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Diabetes mellitus[1]

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Prof. Ms. Paulo Pedro do Nascimento 
Diabetes Melito 
 
 Grupo de distúrbios metabólicos que têm em 
comum a hiperglicemia. 
| 
 Deficiência absoluta ou relativa de insulina 
 Resistência periférica à ação da insulina 
| 
 Alterações no metabolismo de carboidratos, 
proteínas e lipídeos 
| 
 Complicações crônicas do diabetes 
Diabetes Melito 
Classificação do Diabetes Melito 
 
 Diabetes Melito tipo 1 
 Causa auto-imune / Tipo1 A 
 Causa idiopática / Tipo1 B 
 
 Diabetes Melito tipo 2 
 
 Tipos Específicos de Diabetes 
 
 Diabetes Melito Gestacional 
 
Diabetes Melito 
. 
McCarty & Zimmet. 1994 
P
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 (
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0 
50 
100 
150 
200 
250 
1994 2000 2010 
Tipo 1 Tipo 2 
Prevalência do 
Diabetes Mellitus no Brasil 
BRASIL, 2010 
Prevalência do 
Diabetes Mellitus no Brasil 
Prevalência do 
Diabetes Mellitus no Brasil 
Diabetes Melito Tipo 1A 
 
 Doença Poligênica 
 Destruição auto-imune da célula que 
leva a deficiência absoluta de insulina; 
 Fatores genéticos e ambientais estão 
envolvidos; 
 ssociação com antígenos do sistema 
antígeno leucocitário humano – HLA; 
 Acomete 5 -10% dos indivíduos 
diabéticos. 
 
Diabetes Melito Tipo 1B 
 
Minoria dos casos; 
Características: 
Ausência de marcadores da autoimunidade 
contra as células β; 
Não há associação com o sistema HLA; 
Podem desenvolver cetoacidose; 
Deficiência de insulina – graus variáveis. 
 
Marcadores Imunológicos 
 Anticorpos antiilhotas 
(ICA)‏ 
 Antitirosina-fosfatases 
(IA2 e IA2B) 
 Anticorpos antiinsulina 
(AAI)‏ 
Anticorpos contra a 
descarboxilase do ácido 
glutâmico 
(anti-GAD)‏ 
Diabetes Melito Tipo 1 
Aspectos Clínicos 
 Inicio abrupto 
 Poliúria 
 Polidipsia 
 Desidratação 
 Emagrecimento 
 Acidose metabólica 
 Anorexia, náuseas, vômitos 
 Dor abdominal 
Diabetes Melito Tipo 1 
Diabetes Melito Tipo 1 
Diabetes Melito Tipo 1 
 Grupo heterogêneo de distúrbios 
metabólicos, de origem genética, poligênica, 
caracterizados por hiperglicemia resultante de 
defeitos na secreção e/ou ação da insulina. 
 Diabéticos tipo 2: 90 – 95% dos indivíduos 
com diabetes 
 Acomete 8,7% da população adulta. 
 Risco significativamente maior de 
desenvolver doença aterosclerótica 
cerebrovascular, coronariana e periférica. 
 
Diabetes Melito Tipo 2 
 
Fatores de resistência a insulina 
+ 
Células geneticamente limitadas 
+ 
Deficiência relativa de Insulina 
 
Diabetes Melito Tipo 2 
 Diminuição da eficácia biológica da insulina; 
 
 Deficiência relativa de insulina que não compensa a 
resistência à insulina; 
 
 Predisposição genética, não relacionada com auto-
imunidade; 
 
 90-95% dos indivíduos diabéticos 

 80-90%: obesidade abdominal/visceral 
 
 A ausência de sintomas no estágio inicial da doença 
 
 
 
 
Diabetes Melito Tipo 2 
Resistência à insulina 
Hiperglicemia 
Captação de glicose 
diminuída 
Pâncreas 
Secreção de insulina 
 comprometida 
Fígado 
Tecido adiposo e músculo 
Adapted from De Fronzo RA. Diabetes 1988; 37:667–687. 
Diabetes Melito Tipo 2 
Obesidade e Diabetes Tipo 2 
Obesidade Visceral e Diabetes Tipo 2 
Síndrome Metabólica 
 
 
 
 
Resistência à Insulina e 
Risco Cardiovascular 
 
Diabetes Mellitus Tipo 2 
Diabetes Tipo 2: Aumento da Incidência 
 Obesidade; 
 Diminuição da atividade física; 
 Hábitos alimentares irregulares, com 
aumento da ingestao de gorduras; 
 Stress emocional; 
 Maior urbanização; 
 Envelhecimento 
populacional. 
Quadro Clínico do Diabetes Tipo 2 
 
Aspectos Clínicos: 
 80 % dos indivíduos acometidos são obesos; 
 Mais comum em mulheres, com > 40 anos, 
também observado em crianças e 
adolescentes; 
 Ausência de sintomas nos estágios iniciais; 
 Inicio com sintomas leves; 
 Poliúria; Polidipsia; 
 Polifagia; Emagrecimento; 
 Desidratação; 
 Ausência de tendência à cetose; 
 
Quadro Clínico do Diabetes Tipo 2 
O Que Estes Pacientes Tem Em Comum ? 
E O Que Eles Tem De Diferente ? 
Diabetes Tipo 1 e Tipo 2 
Tipos Específicos de Diabetes 
 
 
Defeitos genéticos na função da célula B 
Defeitos genéticos na ação da insulina 
Doenças Pancreáticas 
Doenças Endócrinas – prod. Antag. Insulina 
 Induzido por fármacos ou agentes químicos 
– Pentamidina, horm.tireoideanos, glicocort. 
 Infecções – Rubéola, CMV 
Outras síndromes genéticas 
 
Diagnóstico do Diabetes Mellitus 
 
 
GLICEMIA DE JEJUM 
GLICEMIA PÓS-PRANDIAL 
 TOTG – CURVA GLICÊMICA 
HEMOGLOBINA GLICADA – A1C 
 FRUTOSAMINA 
 
Diagnóstico do Diabetes Mellitus 
Categorias Glicemia Jejum 
(mg/dL)‏ 
Glicemia 2 horas 
após 75 g de 
glicose oral 
(mg/dL)‏ 
Glicemia Casual 
(mg/dL)‏ 
Normal < 100 < 140 
 
Glicemia Jejum 
Alterada (IFG)‏ 
- Pré-diabetes 
 
> 100 e < 126 
 
< 140 
 
Tolerância à 
Glicose 
Diminuída (IGT)‏ 
- Pré-diabetes 
 
> 140 e < 200 
 
Diabetes Mellitus 
 
> 126 
 
> 200 
 
> 200 + sintomas 
clássicos DM 
 
DIABÉTICO: > 126 mg/dL D 
P 
N 
PRÉ-DIABÉTICO: 
 ≥ 100 – 125 mg/dL 
 
NORMAL: < 100 mg/dL 
Hemoglobina Glicosilada 
Perfil da Hemoglobina no adulto: 
•Hb A - 97% (tetrâmero 2 cadeias alfa e 2 
cadeias beta) 
•Hb A2 - 2,5% 
•Hb F - 0,5% 
Glicação da hemoglobina: 
A1c : Adição não enzimática de açúcar ao 
aminoácido valina N-terminal da cadeia beta da 
Hemoglobina A - reação irreversível. 
DETERMINAÇÃO DE HEMOGLOBINA 
GLICADA – HbA1c 
Hemoglobina não glicada 
NH2 
Cadeia Beta 
Cadeia Alfa 
NH2 
Hemoglobina Glicada - HbA1 
NH 
Cadeia Beta 
Cadeia Alfa 
Açúcar 
Hb rápidas ( HbA1 ): 
HbA1a1 = frutose 1,6-bifosfato 
HbA1a2 = glicose-6-fosfato 
HbA1b = ácido pirúvico 
HbA1c = A1C = glicose ( ~ 80%) 
NH2 
Formação da Hemoglobina Glicada (A1C) 
 
 
 hiperglicemia 
HbA + Glicose pré-A1C A1C 
 normoglicemia 
 
•Fase intermediária instável:Base de Schiff, fração lábil ou 
 pré-A1c 
•Cetoamina ou A1C estável 
 
 A formação da hemoglobina glicada é 
diretamente proporcional a concentração de 
glicose no sangue. 
 O percentual de hemoglobina glicada reflete 
o valor integrado da glicose plasmática de 60 a 
90 dias anteriores a dosagem. 
DETERMINAÇÃO DE HEMOGLOBINA 
GLICADA 
ANÁLISE LABORATORIAL 
Interferentes: 
Anemia hemolítica ou estados hemorrágicos podem 
resultar valores inapropriadamente diminuídos por 
encurtarem a sobrevida das hemácias. 
•Grandes quantidades de vitaminas C e E pode induzir 
resultados falsamente diminuídos por inibirem a 
glicação da hemoglobina. 
DETERMINAÇÃO DE HEMOGLOBINA 
GLICADA 
 Hipertrigliceridemia, hiperbilirrubinemia, 
uremia (hemoglobina carbamilada), alcoolismo 
crônico, ingestão crônica de salicilatos e 
opiáceos pode produzir resultados falsamente 
elevados. 
 
 A base de Schiff pode representar importante 
interferente na dosagem da hemoglobina glicada. 
DETERMINAÇÃO DE HEMOGLOBINA 
GLICADA 
Hemoglobina Glicosilada 
 
 A1C > 6,5% = Diabetes 
(ADA)‏ 
 A1C > 5,7 e < 6,4% : Risco 
aumentado para Diabetes 
Metodologia Fabricante Fração
medida
Valores de
Referência
Imunoturbidimetria Roche/HitachiA1c 4,0 a 6,0 %
HPLC Bio-Rad A1c 4,1 a 6,0%
Coluna (troca iônica) Labtest HbA1 5,5 a 8,0 %
Afinidade -
ác. borônico Abbott
Hb glicada
total
4,8 a 7,8%
DETERMINAÇÃO DE HEMOGLOBINA 
GLICADA 
Retinopatia, 
glaucoma ou 
catarata 
Nefropatia 
Neuropatia 
MICROVASCULAR MACROVASCULAR 
Doença 
cerebrovascular 
Doença 
arterial 
coronariana 
Doença 
vascular 
periférica 
UK Prospective Diabetes Study Group. UKPDS 33. Lancet 1998; 352:837–853. 
Complicações Crônicas do Diabetes 
. 
Frutosamina 
É formada pela união não enzimática de 
glicose a grupos amino de proteínas diferentes 
da hemoglobina (proteínas séricas, etc) 
Exame capaz de apresentar o controle 
glicêmico das ultimas 4 a 6 semanas; 
Importante na avaliação terapêutica; 
Acompanhamento de anemias e 
hemoglobinopatias; 
È sensível às variações dos níveis de proteínas 
séricas; 
Valores de Referência: 1,8 a 2,8 mmol/L 
 
BOA NOITE A TODOS!!! 
Paulo Pedro do Nascimento 
E-mail: ppfarmaco@globo.com

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