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1 UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO CAMPUS PETROLINA COLEGIADO DE NUTRIÇÃO ANDRESA RENATA ALVES SÁ INGRID RAPHAELA SOUZA SILVA LARISSA DE OLIVEIRA SANTANA MARIANA LUIZA RODRIGUES DE MARINS RELATÓRIOS DE AULA PRÁTICA PETROLINA – PE 2017 2 ANDRESA RENATA ALVES SÁ INGRID RAPHAELA SOUZA SILVA LARISSA DE OLIVEIRA SANTANA MARIANA LUIZA RODRIGUES DE MARINS RELATÓRIOS DE AULA PRÁTICA Relatório da aula prática apresentado como forma de avaliação parcial da disciplina de Bromatologia I, ministrada por Ingrid Rafaella M. Silva Reis. PETROLINA – PE 2017 3 SUMÁRIO 1 AULA PRÁTICA 1................................................................................................................4 2 AULA PRÁTICA 2................................................................................................................7 3 AULA PRÁTICA 3..............................................................................................................13 3.1 ADULTERAÇÃO...................................................................................................13 3.2 SOLUÇÕES............................................................................................................17 4 AULA PRÁTICA 4..............................................................................................................21 4.1 BRIX.......................................................................................................................21 4.2 DETERMINAÇÃO DE COR.................................................................................24 5 AULA PRÁTICA 5..............................................................................................................28 6 AULA PRÁTICA 6..............................................................................................................33 7 AULA PRÁTICA 7..............................................................................................................37 8 AULA PRÁTICA 8..............................................................................................................40 9 AULA PRÁTICA 9..............................................................................................................43 4 AULA PRÁTICA 1 - Conhecer o Laboratório de Bromatologia e algumas Normas de Segurança 1 INTRODUÇÃO O laboratório de Bromatologia é de fundamental importância, pois nele os alunos irão colocar em prática as análises e reações vistas em sala de aula. Conhecer os equipamentos e suas funções irá facilitar o manuseio correto e assim, evitar acidentes. Assim como nos equipamentos, as vidrarias e utensílios possuem funções e cuidados específicos para a sua utilização segura. Nos mais variados ambientes de trabalho, normas de segurança são empregadas para assegurar o bom funcionamento do local. No laboratório de bromatologia não é diferente, e conhecer as Normas de Segurança é o primeiro passo antes de iniciar algum trabalho no laboratório. Esse ambiente possui muitos produtos químicos que necessita de uma manipulação cuidadosa e apropriada para evitar acidentes, já que muitos são produtos tóxicos e/ou corrosivos. 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVOS GERAIS Conhecer as vidrarias, utensílios e equipamentos usados para analises em alimentos e suas respectivas funções. Além disso, serão apresentadas as principais normas de segurança. 3 MATERIAIS E MÉTODOS No dia quatro de maio de dois mil e dezessete aconteceu à primeira aula pratica de Bromatologia, ministrada pela professora Ingrid Reis que apresentou as seguintes vidraçarias, equipamentos e utensílios que serão utilizados nas próximas aulas 1 : Pinça metálica Piceta 1 Os métodos não constam no corpo do relatório porque não foram realizadas análises físico-químicas. 5 Pipeta Phmetro Agitador de amostra Agitador magnético peixinho Tripé com tela de amianto Tubo de ensaio Balança analítica Espectrofotômetro Dessecador e Sílica Banho Maria Bomba de vácuo Evaporador Aquecedor Estufa Esterilização 4 DESENVOLVIMENTO As normas de seguranças servem para minimizar a probabilidade de ocorrência de acidentes e cuidados com a segurança pessoal até o manuseio correto de equipamentos, utilização e armazenagem de produtos químicos. É fundamental que a segurança no laboratório seja uma preocupação constante e prioritária de todos os seus usuários para que assim seja preservada a integridade física das pessoas, do meio ambiente, dos reagentes e equipamentos. Trabalhar com atenção, prudência e calma; Estar atento ao uso do EPI adequado sempre que for manipular substâncias, reagentes, amostras e equipamentos; Sempre usar calça jeans e sapato fechado no espaço do laboratório; Cabelos longos devem ser mantidos presos enquanto estiverem no laboratório; Zelar pelos equipamentos e usa-los adequadamente; Nunca retirar balança, espectrofotômetro e outros equipamentos do lugar e sempre limpar os mesmos após uso; 6 Ao manusear produtos químicos tóxicos e corrosivos, fazer isso na capela com exaustão ligada; Não deixar acumular recipientes, contendo ou não produtos químicos, em bancadas, pias e capelas; Trabalhar sempre com as quantidades mínimas de reagentes indicados- seja cuidadoso (a), evite desperdício; Identificar seu material, mesmo quando colocado para descarte, evitando assim o risco de acidentes; Manter as bancadas sempre limpas e organizadas durante o uso; Nunca trabalhar com material imperfeito, principalmente vidros que tenham arestas cortantes. Todo material quebrado deve ser desprezado em local apropriado; Em caso de situações anormais, que de mau funcionamento de equipamentos, vazamento de produtos, falha de iluminação, ventilação ou qualquer situação insegura, comunicar aos responsáveis pelo setor para mediata avaliação de riscos; Guardar casacos, pastas e bolsas, nas áreas indicadas, e não na bancada onde podem ser danificados pelos produtos químicos; No local de trabalho e durante a execução de uma tarefa, falar apenas o estritamente o necessário. 5 CONCLUSÃO Conhecer o laboratório de bromatologia e as normas de seguranças foi de fundamental importância, uma vez que servirá de embasamento teórico para o aprimoramento das aulas praticas na execução das analises em alimentos, além de evitar acidentes no laboratório. 7 AULA PRÁTICA 2 – Técnicas de Pesagem, Pipetagem e Amostragem 1 INTRODUÇÃO Para iniciar as análises bromatológicas no laboratório é imprescindível o conhecimento sobre as técnicas de pesagem, pipetagem e amostragem, pois são técnicas bastante utilizadas na rotina laboratorial. Quase toda análise química envolve uma operação de pesagem para medir a quantidade de uma amostra ou preparar alguma solução. Na maioria das vezes utiliza-se a balança analítica, que pode ser mecânica ou digital. Existem três tipos de pesagem: direta (determinação damassa de um objeto compacto), por adição (determinação da massa de substâncias em recipiente cuja massa foi previamente determinada e tarada) e por diferença (utilizada em técnicas de secagem). A técnica de pipetagem é usada para transferir soluções de um recipiente para outro. Pipeta é um instrumento volumétrico para medir líquidos e pode ser volumétrica, que geralmente possui maior exatidão, ou graduada, onde a escala numérica permite a leitura de volumes parciais. Na técnica de amostragem o objetivo é coletar uma porção representativa do material a ser analisado (SILVA, 2011). O método utilizado na aula prática foi o quarteamento, feito manualmente. 2 OBJETIVOS 2.1 GERAL Realizar as técnicas de pesagem, pipetagem e amostragem utilizando os equipamentos e vidrarias disponíveis. 2.2 ESPECÍFICOS Manuseio de balanças e pipetas; Realização de técnicas de amostragem com alimentos; Conhecer os fatores que podem interferir no resultado final de cada procedimento; Observar a importância de cada técnica ser realizada de modo correto, a fim de evitar erros no resultado final. 8 3 MATERIAIS E MÉTODO Para a realização das técnicas de pesagem, pipetagem e amostragem, utilizou-se os seguintes materiais: Feijão Água não destilada Espátula Béquer de 250 ml Balança Analítica Pipeta graduada Pipeta volumétrica Pera Proveta Vidro de relógio No dia vinte e cinco de maio de dois mil e dezessete realizou-se no laboratório de bromatologia as técnicas de pesagem, pipetagem e amostragem. Para o procedimento da técnica de pipetagem realizou-se uma comparação entre pipeta graduada e pipeta volumétrica, com a pipeta volumétrica mediu-se 50 ml de água não destilada e transferiu-se para uma proveta de 50 ml fazendo que o líquido escorresse pela parede da proveta limpa e seca. Logo em seguida com a pipeta graduada de 5 ml mediu-se 5 ml de agua não destilada e transferiu-se o liquido para uma outra proveta de 50 ml limpa e seca. No procedimento da técnica de quarteamento colocou-se sobre uma superfície plana misturou-se e espalhou-se em um formato de quadrado uma quantidade de feijão, Dividiu-se em quatro partes (ABCD), rejeitaram-se as partes opostas, misturaram-se novamente os feijões, realizou-se esse procedimento ate ter ficado um tamanho ideal para amostra. Utilizou- se essa amostra de feijão na técnica de pesagem, nessa técnica pesou-se um béquer de 250ml na balança analítica, em seguida, anotou-se o resultado(tara do béquer), pesou-se 2,0 gramas de feijões no béquer ‘tarado’. 4 RESULTADOS E DISCURSSÃO Foi realizado no laboratório de Bromatologia da Universidade de Pernambuco – campus Petrolina, operações de pesagem, pipetagem e amostragem manual no qual alunos do 9 curso de nutrição puderam através da aula prática conhecer e executar técnicas a fim de verificar os resultados finais. 4.1 Pesagem de sólido/pastoso/líquido A pesagem foi realizada inicialmente tarando o Becker na balança analítica, para que esse não influenciasse no peso, em seguida foi colocado pouco a pouco o feijão, sempre mantendo distância da balança para que não houvesse oscilação de peso, até ser alcançada a gramatura desejada. 4.2 Técnica de pipetagem O procedimento se iniciou com a captação de 5 ml de água destilada utilizando uma pipeta volumétrica de 50 ml. Em seguida, o solvente foi transferido para uma proveta também denominada de cilindro graduado de 50 ml, limpa e seca. Após isso, foi coletado 5 ml de água destilada em uma pipeta graduada que posteriormente foi colocado numa proveta também sob condições adequadas. A medida do volume do líquido para ambos os equipamentos foi verificada através de marcadores na parede do recipiente sendo observada a curvatura do menisco que para líquidos a leitura é feita na parte inferior. Entretanto foi observado que não houve correspondência no valor de 5 ml entre os recipientes: pipeta volumétrica e proveta, ou seja, o resultado foi superior nesse último; ao contrário da pipeta graduada que apresentou o mesmo nível volumétrico na proveta. Isso não ocorreu devido aos aparelhos, as pipetas tanto as não graduadas (volumétricas) como as graduadas são considerados instrumentos de medidas precisas, o problema foi devido ao menisco do líquido. No caso, como foi utilizada solução aquosa, as moléculas da água destilada foram fortemente atraídas pela parede de vidro (adesão) o que gerou uma elevação na borda da superfície do liquido. 10 Proveta ou cilíndrico graduado apresentou correspondência quanto ao volume coletado (5 ml) pela pipeta graduada. O ponto mais baixo do menisco toca a borda superior da marca da graduação. Proveta ou cilíndrico graduado apresentou um nível volumétrico superior aos 5 ml coletado pela pipeta volumétrica. O ponto mais baixo do menisco não toca a borda superior da marca da graduação, isso foi devido às moléculas do liquido serem atraídas pela parede do vidro por força de adesão. 11 4.3 Técnicas de quarteamento O procedimento foi realizado inicialmente colocando uma quantidade de feijão suficiente para que cobrisse uniformemente uma folha de papel sulfite, em seguida com o auxilio de uma régua este feijão foi organizado em forma de retângulo para que fosse feita a divisão em quatro partes iguais. Após a divisão foi se descartada duas partes: Posteriormente o processo foi refeito mais de uma vez até obter-se uma única amostra. 12 5 CONCLUSÃO A realização das técnicas de pesagem, pipetagem e amostragem foram de muita relevância para o aprendizado, uma vez que, são técnicas básicas utilizadas com bastante frequência nos laboratórios. Ter conhecimento dos fatores que interferem no resultado final de cada procedimento faz com que cada técnica seja realizada corretamente evitando erros nos resultados. 6 REFERÊNCIAS Metodologia analítica – amostragem. Disponível em: <http://www.ufjf.br/baccan/files/2011/05/Aula-1-Amostragem_06_08_112.pdf>. Acesso em: 26 maio 2017 Apostila de Química Experimental I, Instituto Federal do Rio de Janeiro. Pág. 11. Informação de Medições volumétricas. Disponível em: <http://www.brand.de/fileadmin/user/pdf/Information_Vol/Brochuere_Volumenmessung_PT. pdf>. Acesso em: 26 maio 2017 13 AULA PRÁTICA 3 – Adulterações em Alimentos e Tipos de Solução, Cálculo e Preparo de Soluções 3.1 ADULTERAÇÕES EM ALIMENTOS 3.1.1 INTRODUÇÃO A adulteração é um tipo de fraude em alimentos onde são privados total ou parcialmente os elementos uteis ou característicos do produto ou são adicionados aditivos não permitidos e/ou em quantidades acima do permitido. Além disso, compromete o valor nutricional do produto. A fraude por adulteração afeta pouco as características sensoriais dos produtos, tornando-se assim difícil de ser visualizado pelo consumidor, sendo necessário analises específicas para a identificação da adulteração. “O teste de Lugol é um indicador de adulteração, pois quando há adição de amido há uma reação que apresenta mudança na coloração, o amido oclui o iodo formando um complexo vermelho-violeta” (DIAS, 2005) 3.1.2 OBJETIVOS 3.1.2.1 GERAL Detectar ou não a presença de amido nos produtos analisados. 3.1.3 MATERIAIS E MÉTODO 10 ml de Achocolatado DANETTE©; 5 g de Salsicha; 5 g de Presunto; 10 ml de Suco industrializado KAPO© sabor morango; 2 recipientes de metal; Erlenmeyer; Solução de Lugol; 100 ml de Água. 14 A partir de orientações da docente Ingrid Rafaella, iniciou-se a experimentação. Duas amostras de cada alimento foram coletadas e as de consistência sólida foram colocadas num recipiente de metal de forma individualizada e os líquidos foram diluídos em 100 ml de água. Em seguida, foi aplicado nas amostras cerca de duas a três gotas de uma solução composta por iodo e iodeto de potássio, denominada de lugol a 5%. Esperou-se aproximadamente de dois a cinco minutos para observar os resultados. 3.1.4 RESULTADO E DISCURSSÃO ACHOCOLATADO DANNETE©: Duas amostras de achocolatados foram analisadas, diluídas em água e em uma foi adicionado amido e na outra não, como mostra na figura 1. Na primeira amostra quando colocado o lugol houve uma mudança na sua coloração, indicando a presença de amido no produto. Na segunda amostra não houve alteração da cor, mostrando que não houve adulteração. A presença de amido na primeira amostra indica alteração por que no momento da analise foi adicionado amido na solução de água e achocolatado e na composição do achocolatado existe amido modificado, o mesmo não apresenta características iguais ao amido comum, pois ele tem uma função de espessante. Figura 1 – Amostras de achocolatado 15 SALSICHA: A adição de Lugol na amostra revelou a presença de amido no produto, pois a coloração azul escuro indica uma associação de iodo com amilose, como se pode obsevar na figura 2. Figura 2 – Amostra de salsicha com e sem Lugol A presença do amido na salsicha não indica adulteração, pois na composição do produto contém amido. Segundo o Decreto nº 52.497, de 21 de julho de 1970, os embutidos em geral deverão conter no máximo 5% de amido ou fécula, já a salsicha poderá conter amido ou fécula na proporção máxima de 2%. Quando o limite é extrapolado pode-se confirmar uma fraude. KAPO©: Não foi observado nenhum tipo de adulteração. O Kapo é um tipo de suco artificial, que tem na sua composição Água, açúcar, sucos de maçã, laranja, uva, abacaxi e maracujá, vitaminas (C, E, B3, A, D, B6 e B12), acidulante ácido cítrico, aroma sintético idêntico ao natural e estabilizante goma guar, não tendo que conter a presença de amido na sua composição, a presença desse produto caracteriza adulteração. Após a adição do Lugol não foi observada a coloração escura, ou seja, não houve adulteração no produto. 16 Figura 3 – Amostra de Kapo© sem e com Lugol PRESUNTO: Não houve formação da coloração azul ou preta, mas sim da coloração “ferrugem” indicando assim que o alimento não apresentava amido em sua composição e por isso não houve reação entre o corante e o carboidrato. A partir do regulamento técnico de identidade e qualidade é possível conhecer a definição desse produto. ”O presunto é considerado um produto cárneo industrializado obtido dos cortes do membro posterior do suíno, desossado ou não, adicionados de ingredientes, e submetido a um processo técnico adequado” (MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA, 2000). Segundo Pedroso e Demiate (2008) o presunto é um produto no qual é permitido a adição de maltodextrina e açúcares; proteínas não cárneas na proporção de 1,0% (máximo) caso seja tenro e de 2,0% para outros presuntos. A relação umidade/proteína deve ser respeitada e estar entre os valores de 4,2 e 5,2. Entretanto, a legislação brasileira não autoriza o acréscimo de amido ou amido modificado nesse produto seja ele curado, cozido, semicozido, defumado ou não porque não considera que esse polissacarídeo seja um aditivo. Devido a amilose apresentar uma estrutura linear e helicoidal, o iodo da solução fica “aprisionado” nessa parte do amido apresentando uma coloração mais intensa. Isso foi verificado quando se realizou a experimentação no laboratório. O Lugol adicionado ao 17 presunto não forneceu uma coloração azul ou preta ao produto porque não havia amilose suficiente para interagir com o iodo da solução. Figura 4 – Amostras de presunto sem e com Lugol 3.1.5 CONCLUSÃO De acordo com as análises e com a literatura, a presença de amido em determinados produtos indica adulteração quando esse ingrediente não faz parte da lista de composição. Assim, deve-se ressaltar a importância de sempre observar os rótulos dos alimentos e ficar atento para as fraudes, pois elas afetem bastante o valor nutricional dos alimentos. 3.2 TIPOS DE SOLUÇÕES, CÁLCULO E PREPARO DE SOLUÇÕES 3.2.1 INTRODUÇÃO A mistura homogênea entre duas ou mais substâncias caracteriza uma solução. O processo de obtenção dessa mistura é denominado de dissolução. Numa solução temos o soluto e o solvente, que geralmente é a água, pois esta é considerada um solvente universal. 18 As soluções possuem algumas classificações, quanto ao Coeficiente de Solubilidade: insaturadas, saturadas ou supersaturadas; quanto ao estado físico da mistura: sólidas, líquidas ou gasosas; e quanto à natureza do soluto: moleculares ou iônicas. 3.2.2 OBJETIVOS 3.2.2.1 GERAL Realizar o processo de dissolução e fazer os cálculos de soluções. 3.2.3 MATERIAIS E MÉTODO No dia oito de junho de dois mil e dezessete no Laboratório de Bromatologia preparou-se 100 ml de solução aquosa 1:1 de ácido clorídrico, utilizando os seguintes materiais: Balão de 500 ml Béquer Pipeta Volumétrica Pera 50 ml de Acido clorídrico 50 ml de Água Inicialmente foram captados em um béquer 50 ml de água usando uma pipeta volumétrica e uma “pêra”. Em seguida, esse líquido foi transferido para um balão volumétrico onde ficou reservado. Logo depois, foi coletado usando uma pipeta volumétrica e uma “pêra” 50 ml de ácido clorídrico, um ácido volátil caracterizado pela alta capacidade de evaporação. Posteriormente, esse ácido foi adicionado à água que estava reservada sendo possível observar que entre essa mistura houve uma interação entre o soluto e o solvente formando assim uma solução homogênea de proporção 1:1 (50 partes de HCl para 50 partes de H₂O). 3.2.4 RESULTADO E DISCURSSÃO 19 A solução foi preparada atendendo todo o protocolo de execução, tendo o cuidado em pesar todo o soluto de acordo com a quantidade necessária para a formulação da solução com a concentração de 1:1 (50 partes de HCl para 50 partes de H₂O). Coleta da água utilizando a pipeta volumétrica Solução pronta 20 3.2.5 CONCLUSÃO Pode-se perceber a importância do método de preparo da solução. Os procedimentos de segurança devem ser seguidos, pois algumas substâncias utilizadas para a solução são altamente voláteis e algumas podem ser tóxicas, e em caso de acidentes pode ocorrer algum dano físico na pessoa que prepara a solução. 3.2.6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PEDROSO, R. A.; DEMIATE, I. M. Avaliação da influência de amido e carragena nas características físico-químicas e sensoriais de presunto cozido de peru. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, p. 24-31, Janeiro – Março, 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cta/v28n1/04.pdf>. Acesso em: 29 jun 2017 ESTUDO DAS SOLUÇÕES. Disponível em: <www.pucrs.br/quimica/mateus/quimicageralII.pdf>. Acesso em: 29 jun 2017 DENARDIN, Cristiane Casagrande; SILVALI, Leila Picolli da. Estrutura dos grânulos de amido e sua relação com propriedades físico-químicas. Disponívelem: <http://submission.scielo.br/index.php/cr/article/viewFile/2440/499>. Acesso em: 29 jun 2017 21 AULA PRATICA 4 – BRIX e Derteminação de Cor 4.1 BRIX 4.1.1 INTRODUÇÃO O brix foi criado por Adolf Brix e é uma escala numérica utilizada para determinar a quantidade de sólidos solúveis em uma solução de sacarose, ou seja, a soma de todos os sólidos (açúcar, sal, proteínas, ácidos e etc.). A escala de Brix é utilizada no segmento alimentício para a qualificação de açúcares na própria indústria de açúcar, na fabricação de frutas, vinhos, bebidas gaseificadas, leite condensado e outros. O instrumento utilizado para realizar a medição da concentração das soluções aquosas é o refratômero. O principio de funcionamento desse equipamento é através da refratometria. Com apenas algumas gotas de solução o refratômetro realiza medições de concentrações de soluções aquosas e sua aplicação atende desde a área agrícola, passando pela indústria de alimentos e de manufaturados, até empresas do setor químico e de papel. 4.1.2 OBJETIVOS 4.1.2.1 GERAIS Verificar o valor de glicose e sacarose na uva e no açúcar por meio de um refratômetro. 4.1.3 MATERIAIS E MÉTODO Utilizaram-se os seguintes materiais: Uma uva do tipo branca; Solução de 100 ml de água com 25g de açúcar cristal; Refratômetro; Água. Primeiramente a professora Ingrid Rafaela calibrou o refratômetro com o uso da água, enxugou o excesso e logo após isso, a uva foi espremida (Figura 1) até obter-se uma 22 quantidade de três gotas do suco da uva no prisma, fechando-o e posicionando o refratômetro para um feixe de luz para a visualização do resultado. Figura 1 – Deposição da amostra no Refratômero Logo após foi analisado o valor de Brix da solução de água e açúcar cristal, onde foi feito o calibre do refratômetro utilizando novamente a água. Após enxugar o excesso de água, três gotas da solução foi colocada no prisma, logo depois foi fechado e posicionado para um feixe de luz. 4.1.4 RESULTADO E DISCUSSÃO Feito o procedimento de coleta de amostra, para a uva o valor obtido no refratômetro foi de 13,95% BRIX (figura 2). Esse valor equivale a quantidade de 13,9 g de glicose contida na quantidade equivalente a três gotas do suco da uva branca de mesa. Já na solução de açúcar obteve-se o valor de 19,9% BRIX (figura 3), correspondente a 19,9 g de sacarose. Pode-se concluir essa quantidade de glicose e sacarose porque 1 BRIX corresponde a uma grama de glicose ou sacarose. 23 Figura 2 – Valor obtido a partir da Uva Figura 3 – Valor obtido a partir da solução O valor do BRIX muda de acordo com a variedade de uva de mesa cultivada. De acordo com o site VITTIS – MUNDO DAS UVAS, “as uvas de mesa são colhidas com 16 à 20°Brix, esse teor de açúcar depende da variedade”, assim, como não se tem o conhecimento da variedade da uva utilizada para a análise, a comparação do valor obtido na aula prática com o valor padrão para cada tipo de uva torna-se difícil. Desse modo, utilizou-se como parâmetro de avaliação a uva branca de mesa sem semente do tipo BRS Linda, que possui um teor de sólidos solúveis de aproximadamente 14 a 15ºBrix. De acordo com esse parâmetro, observou-se que a amostra utilizada aproximou-se desse valor padrão. Com relação a solução, o valor encontrado está de acordo com o padrão de 20%. 4.1.5 CONCLUSÃO A realização da analise de Brix, foi de muita importância para a aprendizagem, tendo em vista que é uma técnica muito utilizada em indústrias e cooperativas para o controle de seus produtos. É realizada de forma simples e rápida, porém é um procedimento bastante relevante. 24 4.1.6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CRUZ, S. H. A química do açúcar. Disponível em: <http://www.crq4.org.br/quimicaviva_acucar>. Acesso em: 01 jul 2017 Disponível em: <http://www.vittis.com.br/2015/12/24/uvas-de-mesa-x-uvas-de-vinho/>. Acesso em 01 jul 2017 BRASIL. Embrapa. Disponível em: <http://www.cnpuv.embrapa.br/tecnologias/cultivares/>. Acesso em: 01 jul 2017 4.2 DETERMINAÇÃO DE COR 4.2.1 INTRODUÇÃO A espectrofotometria é um procedimento analítico que consiste em deixar um feixe de luz incidir numa molécula e com isso observar como ele irá se comportar na amostra, ou seja, se será refletido, absorvido, espalhado ou transmitido. Quando ocorre a absorção, a solução quando iluminada com luz branca apresenta uma determinada coloração. Entretanto, esse acontecimento depende da natureza da substância química, de sua concentração e da espessura da amostra que é atravessada pela luz. Os métodos espectroscópicos baseiam-se na absorção dos comprimentos de onda que tem inicio na radiação ultravioleta e vai até o infravermelho. O aparelho se baseia na passagem de um feixe de luz monocromática através de uma solução permitindo saber a quantidade de luz que foi absorvida por essa solução. Para determinar a concentração de cor de um soluto em uma solução por espectrofotometria, utiliza-se uma solução padrão que já apresenta valor de absorbância previamente conhecido. O objetivo disso é comparar a absorbância da solução padrão com o da amostra coletada. Segundo OLIVEIRA (2012): Esta técnica tornou-se fundamental para a determinação de diagnósticos laboratoriais. Neste contexto, inúmeras doenças puderam ser diagnosticadas pelo uso de técnicas colorimétricas específicas, possibilitando também compreender melhor a fisiopatologia dessas enfermidades. 25 4.2.2 OBJETIVOS 4.2.2.1 GERAIS Realizar os procedimentos de determinação de cor. 4.2.2.2 ESPECÍFICOS Determinar o valor de absorção do soluto por meio da espectrofotometria; Conhecer o grau (%) de absorbância utilizando a fórmula “ICUMSA”; Saber se a coloração do produto está de acordo com a classificação apresentada no rótulo do produto. 4.2.3 MATERIAIS E MÉTODO Açúcar Cristal; Aquecedor; Erlenmeyer; Béquer; Balança analítica; Espátula; Ímã metálico; Agitador magnético; Espectrofotômetro. A partir de orientações da docente Ingrid Rafaella, iniciou-se a experimentação. Com o auxilio de uma espátula foi colocado em um béquer 25g de açúcar cristal, sendo essa quantidade obtida por meio de uma balança analítica. Logo depois, esse soluto foi misturado a 100 ml de água coletadas a partir de uma proveta. A solução foi transferida para um enlermeyer e levada para cima de um aquecedor objetivando assim ter uma diluição mais rápida. Para contribuir com isso foi adicionado logo em seguida um ímã metálico também denominado de bastão metálico e a partir disso esperou-se alguns minutos. Após esse tempo, a solução foi levada para o espectrofotômetro para verificar o grau de absorbância e assim comparar com o padrão da legislação. 26 4.2.4 RESULTADO E DISCUSSÃO = = 512,56 513 A= Absorbância B= Tamanho da cubeta (cm) C= Brix O índice de cor ICUMSA verifica a coloração do produto de acordo com a classificação utilizada pelo fabricante no rótulo do produto, esse termo significa Comissão Internacional para Métodos Uniformes de Análise de Açúcar. Quanto mais baixo esse índice, mais claro é o açúcar. A coloraçãodo açúcar esta relacionada ao numero de partículas carbonizadas presentes e ao tamanho dessas partículas, pois quanto menor a partícula mais branca será o açúcar e vice-versa. De acordo com o Lex Editora S/A Referencia de Qualidade e Eficiência o parâmetro de qualidade do açúcar cristal em relação a sua cor IMCUSA (UI máx.) é de 300/400 UI, ou seja, o valor dado através da formula de IMCUSA na aula pratica do laboratório de bromatologia da Universidade de Pernambuco é de 513 sendo superior ao recomendado pela legislação e isso vai interferir diretamente na qualidade do produto. 4.2.5 CONCLUSÃO A solução contendo 25g de açúcar cristal exibiu um valor à cima do permitido pela Lex Editora S/A Referência de Qualidade e Eficiência. Assim o produto que deveria conter entre 300/400 UI apresentou 513 tornando-se incompatível com o preconizado no rótulo e de qualidade inferior em termos de consumo. 4.2.6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PORTARIA Nº 152 DE 6 DE DEZEMBRO DE 2013. Disponível em: <http://www.lex.com.br/legis_25168439_PORTARIA_N_152_DE_6_DE_DEZEMBRO_DE _2013.aspx>. Acesso em 06 jul 2017 27 INMETRO. Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/acucar.asp>. Acesso em: 06 jul 2017 28 AULA PRÁTICA 5 – pH e Acidez 1 INTRODUÇÃO De acordo com a definição de pH, a verificação dessa medida buscar identificar a acidez ou basicidade de uma solução aquosa por meio da concentração hidrogeniônica do meio. Para tal verificação, utiliza-se o PHMETRO, um aparelho muito utilizado em laboratórios para indicar os valores de potencial hidrogeniônico de diversas amostras. A determinação de acidez de uma amostra irá fornecer um dado valioso na apreciação do estado de conservação de um alimento. Para se determinar esse valor utiliza-se o processo de neutralização e titulação, onde se deve atingir o ponto de equivalência, pelo NaOH na presença da fenolftaleína. 2 OBJETIVOS 2.1 GERAIS Realizar titulação de acidez e procedimento de pH. 2.2 ESPECÍFICOS Manusear o aparelho de medição de pH; Aprender o método de obtenção do valor de acidez titulável. 3 MATERIAIS E MÉTODO Foram utilizados os seguintes materiais: Becker; Solução de achocolatado; Solução de cerveja; Solução de Pepsi; Água destilada; Bureta; Enlenmeyer; Solução de mel (mel + água); Hidróxido de sódio - NaOH; 29 Fenolftaleína. A partir de orientações da docente Ingrid Rafaella, iniciou-se a experimentação, primeiro para a obtenção do valor de acidez e depois para os valores de pH. Foram dissolvidos 10 ml de mel em 100 ml de água destilada no recipiente enlenmeyer. Em seguida, foram adicionadas 5 gotas de fenolftaleína diretamente na amostra onde não foi verificado mudança na coloração. Posteriormente foi utilizada uma bureta com hidróxido de sódio a 0,01 molar para neutralizar na solução. A amostra foi titulada e o aparecimento da coloração rósea (FIGURA 1) foi observado após adicionar 75 ml de hidróxido de sódio. Essa quantidade de indicador alcalino foi colocada na formula de percentual de acidez para que em seguida fosse verificado na literatura se o valor encontrado estava adequado. Figura 1 - Amostra com coloração rósea após ser titulada com 75 ml de NaOH Foi-se analisado o pH de amostras de achocolatado, cerveja e refrigerante, sobre orientações da docente Ingrid Rafaella, a qual previamente calibrou o pHmetro. Logo após isso cada amostra foi analisada. O Becker com a amostra de achocolatado foi colocado no pHmetro, onde posteriormente aguardou-se um tempo até o resultado final aparecer, retirou-se essa amostra, limpou o pHmetro com água destilada, colocando em seguida a amostra de cerveja, onde foi realizado todo o procedimento novamente, após a lavagem do pHmetro com água destilada, verificou-se o pH do refrigerante da mesma forma. 4 RESULTADO E DISCUSSÃO 30 4.1 pH do refrigerante tipo cola O valor de pH obtido foi de 2,7, sendo um valor considerado ácido. O pH de refrigerantes em geral varia de 2,4 a 2,9. Tendo em vista isto, o valor encontrado no laboratório está dentro do esperado. 4.2 pH da cerveja A cerveja é uma bebida elaborada com mal de cevada, água, lúpulo e fermento (levedura). Além das leveduras existentes na fermentação do mosto (as do gênero Saccharomyces), podem aparecer outros micro-organismos em diversas etapas do processo devido à presença de carboidratos de fermentação lenta, falhas de processo e deficiência nos processos de higiene e limpeza. Esses micro-organismos podem causar turvação e precipitados na cerveja, liberar produtos metabólicos indesejáveis (como fenóis, sulfeto de metila e dietila, acetoína e proteinases) e até mesmo deteriorar o produto por completo. A suscetibilidade biológica da cerveja aumenta especialmente quando o pH está muito alto (acima de 5), a concentração de O2 muito alta (acima de 1 mg/L), a concentração de substâncias amargas do lúpulo muito baixa, entre outras. O Ph obtido da cerveja pelo Phmetro foi de 4,2 e de acordo com a legislação o recomendado é de 4 a 5 sendo assim o Ph esta adequado. O valor do Ph é importante na cerveja uma vez que a acidez elevada pode indicar contaminação bacteriana no mosto ou na cerveja e/ou um fraco desempenho da levedura (normalmente por envelhecimento desta). 4.3 pH do achocolatado O pH do achocolatado vai variar, dependendo do grau de alcalinização que o cacau possuir e tanto da quantidade quanto da acidez do soro do leite que será utilizado, geralmente o grau de alcalinização do pó de cacau que será usado para a produção do achocolatado, fica em torno de pH 7,1, já o pH do soro do leite que a industria utiliza varia de 6,5 a 6,7. A analise realizada, obteve-se um valor de pH de 6,5, da amostra de achocolatado realizada, tendo em vista os dados anteriores, podemos considerar que este valor encontra-se dentro do esperado para o produto. 4.4 Acidez titulável do mel Inicialmente procurou-se observar as consequências ao adicionar o indicador fenolftaleína na solução de mel. Para tanto foram observadas que o mesmo não afetava a 31 coloração da amostra. Quando o pH é neutro a fenolftaleína é incolor e à medida que o pH se torna básico a cor muda para rosa claro (BÓCOLI, 2010). Com a adição do indicador alcalino, Hidróxido de sódio (NaOH) a 0,01 M, essa mudança na coloração foi possível ser observada. Ao final da titulação a amostra apresentou-se na tonalidade rósea. Foi usada a fórmula de acidez em m.e.q/kg = V x f x 10, onde: V = ml de solução de NaOH O,01 M gastos na titulação; F = fator de solução de NaOH 0,01 M; Segundo a legislação, é permitido que a acidez seja no máximo 50mEq/Kg de mel. Entretanto, a amostra apresentou como resultado 75 mEq/Kg de acidez titulavel não mostrando-se de acordo com os níveis permitidos preconizados pela legislação. A acidez do mel deve-se à variação dos ácidos orgânicos causada pelas diferentes fontes de néctar, pela ação da enzima glicose-oxidase que origina o ácido glucônico, pela ação das bactérias durante a maturação do mel e ainda a quantidade de minerais presentes no mel, podendo ser ainda explicada pela presença de ácidos orgânicos em equilíbrio com suas lactonas correspondentes ou ésteres internos e alguns íons inorgânicos, como fosfato (WHITE JUNIOR, 1989; FINOLA et al., 2007). Devido as suas características químicas, o mel apresenta-se estável o que o torna um local de difícil desenvolvimento bacteriano e de outros microrganismos.5 CONCLUSÃO Aprender a manusear o Phmetro e determinar a acidez dos alimentos é de fundamental importância para o conhecimento da qualidade dos alimentos, assim o Phmetro é utilizado para indicar a acidez e basicidade de cada alimento, tendo uma relação com o aparecimento de microrganismos quando esse ph está inadequado e a determinação de acidez serve para indicar o estado de conservação dos alimentos. 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Brejaria. Legislação Brasileira de Cervejas. Disponível em: <http://brejabeer.blogspot.com.br/2015/10/legislacao-brasileira-de-cervejas.html>. Acesso em 14 de jul de 2017. BÓCOLI, Maria Gabriella R. dos Reis C; RAMOS, Ricardo A.v.. PRODUÇÃO DE BIODIESEL UTILIZANDO ÓLEO RESIDUAL RECICLADO. 2010. Disponível em: 32 <http://www.abcm.org.br/app/webroot/anais/creem/2010/TRABALHOS/FP/FP-06.pdf>. Acesso em: 17 jul. 2010. FINCO, Fernanda Dias Bartolomeu Abadio; MOURA, Luciana Learte; SILVA, Igor Galvão. Propriedades físicas e químicas do mel de Apis mellifera L. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 30, n. 3, p.706-712, set. 2010. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/s0101-20612010000300022>. Acesso em: 17 jul. 2017 ROSA, N.A; AFONSO J. C. A química da cerveja. Química Nova Escola, São Paulo-SP, p.98-105, MAIO, 2015. Disponivel em: < http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc37_2/05-QS- 155-12.pdF>. Acesso em: 14 de jul de 2017. EDUARDO, F.M; LANNES, S. C. S. Achocolatados: análises química. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 14, n. 3, jul./set.2004. Disponível em <http://www.revistas.usp.br/rbcf/article/view/43992/47613>. Acesso em: 25 jul 2017 33 AULA PRÁTICA 6 – Reação de Fiehe 1 INTRODUÇÃO O mel de abelhas é basicamente formado por açúcares, água, e outros componentes, nomeadamente proteínas, ácidos orgânicos, sais minerais e vitaminas. Sendo o único produto doce que contém proteínas e diversos sais minerais e vitaminas essenciais à nossa saúde. É um alimento que possui muitas propriedades medicinais, como a ação anti-bactericida bastante reconhecida. Sendo valorizado como alimento e produto natural, para isso é fundamental determinar a sua qualidade. A sua qualidade será utilizada pelos produtores para promover e valorizar o produto. As enzimas presentes em alguns méis podem alterar as características físico-químicas e nutricionais durante o armazenamento. O HMF (Hidroximetilfufural) ocorre naturalmente no mel não sendo tóxico. Quando detectado em grande quantidade, é um forte indicador de adulteração com açúcar comercial ou aquecimento indevido. O teor de HMF pode aumentar com o envelhecimento e as alterações de pH, durante o armazenamento, o que indica a deterioração da qualidade do produto. Todas estas alterações influenciam o valor nutricional do produto. O principal método de se falsificar o mel é pela adição de açúcar comercial, glucose e dextrinas. Além disso, no comercio pode ocorrer à presença de mel artificial, que é feito de açúcar com adição de substâncias e/ou de mel natural. A análise de mel tem como objetivo descobrir alguma adulteração no referido produto. A Reação de Fiehe verifica a presença de açúcar comercial ou o aquecimento acima de 40% do produto, o que pode eliminar algumas de suas propriedades nutritivas. A cor avermelhada, irá aparecer indicando a presença de HMF (reação de HMF com a resorcina), em quantidade maior que 200 mg/kg. O vermelho cereja indica mel de péssima qualidade e a intensidade do vermelho tem relação com a quantidade de HMF presente no mel. 2 OBJETIVOS 2.1 GERAL Realizar a reação de fiehe no mel orgânico. 3 MATÉRIAIS E MÉTODO Foram utilizados os seguintes materiais: 34 Álcool etílico; Pipeta; Pêra; Erlenmeyer; Tubo de ensaio; Resorcina; Mel puro e orgânico. O processo se iniciou com a pesagem de 5 g de mel. Em seguida foi adicionado 5 ml de álcool etílico na amostra, no qual foi homogeneizada no erlenmeyer (Figura 1). Não ocorreu completa diluição, e por causa disso foi retirado a parte que foi diluída para o tubo de ensaio onde foi adicionado 1 ml de resorcina. Após a adição desse reagente foi esperado cerca de 5 minutos para verificar se havia a presença de hidroximetilfurfural (HMF) por meio do aparecimento da coloração rósea. Figura 1 – Mel homogeneizado com o álcool etílico 35 4 RESULTADO E DISCUSSÃO De acordo com a figura abaixo (Figura 2), a coloração não foi roseada, indicando que o mel é de qualidade. O aparecimento da coloração rosa-avermelhada, após a adição de resorcina, indica a presença de hidroximetilfurfural, um produto resultante da transformação de monossacarídeos, a glicose e a frutose. No mel, a presença exacerbada de HMF é um indicador de superaquecimento, de processamento inadequado, armazenamento prolongado e adulterações resultantes da adição de xarope de açúcar invertido. Vale destacar que quanto mais rosa a solução estiver, mais HMF terá o mel. Figura 2 – Solução de mel, álcool etílico e Resorcina. 5 CONCLUSÃO O mel é o único doce que possui proteínas, minerais e vitaminas em grande quantidade, possuindo assim vários benefícios para a saúde. É importante saber que a falsificação do mel se dá pela adição de açúcar comercial, glucose e dextrina. A reação de fiehe serve para verificar a presença dessas adições. Alterando assim sua cor, na reação se o mel ficar com a cor vermelha vai indicar a presença de Hidroximetilfufural com resorcina e vermelho-cereja indica o mel de péssima qualidade. Portanto o mel orgânico estudado apresentou resultados que o caracteriza como de boa qualidade. 36 6 REFEÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DIDIER, D. FOOD SAFETY BRAZIL – SEGURANÇA DE ALIMENTOS. HMF, UM INDICADOR DA QUALIDADE E SEGURANÇA DO MEL. Disponível em: <http://foodsafetybrazil.org/hmf-hidroximetilfufural-um-indicador-da-qualidade-e-seguranca- do-mel/>. Acesso em: 25 jul 2017 SOCIEDADE BRASILEIRA DE FARMACGNOSIA – ANÁLISE DO MEL. Disponível em: <http://www.sbfgnosia.org.br/Ensino/analise_mel.html>. Acesso em: 25 jul 2017 ISOPLEXIS. SERVIÇOS: ANÁLISES DA QUALIDADE DO MEL DE ABELHA. Disponível em: <http://www3.uma.pt/isoplexis/servicos_seg_alim_mel.html>. Acesso em: 25 jul 2017 37 AULA PRÁTICA 7 – Determinação de Acidez em Amostras Lipídicas 1 INTRODUÇÃO A determinação do índice de acidez é de fundamental importância, pois fornece dados imprescindíveis no que nos diz a respeito da conservação de um alimento. Quando os ácidos graxos de uma gordura estão livres, eles sofreram hidrólise, oxidação ou fermentação, aumentando a concentração de íons de hidrogênio. Em consequência disso, o alimento pode está em processo de deterioração, com a acidez elevada, justamente por causa da grande quantidade de íons hidrogênio liberados para o meio. Realizar o cálculo de índice de acidez é importante na avaliação do estado de deterioração de alimentos que contenham lipídios em sua composição, pois avaliará o estado de rancidez hidrolítica no qual o óleo/gordura se encontra. O índice de acidez corresponde à quantidade em mg de hidróxido de sódio (NaOH) necessária para neutralizar os ácidos graxos livres presentes em 1g de gordura. Quanto maior for o índice de acidez, maior volume de base será consumido. 2 OBJETIVOS 2.1 GERAL Verificar a acidez e grau de rancificação em amostra lipídica. 3 MATERIAIS E MÉTODO Os materiais utilizados foram: Margarina “primor”; Éter; Álcool etílico; Bureta; Erlenmeyer; Fenolftaleína; Hidróxido de sódio (NaOH). O procedimento teve início com a pesagem de 2 gramas da margarina. Posteriormente foi elaborada uma solução com 170 ml de éter e álcool etílico na proporção de 2:1 para dissolver a amostra. Logo depois, foram adicionadas 25 ml dessa preparação na amostra, entretanto a 38 margarina não diluiu completamente. Terminada a diluição, 2 gotas de fenolftaleína foram acrescentadas e em seguida a amostra foi titulada numa bureta com 6ml de Hidróxido de sódio (NaOH) a 0,01 M onde foi possível no final observar a coloração rósea (Figura 1). Figura 1 – Amostra de margarina 4 RESULTADO E DISCUSSÃO Utilizou-se a seguinte fórmula para a obtenção do valor de porcentagem: Solução alcalina normal (SAN) % = V x F x N x 100 / m Solução alcalina normal (SAN) % = 6 x 0,1 x 0,1 x 100 / 2 Solução alcalina normal (SAN) % = 3 A determinação da acidez pode fornecer um dado importante na avaliação do estado de conservação do óleo/margarina. Um processo de decomposição, seja por hidrolise, oxidação ou fermentação, altera quase sempre a concentração dos íons hidrogênio. O método é aplicável a óleos brutos e refinados, vegetais e animais, e gorduras animais. Os métodos que avaliam a acidez titulável resumem-se em titular, com soluções de alcalino-padrão, a acidez do produto ou soluções aquosas/alcoólicas do produto, assim como os ácidos graxos obtidos dos lipídios. Não foi encontrado na legislação brasileira o valor de referencia para acidez em 39 margarinas. 5 CONCLUSÃO De acordo com a pesquisa bibliográfica feita, não foi possível encontrar na legislação brasileira o valor referente ao máximo do índice de acidez da margarina, sendo obtido o valor de três por cento pelo cálculo de solução alcalina normal, podendo concluir que o índice elevado vai influenciar na conservação da margarina. 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS UNESP – CAMPUS ARARAQUARA. Disponível em: <http://www.fcfar.unesp.br>. Acesso em: 26 jul de 2017. 40 AULA PRÁTICA 8 – Determinação de Umidade 1 INTRODUÇÃO A determinação de umidade é uma das principais medidas na análise de alimentos, esse parâmetro está relacionado com a estabilidade, qualidade e composição de produtos alimentícios. A presença de umidade/água em alimentos vai influenciar diretamente na estocagem do produto, na sua embalagem e no seu processamento. A determinação de umidade, que parece um método simples, torna-se complicado em função da exatidão e precisão dos resultados. Na prática, tem-se preferido um método que determine um maior valor da umidade, proveniente da decomposição de componentes orgânicos e volatilização de compostos voláteis, do que aqueles em que a água é negligenciada ou removida incompletamente. A umidade estabelecida pelo procedimento de secagem (perda por dessecação) corresponde à perda em peso sofrida pelo produto quando aquecido em condições nas quais a água é removida. Outras substâncias que se volatilizam nessas condições também são removidas juntamente com a água. O resíduo obtido no aquecimento direto é chamado de resíduo seco (matéria seca). O aquecimento direto à estufa a 105 ºC é o processo mais usual para determinação de umidade ou resíduo seco. A determinação da umidade dos alimentos através da secagem em estufa é um método prático, muito fácil de implantar na rotina de laboratório e que necessita de pouca experiência do analista, além de requerer equipamentos e materiais de baixo custo. Além da secagem em estufa, o conteúdo de água dos alimentos também pode ser medido utilizando outras metodologias, como Karl Fischer ou destilação com solventes em elevado ponto de ebulição. 2 OBJETIVOS 2.1 GERAL Realizar a análise da umidade na farinha de trigo. 3 MATERIAIS E MÉTODO Foram utilizados os seguintes materiais: Farinha de trigo; Capsula; 41 Estufa de secagem; Dessecador; Balança digital. A partir de orientações da docente Ingrid Rafaella, iniciou-se a experimentação. Foram adicionados 21,6g de farinha de trigo na capsula que posteriormente foi levada até a estufa a 26ºC por 3 dias. Após isso, a capsula foi colocada no dessecador para esfriar. Para a obtenção do peso da amostra, utilizou-se a balança digital. O peso aferido da capsula foi de 16,8 g. 4 RESULTADO E DISCUSSÃO O resultado de determinação de umidade foi obtido a partir do método padrão de secagem em estufa a 260° C durante o período de 3 dias. Foi utilizada a fórmula de umidade U(%) = mi – mf / mi x 100, onde: U = umidade (%); Mi = massa inicial da amostra (g) 5,01; Mf = massa final da amostra (g) 4,8; Os limites de umidade são importantes para conservação do trigo e da farinha de trigo e para a respectiva comercialização (EMBRAPA, 2009). Segundo a legislação brasileira, a farinha de trigo deve apresentar no máximo 15% de umidade. A amostra utilizada na aula prática apresentou como resultado 4,19% de umidade mostrando-se nos níveis preconizados pela legislação. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) denomina como farinha de trigo um produto obtido a partir da moagem, exclusivamente do grão do trigo. A verificação da umidade nesse produto é de grande importância para conhecer o percentual de água livre e assim indicar seu uso em processamentos e fabricação de pães, massas e biscoitos. 5 CONCLUSÃO A determinação de umidade de um alimento está relacionada diretamente com a sua estabilidade e qualidade, a presença da umidade interfere também no seu processamento. Avaliar a umidade da farinha de trigo foi bastante importante para agregar conhecimento, pois o limite de umidade serve para conservar a farinha de trigo para a sua comercialização. 42 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. BOLZAN, R. Universidade Federal de Santa Maria, Colégio Agrícola de Frederico Westphalen, 2013. Disponível em: <http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos/cafw/tecnico_agroindustria/bromatologia.pdf> Acesso em: 25 jul 2017 ANVISA. FARINHA DE TRIGO. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/anvisalegis/resol/12_78_farinha_trigo.htm>. Acesso em: 25 jul. 2017. UFRGS. Avaliação da Qualidade Tecnológica/Industrial da Farinha de Trigo. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/anvisalegis/resol/12_78_farinha_trigo.htm>. Acesso em: 25 jul. 2017. EMPRAPA. Descrição dos métodos usados para avaliar a qualidade de trigo. Disponível em: <http://www.cnpt.embrapa.br/biblio/do/p_do112_5.htm>. Acesso em: 25 jul. 2017. 43 AULA PRÁTICA 9 – Determinação de Açúcar Redutor (Resumo) SANTOS, G. L; GEMMER, R. E.; OLIVEIRA, E. C. ANÁLISE DE AÇÚCARES TOTAIS, REDUTORES E NÃOREDUTORES EM REFRIGERANTES PELO MÉTODO TITULOMÉTRICO DE EYNON-LANE. Revista Destaques Acadêmicos, Lajeado, v. 8, n. 4, p. 186-197, 2016. O uso de refrigerantes é muito comum, e um dos grandes responsáveis pela conferência de sabor a bebida são os açucares adicionados no momento da fabricação. O açúcar comumente utilizado em refrigerantes é a sacarose, mas pode-se utilizar outros tipos de açucares na composição. “Os monossacarídeos são conhecidos também como açúcares redutores (AR), pois em sua estrutura química possuem um grupo de aldeído ou cetona que ficam livres em solução aquosa e são capazes de reduzir o bromo (Br2).” (SANTOS; GEMMER; OLIVEIRA, 2016, p. 188). Para a realização da análise, os autores utilizaram seis amostras de refrigerantes,sendo eles do tipo cola, tipo guaraná e tipo zero. Para a determinação da quantidade de açúcares redutores, não redutores e totais utilizou-se o método titulométrico de oxirredução de Eynon- Lane para a identificação dos monossacarídeos e a hidrólise para os demais açucares. A quantidade encontrada de açúcares foi diferente, pois pode haver uma diferenciação no emprego dos açúcares durante a fabricação de cada refrigerante. Observou-se também que a quantidade de açucares no refrigerante tipo guaraná é aproximadamente 18% inferior ao encontrado no refrigerante tipo cola. Quanto aos refrigerantes zero, não houve quantificação de açúcares, pois a quantidade de açúcares utilizados nessas formulações é muito pequena ou mesmo não existe, estando assim, de acordo com a legislação. Os valores de açúcares totais obtidos e os valores informados pelos fabricantes das amostras foram muito próximos. O método utilizado para a análise é passível de erros, pois leva em conta a bureta utilizada e a experiência do analista em questão. Mas, a variação do método é menor que 2%, sendo assim confiável e seguro. Assim, pode-se verificar que as diferentes marcas de refrigerantes utilizam distintos açúcares na fabricação, sendo eles redutores ou não. Além disso, as marcas analisadas registraram em seus rótulos valores muito próximos dos encontrados na análise.
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