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Tipicidade: Adequação de conduta a lei. Objeto jurídico: Bem, interesse, a ser protegido pelo D.P Objeto material: é a pessoa ou a coisa sobre a qual recai a conduta do agente. DA CONDUTA Elementos da conduta típica: Comportamento humano, voluntário e consciente, doloso ou culposo e exteriorizado por meio de ação ou omissão. Ato de vontade: Eu quero! O contrário seria a coerção física irresistível. Ato consciente: Mínimo de consciência. A pessoa que se droga pq quer sabia dos riscos quando o Fez, tinha consciência inicial. Sem consciência, sem conduta típica. Deve ter culpa ou dolo. Ato exteriorizado: é o ato em sim, fazer ou deixar de fazer algo. Ação: Matar; Constranger; extorquir. Omissão: Não fazer – Abandono de incapaz; omissão de socorro. P.S: Se meus atos forem involuntários, eu for coagido, ou fizer em total inconsciência, não há conduta típica. Esses elementos formam a conduta, sem conduta não há tipicidade; Formas de conduta: Ação: Forma de conduta em que o agente faz alguma coisa. Comissão. Omissão: Forma de conduta em que o agente deixa de fazer algo que deveria fazer. - Crime omissivo próprio: Simples ato de não fazer, responde por não ter feito. -Crime omissivo impróprio: Aquela condutaque tem um verbo de não fazer, mas, o autor responde pelo resultado como se tivesse feito. Ex: Se eu abandonar uma criança, que eu tinha o dever de cuidar, e por algum motivo ocasionado pelo mau cuidado da minha parte, ela morrer, eu responde como se a tivesse matado. Se o dever era de agir, você não age, responde como se tivesse agido. Hipóteses legais: 1 -Tenha por lei obrigação de cuidar (Mãe, pai ou responsáveis...etc.) 2 – De outra forma assumir responsabilidade de impedir o resultado. (Mesmo que decorrente de contrato verbal) 3 – Com seu comportamento anterior, cria o risco da ocorrência do resultado. Ex: A pessoa que “ajudaria” o cego a atravessar a rua, e no meio do caminho solta sua mãe. H. doloso. P.S: Esse poder de agira tem que estar ligado com o poder de agir, porque se a pessoa não puder fazer nada, ela não responde. DO DOLO E DA CULPA 1- Do crime doloso: Aquele em que existe uma conduta voluntária e consciente do agente, que quer o resultado ou então, assume o risco de produzir esse resultado. Dolo direto – Quando o agente quer o resultado, mesmo que não haja o resultado, A mata B. Dolo eventual – O agente prevê o resultado, mas não quer. Ex: Se eu acelerar posso matar alguém, ah, dane-se. O resultado até passa pela cabeça dele, por isso é um tipo de dolo, e ele mesmo não querendo, assume um risco consciente. 2 – Do crime culposo: Quando o agente, deixando de observa o cuidado necessário, realiza conduta que produz resultado não previsto nem querido, mas previsível, e que podia com a devida atenção, ter evitado. Elementos: A) Conduta inicial voluntária: é necessário que meu ato inicial tenha sido voluntário. B) Violação de dever de cuidado: Agir com imprudência (fazer descuidando), negligência (não fazer descuidando) e imperícia (forma especifica de imprudência). C) Resultado involuntário, mas previsível: Ele não queria a morte, não previu, mas deveria prever. D) Tipicidade estrita: Deve ser fato típico. DO CRIME CONSUMADO E DO CRIME TENTADO 1 – Do crime consumado: Aquele que tem todos os elementos necessários para o resultado do crime. Começo, meio e fim. No caminho do crime “iter criminis” temos 3 pontos: Cogitação: Agente pensa o crime. (Ngm é preso por cogitar) Atos preparatórios: Se preparar para o crime. Ex: comprar uma arma, não se pune, caso seja formação de quadrilha, pune, pois, é previsto. Atos executórios: Começar a executar um crime. Ex. apontar a arma. Nesse caso, do crime consumado, eu preciso ter todos os 3 pontos, começo, meio e fim. 2 – Do crime tentado: Crime em que o agente inicia ao menos a execução do crime, mas não consegue consuma-lo por razões externas a sua vontade. - Quero seguir, mas não consigo. Forças alheias a vontade do agente. - É uma causa obrigatório de redução de pena. - O crime deve ser tentado mesmo, se a vítima morre, (por ter ficado internada) antes da sentença, vira consumado. Elementos da tentativa: Inicio de execução do crime: Não dá para ser na cogitação. Não consumação por razões alheias a vontade do agente: Uma dor de barriga não é tentativa. Pois foi dele mesmo e não uma coisa externa. Punibilidade na tentativa: A pena diminui na tentativa, mas, quanto mais perto da consumação, maior a pena. Inadmissibilidade da tentativa: VERIFICAR DA DESISTENCIA VOLUNTARIA E DO ARREPENDIMENTO EFICAZ 1 – Desistência voluntária: Ocorre quando o agente inicia ao menos a execução do crime, mas voluntariamente a interrompe, respondendo somente pelos atos praticados até então. 2 – Arrependimento eficaz: Quando o agente impede que o resultado aconteça. Vem depois da desistência, mas, só cabe em crime material, em que para ser crime o resultado deve ser feito. Ex: Vou jogar alguém na frente de um trem, não adianta eu empurrar, a pessoa cai no trilho o trem está vindo e só aí eu paro, essa desistência vai fazer com que o resultado aconteça, o meu arrependimento deve ser eficaz, e impedir o resultado. Eu devo puxar a pessoa antes do trem passar, e evitar que ela morra. Caso eu tire a pessoa do trem, eu não respondo nem por tentativa. DO ARREPENDIMENTO POSTERIOR É causa obrigatória de redução de pena nos casos em que o agente cometer um crime, sem violência ou grave ameaça à pessoa e até o recebimento da denúncia ou queixa crime pelo juiz reparar o dano. Para isso deve ter: 1 – Reparação total do dano ou restituição integral da coisa de forma voluntária e pessoal. Quanto mais rápido devolver, maior a redução. 2 – Cabimento nos crimes sem violência ou grave ameaça contra a pessoa: Homicídio, estupro, roubo, não dá para devolver vida, honra, dano causado. 3 – Reparação do dano ou restituição da coisa até o recebimento da denúncia ou da queixa crime: Quando a denúncia for recebida pelo juiz. No caso de crime público. Quando a denúncia for por queixa na delegacia e tudo mais. Aí já não cabe mais arrependimento se iniciar processo. Juiz recebe, não tem arrependimento. DO CRIME IMPOSSIVEL Crime em que o agente não consegue consumar o crime porque o meio por ele usado é totalmente ineficaz ou então o objeto material por ele atingido é totalmente impróprio. - Nesses casos o Individuo não responde por crime algum. -Espécies: 1: Absoluta ineficácia do meio: Quando o instrumento utilizado é ineficaz. Ex arma de brinquedo para cometer homicídio, já para roubo pode funcionar. 2: Por absoluta impropriedade do objeto: Matar alguém que já está morto, no caso, o crime de homicídio será impossível. - Causa excludente de tipicidade. - Semelhança: como a tentativa, o dolo, a idéia é consumar, mas, não dá. - Diferença: Na tentativa a consumação é possível, na tentativa não. DO CRIME PRETERDOLOSO Situação que começa com um dolo, mas termina com algo imprevisto pelo agente. Dolo antecedente: A quer bater em B tem dolo de bater em B, mas, B cai, bate a cabeça e morre, não ha dolo no resultado, há dolo de lesionar. Culpa conseqüente: Ele tem dolo na lesão, mas, tem culpa na morte, não previu o resultado, mas deveria prever. p.s: Não vai a júri pois não há dolo contra a vida. Antijuridicidade: Elemento fundamental do crime. - Antijuridicidade formal: É a contrariedade existente entre a conduta do agente e o previsto em lei (insuficiente, pois é como definição de tipicidade) - Antijuridicidade material: é a lesão ou perigo de lesão que a conduta do agente causar a bem jurídico alheio. (Usamos essa) CAUSAS SUPRALEGAIS DE EXCLUSÃO DA ANTIJURIDICIDADE P.S: Essas causas não estão na lei. 1 - Principio da adequação social: Pq usar se não estão na lei? Pq ajuda o réu. Inicialmenteé um fato típico, mas é aceito pela sociedade, exemplo é furar orelha de crianças, lesão corporal, mas todo mundo aceita e faz, exclui a Antijuridicidade. 2 – Principio da insignificância: Lesão pequena que não compensa julgar, pois não tem lesividade significativa, mas, é típico. 3 – Consentimento do ofendido: Se a vitima consentir, exemplo, A furta B, no meio do caminho, B vê, e diz: Leva, já está velho mesmo. Para isso: Bens jurídicos disponíveis (Não vale para vida, honra) Vitima maior de 18 anos. Consentimento antes da consumação. CAUSAS EXCLUDENTES DE ILICITUDE (LEGAIS) Estado de necessidade: se configura quando a prática de um ato, que é crime, é voltado à defesa de direito do autor ou de um terceiro, motivado por situação de um fato que ele não provocou e que também era inevitável. Mesmo sendo um delito, a ofensa a outro bem jurídico serve para salvar direito próprio ou de terceiro, cujo sacrifício não era razoável, diante das circunstâncias. Ex: Caso dos exploradores de caverna. Ex: Roubar pq se não comer poderá morrer, é uma balança, vida e alguns reais do padeiro. Legitima defesa: Em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito: 1 – Exercício regular de direito: Ocorre quando alguém exerce um direito a ele concedido. Excludente que ocorre nos casos em que alguém executa fato que apesar de típico consiste num direito regularmente exercido, e por isso exclui-se a sua antijuridicidade. Hipóteses legais: Intervenção médica necessária: Não comete ato antijurídico, excesso em caso de imperícia. Lesões em jogos esportivos: Salvo excesso, é aceito. Ofendículos: Meios ofensivos, predispostos à defesa da propriedade. Atenção ao excesso, sinalização, e grau de lesão.
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