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Prof. João Jaime Giffoni Leite • Glicólise – Rota central do catabolismo da glicose • Maior fluxo de carbono na maioria das células – Quebra glicolítica • Única fonte de energia metabólica em alguns tecidos de mamíferos e tipos celulares – Hemácias – Medula renal – Cérebro – Espermatozóides • Fermentação – Degradação anaeróbica de glicose ou outros nutrientes orgânicos para obtenção de energia • Geração de ATP • Organismos primitivos – Atmosfera com carência de O2 » Glicólise é considerada a mecanismo biológico mais primitivo para obtenção de energia a partir de moléculas orgânicas, presente em todas as formas de vida atuais – Curso da evolução • Química da sequência de reações foi completamente conservada • Enzimas glicolíticas dos vertebrados são intimamente similares aos seus homólogos nas leveduras e no espinafre – Glicólise • Difere entre as espécies apenas em detalhes de sua regulação e no destino metabólico subsequente do piruvato formado – Pode servir como modelo para muitos aspectos das rotas metabólicas – Ocorre: • Procariotos: citoplasma • Eucariontos: citosol • Rota de Embden-Meyerhof – Mais comum e conhecida forma de glicólise • Elucidada por Gustav Embden e Otto Meyerhof • Termo glicólise pode significar também outras rotas metabólicas – Entner-Doudoroff • Quebra dos seis carbonos da glicose em duas moléculas de piruvato com três carbonos ocorre em dez passos – Passos 1-5: • Fase preparatória (fase de investimento) – Passos 5-10: • Fase de geração de ATP (fase de rendimento) • Glicose – Sangue para célula – Via de Sinalização da Glicose • Hormônio insulina (produzido no pâncreas) – Cascata de reações bioquímicas » Ligar ao seu receptor IR • Estímulo prossegue pelas proteínas IRS1->PI3K->AKT, respectivamente, até que o GLUT (transportador de glicose) receba este estímulo e haja a sua translocação para a membrana da célula, abrindo um canal para a entrada da glicose do meio extracelular, para o interior da célula. • Glicólise, que possui 10 reações para a conversão da glicose, e é divida em duas fases: • Fase preparatória • Fase de pagamento • FASE PREPARATÓRIA: – Preparação para a transferência de elétrons – Fosforilação do ADP • Hidrólise de ATP • FASE PREPARATÓRIA: – 1ª etapa • Fosforilação da glicose – Enzima Hexoquinase » Fosfato é adicionado ao carbono 6 da molécula de glicose • Glicose para glicose-6-fosfato (não sai da célula) • Glicose não perde nenhum carbono, há apenas um rearranjo na sua estrutura • Para a adição do fosfato (fosforilação) à glicose – Primeiro gasto de energia • FASE PREPARATÓRIA: – 2ª etapa • Isomerização da glicose-6- fosfato – Produto: Frutose-6-fosfato – Enzima: glicose fosfato isomerase » Rearranjo, sem perca de carbono, visto que a glicose é uma aldose, e a frutose é uma cetose, mas ambas são hexoses • FASE PREPARATÓRIA: – 3ª etapa • Fosforilação da frutose-6- fosfato • Produto: frutose-1,6-bisfosfato • Enzima: fosfofrutoquinase – Hidrólise de ATP, constituindo então o segundo gasto de energia – G6P e a F6P podem desempenhar papéis em outras vias » Frutose-1,6-bisfosfato não, por isso este é um ponto irreversível da glicólise • FASE PREPARATÓRIA: – 4ª etapa • Divisão da frutose-1,6-bisfosfato • Produtos: – Diidroxiacetona fostato – Gliceraldeído-3-fosfato » dois fragmentos de 3 carbonos • Enzima: aldolase – 5ª etapa – Conversão de Diidroxiacetona fostato para Gliceraldeído-3- fosfato • Nota-se... – Uma molécula de glicose (hexose) foi quebrada e convertida a duas moléculas • Gliceraldeído-3-fosfato (triose) • Reações que se seguem serão representadas apenas uma vez, mas na realidade, duas moléculas de Gliceraldeído-3-fosfato estarão participando de reações iguais • FASE DE PAGAMENTO: – Não houve nenhuma reação oxidativa – Foram usados 2 ATP • Por isso, esta fase recebe este nome, visto que haverá o pagamento dos das moléculas de ATP gastas – Saldo positivo de 2 ATP e 2 Piruvatos. • FASE DE PAGAMENTO: – 6ª etapa • Reação: Oxidação do Gliceraldeído- 3-fosfato • Produto: 1,3-bisfosfoglicerato • Enzima: Gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase – Reação característica da glicólise, porque: » Adição de fosfato ao Gliceraldeído-3-fosfato » Transferência de elétrons para o NAD+ (nicotinamida adenina dinucleotídio) • NAD+ é um transportador de energia, e é reduzido a NADH ao receber dois elétrons e um próton • FASE DE PAGAMENTO: – 7ª etapa • Reação: 1,3-bisfosfoglicerato se converte em 3-Fosfoglicerato • Produto: 1,3-bisfosfoglicerato • Enzima: Fosfoglicertato quinase – Pagamento do ATP gasto – Diferentemente da etapa 6, a fosforilação não é oxidativa, pois não há transferência de elétrons, e sim de fosfato, em nível de substrato » Vale ressaltar, portanto, que 2 ATP foram produzidos, já que temos esta reação em dobro. • FASE DE PAGAMENTO: – 8ª etapa • Reação rearranjo do 3- Fosfoglicerato – Fosfato passa do carbono 3 para o carbono 2 • Produto: 2-Fosfoglicerato • Enzima: fosfogliceromutase • FASE DE PAGAMENTO: – 9ª etapa • Reação: desidratação do 2- fosfoglicerato • Produto: fosfoenolpiruvato • Enzima: Enolase • FASE DE PAGAMENTO: – 10ª etapa • Reação: Fosfoenolpiruvato transfere fosfato ao ADP • Produto: 2 moléculas de piruvato e 2 ATP • Enzima: Piruvato quinase • Fase preparatória: gasto de 2 ATP • Fase de pagamento: produção de 4 ATP e 2 Piruvatos • Saldo positivo de 2 ATP e 2 Piruvatos Se o organismo não necessitar urgentemente de energia, as vias podem ser "desativadas", para que haja economia de energia • Glicólise, há então 3 pontos de controle da via: – 1º : glicose para glicose-6-fosfato – 2º: frutose-6-fosfato para frutose-1,6-bisfosfato (inibição da fosfofrutoquinase pelo excesso de ATP) – 3º: fosfoenolpiruvato a piruvato (inibição da piruvato quinase por ATP) • Piruvato formado segue um dos seus três destinos: – Formação do etanol ou lactato • Ambas são vias anaeróbicas – Formação da Acetil-CoA • Via aeróbica - do Ciclo de Krebs • Organismos mais desenvolvidos como o homem, transformam o piruvato em Acetil-CoA • Células musculares podem seguir: » Via do Acetil-CoA ou do Lactato • Lactato • Não há um grande saldo de ATP • Via utilizada em situações de emergência, como exercícios físicos sem preparação
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