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CONTRA RAZÕES

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DO TRABALHO DA 2ª VARA DE ARAGUAÍNA ESTADO DO TOCANTINS.
 
 
 
Processo número: 0000747-47.2014.5.10.0812
Contra Razões de Recurso Ordinário
 
 
WILLIAM DA SILVA SANTOS, já nos autos da RECLAMAÇÃO TRABALHISTA PELO RITO ORDINÁRIO, que move contra a EMPRESA SERVI – SEGURANÇA E VIGILÂNCIA DE INSTALAÇÃO LTDA, processo em epígrafe, atendendo ao Vossa intimação conforme (id.3ff1154), vem apresentar suas CONTRARRAZÕES ao Recurso Ordinário aviado pela Reclamada, conforme (id.1b4c888e e id. 6019b89), requerendo que a presente sejam recebidas, autuadas, e atendidas as formalidades de estilo, remetidas ao exame do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho.
 
				Nestes termos
				Requer deferimento.
				Palmas/TO, 23 de Março de 2015.
 
	ROBSON ARAGÃO
	 OAB/TO 5757
CONTRA-RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO
 
Recorrente: SERVI – Segurança e Vigilância de Instalações Ltda	
Recorrido:	William da Silva Santos
Processo: 	0000747-47.2014.0812
Origem: 	2ª Vara do Trabalho de Araguaína/TO
 
EMÉRITOS JULGADORES,
 
	A veneranda decisão recorrida não merece qualquer reforma porque, data vênia, é justa e foi prolatada em sintonia com as normas vigentes que regem a matéria e a pacífica jurisprudência dos tribunais.
 
	Para tanto, respeitosamente, o Recorrido vem expor suas contrarrazões, articuladamente, como a seguir:
DO RECURSO AVIADO
 
	Inconformada, pretende a Recorrente ver reformada a veneranda sentença de primeira instância sob os argumentos de que no caso em tela, houve crime de falso testemunho por parte da testemunha do Reclamante João Pereira da Costa, no qual o mesmo se encontrava descompromissado com a verdade, pois a testemunha possuí ação trabalhista também patrocinado pelo sindicato assistente, devendo o mesmo ser processado por falso testemunho, , requerendo a reforma do julgado.
	Alega ainda a Recorrente, ao contrário do que afirmou o Juiz singelo, que erroneamente inverteu o ônus da prova, ouvindo primeiro a testemunha da reclamada, o reclamante não se desincumbiu do seu ônus da prova, já que confessada a anotação dos cartões de ponto, sem impugnação, nos termos do artigo 372 do CPC.
	Alega ainda a Recorrente que a testemunha Sr. João Pereira da Costa, tem interesse na causa, uma vez que patrocinado pelo mesmo advogado, propôs ação com idênticos pedidos, sendo que durante o seu depoimento “advogou em causa própria” já que não sabia nada sobre a rotina do Recorrido, fato esse explicitado nos autos.
	Alega ainda a Recorrente que não houve confissão quando na defesa, pois o Recorrido sempre usufruiu do intervalo, uma vez que a anotação do intervalo não foi impugnada pelo obreiro, nos moldes do artigo 372 do CPC, sendo que fazem prova absoluta do intervalo anotado de próprio punho pelo obreiro.
	Pugna mais uma vez pela aplicação do artigo 372 do CPC, quanto aos documentos juntados com a defesa, principalmente as folhas de ponto que refletem a verdadeira jornada de trabalho do obreiro, não sendo impugnadas pelo Recorrido.
	
	Requerendo assim a recorrente a exclusão da condenação de intervalo, ante o Recorrido não ter se desincumbido do seu ônus da prova, nos termos dos artigos 818 da CLT c/c 333, I do CPC.
	Também inconformado a Recorrente alega em seu apelo que Data Máxima Vênia o entendimento do i. Magistrado de primeira instância, o mesmo alterou o ônus da prova quando em fundamentação diz que a empresa não conseguiu comprovar o pagamento da hora de prorrogação, ante a jornada, requerendo assim a reforma da sentença, pois caso contrário a condenação causará enriquecimento ilícito e bis in idem”.
	A Recorrente pugna pela exclusão dos reflexos em aviso prévio, tendo em vista que foram inequivocamente trabalhados, pois não concorda com o decidido pelo MM. Juiz a quo, requerendo a reforma do julgado e que os honorários são indevidos, ante a parametrização do sindicato em tentar enganar e atentar contra o Judiciário, não podendo ser premiado por isso, pelo que pugna pela redução dos honorários. 
	Por fim a Recorrente requer o conhecimento e o PROVIMENTO do Recurso Ordinário interposto, excluindo a condenação imposta à Recorrente em primeira instância, reformando a sentença prolatada nos autos, imputando ainda ao Recorrido o pagamento das custas em reversão, tudo por ser medida da mais lídima JUSTIÇA!
DO MÉRITO RECURSAL
	Inconformada, pretende a Recorrente ver reformada a r. sentença de primeira grau sob os argumentos de que no caso concreto o Recorrido não teria impugnado os cartões de ponto britânico, e, que houve suposta troca de favores entre as testemunhas, além do Magistrado não ter observado a correto limite da prova emprestada, isso, e mais, que a sentença proferida está divorciada da legislação pátria, e da Súmula desse Tribunal, julgados e provas constantes nos autos. Fatos que não convencem, porquanto, a r. sentença firma no reconhecimento do dever de pagar a verba intervalar, na magistral decisão dada pelo MM. Juíz “a quo”, porquanto, diversas são as ações ajuizadas pelos vigilantes, devidamente assistidos pelo SINTVISTO.
0000432-19.2014.5.10.0812 / 000588-10.2014.5.10.0811 / 0000457/ 32.2014.5.10.0812 / 0000574-26.2014.5.10.0811 / 0000728-41.2014.5.10.0812 / 0000747-47.2014.5.10.0812 / 0000874-82.2014.5.10.0812 / 0001857-14.2014.5.10.0802 / 0001856-29.2014.5.10.0802 / 0001851-07.2014.5.10.0802 / 0001849-37.2014.5.10.0802
	Nesse ponto, chamamos atenção para a Réplica do Recorrente, (Id. 536652c) a qual verticalmente impugna os cartões de pontos (ids. 96bfca5, 3d28cbe e 4c33eb1). Adiante não merece confiança o argumento de que houve suposta troca de favores entre as testemunhas, haja vista não ter manifestado oposição no momento certo, qual seja o protesto retido nos autos, no momento da colheita da prova testemunhal, restando assim, PRECLUSA a alegação de troca de favores entre testemunhas, o que de fato não aconteceu, pois a CONTRADITA foi rejeitada uma vez que o Recorrido não foi testemunha no processo do depoente e o processo em que é autor a testemunha encontra-se em fase de recurso, não havendo possibilidade de interferência.
	Por fim, a interpretação da OJ 233 da SDI-1 do Col. TST está dentro do limite de convencimento do julgador, que supera o período da prova oral e documental. A Recorrente nunca pagou a hora de intrajornada, nem concedeu tal intervalo, o que por conhecimento desse causídico, advogado do Sindicato (SINTVISTO), pode afirma categoricamente, ser a única empresa (Recorrente - SERVI) no Estado do Tocantins a cometer tal ingerência furtiva, não pagando, nem ofertando oportunidade de gozo da hora intervalar dos vigilantes. 
DA PROVA EMPRESTADA E SUA VALIDADE (TESTEMUNHA)
	A Recorrida questiona de início a prova testemunhal, que foi acolhida pelo Juízo a quo, que em consonância com a confissão do próprio preposto da Recorrente, formou o convencimento lançado na r. sentença, a qual não merece reparo.
	Bem, deve-se esclarecer que a testemunha afirma a mesma versão do preposto da Recorrente, a de que nos posto de serviço do interior do Estado do Tocantins, não é concedido o intervalo de intrajornada por falta de fiscal para render o vigilante, mormente os que trabalham à noite e sozinhos, que é o caso do Recorrido.
	A prova emprestada mostrou-se sólida para o Magistrado. Nessa veia, a eficácia objetivada pelo processo tem como aliada a ampla gama de meios de prova contemplada no artigo 332 do CPC, dando margem ao aproveitamento não apenas da prova produzida na relação processual sobre a qual se debruça o Julgador, como também daquela produzida regular e licitamente em outro processo. Esta última modalidade probatória foi denominada pela doutrina prova emprestada.
	A principal matéria tratada nos presentes autos diz respeito à concessão ou não do intervalo intrajornada, no caso em tela a Recorrente NÃO comprovou que o gozo do intervalo dava-se pelo revezamento ou pela substituição do autor por seu colega de trabalho. 
	Podemos verificar que em depoimentoprestado em processo anterior (prova emprestada) Processo nº; 0001570-85.2013.5.10.0802 o preposto da Recorrente reconhece que os Vigilantes de Araguaína e outras cidades não têm como gozar o intervalo intrajornada. No depoimento prestado em juízo aponta que o autor trabalhava só em seu plantão. A única testemunha (JOÃO PREIRA DA COSTA) ouvida informa que nunca gozaram do intervalo de uma hora, pois só realizam suas refeições e voltavam para o trabalho. Não havia possibilidade de substituição pelo fiscal ou pelo supervisor uma vez que esses iam apenas eventualmente ao local onde trabalhavam (fl. 650). 
	Assim, diante da prova testemunhal, não como a Recorrente NEGAR que não era concedido o direito ao gozo do intervalo intrajornada ao Recorrido e não resta outra alternativa em manter o acolhimento do pedido para condenar a Recorrente a pagar, como horas extras, uma hora referente ao intervalo, durante toda a contratação, observando-se os dias efetivamente trabalhados, deduzindo-se eventuais valores comprovadamente pagos e demonstrado nos autos. O adicional será de 50% e o divisor de 220, sendo que deverão as horas extras integrar o salário para fins de cálculos do adicional noturno, periculosidade, repouso semanal remunerado, férias mais terço, 13º salário, aviso prévio, FGTS mais 40% e demais verbas rescisórias, mantendo assim todos seus reflexos, quais sejam: o pagamento de adicional noturno referente à uma hora por plantão, com integração no salário e repercussão em repouso semanal remunerado, férias mais terço, 13º salário, aviso prévio, FGTS mais 40% e demais verbas rescisórias.não que se falar em enriquecimento ilícito ou bis in idem, conforme espera a Recorrente.
	Assim sendo, a r. sentença deve continuar intocável, e o Recurso Ordinário julgado IMPROVIDO, pelos motivos acima alinhavados.
	
DA CONCLUSÃO 
	Assim, dado as particularidades constantes nesta matéria, e a pacifica jurisprudência proferida pelo Tribunal Superior do Trabalho e o Tribunal Regional do Trabalho, resta incontroverso, data máxima vênia, que o Recurso Ordinário interposto pela RECLAMADA, carece de respaldo jurisprudencial, pelo que pede e espera o RECORRIDO, que nos termos do artigo 557 do CPC, seja negado seu seguimento, e confirmada a Veneranda Sentença a quo, condenando a RECORRENTE ao pagamento da obrigação de fazer e as de direitos declinadas na r. sentença.
 	
	Todavia, se em uma remota hipótese, entender de forma diversa este Excelentíssimo Juiz Relator, vêm o Recorrido declarar que se abstêm de acrescer outros argumentos jurídicos em oposição ao recurso interposto, adotando como suas CONTRARRAZÕES, os fundamentos insertos na r. sentença a quo, que de forma ampla e objetiva definiu o direito das partes e ainda se apresenta válida e oportuna para contrapor as razões de recurso então formuladas.
DO REQUERIMENTO
	Destarte, data vênia, pede e espera o Recorrido que se digne este Egrégio Tribunal de IMPROVER o Recurso Ordinário interposto pela RECORRENTE para manter a decisão recorrida nos exatos termos em que foi proferida, não havendo em que se falar em crime de falso testemunho por parte da testemunha do Reclamante João Pereira da Costa, nos termos da Súmula 357 do TST. 
				Nestes termos
				Pede deferimento.
				Palmas/TO, 23 de Março de 2015.
 	ROBSON ARAGÃO
 	 OAB/TO 5757

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