Buscar

Revisão Neoplasia do corpo do útero

Prévia do material em texto

NEOPLASIAS BENIGNAS E MALIGNAS DO CORPO
LEIOMIOMA UTERINO – tumor benigno de células musculares lisas, mas tem caráter clínico maligno
CLASSIFICAÇÃO
 → subseroso: origina-se miócitos adjacentes à serosa uterina e seu crescimento é para o exterior
→ intramurais: crescimento central dentro das paredes uterinas
→ submucosos: próximo ao endométrio, crescem para a cavidade endometrial
FATORES DE RISCO: idade fértil, raça negra, predisposição genética, nuliparidade (remodelamento uterino pós-parto), síndromes hiperestrogênicas (estrogênio dependente e conversão periférica de androgênio em estrogênio – obesidade)
→ dependência dos hormônios ovarianos:
a) Estrogênio: células dos miomas têm mais receptores de estrogênio, o que resulta maior ligação. Esses tumores convertem menos estradiol em estrona e possuem maiores níveis de aromatase citocromo P450 (conversão periférica de androgênio em estrogênio).
b) Progesterona: aumenta o índice mitótico, protege o endométrio, impedindo que ocorra hiperplasia do endométrio.
QUADRO CLÍNICO
- maioria assintomática
- alterações menstruais
- anemia
- dismenorreia
- dispareunia
- alterações urinárias
- constipação
- desconforto pélvica
- aumento do volume abdominal
DIAGNÓSTICO
→ anamnese + exame físico
→ complementar: ultrassonografia (carro-chefe) e histeroscopia com biópsia (padrão-ouro).
TRATAMENTO
- medicamentoso: alivia sintomas
- anti-inflamatório não hormonal: trata dismenorreia e menorragia
- análogos do GnRH: tem objetivo de diminuir o tumor para cirurgia
- cirurgico: definitivo
→ histerectomia total
→ histeroscopia: submucoso
→ laparoscopia: submucoso e subseroso
→ laparotomia: serosos grandes, múltiplos e intenso sangramento
→ embolização uterina: vários miomas ao mesmo tempo/ pode levar a necrose
CARCINOMA ENDOMETRIAL – tumor de células malignas.
FATORES DE RISCO
- idade 50 a 65 anos (pós-menopausa – CA das vovós)
- obesidade (conversão periférica)
- menopausa tardia (grande período de influência do estrogênio)
- antecedentes familiares
- síndrome de Lynch (aumenta risco de tumores cólon e reto
- anovulação e nuliparidade
- tumores ovarianos produtores de estrogênio
- terapia estrogênica sem progesterona
- uso de tamoxifeno (modulador seletivo do receptor de estrogênio usado no CA de mama, leva a proliferação do endométrio/ sempre monitorar a espessura)
- diabetes
FATORES DE PROTEÇÃO
- TH combinada (E+P)
- anticoncepcionais
- Tabagismo (acelera metabolização do estradiol)
QUADRO CLÍNICO
- sangramento pós-menopausa (inicialmente pequeno, borra de café, depois vultuoso)
- alterações menstruais
- Corrimento fétido
- aumento do volume uterino
- dor
- anorexia
- ascite
- perda de peso
DIAGNÓSTICO
- anamnese e exame físico
- complementar: histerectomia + biópsia
- pré-operatório: CA 125 (marcador tumoral)
TRATAMENTO
- cirurgia de estadiamento
- linfadenectomia para-aórtico
- retirar trompas e ovários + histerectomia total + linfadenectomia pélvica bilateral + omentectomia infracólica
- radio e quimio
- tratamento de recidiva
- tratamento hormonal (obesas com risco para cirurgia)
SARCOMA UTERINO – tumor maligno de células
CLASSIFICAÇÃO: homólogo (só célula do útero), heterólogo (células de todo tipo). Puro (mesenquial), misto (epitelial).
→ Leiomiossarcoma: mais comum, vai do miométrio e invade a serosa. Faz invasão vascular (metástase hematogênica).
→ Sarcoma estromal endometrial: segundo mais comum, cresce para o endométrio e provoca sangramento (mais fácil diagnosticar.
FATORES DE RISCO
- exposição crônica ao hiperestrogenismo
- uso de tamoxifeno
- raça afro-americana
- irradiação pélvica anterior
FATORES PROTETORES
- uso de contraceptivos orais combinados
- tabagismo
QUADRO CLÍNICO
- sangramento pós-menopausa
- massa uterina
- desconforto pélvico
- dor hipogástrica
- corrimento vaginal malcheiroso, queixas gastrintestinais e geniturinários
TRATAMENTO 
- Tirar trompas e ovário + histerectomia total + dissecação linfática
- radio e quimio sem muita efetividade

Continue navegando