quando tem lesão de couro cabeludo, ela jorra sangue Fratura de base de crânio: Características: Hemotímpano Sinal de Battle Sinal de guaxinim Otorreia, rinorreia Otorragia, rinorragia Neurotrauma: Choque neurogênico: Paciente perde a capacidade da via simpática cardiovascular É o choque quente: Paciente está vasodilatador perifericamente, e se tocar nele, está quente e vermelho (está chocado mas a sua perfusão periférica está ok) Esse paciente é mais grave comparado com os outros, pois seu manejo é difícil e ele não responde Choque medular: Trauma na medula e neurológico – não tem alteração pressórica Não tem alteração simpática Problema → espasmo medular Ambos os choques fazem lesão medular ** Lesão cerebral difusa: Concussão cerebral: É como se recebesse um nocaute Mecanismo de golpe e contragolpe Perda súbita e temporária da função neurológica Perda de consciência de até 6h (clássico) – paciente tende a perder a consciência na hora, mas tem tendência a voltar em até 6h Amnésia, confusão, convulsão Lesão axonal difusa: Mais grave Comum em capotamento Lesão por cisalhamento – córtex roda e o tronco está parado – corte dos axônios) Clinica: perda imediata da consciência, coma > 6 horas**, TM “inocente” (exame pode não ter nada, mas o paciente está em coma) Esse paciente pode ter intervalo lúcido e do nada ele rebaixa e entra em coma porque, como tem lesão axonal bem no pedúnculo cerebelar da ponte, é nesse local que terá edema do uncus – uncus quer herniar e comprime essa região Lesão grave!!! Lesões cerebrais focais: Epidural / extradural: Sangramento empurra dura-máter Sangramento está fora do cérebro Sangramento arterial da artéria meníngea média (fratura da região temporoparietal)** Imagem biconvexa** Geralmente o tecido cerebral não é lesionado Evolução rapidamente fatal Associada a fraturas lineares temporais Mais agudo – por que é arterial Pode ter intervalo lúcido (50-60%) – rebaixa quando tem compressão importante que comprime todas as estruturas cerebrais para contralateral – se rebaixa é fatal Perda progressiva da consciência Hemiparesia contralateral e anisocoria – devido ao edema e compressão dos tecidos Rx: fratura do osso temporal Subdural: Acompanha anatomia do crânio – imagem parece um filete – o sangramento é lento e vai empurrando a estrutura aos poucos Sangramento venoso das veias pontes ** (conectado a massa encefálica ao crânio) Fatores de risco: Etilista crônico – possuem certo grau de atrofia cerebral Idosos Anticoagulados Mais comum Fratura de crânio pode ou não estar presente Sintomas em horas ou dias – sangramento que fica babando Cefaleia, irritabilidade, vômitos, alterações de nível de consciência, assimetria de pupilas e alterações sensitivas e motoras Intraparenquimatoso: Área radiopaca no tecido cerebral Não precisa usar contraste – visualização do sangue Dependendo da localização pode ser mais grave – atingir região talâmica, subtalâmica – deixa sequelas mais graves
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