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Remuneração e Jornada de Trabalho

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Prévia do material em texto

Direito Tributário 
e Trabalhista
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Tercius Zychan de Moraes
Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
Remuneração e Jornada de Trabalho
• Remuneração ou Salário
• Salário Mínimo
• Piso Salarial ou Salário Profissional
• Salário Contratual
• Composição da Remuneração
• Férias
• Duração do Trabalho
 · Entender quais são as regras implantadas pelas normas jurídicas 
que regulam a contraprestação do trabalho, ou seja, abordaremos a 
Remuneração.
 · Também iremos conhecer a forma do cumprimento da Jornada de 
Trabalho, com todas as suas repercussões na relação de emprego.
 · Esses conhecimentos são basilares para uma compreensão detalhada 
da relação de trabalho e emprego.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Remuneração e Jornada de Trabalho
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Remuneração e Jornada de Trabalho
Remuneração ou Salário
Uma lógica e também uma expectativa de quem exerce qualquer atividade 
relativa a um trabalho é a consequente remuneração, ou seja, uma contraprestação 
(paga por mês, quinzena etc.).
Assim, o trabalhador receberá uma renda em contrapartida por sua presta-
ção laborativa.
Figura 1
Fonte: iStock/Getty Images
Vamos tomar conhecimento de alguns conceitos sobre salário, iniciando com o 
de Mauricio Godinho Delgado:1
Salário é o conjunto de parcelas contraprestativas pagas pelo empregador ao 
empregado em decorrência da relação de emprego.
Para o jurista Amauri Mascaro Nascimento,2 salário é:
[...] conjunto de percepções econômicas devidas pelo empregador ao 
empregado não só como contraprestação do trabalho, mas, também, 
pelos períodos em que estiver à disposição daquele aguardando ordens, 
pelos descansos remunerados, pelas interrupções do contrato de trabalho 
ou por força de lei [...]
No tocante à remuneração, pode-se dizer que esta é gênero do qual o salário é 
espécie, ou seja, tudo que for acrescido ao salário integra à remuneração, tal como, 
vale-transporte, gorjetas e gratificações, entre outros.
1 DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 14.ed. São Paulo: LTR, 2015. p. 206.
2 NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao Direito do Trabalho. 29.ed. São Paulo, LTR, 2003, p. 351.
8
9
Esta afirmativa também está esculpida no Artigo 457 da CLT:
Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para 
todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo 
empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.
A Lei autoriza, ainda, o pagamento do empregado por outra forma, desde que 
se respeite o limite obrigatório de 30% do valor em moeda corrente nacional:
Art. 463 - A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda 
corrente do país.
É importante destacar, ainda, com relação ao pagamento, que a CLT autoriza o 
empregador a efetuá-lo em moeda, por intermédio de depósito em conta bancária 
indicada pelo trabalhador, como menciona o parágrafo único do Artigo 463:
Art. 463 (...)
Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de depósito em 
conta bancária, aberta para esse fim, em nome de cada empregado, com 
o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local 
de trabalho.
Salário Mínimo
O tão falado e tratado “salário mínimo” tem sua origem no século XIX, na 
Oceania, mais precisamente, na Austrália e na Nova Zelândia. Em nosso país, sua 
criação e implantação se deu nos anos trinta, por intermédio da Lei nº 185, de 14 
de janeiro de 1936, na chamada “Era Vargas”.
Atualmente, possui previsão legal no Artigo 76 da CLT:
Art. 76. Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga 
diretamente pelo empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador 
rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de 
satisfazer, em determinada época e região do país, as suas necessidades 
normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.
A Constituição de 1988 também inseriu o salário mínimo no rol dos direitos 
sociais relativos ao trabalho, no inciso IV de seu Artigo 7º:
Art. 7.º São direitos dos trabalhadores (...)
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de 
atender a suas necessidades vitais básicas e às da sua família com moradia, 
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e 
previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder 
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
9
UNIDADE Remuneração e Jornada de Trabalho
Piso Salarial ou Salário Profissional
Nos dizeres de Mauricio Godinho Delgado3, assim podemos definir o que vem 
a ser piso salarial:
[...] é a figura jurídica mediante a qual se assegura ao trabalhador idêntico 
salário ao do colega perante o qual tenha exercido simultaneamente 
função idêntica, na mesma localidade e para o mesmo empregador. 
Delimita ainda que ao colega comparado dá-se o nome de paradigma (ou 
espelho) e ao trabalhador interessado na equalização confere-se o epíteto 
de equiparando.
Nossa Constituição Federal dá efeitos de validade e justificativa ao Piso Salarial 
ao lhe conferir previsão no inciso V do Artigo 7.º:
São direitos dos trabalhadores (...)
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
Figura 2
Fonte: iStock/Getty Images
Salário Contratual
Podendo ser nominado em quantia fixa ou em percentual, corresponderá à 
contraprestação do empregador para com o empregado, como salário base ao 
Contrato de Trabalho.
Esse salário contratual poderá ter como base o salário mínimo ou o piso sa-
larial de determinada categoria de trabalhadores, bem como um valor ajustado 
pelo Contrato de Trabalho, desde que respeite os valores mínimos menciona-
dos anteriormente.
3 Op. cit., 2008.
10
11
Composição da Remuneração
Como visto, comporá a remuneração tudo que for pago além do salário, incluin-
do as gorjetas. No tocante à remuneração, a legislação pátria é bem detalhista, mais 
precisamente em nossa CLT, que, em seu Artigo 457, caput, assim a descreve:
Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para 
todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo 
empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetasque receber.
A citada “Gorjeta”, representa o valor que o empregado venha a receber de 
freguês em virtude de serviços a ele prestados. Inserindo-se no mesmo conceito, será 
o valor que vier a ser cobrado pela Empresa como adicional, na conta do cliente, 
que, a qualquer título, tenha como justificativa sua distribuição aos empregados.
Ou seja, trata-se de um valor monetário pago por um terceiro diretamente ao 
empregado ou à Empresa pelo serviço que foi prestado.
Além da já tratada “gorjeta”, o Artigo 457 da CLT, em seus parágrafos 1º e 2º, 
indica outros valores que podem ser agregados ao conceito de remuneração:
Art. 457 (...)
§ 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações 
legais e as comissões pagas pelo empregador.
§ 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, 
auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para 
viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, 
não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de 
incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
Férias
Para Maurício Godinho4, férias são:
[...] lapso temporal remunerado, de frequência anual, constituído de 
diversos dias sequenciais, em que o empregado pode sustar a prestação 
de serviços e sua disponibilidade perante o empregador, com o objetivo de 
recuperação e implementação de suas energias e de sua inserção familiar, 
comunitária e política [...]
A férias serão adquiridas em razão dos 12 meses de trabalho, devendo ser con-
cedidas (denominado “período concessivo”) nos 12 meses seguintes à sua aquisição.
4 Op. cit., p. 952.
11
UNIDADE Remuneração e Jornada de Trabalho
O número de dias correspondente às férias, segundo o Artigo 130 da CLT é de 
no máximo 30 dias, podendo sofrer alteração, em razão das faltas ao trabalho por 
parte do empregado:
Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato 
de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 
5 (cinco) vezes;
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 
(quatorze) faltas;
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 
(vinte e três) faltas;
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 
32 (trinta e duas) faltas.
O fracionamento do período de férias é permitido, desde que haja concordância 
do empregado. Podendo, então, ser usufruída em até três períodos.
No entanto, um deles não poderá ser de período inferior a quatorze dias corridos 
e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um.
Quanto ao início das férias, de acordo com a Lei nº 13.647/17, ele não poderá 
ocorrer dois dias antes de um feriado ou do dia de repouso semanal remunerado.
O pagamento das férias deverá ocorrer dois dias antes ao seu gozo.
Além de remunerar o período de descanso, nossa Constituição Federal concedeu, 
como direito fundamental ao trabalhador, o acréscimo de 1/3 do salário normal:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros 
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a 
mais do que o salário normal;
12
13
Existe à possibilidade da conversão de 1/3 das férias das férias em pecúnia, 
na conformidade do Artigo 143 da CLT, ou seja, se adquiriu 30 dias de férias, 10 
deles poderão ser convertidos em pecúnia.
Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período 
de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração 
que lhe seria devida nos dias correspondentes;
Duração do Trabalho
Quanto à denominada “Duração do trabalho”, pode-se dizer que se trata 
de um conceito genérico, sendo que a ele podem ser acrescentados elementos 
específicos, como a jornada de trabalho, o horário de trabalho e, também, os 
repousos trabalhistas assegurados em Lei e estipulados no Contrato de Trabalho.
Jornada de Trabalho
Podemos entender por jornada de trabalho o período de tempo em que o 
empregado fica à disposição do empregador para lhe prestar as atividades pactuadas 
no Contrato de Trabalho estabelecido, acrescendo-se a esse o período de descanso 
previsto em Lei.
No tocante à duração normal do trabalho, a CLT determina, em consonância 
com a Constituição Federal, que, nas atividades dos empregados reguladas pelo 
direito privado, a jornada não excederá 8 (oito) horas diárias, desde que não 
seja fixado expressamente outro limite, sendo facultativo, mediante ajuste entre 
empregado e empregador, por intermédio de acordo escrito, convenção coletiva 
ou acordo coletivo de trabalho, ser estabelecida uma jornada de trabalho de 12 
(doze) horas seguidas, mas sendo assegurada 36 (trinta e seis) horas ininterruptas 
de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação.
Mas, seja uma jornada diária de 8 (oito), seja uma de 12 (doze) horas, ela não po-
derá superar o limite de 44 (quarenta e quatro) horas semanais, podendo a chegar 
a 48 (quarenta e oito) horas se forem acrescentadas mais 4 (quatro) horas extras.
Cabe ressaltar que a duração do trabalho diário do empregado poderá ser 
acrescida de horas extras, até o limite de duas horas diárias, desde que haja previsão 
em acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, devendo 
a remuneração da hora extra ser, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior 
à da hora normal.
Para efeito dessas horas, nos ditames inseridos pela Lei nº 13647/17, não 
poderão ser consideradas horas à disposição do empregador o período de perma-
nência na Empresa para:
• Práticas religiosas;
• Descanso;
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UNIDADE Remuneração e Jornada de Trabalho
• Lazer;
• Estudo;
• Alimentação;
• Atividades de relacionamento social;
• Higiene pessoal;
• Troca de roupa ou uniforme (quando não houver obrigatoriedade de troca 
na Empresa).
Também não poderão ser computadas como horas despendidas em razão do 
trabalho as denominadas horas in itinere, ou seja, o tempo que o empregado leva 
de sua residência até seu posto de trabalho.
Intervalo e Intrajornada de Trabalho
Quando a prestação de trabalho pelo empregado for contínua e esse labor 
exceder a 6 (seis) horas, será obrigatória a concessão de um intervalo para repouso 
ou alimentação de, no mínimo, 1 (uma) hora, salvo acordo escrito ou contrato 
coletivo em contrário, mas, nesse caso, não poderá exceder 2 (duas) horas.
Entretanto, diante da possibilidade inserida pela Lei nº 13647/17, é per-
mitido, mediante convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, alterar a 
denominada intrajornada, desde que respeitado um limite legal de no mínimo 
de 30 minutos, para situações em que a jornada de trabalho diária for superior 
a 6 horas.
Banco de horas
O chamado “Banco de Horas” trata-se da transformação das horas extras cum-
pridas pelo empregado e não remuneradas como horas de descanso.
Mas, para ter validade jurídica na relação de emprego, o denominado “Banco 
de Horas” deverá fazer parte de deliberação em Acordo Coletivo de Trabalho ou 
Convenção Trabalhista ou, ainda, advir de uma negociação da Empresa com o 
empregado. Para esta última possibilidade, deverá haver registro formal escrito que 
preveja a fruição das horas no prazo de 6 (seis) meses.
O regramento quanto ao Banco de Horas poderá vir de um acordo individual 
escrito ou tácito, no sentido de que as horas desse Banco sejam usufruídas no 
mesmo mês de sua aquisição.
14
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O denominado Banco de Horas possui previsão no Artigo 59, parágrafos 2º, 
5º e 6º da CLT:
Art. 59.
(...)
§ 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo 
ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for 
compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira 
que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas 
semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassadoo limite máximo de 
dez horas diárias.
(...)
§ 5º O banco de horas de que trata o § 2º deste artigo poderá ser pactuado 
por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período 
máximo de seis meses. (Incluído pelo Lei nº 13.467/17, de 2017)
§ 6º É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo 
individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.
Trabalho Remoto/Home O� ce (Trabalho em Casa)
O Trabalho Remoto, mais conhecido por Home Office (Trabalho em Casa), 
trata-se do trabalho prestado pelo empregado fora das dependências da Empresa. 
Poderá ser realizado com o emprego de equipamentos fornecidos pelo 
empregador ou do próprio empregado, mas, para esta última hipótese, deverá o 
empregado ser reembolsado pelas despesas assumidas.
Para a alteração da prestação do trabalho do Home Office para o trabalho 
presencial, deverá ser formalizado um aditivo ao Contrato de Trabalho com garantia 
de 15 (quinze) dias para a transição.
Vejamos o que dispõe a CLT a esse respeito:
Artigo 75 C (...)
§ 1º Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de 
teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em 
aditivo contratual.
§ 2º Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para 
o presencial por determinação do empregador, garantido prazo de 
transição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo 
contratual. (Incluído pelo Lei nº 13.467/17, de 2017)
15
UNIDADE Remuneração e Jornada de Trabalho
Trabalho Intermitente
A Empresa poderá contratar trabalhador que seja remunerado pelo tempo em 
que exercer a atividade laborativa. Estamos falando do “Trabalho Intermitente”.
Nesse caso, a remuneração para o trabalhador se dá por conta de um período de 
30 dias que ele trabalhar, levando em conta as horas trabalhadas. Esse empregado 
fará jus a pagamento proporcional de férias, FGTS, de sua previdência social e de 
seu 13º salário.
Algumas atividades profissionais (por exemplo, aeronautas), por imposição 
legislativa, não admitem o trabalho intermitente. 
O tomador do trabalho (empregador) deverá avisar o empregado com 3 dias de 
antecedência sobre o início e o valor da remuneração a ser paga, podendo o empre-
gado aceitar ou não a atividade. Recebida a convocação, o empregado terá o prazo 
de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa.
Caso o contrato não seja cumprido por uma das partes, quem descumpriu 
terá de pagar multa de 50% do valor da remuneração combinada para o perí-
odo contratado.
Art. 443 (...)
§ 3º Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a 
prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo 
com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, 
determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de 
atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, 
regidos por legislação própria. (Incluído pelo Lei nº 13.467/17, de 2017)
Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por 
escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não 
pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos 
demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em 
contrato intermitente ou não. (Incluído pelo Lei nº 13.467/17, de 2017)
§1º O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, 
para a prestação de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo 
menos, três dias corridos de antecedência.
§ 2º Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil 
para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa.
§ 3º A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do 
contrato de trabalho intermitente.
§ 4º Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que 
descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta 
dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria 
devida, permitida a compensação em igual prazo. (Incluído pelo Lei nº 
13.467/17, de 2017).
16
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Adicional Noturno
Em regra geral, o denominado “adicional noturno”, deverá ser pago ao empre-
gado que exerça suas atividades laborais no período compreendido das 22h às 5h.
A prestação deste serviço noturno, por determinação legal, não poderá ser 
realizada por adolescente, nos termos de nossa Constituição Federal:
Artigo 7º (...)
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores 
de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na 
condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
O Artigo 73 da CLT regula a forma de remuneração do adicional noturno, que 
deve ser pago com o acréscimo mínimo de 20% sobre o valor pago pela hora 
diurna do empregado.
O cálculo da hora deverá levar em consideração que uma hora trabalhada 
corresponderá ao período de 52 minutos e 30 segundos.
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho 
noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua 
remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, 
sobre a hora diurna.
§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 
30 segundos.
Alguns trabalhadores, por determinação legislativa, terão o valor do adicional 
noturno calculado sobre um piso mínimo de 25%, como ocorre com os trabalhadores 
rurais, advogados empregados, engenheiros e arquitetos.
17
UNIDADE Remuneração e Jornada de Trabalho
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
Reforma Trabalhista agora é Lei
https://goo.gl/HHsoqL
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT
https://goo.gl/cxHjb
Constituição Federal de 1988
https://goo.gl/zaRrL
Reforma Trabalhista: Entenda as Mudanças na Jornada de Trabalho.
https://goo.gl/nIitWd
Reforma Trabalhista: Jornada de 12 horas é Regulamentada para todas as Áreas
https://goo.gl/qwZ8ER
18
19
Referências
BARROS, Alice Monteiro de. Contratos e Regulamentações Especiais de 
Trabalho. São Paulo: LTr, 2001.
BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, de 1 mai. 1943. Senado 
Federal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 01 set. 2017.
________. Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 out. 1988. 
Senado Federal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 01 
set. 2017.
CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. São 
Paulo: Saraiva, 2005.
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 14.ed. São Paulo: 
LTr, 2015.
FERRARI, Irany; NASCIMENTO, Amauri Mascaro; MARTINS FILHO, Ives 
Gandra da Silva. História do Trabalho, do Direito do Trabalho e da Justiça do 
Trabalho. São Paulo: LTr, 1998.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao Direito do Trabalho. 29.ed. São 
Paulo: LTr, 2003.
PLÁ RODRIGUEZ, Américo. Princípios do Direito do Trabalho. São Paulo: 
Ltr, 2000.
REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 27.ed. São Paulo: Saraiva. 2002.
SILVA, De Plácido e. Vocabulário jurídico. 3.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1991.
19

Outros materiais