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Introdução à Educação Virtual

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Introdução à Educação Virtual - Tema 01 A Importância das Tecnologias da Informação e da Comunicação na Educação
Provavelmente você já deve ter ouvido, e talvez dito, que estamos em plena “era tecnológica”. Sem dúvida, nas últimas décadas, o arsenal tecnológico invadiu as esferas profissionais e pessoais e alterou a maneira de trabalhar e se relacionar. No entanto, tecnologia não é sinônimo de equipamentos e aparelhos. “O conceito de tecnologia engloba a totalidade de coisas que a engenhosidade do cérebro humano conseguiu criar em todas as épocas, suas formas de uso, suas aplicações” (KENSKI, 2007, p. 22). É difícil imaginar a vida sem luz elétrica e água encanada, devido ao conforto que proporcionam, e justamente por fazerem parte do cotidiano, esquecemos que são tecnologias. Então, se a tecnologia existe em todos os tempos e lugares, por que designar apenas a sociedade atual como tecnológica? Isso se deve aos avanços das tecnologias da informação e comunicação, também conhecidas como TIC. Entre todas as tecnologias criadas pelos seres humanos, aquelas relacionadas com a capacidade de representar e transmitir informação – ou seja, as tecnologias da informação e da comunicação – revestem-se de uma especial importância, porque afetam praticamente todos os âmbitos de atividade das pessoas, desde as formas e práticas de organização social até o modo de compreender o mundo, de organizar essa compreensão e de transmiti-la para outras pessoas. (COLL; MONEREO, 2010, p. 17) Portanto, a linguagem é uma tecnologia, pois “é uma construção criada pela inteligência humana para possibilitar a comunicação entre os membros de determinado grupo social” (KENSKI, 2007, p. 23). Lévy (1993) categoriza o desenvolvimento da linguagem em três etapas: a oral, a escrita e a digital. Apesar de terem se originado em épocas distintas, essas formas de se comunicar coexistem atualmente. Ainda hoje, a linguagem oral é a principal forma de comunicação e de troca de informações. Na televisão, no rádio e na internet, artistas e desconhecidos assumem a função de formadores de opinião. “Na escola, professores e alunos usam preferencialmente a fala como recurso para interagir, ensinar e verificar a aprendizagem. Em muitos casos, o aluno é o que menos fala” (KENSKI, 2007, p. 29). Com o surgimento da escrita, não é mais preciso que as pessoas estejam reunidas para se comunicarem. Em substituição à memorização e à repetição, passa a ser necessário compreender os conteúdos. “Na educação, essas tecnologias de comunicação encontram seus referenciais em um ensino centrado em textos e no nascimento dos livros didáticos e do ensino a distância, por correspondência” (COLL; MONEREO, 2010, p. 18). Com a invenção dos sistemas de comunicação analógica (telégrafo, telefone, rádio e televisão): [...] as barreiras espaciais foram rompidas e a troca de informações em nível planetário passou a ser uma realidade. Os novos meios audiovisuais entraram [no ambiente educacional], embora ainda como complemento da documentação escrita. (COLL; MONEREO, 2010, p. 18) Finalmente, aparece a linguagem digital, com os primeiros computadores. Essa linguagem é baseada em um único sistema de codificação que permite informar, comunicar, interagir e aprender. Como afirma Kenski (2007, p. 31), “é uma linguagem de síntese, que engloba aspectos da oralidade e da escrita em novos contextos”. A base da linguagem digital são os hipertextos, que consistem em documentos interligados de modo não linear através de links. Esses textos podem ser imagens, sons, vídeos, gráficos, animações e páginas, ou seja, uma infinidade de mídias que estão dispostas na internet. O uso do hipertexto rompe com as sequências estáticas e lineares de caminho único, com início, meio e fim fixados previamente. Existe um leque de possibilidades informacionais que permite a cada pessoa dar ao hipertexto um movimento singular ao interligar as informações segundo seus interesses e necessidades momentâneos, navegando e construindo suas próprias sequências e rotas. (ALMEIDA, 2003, p. 208) Com a interligação entre diferentes computadores através da internet chegamos à Sociedade da Informação, que Coll e Monereo (2010, p. 18) definem como “um novo estágio de desenvolvimento das sociedades humanas”. Do ponto de vista das TIC, “esse estágio é caracterizado pela capacidade de seus membros para obter e compartilhar qualquer quantidade de informação de maneira praticamente instantânea” (COLL; MONEREO, 2010, p. 20). Desse modo, é possível aprender em praticamente qualquer lugar (na escola, na universidade, no lar, no local de trabalho e nos espaços de lazer). Por isso, “a imagem de um professor transmissor de informação, protagonista central das trocas entre seus alunos e guardião do currículo começa a entrar em crise em um mundo conectado por telas de computador” (COLL; MONEREO, 2010, p. 31). Portanto, na sociedade da informação, é necessário rever o papel do professor. Coll e Monereo (2010, p. 31) sugerem que os novos papéis assumidos pelo professor sejam “de seletor e gestor dos recursos disponíveis, tutor e consultor no esclarecimento de dúvidas, orientador e guia na realização de projetos e mediador de debates e discussões”. Havia uma crença de que o avanço tecnológico salvaria a educação, motivada possivelmente pelos filmes de ficção científica. Essa esperança logo se mostrou falaciosa. Na verdade, além de aumentar a sobrecarga de trabalho do professor, o uso excessivo de tecnologias pode trazer riscos à saúde. Por isso, é tão importante remover o professor da posição central no processo de ensino e aprendizagem e incorporar o trabalho em equipe. Equipe não apenas na relação entre os professores, em um trabalho multidisciplinar, mas também dentro da sala de aula. O aluno pode ensinar o professor (principalmente na manipulação das novas tecnologias) e os alunos podem ensinar uns aos outros (confrontando fontes de informações e compartilhando suas descobertas). Kenski (2003, p. 51) elenca algumas questões levantadas pelo uso de tecnologias na educação: A rotina da escola também se modifica. Aos professores é necessária uma reorientação da sua carga horária de trabalho, para incluir o tempo em que pesquisam as melhores formas interativas de desenvolver as atividades fazendo uso dos recursos multimidiáticos disponíveis; incluir um outro tempo para a discussão de novos caminhos e possibilidades de exploração desses recursos com os demais professores e os técnicos e para refletir sobre todos os encaminhamentos realizados, partilhar experiências e assumir a fragmentação das informações, como um momento didático significativo para a recriação e a emancipação dos saberes. De acordo com Filatro (2008), há certo consenso em agrupar as tecnologias de informação e comunicação em três categorias com diferentes aplicações educacionais: Distributivas: do tipo um-para-muitos, pressupõem um aluno passivo diante de um ensino mais diretivo. As tecnologias distributivas são muito empregadas quando o objetivo é a aquisição de informações. Por exemplo, o rádio e a televisão. Interativas: do tipo um-para-um, pressupõem um aluno mais ativo que aprende, no entanto, de forma isolada. As tecnologias interativas são bastante usadas quando o objetivo é o desenvolvimento de habilidades. Multimídia interativa e jogos eletrônicos de exploração individual são exemplos. Colaborativas: do tipo muitos-para-muitos, pressupõem a participação de vários alunos que interagem entre si. As tecnologias colaborativas são apropriadas quando o objetivo é a formação de novos esquemas mentais, como por exemplo, fóruns e salas de bate-papo. Ainda de acordo com a autora, o entendimento do potencial das tecnologias na educação ficaria incompleto se os desenvolvimentos mais recentes, personificados na chamada Web 2.0, fossem ignorados. Em linhas gerais, a Web 2.0 é caracterizada pelos seguintes fatores (FILATRO, 2008): Conteúdo aberto (open content): universidades e outras instituições de ensino disponibilizam, on-line e gratuitamente, seu material acadêmico e didáticopara qualquer pessoa utilizar. Código livre (free source): além de uma arquitetura de software aberta e baseada em padrões, trata-se de uma filosofia de acoplar e desacoplar facilmente ferramentas produzidas por diferentes fornecedores, e configuradas de modos diferentes para diferentes contextos de uso. Aproveitamento da inteligência coletiva: os usuários deixam de ser meros consumidores e passam a ser produtores individuais e coletivos por meio da criação dinâmica de conteúdos, via blogs, wikis e softwares de relacionamento. Compartilhamento: os usuários consultam repositórios de informações para compartilhar experiências, boas práticas e expertise acumulada por meio de upload e download de conteúdos, ferramentas e componentes. Filatro (2008, p. 126) resume que a Web 2.0 pressupõe a participação dos usuários na produção (e não apenas no consumo) de informações publicadas na internet, a personalização de ambientes digitais, a forte socialização por meio de redes de relacionamento e a atualização constante das tecnologias disponíveis. Essas características ficam evidentes na comparação feita pela autora (Quadro 1.1): Enciclopédias em formato multimídia (CD ou DVD). Wikipédia (enciclopédia colaborativa). Suíte de aplicativos (editor de textos, planilhas e apresentações). Google Docs (editor colaborativo de textos, planilhas e apresentações). Páginas pessoais em formato HTML. Blogs (diários on-line). Navegadores web. Plataforma de serviços, como o Google. A evolução da internet chegou à terceira geração, denominada semântica. A Web 3.0 trata do reconhecimento dos significados dos conteúdos, por meio de tags, traçando relações entre as palavras-chave. Redes sociais como Twitter, Facebook e Instagram utilizam a web semântica, através de hashtag (#) seguida de uma ou mais palavras combinadas. A semântica também contribuiu para otimizar as buscas em páginas de pesquisa, posicionando determinados conteúdos no topo dos resultados. Essa prática, chamada SEO (Search Engine Optimization), é bastante usada como ferramenta de marketing para garantir que uma página seja visualizada. Além disso, essa última geração da internet potencializa o uso comercial dos sites de busca, mostrando propagandas de anunciantes que pagam pela palavra-chave. A incorporação das TIC na educação não transforma automaticamente as práticas educacionais, ao contrário do que supunham os entusiastas. O problema reside em que alguns professores têm uma concepção romântica sobre os processos que determinam a aprendizagem e a construção de conhecimento e concomitantemente do uso das tecnologias no ato de ensinar e aprender. Pensam que é suficiente colocar os computadores com algum software ligados à internet nas salas de aula que os alunos vão aprender e as práticas vão se alterar. Sabemos que não é assim. (MIRANDA, 2007, p. 44). Isso pode estar relacionado com o baixo nível de proficiência dos professores para lidar com essas ferramentas. A pouca familiaridade faz com que a maioria utilize esses recursos como auxiliares de práticas inerentes à profissão. “As TIC e a internet são pouco utilizadas em sala de aula e quando são é para fazer o que já se fazia sem elas: buscar informação para preparar aulas, escrever trabalhos, fazer apresentações em sala de aula, etc.” (COLL; MAURI; ONRUBIA, 2010, p. 87). Ou seja, o que era feito de modo analógico passa a ser digital, sem transformação de atitudes no ensino para melhorar a aprendizagem. Coll, Mauri e Onrubia (2010, p. 66) explicam “que se trata de um potencial que pode ou não vir a ser uma realidade, e pode tornar-se realidade em maior ou menor medida, em função do contexto no qual as TIC serão, de fato, utilizadas”. Os autores refletem sobre mais um aspecto importante: a disparidade. Enquanto em alguns países praticamente todas as escolas possuem equipamentos e conexão banda larga, em outros países continuam existindo carências enormes. E essas diferenças não existem apenas entre países, mas também dentro do mesmo país (COLL; MAURI; ONRUBIA, 2010, p. 70), como é o caso do Brasil. Defender a incorporação massiva das TIC na educação brasileira, ao passo que em diversas regiões ainda faltam tecnologias básicas como giz e lousa, é ingenuidade. Apesar desses fatores de cunho pessimista, há tantas possibilidades de exploração das TIC que ainda podemos manter as expectativas elevadas em relação ao potencial transformador que essas ferramentas carregam. Vamos conhecer alguns usos pedagógicos das ferramentas da Web 2.0, com base nos levantamentos feitos por João Mattar (2012): Blog Alunos podem utilizar blogs para publicar textos produzidos em conjunto e comentários sobre outros textos, cujos próprios autores podem ser convidados a contribuir com o blog. Professores podem utilizar blogs para fornecer informações atualizadas e comentários sobre suas áreas de especialidade, assim como propor questões, exercícios e links para outros sites (MATTAR, 2012, p. 87). Twitter Os microblogs, como o Twitter, são voltados para comentários pequenos, rápidos e com atualizações constantes. Além de cobrir eventos e transmitir informações, o Twitter tem sido também utilizado criativamente para interações e discussões. É uma excelente ferramenta para compartilhar links e fontes de informação. É possível buscar especialistas em diversos assuntos, assim como organizar listas por tópicos de interesse (MATTAR, 2012, p. 89). Wiki O wiki é um software colaborativo que permite a edição coletiva de documentos de uma maneira simples. O que diferencia o wiki da criação simples de uma página é o fato dele ser editável. Dessa maneira, a construção colaborativa do conhecimento fica muito mais fácil (MATTAR, 2012, p. 92). Facebook A página inicial do Facebook mostra atualizações, fotos, links e comentários de amigos, de páginas curtidas ou de grupos. Grupos são espaços on-line em que as pessoas podem interagir e compartilhar. É possível criar grupos abertos, privados e fechados, o que ajuda a preservar a privacidade de seus membros e dos temas discutidos (MATTAR, 2012, p. 93). Páginas, por sua vez, permitem interações entre membros do Facebook, o que pode incluir alunos e pais. Uma página no Facebook é pública, ou seja, qualquer um pode “curti-la”, passando a receber atualizações de seu conteúdo em seu feed de notícias. Essas características permitem que o ensino se estenda para além da sala de aula (MATTAR, 2012, p. 94). Youtube O crescimento do fenômeno de vídeos baseados na web, do qual o Youtube é um ícone, ampliou o repositório de conteúdo livre que pode ser utilizado. Nunca antes foi tão fácil localizar, produzir e distribuir vídeos on-line. Diversas instituições de ensino têm também disponibilizado vídeos na web (MATTAR, 2012, p. 95). Apresentações Compartilhar apresentações tornou-se bastante comum na Web 2.0, e o Slideshare tem sido uma das plataformas mais utilizadas para esse objetivo. Dessa maneira, as pessoas que assistem a uma apresentação podem ter acesso imediato aos slides, e quem não teve a oportunidade de assistir à apresentação pode também usufruir de algumas informações. Mais recentemente, o Prezi vem sendo bastante utilizado para a elaboração de apresentações mais dinâmicas, que permitem a navegação por slides utilizando a técnica de zoom, como se estivéssemos passeando por um mapa. É possível “prezificar” seus slides de PowerPoint (MATTAR, 2012, p. 97). Google As diversas ferramentas oferecidas pelo Google, como Mapas, Agenda, Docs, Tradutor, Livros, Acadêmico, Hangouts e Grupos, podem ser utilizadas dentro e fora da sala de aula. O Google Apps, disponível nas versões for Work, for Education e for Government, integra diversos serviços reunidos e pode funcionar como plataforma virtual de aprendizagem (MATTAR, 2012, p. 100). Os recursos são variados, porém, não cabe uma relação completa. Primeiramente porque ferramentas surgem a cada dia, assim como terminam (Messenger – MSN e a rede social Orkut são exemplos de ferramentas tecnológicas extintas) e, em segundo lugar, porque uma lista que tentasse abranger todasas possibilidades só limitaria a capacidade inventiva dos professores. Para vocês, futuros professores, #ficaadica: explorem o potencial dessas tecnologias. Mais importante do que incorporar as tecnologias da informação e da comunicação na educação é “pôr em marcha processos de aprendizagem e de ensino que não seriam possíveis se as TIC fossem ausentes” (COLL; MAURI; ONRUBIA, 2010, p. 88). Questão 1 Considere a sua vivência no Ensino Fundamental e Médio e o seu conhecimento obtido através de noticiários e conversas com amigos e familiares, e aponte as principais alterações que você observa hoje em relação ao uso do material didático pelos professores e as formas de pesquisa dos alunos. Questão 2 Na sociedade da informação, o professor precisa alterar seu papel de detentor do conhecimento para não se tornar obsoleto frente à quantidade de informações disponíveis na rede. Sobre essas novas funções do professor, assinale V (verdadeiro) ou F (falso): ( ) Seletor de recursos disponíveis. ( ) Gestor de conteúdos adequados. ( ) Tutor no esclarecimento de dúvidas. ( ) Consultor de fontes confiáveis de pesquisa. ( ) Orientador na realização de projetos. ( ) Mediador de debates e discussões. Questão 3 Depois de assistir aos dois vídeos indicados na seção Acompanhe na Web, você certamente identificou vários desafios na implementação de tecnologias na educação. Descreva as principais limitações que existem e suas possíveis soluções. Questão 4 Relacione as categorias das TIC com suas aplicações educacionais: I. Colaborativa ( ) Aluno ativo que aprende isolado. II. Distributiva. ( ) Interação entre vários alunos. III. Interativa. ( ) Aluno passivo e ensino diretivo. Questão 5 Você se recorda do filme Efeito Borboleta (The Butterfly Effect), de 2004? Nele, o espectador tem acesso a versões diferentes da história de acordo com a manipulação dos fatos, feita pelo personagem principal, Evan (Ashton Kutcher). Qual é a relação desse efeito com o conceito de hipermídia? Questão 1 Resposta: Você pode comentar sobre o uso do livro didático como norteador das atividades do professor, em aulas expositivas baseadas geralmente em cópia da lousa. Sobre a pesquisa dos alunos, comentar as pesquisas presenciais em bibliotecas, por meio de anotações escritas e fotocópias de livros, jornais, revistas e enciclopédias. Com isso, pode comparar a transição dessas práticas para as mudanças que você observa no material didático atualmente utilizado e na forma de pesquisa, que é quase exclusivamente baseada na busca pela internet. Questão 2 Resposta: Todas as sentenças são verdadeiras, com base no pressuposto por Coll e Monereo (2010). Questão 3 Resposta: Ambos os vídeos tratam da falta de capacitação dos professores para lidar com as tecnologias em sala de aula. Sugerem que as mudanças devem acontecer em todas as partes que envolvem a prática docente, desde a formação universitária do professor, passando por políticas públicas que incentivem a formação adequada e o treinamento de professores, até a gestão escolar, que apoie e forneça recursos para a implementação de projetos, a união dos professores e o compartilhamento de projetos e objetos de ensino, para influenciar professores de outras escolas. 
Tema 02 Alfabetização Digital, Cultura Digital e Currículo
Alfabetização e suas definições - Um dos mais importantes pilares do processo de aprendizagem é a alfabetização. Além de permear todas as outras áreas, é a partir dela que o caminho é aberto para que qualquer indivíduo possa interagir com suas e outras comunidades – considerando que vivemos em uma sociedade letrada – e adquirir outras habilidades e competências que podem torná-lo cada vez mais autônomo, consciente, crítico e autor naquilo que for fazer em todas as esferas de suas práticas sociais. Embora a importância da alfabetização seja praticamente um senso comum, sua definição não o é: são inúmeros os pesquisadores e estudiosos que já escreveram sobre o tema, conceituando-o de maneira a considerar diferentes aspectos e linhas teóricas. Para nos situarmos e conseguirmos depois fazer um paralelo com a alfabetização digital, vamos utilizar a divisão realizada pelo psicólogo espanhol César Coll (COLL, 2010, p. 292), que categoriza todas as definições de alfabetização em dois extremos de abordagem. Antes, apenas para contextualizar, é importante saber que Coll foi um dos coordenadores da reforma educacional espanhola e atuou como consultor do MEC, aqui em nosso país, na elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Voltando à divisão de Coll, o autor coloca de um lado as definições que seguem a orientação de que a alfabetização está diretamente relacionada à aquisição de um código, que é o sistema da língua escrita, e as correspondências deste código tanto à palavra falada quanto ao pensamento. É um sistema de dupla correspondência, em que o processo de leitura está na habilidade de relacionar escrita e fala e o processo de escrita na de relacionar escrita e pensamento, como pode ser mais bem visualizado no esquema da Figura 2.1. Já no segundo lado, o autor traz as definições em que o conceito de alfabetização vai além da visão cognitiva e linguística, já que considera a relação sócio-histórica e sociocultural da língua escrita e as práticas contextualizadas da leitura e escrita, ou seja, o sujeito alfabetizado consegue atuar por meio da língua em diferentes situações marcadas e situadas histórica e culturalmente. Mas, em qual lado devemos nos situar? Há um lado melhor do que o outro? Não há aqui uma resposta única, mas, para respondermos essas perguntas, podemos tomar uma direção que de certa forma está presente na maioria desses autores em comum acordo que é a proposta da Unesco (2008), formulada a partir de diversas conferências realizadas no mundo todo durante a década de 1950, a qual afirma que a alfabetização tem o papel de promover no indivíduo a possibilidade de participação consciente em atividades sociais, econômicas, políticas e culturais, e deve ser considerada como requisito básico para a educação continuada durante toda a vida. Alfabetização ou alfabetizações? Por mais que chegamos a um consenso sobre o significado do conceito de alfabetização, precisamos refletir sobre a influência que os processos de alfabetização e de aprimoramento de leitura e escrita sofreram das mudanças tecnológicas no decorrer dos anos (COLL, 2010, p. 291). Para ajudar nesta reflexão, vamos partir da concepção de linguagem sugerida por Vygotsky, um importante pensador bielo-russo, com obra datada no início do século XX, que inaugurou a abordagem de que o desenvolvimento intelectual se dá por meio das interações sociais e que influencia os parâmetros para pensar educação até os dias atuais. Vygotsky (2005) sugere que a linguagem é uma ferramenta que possibilita a construção cultural e molda a mente humana segundo os paradigmas da cultura na qual os indivíduos estão inseridos, assim, podemos ver que a definição dada pela Unesco está alinhada a essa concepção de linguagem. Sobre as influências das mudanças tecnológicas, podemos registrar a partir da análise feita pela professora doutora Denise Braga no primeiro capítulo de seu livro Ambientes Digitais (BRAGA, 2010, p. 26) uma linha sequencial no tempo: • Nos primórdios, em sua forma mais natural, a linguagem foi construída pela exploração dos recursos do próprio corpo humano, como produção de som, gestos e expressões corporais. • Com a demanda de garantir o registro e a reprodução da cultura, houve a necessidade de criar ferramentas. As primeiras aqui são aquelas que fizeram o registro, por exemplo, em paredes de cavernas. • Em seguida, para tornar a comunicação escrita transitável, criaram-se suportes móveis (pedra, madeira e argila) e recursos que facilitassem o registro neles, como tintas, pincéis e estiletes. Isso fez com que a linguagem também sofresse alterações já que teria de ser entendida por mais (e diferentes) comunidades. • A partir da dificuldade de aumentar o tamanho do registro (já que os suportes eram literalmentepesados), a tecnologia do pergaminho e do papiro foi utilizada para dar origem ao rolo. • Com os rolos, vieram as dificuldades com a leitura e a localização de informação. Assim, alguém teve a ideia de rearranjar o rolo chegando ao que conhecemos como códex, do qual derivou o livro. Da mesma forma que a tecnologia foi mudando, a linguagem também foi, já que novas formas de comunicação foram sendo abertas. De acordo com Coll (2010), a evolução tecnológica acaba gerando novas práticas letradas e essas práticas geram novas necessidades de alfabetização. Esse pressuposto ajudou a vários estudiosos chegarem a conclusão de que é melhor utilizar os termos “alfabetizações, “alfabetizações múltiplas” ou “novas alfabetizações“, uma vez que existem diferentes práticas letradas com características específicas que demandam diferentes habilidades de aprendizagem (COLL, 2010, p. 293). Alfabetização digital Para entendermos o que é alfabetização digital, é necessário recorrer à mudança do termo alfabetização para o plural. Alfabetizar digitalmente é saber atuar através das diferentes práticas letradas nos diferentes contextos digitais. Para Lonsdale e McCurry (2004, p. 31), estudiosos australianos que elaboraram o relatório sobre “A alfabetização no novo milênio”, há um consenso de que com a nova cultura de mídias eletrônicas temos a exigência da aprendizagem de novas habilidades para conseguirmos navegar por meio das diversas tecnologias da informação e da comunicação. Coll (2010, p. 293) consolida que a validade da pluralização do termo alfabetização “está estreitamente relacionada com a visão da alfabetização como um conjunto de práticas letradas e com a diversificação dessas práticas na Sociedade da Informação”. Ou seja, o fato de termos que pensar sobre alfabetizar digitalmente automaticamente revê a literatura sobre alfabetização, aproximando cada vez mais a importância de considerarmos os diferentes tipos de habilidades necessárias para atuar em diferentes contextos de comunicação. Ao mesmo tempo, exige o aumento na complexidade de definir o que são essas habilidades perante contextos de comunicação completamente híbridos e multimodais. Dessa forma, podemos ver que assim como para a que chamamos de “alfabetização letrada”, a alfabetização digital possui já inúmeras definições provenientes de diferentes abordagens do que é ser “alfabetizado”, mas agora digitalmente. Há, inclusive, a discussão citada por Coll (2010, p. 294) de que o próprio termo “alfabetização” pode ser inapropriado, uma vez que ele está intimamente ligado às praticas sociais mediadas apenas pela escrita. Embora haja divergência, o que prevalece é o fato de que com a inegável presença das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) nas estruturas sociais, as formas de comunicação ampliaram, assim como as habilidades de alfabetização também devem ser ampliadas. O que principalmente as difere aqui são os elementos para a sua análise, compreensão e atuação, já que não são mais apenas a língua escrita e falada que realizam a comunicação, mas também imagens, vídeos e quaisquer outros tipos de mídia presentes no contexto digital. Ser alfabetizado digitalmente exige que você tenha mais habilidades do que em um contexto de comunicação mediado apenas pela escrita. O caráter ubíquo presente nas TICs da sociedade da informação demandam uma complexidade de habilidade e competências inclusive referentes ao campo da autonomia e do protagonismo: para fazer parte desta sociedade como indivíduo capaz de atuar e interferir, são necessários conhecimentos de ordem mais complexa quando comparamos ao momento anterior à presença das tecnologias digitais, já que são diversas as linguagens presentes simultaneamente – linguagens visual, auditiva e audiovisual, por exemplo. Para fixarmos melhor esse conceito, Coll traz a afirmação de que “estar alfabetizado digitalmente não é somente ser capaz de produzir, compreender e difundir textos escritos por meio dos computadores e da internet, mesmo que, é claro, também inclua isso” (COLL, 2010, p. 298). O que é alfabetizar digitalmente? O sistema educacional de nosso país tem passado na última década por diversas mudanças, descobertas e adaptações e a principal causa disso é a inserção das TICs nas estruturas de toda sociedade. Essa situação não é exclusiva no Brasil já que os paradigmas de comunicação e acesso às informações mudaram no mundo todo e, para acompanhar esse processo, muitos pesquisadores de diferentes lugares e linhas de estudo estão refletindo sobre o atual papel da escola e buscando caminhos de aproximar novamente o currículo escolar às demandas sociais, posto que estas são novas. Como consequência desse processo, a configuração das salas de aula está sofrendo muitas alterações em uma curva de tempo muito acelerada, fazendo com que novas ou diferentes diretrizes de ensino sejam pensadas. Podemos perceber essas alterações, por exemplo, quando percebemos que de um lado temos um novo perfil de aluno, um aluno nativo da chamada era digital, que hoje, na maioria das vezes, vê na escola um ambiente monótono e distante de sua realidade; e de outro lado, temos o professor, que sofre constantemente a pressão (de diferentes esferas, como de alunos, da direção da escola ou de sua própria percepção de que algo precisa mudar) para utilizar tecnologia em sala de aula, inovar e achar um caminho de como motivar seus alunos. Mas, o que é preciso ensinar aos alunos? Não há uma resposta estabilizada para essa pergunta. Estamos em meio a esse processo que afeta todas as estruturas sociais, já que imersos na sociedade da informação, lidamos nós próprios, já alfabetizados de alguma maneira, com diferentes contextos de comunicação em nosso cotidiano com os quais ainda temos muitas dúvidas. Levando isso para a educação, é ainda mais complicado uma vez que é necessário refazer, ou melhor, ampliar os objetivos de aprendizagem. Uma maneira de achar o caminho de como fazer isso pode estar na reflexão sobre o que um aluno atualmente deve saber quando formado. A escola, de acordo com os PCNs, deve formar um aluno capaz de agir socialmente e deve buscar novas formas de ensino-aprendizagem que ajudem o aluno a ser multicapacitado, autônomo e flexível em relação à adaptação e à mudança constante conforme inclusive as novas demandas de mercado. Nesse último ponto específico, temos a colaboração do pesquisador americano linguista James Paul Gee que traz clara essa nova demanda de formação educacional em sua obra The new work order: behind the language of the new capitalism que podemos traduzir para A nova ordem do mercado de trabalho: através da linguagem do novo capitalismo. Ele mostra, por meio de estudos que misturam e refletem sobre diferentes áreas como educação, economia e cultura, como os objetivos da educação atual em sua maioria estão desalinhados com o que as práticas sociais exigem do indivíduo. Embora haja esse possível ponto de partida, o caminho ainda é longo e complexo. Currículo e Cultura Digital São muitos os estudos que levantam quais podem ser as competências e habilidades necessárias para que uma pessoa possa ser considerada alfabetizada digitalmente. Mas para começarmos a entender melhor o assunto, é importante entendermos o contexto em que vivemos e o que a cultura digital amplia em nosso cotidiano. Para chegarmos à conexão com a internet, é preciso antes sabermos lidar minimamente com dispositivos digitais no que compete a ligar, desligar, conhecer um pouco do sistema operacional e, em seguida, conectar-se à rede. A partir desta conexão, um novo mundo está a um clique de nós. No entanto, neste ponto, conseguimos vislumbrar a complexidade que pode estar neste clique, já que nos deparamos com uma quantidade torrencial de informações provenientes de diferentes esferas sociais e de formatos múltiplos. Neste cenário, fica um pouco mais evidente a distância entre o que conhecemos como alfabetizar as ocorrências do mundo, que está sendo mostrado agora por meio de um viés completamente multimodal. Um estudo bastante interessantesobre isso é o manifesto A Pedagogy of Multiliteracies, realizado pelo grupo Nova Londres (NEWLONDON GROUP, 1996) que trata justamente das novas demandas sociais e, por consequência, também das educacionais frente à inserção das TICs no cotidiano social. O grupo afirma a necessidade de a escola responsabilizar-se pela tomada de uma nova pedagogia devido, em grande parte – mas não somente – às novas tecnologias. Eles colocam a importância de incluir nos currículos a grande variedade de culturas que, de certa forma, já está presente nas salas de aula de um mundo globalizado, pelo contato com os alunos com a internet, e transformar isso em objetivo de aprendizagem de modo que o aluno possa refletir sobre a intolerância na convivência com a diversidade cultural e as questões de alteridade e saber participar conscientemente deste mundo que lhe foram abertas as portas. Podemos tirar proveito desse manifesto para nossa educação brasileira, já que a nossa realidade histórica também mudou com a introdução da tecnologia digital e o acesso fácil à informação no âmbito social, que acabaram por fortalecer a exigência à escola pela formação de um novo perfil de aluno. Coll (2010, p.301) sintetizou em sua obra vários estudos sobre o que é necessário na formação de uma pessoa que conseguirá participar ativamente da cultura digital e demonstrou a partir do esquema mostrado na Figura 2.2. Ele ampliou o termo para Alfabetização Multimídia e colocou em relevância seis componentes relativos à aprendizagem, competências e habilidades que podemos entender como fundamentais para lidar com as diversas práticas sociais presentes nas TICs. Os três primeiros componentes são referentes às linguagens letrada, visual e audiovisual, ou seja, o texto como código alfabético é apenas um dos componentes de linguagem presente no digital. Os três últimos referem-se mais às novas competências que devem ser adquiridas para que possamos tirar o máximo proveito que as TICs podem oferecer, sendo eles o manejo informacional (saber selecionar e buscar informação, por exemplo), o manejo comunicacional (aprender a lidar com as diferentes esferas sociais e com as diferentes formas de comunicação, como os ambientes colaborativos, por exemplo) e o manejo em mídias (que demandam concepções acerca de autoria, por exemplo, já que com as TICs podemos ser mais facilmente produtores e autores). Mas como inserir isso no currículo? Novamente, são vários os autores que categorizam esse conhecimento com diferentes abordagens e parâmetros do que deve ser objetivo de aprendizagem, passando desde conhecimentos técnicos mais aprofundados (como conhecer o funcionamento de bancos de dados) até os mais reflexivos (como as novas e híbridas formas de linguagens). Para nos aproximarmos de nossa realidade, vamos mostrar as dimensões apontadas por um estudo PISA da OCDE (COLL, 2010, p. 306), já que este é o Programa Internacional de Avaliação de Estudando aderido também pelo Brasil. Esse estudo está em consonância ao relatório emitido em 2007 pela ETS – Educational Testing Service que é uma instituição americana que oferece serviços ao mundo todo em temas diversos relacionados a pesquisa e avaliação educacional, alinhando assim as necessidades comuns entre diferentes culturas do mundo todo. As dimensões apontadas pelo estudo PISA como necessárias a serem incluídas no currículo considerando as práticas culturais e sociais presentes a partir das TICs são: • Ter acesso: saber buscar e ter acesso às informações. • Manejar: utilizar e aplicar esquemas de organização e classificação da informação. • Integrar: interpretar, representar, sintetizar, comparar e constatar a informação. • Avaliar: formular juízos sobre a qualidade, relevância, utilidade e eficiência da informação. • Construir: gerar informação nova. • Comunicar: trocar informação com outra (s) pessoa (s) e dominar novas formas de comunicação. A partir dessas dimensões, é possível filtrar e reavaliar objetivos de aprendizagem, de modo que o processo de alfabetização seja ampliado e constantemente readequado, já que como característica intrínseca da sociedade da informação, temos a rápida transformação das linguagens e multiplicidade de informação simultânea. A ubiquidade é algo que não temos como negar, pois a partir da conexão com a internet, estamos automaticamente inseridos ao mesmo tempo em diferentes práticas sociais e nossa participação nelas vai de acordo com quantos tipos de alfabetização possuímos. Questão 1 Reflita acerca das diferenças do contexto em que você foi alfabetizado e o contexto atual e diga quais são as duas principais dimensões que podemos englobar os conceitos de diferentes autores sobre alfabetização. Questão 2 Considerando as afirmações abaixo, indique quais são Verdadeiras (V) e Falsas (F): a) O conceito alfabetização refere-se apenas à capacidade do indivíduo de interpretar códigos escritos, todo o resto refere-se a outro conceito, chamado Funcionalização. b) A alfabetização digital é multimodal, dado que não se trata apenas da aquisição de um código, mas da capacidade de interação e produção de conteúdos em linguagem letrada, visual e audiovisual. c) Não há cobrança para o professor trazer inovações tecnológicas para a sala de aula, porém esta é uma sugestão feita pela Unesco. d) Para pensar a alfabetização, é necessário levar em consideração o contexto sócio-histórico e sociocultural trabalhado, por tratar-se de muito mais do que apenas a aquisição de códigos, mas da sua interação com o ambiente. e) Alfabetizar digitalmente significa ensinar linguagens de programação no Ensino Médio para que os alunos tenham pleno domínio técnico das novas tecnologias. Questão 3 Assinale a alternativa correta: a) Um consenso a respeito da alfabetização digital está no fato de que não basta saber lidar com diferentes tecnologias, mas sim adquirir e ampliar habilidades e competências em comunicação. b) A alfabetização é um conceito simples, sobre o qual intelectuais das áreas da linguística e educação chegaram a um consenso há muito tempo e toda a bibliografia da área é baseada nestes consenso. c) Não há necessidade de mudar o modelo de ensino por conta do advento das TICs, dado que a escola é um ambiente à parte da sociedade, na qual o aluno só passa a integrar de fato após da sua completa alfabetização. d) De acordo com os PCNs, apenas o domínio do código escrito é parte da formação básica. e) As TICs em nada influenciam no aprendizado e devem ser descartadas do ambiente escolar. Questão 4 São muitos os casos em sala de aula, durante uma atividade, em que é preciso realizar uma pesquisa de determinado tema na internet e os alunos não se saem bem. O educador, diante desse tipo de situação, não compreende o ocorrido já que os alunos aparentam ter facilidade para adaptar-se à tecnologia. Considerando essa situação, explique o que o professor precisa saber para melhorar a atividade no computador com seus alunos. Questão 5 Uma pessoa que se gradua e, em seguida, fica quase dez anos afastada dos estudos e do mercado de trabalho geralmente sente dificuldades para encontrar um novo trabalho. Considerando que vivemos na sociedade da informação em que as mudanças são muitas em um pequeno período de tempo, explique por que esse tipo de situação ocorre no mercado de trabalho e qual o papel da escola com relação a isso. Questão 1 Resposta: Assim como a sociedade, os processos educacionais vão sofrendo alterações com o decorrer do tempo. Assim, é esperado que a forma de alfabetização também fosse mudando de acordo com a sociedade e, hoje, temos diferentes conceitos de diferentes autores que podemos dividir em duas dimensões de acordo com César, sendo elas: de um lado definições ligadas à aquisição de código, relacionando escrita-pensamento-leitura-fala; do outro as que consideram a alfabetização um processo situado sócio-historicamente e socioculturalmente. Questão 2 Resposta: a) (F) b) (V) c) (F) d) (V) e) (F) Questão 3 Resposta: Alternativa A. Questão 4 Resposta: O professor precisa ampliar seu conceito de alfabetizaçãoe conhecer ao mínimo as competências e habilidades descritas pelo estudo PISA acerca da alfabetização digital. Assim, ele saberá que nesse tipo de atividade é importante ensinar o aluno a selecionar informações. Questão 5 Resposta: Considerando que vivemos na sociedade da informação e que as mudanças são muito rápidas, participar das práticas sociais também exige uma constante mudança. Assim, essa pessoa precisa voltar a estudar para melhor preparar-se para o mercado de trabalho que pertence agora a outro contexto social. Pensando na escola, é importante que ela mostre para o aluno a importância de sempre atualizar-se com relação aos estudos e às características sociais e que forme um aluno capaz de agir socialmente e de maneira autônoma. 
Tema 03 Conteúdos Educacionais em Ambientes Virtuais
Estratégias e recursos para um ambiente virtual - Este texto visa fazer você compreender as possibilidades de utilizar um ambiente virtual de aprendizagem para disseminar o conteúdo, utilizando estratégias para apresentá-lo, assim como trabalhar com atividades contextualizadas e com recursos digitais que colaborarão para a aprendizagem. Para começar, você já deve ter percebido que os avanços da tecnologia estão cada vez mais presentes no nosso dia a dia e já chegaram à educação. Atualmente, toda escola oferece o acesso de pelo menos um computador e os professores já migraram de antigos mimeógrafos (lembra-se ou o conheceu?) para xerox ou até mesmo atividades digitais, como objetos educacionais que serão apresentados ainda nesta leitura. Este avanço é reflexo do uso das novas tecnologias, ou da Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC)1 , que colaboram com o processo de ensino e aprendizagem. Selwyn (2008) explica que as TIC basicamente são o uso de diferentes plataformas de hardwares (parte física dos equipamentos) e softwares (programas instalados nos equipamentos). Com a possibilidade do uso das TIC, escolas podem utilizá-las como estratégias para a fruição de conteúdos, pois há vários softwares que podem ser utilizados como recursos digitais na educação. Bielschowsky (2009) explica que a implantação das TIC no país oferece aos alunos o letramento digital, a construção da autonomia e a transformação da sala de aula em um ambiente mais dinâmico. Segundo Tarouco, Fabre, Konrath e Grando (2004), o uso dessas novas ferramentas fez surgir uma nova modalidade de ensino, o M-Learning, que visa promover a ubiquidade para o processo de aprendizagem, ou seja, para que os recursos estejam acessíveis a qualquer momento e onde quer que o aluno esteja interagindo com ele, criando contextos dinâmicos e motivadores. A modalidade de ensino do M-learning é utilizada, atualmente, em cursos de formação continuada, graduação e pósgraduação, por já ser comum a modalidade no sistema brasileiro de ensino à distância. No entanto, em escolas, faz-se necessário acompanhar os avanços tecnológicos e ter estratégias associativas que devem ir além de seus muros. Por isso, a possibilidade de se utilizar ambientes virtuais para colaborar com a transmissão do conteúdo é uma prática que vem se tornando possível, pelo crescente acesso dos alunos a ferramentas digitais (celulares, computadores, tablets, entre outros). Um dos recursos que podem ser utilizados como estratégia são os objetos educacionais, conforme comentado no início da leitura. Estes objetos “são materiais educacionais com objetivo pedagógico que servem para apoiar o processo de ensino-aprendizagem” (TAROUCO, FABRE, KONRATH e GRANDO, 2004). Os objetos educacionais, em formato digital, podem ser ferramentas de uso para o professor, auxiliando no formato de apresentar um conteúdo. Muitos objetos apresentam de forma interativa e dinâmica algo que seria abstrato para compreender apenas por explicações ou leituras, possibilitando a interação com o recurso, proporcionando a aprendizagem, pois, como explica Rodríguez Illera (2010, p. 145), “alunos aprendem melhor quando recursos textuais e gráficos estão fisicamente integrados do que quando eles estão separados”. 1 É possível encontrar outros termos para tecnologias de informação e comunicação, como Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC), quando definiram que os recursos utilizados eram novos. Atualmente há novos recursos, mas já há um bom tempo, fala-se de “novas” tecnologias, e muitas não são tão novas assim. Existe também o termo Tecnologia Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), tendo visto que alguns autores preferem direcionar o termo digital para enfatizar o tipo da tecnologia. No entanto, utilizaremos o termo TIC. Objetos educacionais deve priorizar conteúdo, interesse dos alunos e teorias de aprendizagem, combinando adequadamente os conhecimentos de diversas áreas como ergonomia, engenharia de sistemas, estando ciente das potencialidades e limitações da tecnologia envolvida (TAROUCO, FABRE, KONRATH, GRANDO, 2004, p. 3) Além disso, os objetos educacionais “incluem conteúdos de multimídia, conteúdos formativos [...] software para formação” (ADELL, BELLVER, BELLVER, 2010, p. 252). Esse formato de recurso pode ser vinculado a ambientes de aprendizagens; no entanto, faz-se necessário criar estratégias para promover o ensino com o uso deles. A proposta de uso desses tipos de recursos são possibilidades (como já citado anteriormente) presentes no M-learning quando o software é construído para ser utilizado por qualquer equipamento, seja celular, computador ou tablets. Nesse sentido, segundo Tarouco, Fabre, Konrath e Grando (2004), quando utilizado como estratégias bem orientadas, a aprendizagem se torna motivadora, dinâmica e significativa. Dessa forma, professores não devem achar que estes recursos apresentam o conteúdo por si só, eles devem ser apresentados de forma significativa e estratégica. Tarouco, Fabre, Konrath e Grando (2004) citam ainda que uso de recursos digitais, como objetos educacionais, não devem apresentar uma sobrecarga cognitiva e algumas metas devem ser almejadas para as multimídias, como a afetividade, a eficiência e a atratividade. É importante que você conheça algumas estratégias para alcançar as metas dos conteúdos em ambientes virtuais, que deverão ser estudadas como melhores formatos para ofertar e trabalhar conteúdos em ambientes virtuais. Logo, você deverá primeiro saber o que pretende (seu objetivo) para assim escolher a melhor estratégia. Vamos apresentar três delas, que podem ser no formato de narrativa, interação ou hipertextual. Segundo Rodríguez Illera (2005 apud RODRÍGUEZ ILLERA, 2010, p. 146), a estratégia da narrativa é usada especificamente na educação e de fato pode; [...] utilizar conteúdos narrativos em ambientes virtuais é comum quando se tenta introduzir um tema complexo ou que requer ser colocado em contexto antes de se sustentar ou avaliar decisões, como, por exemplo, introduzir um problema ou um caso por meio de um vídeo que mostre sua complexidade e seus vieses; a mesma coisa acontece com a tensão dramática necessária antes de tomar decisões como é comum em técnicas de videogame ou jogos de representação. A narrativa é um modelo linear que permite construir a apresentação de uma informação ou um relato sobre o conteúdo num processo temporal, ou seja, uma sequência lógica de informações. Em caso de vídeos ou animações, quando se está narrando, a distribuição da informação no formato temporal contribui para que determinado conteúdo seja compreendido de forma lógica. De forma geral, ela pode ser utilizada quando o conteúdo é mais denso e muito significativo (RODRÍGUEZ ILLERA, 2010). Diferente da narrativa, a interação são atividades opostas para trabalhar o conteúdo, já que o segundo é organizado no formato hierárquico. O modelo hierárquico é baseado na metáfora da árvore de informação (o mais comum para a organização dos conteúdos), baseado na ideia de organizar variadas informações em níveis hierárquicos, como uma árvore, de maneira que cada informação tem diferentes relações com os seus níveis (RODRÍGUEZ ILLERA, 2010). O modelo hierárquico permite organizarconteúdos muito amplos, quase sem limite, por meio da multiplicação de níveis e subníveis. É assim que procedem as enciclopédias e outros projetos de grande porte. Da mesma maneira, os portais educacionais e ambientes de aprendizagem virtual que incluem muitos cursos utilizam sempre um modelo hierárquico para dar acesso aos conteúdos (RODRÍGUEZ ILLERA, 2010, p. 147). O seu próprio ambiente virtual de aprendizagem (este no qual está matriculado) é um local onde a organização é feita no formato hierárquico. Você poderá perceber no seu ambiente de estudos. Assim, a informação de interação deve estar sempre respeitando uma certa lógica para que não se perca o raciocínio, mesmo que ele não seja apresentado de forma linear. Da mesma forma devem ser apresentados conteúdos no formato de interação. Eles devem ser hierárquicos, com subníveis lógicos para colaborar com a aprendizagem. O terceiro modelo é o hipertextual, apresentado de uma maneira não linear. Pode ser comparado ao formato de uma teia, ou seja, ao longo da informação ele pode apresentar informações análogas, não lineares, como por exemplo, apresentar um objeto educacional de um determinado assunto que o aluno irá explorar, e no meio do objeto, ter vídeos que apresentem informações que colaborem para que ele se aprofunde ainda mais sobre o assunto. Para que você possa se lembrar da hipertextualidade, lembre-se de páginas da internet em que os “https” apresentam no corpo de um texto links que lhe remetem a outras informações relevantes que vão além do texto lido. Rodríguez Illera (2010, p. 148) explica ainda que; o modelo hipertextual supõe, basicamente, que a informação é organizada em documentos ou nós de tamanho variável, e que cada nó pode conectar-se com outros por meio de links. Daí vem a metáfora da rede: um conjunto de links agrupados em torno de pontos que contêm informação. Não há propriamente um centro ou uma hierarquia entre os nós nem um percurso de leitura predeterminado, apenas o caráter associativo dos links, que permite criar quase qualquer tipo de leitura possível mediante sua simples ativação e saltando de um nó para outro, embora seja possível introduzir restrições. A criação de conteúdos, a escrita hipertextual, é um processo que consiste em enlaçar a informação seguindo uma determinada lógica, que pode ser muito variada, mas que não corresponde com a da escrita linear. Este processo de criação de conteúdos hipertextuais pode ser muito simples ou muito complexo, segundo aumentam a extensão e o número de links do hipertexto. Diante dessas três estratégias apresentadas, é necessário ter objetivo do conteúdo a ser exposto. Cada um apresenta uma forma de trabalhar, linear ou não linear, e o professor deve atentar-se ao que almeja para o seu aluno. Ambientes virtuais precisam ter as informações bem apresentadas, tanto em enunciados quanto nos objetivos das atividades. O professor deve utilizá-lo com cautela e saber como alcançar a aprendizagem de seu aluno com determinadas ferramentas e recursos. Rodríguez Illera (2010, p. 141-142) contribui ainda sobre a organização dos conteúdos, que deve apresentar um design que colabora com a aprendizagem do aluno, apresentado em vários níveis; a) Segmentando o conteúdo por níveis de integração (ou seja, de maneira clássica, decompondo o conteúdo global do curso em partes menores, como poder ser uma lição, uma sequência didática ou um recurso didático) e dando a eles, portanto, uma apresentação diferente dentro do aplicativo ou do ambiente; b) Compondo espacialmente os diferentes conteúdos no interior da tela, ou seja, construindo unidades de significação (perceptiva, mas não unicamente) para o estudante; c) Estruturando o acesso temporal aos conteúdos, ou seja, as formas e limites para acessar as informações já digitalizadas e organizada na tela; d) Possibilitando determinadas formas de interação entre o estudante, os conteúdos e o professor, gerando dinâmica própria do processo. Neste sentido, o professor deve organizar-se para administrar bem a forma que utilizará um conteúdo, principalmente no formato de recursos digitais. Deve haver estratégias de ensino para que não seja utilizado um recurso apenas para diversão, como assistir a um filme sem reflexão, explorar um jogo sem aprendizagem, escutar um áudio sem a compreensão. Por isto, são necessárias as estratégias. Tarouco, Fabre, Konrath e Grando (2004) evidenciam que o professor, utilizando as tecnologias a seu favor, passa a ser um orientador e um estimulador da comunicação e da cooperação entre os alunos que participam, além da escola, de ambientes virtuais de aprendizagem. Por isto, esperamos que você possa compreender as possibilidades de oferecer conteúdos em ambientes virtuais de aprendizagem, caso queira trabalhar com o ensino a distância. No entanto, nada impede que possa articular o ensino presencial com o uso de ambientes virtuais para disponibilizar conteúdo, dessa forma, poderá utilizar mais essa ferramenta para colaborar com o ensino e aprendizagem de seus alunos. Questão 1 Ambientes virtuais de aprendizagens possibilitam que o professor utilize recursos digitais que vão além da explicação e do uso do livro didático. Você saberia dizer o que são estes recursos digitais? Exemplificar com modelos que possam ser utilizados como conteúdos em uma sugestão de aula? Para dar exemplos, utilize os sites indicados em “Acompanhe na Web”. Questão 2 Para utilizar recursos digitais de multimídia como conteúdo em ambientes virtuais, o professor deve ter estratégias de ensino. O que são estas estratégias? Qual a sua importância? Questão 3 Um professor quer ensinar aos seus alunos todo o processo da fotossíntese e levou-os para conhecer o Horto da cidade. Alguns alunos não compreenderam o processo e ele resolveu utilizar o ambiente virtual para tentar sanar as dúvidas dos alunos. Segundo o que lemos no texto, qual a melhor estratégia que ele poderia utilizar? a) Colocar apenas ilustrações para eles compreendam todo o processo. b) Disponibilizar um texto, para que eles consigam ler e compreender tudo o que viram no Horto. c) Pedir para que cada um compartilhe no ambiente algum recurso que possa exemplificar a todos, inclusive aqueles que não entenderam como é o processo. d) Compartilhar vídeos sobre o processo da fotossíntese, colocar textos ilustrativos e solicitar um trabalho em que eles expliquem com suas próprias palavras a relação do que viram no Horto com o material disponibilizado. Questão 4 Reflita sobre a seguinte situação: um professor disponibilizou um texto interativo sobre as olimpíadas no ambiente virtual de aprendizagem. Em determinados locais do texto era possível assistir matérias sobre acontecimento, ver os rankings a cada ano, além, caso o aluno quisesse (pois não fazia parte do texto disponível), conhecer a história de cada país que subsidiou o evento nos anos anteriores. Qual estratégia que este professor utilizou para apresentar o conteúdo? a) Como ele apresentou um texto corrido de história, foi uma narrativa. b) O professor possibilitou que os alunos tivessem uma teia de informação, por isto, a estratégia utilizada foi a hipertextual. c) A cada informação que o aluno clicasse, podemos considerar que eram subníveis do texto, logo, era a estratégia da interação. d) O professor não utilizou nenhuma estratégia, ele apenas colocou todas as informações que sabia ao longo do texto. Questão 5 Qual a importância de um ambiente virtual e como você trabalharia conteúdos nele? Questão 1 Resposta: Esses recursos são os objetos de aprendizagens, que possibilitam ao professor utilizar recursos de multimídia para trabalhar determinado assunto. Por exemplo, professores de matemática poderão utilizar objetos de aprendizagem como a Fazenda Rived (Disponível em: ). O objeto é para crianças de até 10 anos e ensina a elas contarem, fazerem pequenas equações. Questão 2 Resposta: As estratégias de ensino são as formas como o professor irá trabalhar o conteúdo. Ele deve escolher recursos digitais, mas deve dar conteúdo ao recurso, ou seja,ele deve trabalhar com atividades, trazer considerações e dar corpo ao tema. A importância de ter estratégias é que o recurso não apresenta o conteúdo por si só, e sim, que o professor é o mediador da situação, colaborando ainda mais com a aprendizagem. Questão 3 Resposta: Alternativa D. Justificativa: Segundo Rodríguez Illera (2010, p. 145) “alunos aprendem melhor quando recursos textuais e gráficos estão fisicamente integrados do que quando eles estão separados”. Questão 4 Resposta: Alternativa B. Justificativa: O texto interativo permite que os alunos tenham acesso a outros conteúdos no formato hipertextual. Questão 5 Resposta: O estudante deverá trazer suas próprias considerações sobre a importância de trabalhar conteúdos em ambientes virtuais, refletindo como ele atuaria nesta perspectiva.
Tema 04 O Aluno em Ambientes Virtuais de Aprendizagem
Estamos em constante processo de mudanças tecnológicas, que acontecem cada vez mais céleres de uma geração para outra. As gerações digitais se mesclam com as gerações BB (baby boomers), X, Y, Z e agora @, mas, antes de falarmos sobre elas, é preciso compreender o que são Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA). Ambientes Virtuais de Aprendizagem, também chamados de Learning Management System (LMS), são softwares, programas, que auxiliam na montagem de cursos pela internet. Este programa possibilita o gerenciamento dos conteúdos elaborados por professores e permite o acompanhamento das aulas por todos (alunos e professores) bem como a administração do curso. Com o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), a educação a distância pode organizar-se com ferramentas de apoio síncronas e assíncronas, por exemplo: chat, videoaula, fórum, lista de discussão, correio eletrônico, mural, enquete, portfólio, perfil e FAQ (Frequently Asked Questions). A utilização de tais ferramentas trouxe à EaD não só a potencialização da autonomia e da construção coletiva, mas também a permanência dos alunos nos cursos. Autonomia e independência são elementos necessários e que diferenciam a educação de adultos (andragogia) do ensino presencial. Filatro (2004, p. 32) diz que: Compreender de que forma as tecnologias de informação e comunicação contribuem para o aperfeiçoamento do processo de ensino aprendizagem representa uma oportunidade de redescobrir a natureza impar, insubstituível e altamente criativa da educação no processo de desenvolvimento humano e social. A tecnologia vem para enriquecer e facilitar o processo de ensino aprendizagem. Aproveitar tais facilidades na prática profissional, nas atividades de lazer, nas relações humanas, no desenvolvimento de comunidades, assim como conhecer e falar com pessoas em todas as partes do mundo são algumas das possibilidades tecnológicas. Como vimos, os recursos tecnológicos que atendem à educação são diversos, logo, é fundamental conhecermos as ferramentas que estão disponíveis para que o aprendizado aconteça de fato. Método e metodologia devem caminhar juntos para um ensino interativo e eficaz. Ciberespaço x Cibercultura Há mais de trinta anos, Marshall McLuhan, um dos precursores da teoria da comunicação, formulou o conceito de aldeia global, ao perceber a agilidade e a rapidez com que os meios de comunicação desenvolviam novas tecnologias. McLuhan previu um novo conceito de sociedade, completamente interconectada e tomada pelas mídias eletrônicas. Essas novas mídias, ao aproximar as pessoas de toda parte, permitiriam a elas conhecer-se e comunicar-se, como em uma aldeia. O surgimento da internet como uma rede mundial de computadores veio confirmar essas expectativas ao criar um novo espaço para a expressão, conhecimento e comunicação humana. Porém, trata-se de um espaço que não existe fisicamente, mas virtualmente: o ciberespaço. Este termo foi idealizado por William Gibson, em 1984, no livro Neuromancer, referindose a um espaço virtual composto por cada computador e usuário conectados em uma rede mundial. É inegável que a revolução cibernética tecnológica afeta os mais variados aspectos da vida cotidiana, principalmente com a inserção de contextos virtuais, como os círculos eletrônicos de amizade por meio de comunidades virtuais e a possibilidade de “navegar” pelo mundo, tornando a sociedade atual cada vez mais próxima da ideia de aldeia global. Porém, foi na última metade do século XX, com o surgimento da rede digital e do ciberespaço, que foi explicitada a possibilidade de virtualização e o virtual passou a ser um traço inquestionável nas práticas sociais. Kenski (2003, p.106) afirma que: No ciberespaço, essa união de cidadãos conectados, agrupados virtualmente em torno de interesses específicos, pode construir uma comunidade a partir do momento em que se estabelecem regras, valores, limites, usos e costumes, a netiqueta, com as restrições e os sentimentos de acolhimento e pertencimento ao grupo. Ao analisamos o termo ciberespaço, estamos falando de um grande universo virtual onde circulam milhões de informações. A cibercultura está inserida neste espaço, logo, é a cultura virtual, o conhecimento ao alcance de todos que de certa forma vivem dentro do mundo do ciberespaço. Para Pierre Lévy, a cibercultura reflete a “universalidade sem totalidade”, algo novo se comparado aos tempos da oralidade primária e da escrita. É universal porque promove a interconexão generalizada, mas comporta a diversidade de sentidos, dissolvendo a totalidade. Em outras palavras, a interconexão mundial de computadores forma a grande rede, na qual cada nó é fonte de heterogeneidade e diversidade de assuntos, abordagens e discussões, que estão em permanente renovação. Pierre Lévy coloca ainda que a cibercultura é um movimento que oferece novas formas de comunicação, o que chama a atenção de milhares de pessoas pelo mundo. O autor evidencia sua intenção de deixar de fora as questões industriais e econômicas, concentrando-se nas implicações culturais. No entanto, ele próprio não consegue se desvencilhar da teia de colisões sociais, políticas e econômicas em que a técnica se insere e enaltece a “dialética das utopias e dos negócios”, numa referência à relação da cibercultura com a globalização econômica. Sem dúvida, questões tão complexas como essas mereceriam tratamento mais aprofundado. Segundo Lévy, o próprio ambiente instável dificulta a formulação de grandes respostas. De qualquer forma, ele consegue dar o seu recado: é preciso navegar neste mundo de transformações radicais. Sobre esta visão que sugere que a rede está tendendo a uma finalidade mercadológica e paga, Levy argumenta que a música e o cinema também são produtos industriais, mas nem por isso aumentaram o fosso existente entre ricos e pobres. Além disso, se os serviços pagos na rede estão aumentando, os serviços gratuitos aumentam em uma velocidade bem maior. O autor acredita que a cibercultura seja a herdeira legítima da filosofia das Luzes, que difunde valores como fraternidade, igualdade e liberdade. Para ele, a rede é, antes de tudo, um instrumento de comunicação entre indivíduos, um lugar virtual no qual as comunidades ajudam seus membros a aprender o que querem saber. Concluindo, a cibercultura é tudo aquilo que se movimenta dentro do ciberespaço. Andragogia O termo andragogia é a ciência que estuda como os adultos aprendem. E quem primeiro usou esta nomenclatura foi o educador alemão Alexander Kapp, em 1833, com o objetivo de descrever elementos da teoria da educação. Esta ciência [...] é um caminho educacional que busca compreender o adulto. A Andragogia significa, “ensino para adultos”. Andragogia é a arte de ensinar aos adultos, que não são aprendizes sem experiência, pois o conhecimento vem da realidade (escola da vida). O aprendizado é factível e aplicável. Esse aluno busca desafios e soluções de problemas, que farão diferenças em suas vidas. Busca na realidade acadêmica realização tanto profissional como pessoal, e aprende melhor quando o assunto é de valor imediato. O aluno adulto aprende com seus próprios erros e acertos e tem imediata consciência do que não sabe e o quanto afalta de conhecimento o prejudica. Precisamos ter a capacidade de compreender que na educação dos adultos o currículo deve ser estabelecido em função da necessidade dos estudantes, pois são indivíduos independentes autodirecionados. (HAMZE, s/d, s/p) De acordo com Cavalcanti (1999, s/p): Linderman, E.C, em 1926, pesquisando as melhores formas de educar adultos para a “American Association for Adult Education” e percebeu algumas impropriedades nos métodos utilizados e escreveu: Nosso sistema acadêmico se desenvolveu numa ordem inversa: assuntos e professores são os pontos de partida, e os alunos são secundários... O aluno é solicitado a se ajustar a um currículo pré-estabelecido... Grande parte do aprendizado consiste na transferência passiva para o estudante da experiência e conhecimento de outrem. Mais adiante oferece soluções quando afirma que “nós aprendemos aquilo que nós fazemos. A experiência é o livro-texto vivo do adulto aprendiz”. Lança assim as bases para o aprendizado centrado no estudante, e do aprendizado tipo “aprender fazendo”. Infelizmente sua percepção ficou esquecida durante muito tempo. A partir de 1970 , Malcom Knowles trouxe a tona as idéias plantadas por Linderman. Publicou várias obras, entre elas “The Adult Learner - A Neglected Species” (1973), introduzindo e definindo o termo Andragogia - A Arte e Ciência de Orientar Adultos a Aprender. Daí em diante, muitos educadores passaram a se dedicar ao tema, surgindo ampla literatura sobre o assunto. Além disso, de acordo com Hamze: Na Andragogia a aprendizagem adquire uma particularidade mais localizada no aluno, na independência e na auto-gestão da aprendizagem, para a aplicação prática na vida diária. Os alunos adultos estão preparados a iniciar uma ação de aprendizagem ao se envolver com sua utilidade para enfrentar problemas reais de sua vida pessoal e profissional. A circunstância de aprendizagem deve caracterizar-se por um “ambiente adulto”. A confrontação da experiência de dois adultos (ambos com experiências igualadas no procedimento ativo da sociedade) faz do professor um facilitador do processo ensino aprendizagem e do educando um aprendiz, transformando o conhecimento em uma ação recíproca de troca de experiências vivenciadas, sendo um aprendizado em mão dupla. São relações horizontais, parceiras, entre facilitador e aprendizes, colaboradores de uma iniciativa conjunta, em que os empenhos de autores e atores são somados. A metodologia de ensino e aprendizagem fundamenta-se em eixos articuladores da motivação e da experiência dos aprendizes adultos. Nesse processo, os alunos adultos aprendem compartilhando conceitos, e não somente recebendo informações a respeito. Desta coexistência e participação nos processos de decisão e de compreensão podem derivar contornos originais de resolução de problemas, de liderança, identidades e mudanças de atitudes em um espaço mais significativo. Em classes de jovens e adultos é arriscado assinalar quem aprende mais: se o professor ou o estudante. Na educação convencional, o aluno se adapta ao currículo, mas na educação de adulto, o aluno colabora na organização do currículo. A atividade educacional do adulto é centrada na aprendizagem e não no ensino, sendo o aprendiz adulto agente de seu próprio saber e deve decidir sobre o que aprender. Os adultos aprendem de modo diferente de como as crianças aprendem. Portanto é essencial que os métodos aplicados também sejam distintos. A finalidade é o de propor como o adulto aprende, não avaliar sua capacidade de aprendizagem. A aprendizagem procede mais da participação em tarefas, do estudo em grupo e da experiência. O papel do professor é facilitar a aprendizagem, enfatizando, nesse procedimento, a bagagem de informação trazida por seus educandos. Retomando Cavalcanti (1999, s/p): Kelvin Miller afirma que estudantes adultos retêm apenas 10% do que ouvem, após 72 horas. Entretanto serão capazes de lembrar 85% do que ouvem, vêm e fazem, após o mesmo prazo. Ele observou ainda que as informações mais lembradas são aquelas recebidas nos primeiros 15 minutos de uma aula ou palestra. Para melhorar estes números, faz-se necessário conhecer as peculiaridades da aprendizagem no adulto e adaptar ou criar métodos didáticos para serem usados nesta população específica. Segundo Knowles, à medida que as pessoas amadurecem, sofrem transformações: • Passam de pessoas dependentes para indivíduos independentes, autodirecionados. • Acumulam experiências de vida que vão ser fundamento e substrato de seu aprendizado futuro. • Seus interesses pelo aprendizado se direcionam para o desenvolvimento das habilidades que utiliza no seu papel social, na sua profissão. • Passam a esperar uma imediata aplicação prática do aprendem, reduzindo seu interesse por conhecimento a serem úteis num futuro distante. • Preferem aprender para resolver problemas e desafios, mais que aprender simplesmente um assunto. • Passam a apresentar motivações internas (como desejar uma promoção, sentir-se realizado por ser capaz de uma ação recém-aprendida, etc), mais intensas que motivações externas como notas em provas, por exemplo. Dessa maneira percebemos que Como refere Osorio (2003, p. 93), [...] a andragogia baseia-se noutros pressupostos de aprendizagem e de ação com os adultos. Portanto é necessário um salto qualitativo no momento de estudar, compreender e praticar a educação de adultos. Para uma compreensão mais clara das diferenças e pressupostos dos dois modelos, apresentamos de seguida um quadro, onde se resume, quer um conjunto de postulados do modelo pedagógico, quer as contra-hipóteses andragógicas (A ANDRAGOGIA): Quadro 4.1 Hipóteses pedagógicas e contra-hipóteses andragógicas. Necessidade de saber - Os aprendentes apenas necessitam de saber que devem aprender aquilo que o professor ensina. - Os adultos têm necessidade de conhecer o motivo pelo qual devem aprender antes de se comprometerem com a aprendizagem/Conceito de si - O professor tem do aprendente a imagem de um ser dependente. É esta dependência que marca, também, a auto imagem daquele que aprende - Conscientização, por parte do adulto, da responsabilidade das suas decisões e da sua vida. Torna-se necessário que sejam encarados como indivíduos capazes de se auto gerirem./ Papel da experiência - A experiência do aprendente é considerada de pouca utilidade. Dá-se importância à experiência do professor ou dos materiais pedagógicos. - Adultos portadores de uma experiência que os distingue das crianças e jovens.- A educação de adultos deve centrar-se nos processos individuais de aprendizagem face aos processos mais coletivos de outras etapas evolutivas./ Vontade de aprender - A disposição para aprender aquilo que o professor ensina tem como fundamento critérios e objetivos internos à lógica escolar, isto é, a finalidade de obter êxito e progredir, em termos escolares.- Os adultos têm a intenção de iniciar o processo de aprendizagem desde que compreendam a sua utilidade para determinadas situações de vida./ Orientação da aprendizagem - Aprendizagem encarada como um processo de aquisição de conhecimentos. Lógica centrada nos conteúdos. - Aprendizagem encarada como resolução de problemas e tarefas da vida cotidiana./ Motivação - Motivação para aprendizagem extrínseca ao sujeito (classificações escolares, pressões familiares, apreciações do professor)- Motivação para a aprendizagem também extrínseca (promoção profissional, melhor salário, etc.), mas principalmente intrínseca (autoestima, satisfação profissional, qualidade de vida).
Sendo assim, a autoaprendizagem se desenvolve em interdependência com a interaprendizagem entre pessoas que se agrupam por motivações e necessidades convergentes para atingir determinado objetivo, evidenciando um processo de autogestão e cogestão da aprendizagem que se aproxima do conceito de heutagogia. Blended Learning Blended Learning, ou ensino híbrido, designa a modalidade de ensino em que os cursos são ministrados por meio da fusão da educação a distância com a presencial. O verbo blend, em línguainglesa, significa misturar, combinar. Esta modalidade de ensino, portanto, combina estudo a distância com estudo presencial, valorizando, assim, a interação entre pares e entre aluno e professor. Em síntese, o termo pode ser empregado como mostra a Quadro 4.2: BLENDED LEARNING = EaD + Educação Presencial ou Educação Presencial + EaD. A diferença da ordem acima representa a forma básica ou predominante de estudo. Não há, entretanto, fórmula fixa de proporção entre as modalidades de educação (presencial e a distância) para cursos de naturezas e níveis diferentes. Normalmente, a modalidade presencial prescinde de ferramentas tecnológicas digitais. Neste ambiente, o professor/ tutor se torna responsável por propor atividades que valorizem as relações interpessoais, pois assim ele estimula a interação por meio de trabalhos que envolvam toda a turma ou parte dela. Já a modalidade a distância, que necessita da utilização de ferramentas das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTICs) em diferentes ambientes (dentro da própria sala de aula, na biblioteca, no laboratório de informática e até em casa), permite que o aluno tenha controle sobre onde, como, o que e com quem vai estudar. Apesar de serem modalidades diferentes, o objetivo do Blended Learning/ensino híbrido é fazer com que os ambientes presenciais e virtuais de aprendizagem sejam complementares e promovam uma educação mais personalizada, interessante e eficiente. A concepção de educação baseada na prática concomitante das modalidades de ensino a distância e presencial vem sendo avaliada por muitos pesquisadores como positiva. Assim, não há dúvidas de que o Blended Learning pode maximizar o aprendizado, os resultados de treinamento e, consequentemente, melhorar o desempenho dos alunos participantes dos cursos nesta modalidade. Há de se atentar às experiências do Blended Learning para enfrentar o grande desafio desta modalidade de ensino. O ideal é chegar à combinação perfeita das diversas metodologias, considerando a cultura da instituição, os objetivos do curso, o tipo de conteúdo abordado e as expectativas de aprendizagem dos alunos. Gerações Digitais Digital é uma palavra que se origina do latim digitus. Com as tecnologias, seu uso se tornou comum e ela passou a se referir à existência imaterial das imagens, sons e textos, que podem ser entendidos como palcos de possibilidades. E assim, por não terem materialidade fixa, podem ser manuseados ilimitadamente de acordo com as decisões dos usuários, que lidam com os periféricos de intercâmbio, como o mouse, a tela, o teclado, etc. O aluno da chamada “geração digital”, aquela que se transporta da tela da televisão para a do computador, faz com que o professor da sociedade da informação (na sala de aula presencial e a distância) se conscientize de que está diante de um novo público. Assim, os professores do século XXI têm o papel de lidar com a tecnologia dentro da sala de aula, tarefa ainda em processo de aprendizado, porque se depara com os seguintes desafios: a) saber articular a cultura cibernética, em que boa parte dos alunos está imersa desde a primeira infância; b) saber os limites e as possiblidades do uso dos recursos tecnológicos dentro da sala. Atualmente, grande parte dos alunos tem acesso à internet por meio de dispositivos variados, como celular, tablet, notebook e computador pessoal (PC). Esse acesso desenfreado e desregrado sem a devida orientação por parte de pais e responsáveis faz que com estes jovens obtenham muitas informações, mas sem reter quase nada, e essa interação contínua os deixa com fadiga, impedindo a interação com outros veículos de aprendizagem. Os professores, portanto, devem estar continuamente em formação para filtrar os materiais digitais e direcionar os alunos para uma pesquisa consistente, seja no formato textual ou multimídia, inclusive em sites que estimulem a criatividade através da gamificação. Vamos entender melhor como estas gerações interagem entre si e como estão denominadas: Os Baby Boomers: A geração da TV (1950/1960) Os Baby Boomers compreendem os nascidos entre a década de 1950 e 1960. O termo “Baby Boomer” é usado como referência aos “filhos” do baby boom, explosão demográfica pós-Segunda Guerra Mundial que ocorreu em maior escala nos Estados Unidos, Canadá e Austrália. Mais do que uma explosão demográfica, essa foi uma transformação cultural. A ascensão da televisão moldou o comportamento desses jovens, visto que ela servia como mensageira e mobilizadora, e ainda retratava a juventude como um grande acontecimento. Essa geração participou da revolução dos anos 1960, o que mudou não só o papel das mulheres na sociedade, mas também o papel dos jovens. Eles desenvolveram sua própria cultura, pelo fato de existir um grande abismo entre eles e seus pais. Devido a isso, criaram seu estilo de vida próprio e tinham a televisão como principal ferramenta de comunicação. Dessa geração surgiram os ideais de liberdade, o feminismo e os movimentos civis a favor dos negros e homossexuais. O comportamento hippie também surgiu nessa época e junto a ele os protestos contra a Guerra Fria e a Guerra do Vietnã. No Brasil, a geração foi marcada pelos festivais de música, que eram uma forma de expressão político ideológica dos jovens diante da repressão e censura da ditadura militar. (OLHAR DIGITAL, 2011a). Geração X - O início da internet. Os bebês dos anos 1960/1970 Nos Estados Unidos, o termo Geração X foi, inicialmente, referido ao período do “baby bust”, ou seja, a geração pós-baby boom, quando as famílias começaram a ter menos filhos por casal. No Reino Unido, o termo foi utilizado primeiramente em 1964, em um estudo sobre a juventude britânica, que revelou uma geração de adolescentes com hábitos e preocupações diferentes das gerações anteriores. Eram jovens que dormiam juntos antes que estivessem casados, não acreditavam em Deus, não gostavam da Rainha e não respeitavam os pais. Essa geração viveu em uma sociedade onde havia descrença no governo, falta de confiança na liderança, apatia política, aumento do divórcio e do número de mães que transformaram a maneira de se relacionar com a sociedade. Foi a partir dessa geração que surgiram as preocupações com a destruição ambiental e as questões ecológicas. Este foi o início da internet e o fim da Guerra Fria, outra característica cultural marcante da Geração X. (OLHAR DIGITAL, 2011a) Geração Y os nascidos nos anos 1980 e início da década de 1990 Chamados de Geração Y, estes jovens nascidos entre as décadas de 80 e 90 têm características muito especiais, pois foram os únicos que acompanharam a revolução tecnológica desde pequenos. Eles se conectaram desde cedo com o mundo digital e aprenderam na raça como incorporar em seu cotidiano as novas tecnologias, conseguindo, assim, desenvolver competências diferentes das gerações anteriores: a Baby Boomers e Geração X. Durante os anos 90, as tecnologias criadas na década de 80 foram aperfeiçoadas e popularizadas, entre elas, o computador, a internet e o telefone celular. A internet passou a ser uma nova mídia e conceito que mudou todo o comportamento das pessoas, em especial destes jovens. A internet trouxe um mundo de infinitas possibilidades, sendo uma ferramenta muito útil para explorar diversos assuntos e, consequentemente, permitindo que eles desenvolvessem ainda mais a curiosidade e capacidade para mexer com estas tecnologias. Aliás, isso também possibilitou o desenvolvimento da independência, já que eles podiam achar as respostas para suas dúvidas facilmente, rapidamente e, principalmente, sozinhos. Portanto, eles estão se tornando uma geração mais crítica, pois possuem ferramentas para questionar, desafiar e discordar. Não aceitam explicações simples e óbvias. A internet permite debates em tempo real com pessoas de diferentes lugares e idades por meio de batepapos e fóruns, o que os torna jovens mais questionadores e prontos para mudar o que julgam não estar certo. O lado negativo desse ambiente online é que os jovens podem perder suas habilidades sociais. Com

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