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AULA 10: TÉCNICAS DE CONTAR HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS Técnicas de exame psicológico II TÉCNICAS DE EXAME PSICOLÓGICO II Aula 10: Técnicas de contar histórias para crianças AULA 10: TÉCNICAS DE CONTAR HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS Técnicas de exame psicológico II Objetivos Capacitar o aluno para as técnicas de contar histórias voltadas para o público infantil Conceituação e importância; O Teste de Apercepção Temática para Crianças (CAT). AULA 10: TÉCNICAS DE CONTAR HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS Técnicas de exame psicológico II Apercepção: Processo pelo qual a experiência nova é assimilada e transformada pelo traço da experiência passada de cada um, de modo a formar um todo novo (ANZIEU, 1981). Para Bellak (1967), a APERCEPÇÃO é uma interpretação que o examinante faz diante de uma percepção. Considera-se, portanto, que a interpretação subjetiva constitui uma distorção aperceptiva. 1. Conceituação e importância AULA 10: TÉCNICAS DE CONTAR HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS Técnicas de exame psicológico II Os testes de contar histórias são muito utilizados para fins de avaliação psicológica com crianças e também como instrumentos para coleta de informações para fins de psicoterapia. 1. Conceituação e importância Dentre os testes de contar histórias para crianças podemos citar: • O CAT-A (Teste de Apercepção Temática para Crianças – Figura Animal); • O CAT-H (Teste de Apercepção Temática para Crianças – Figura Humana); e • O Teste das Fábulas. AULA 10: TÉCNICAS DE CONTAR HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS Técnicas de exame psicológico II CAT-A - Teste de Apercepção Infantil / Figuras de animais Autor - Adaptação brasileira: Adele Miguel, Leila Tardivo, Maria Cecilia Moraes, Silésia Tosi. Aplicação - Psicodiagnóstico infantil Objetivo - O Teste de Apercepção Infantil (CAT-A) tem por objetivo investigar a dinâmica da personalidade da criança em sua singularidade, de modo a compreender o seu mundo vivencial, sua estrutura afetiva, a dinâmica de suas reações diante dos problemas e a maneira como os enfrenta. 1. O teste de apercepção temática para crianças (CAT) AULA 10: TÉCNICAS DE CONTAR HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS Técnicas de exame psicológico II População: Crianças entre 5 e 10 anos de idade. Aplicação: Individual. Tempo: Com tempo de aplicação livre, levando em média 45 minutos. 1. O teste de apercepção temática para crianças (CAT) AULA 10: TÉCNICAS DE CONTAR HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS Técnicas de exame psicológico II Descrição, segundo o Manual de Utilização do Instrumento: O CAT-A (Teste de Apercepção Infantil) é um dos mais importantes instrumentos para diagnóstico psicológico e psicoterapia, sendo imprescindível no exame psicológico de crianças, principalmente aquelas com problemas emocionais ou vítimas de violência de qualquer natureza. Visa revelar a estrutura de personalidade da criança, as defesas e o modo dinâmico de reagir e enfrentar os problemas do crescimento, captando o mundo vivencial da criança a partir da interpretação das histórias narradas aos estímulos apresentados. Composto por dez gravuras (cartões) representando animais em diferentes situações, as quais permitem investigar aspectos como o relacionamento da criança com figuras importantes em sua vida, a dinâmica das relações interpessoais, a natureza e a força dos impulsos, as defesas mobilizadas, o estudo do desenvolvimento infantil e a compreensão da dinâmica familiar. 1. O teste de apercepção temática para crianças (CAT) AULA 10: TÉCNICAS DE CONTAR HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS Técnicas de exame psicológico II A análise do material proveniente do CAT pode ser interpretada segundo o esquema apresentado por Ocampo e colaboradores, no livro O processo Psicodiagnóstico e as Técnicas Projetivas. Além da interpretação proposta por Ocampo, é comum utilizar-se, também, os critérios desenvolvidos por Murray e seus continuadores para o T.A.T. ou os descritos pelos autores Bellak & Bellak, em seu manual. Os autores propõem o estudo de onze variáveis e o preenchimento do Protocolo de Análise do CAT. 1. O teste de apercepção temática para crianças (CAT) AULA 10: TÉCNICAS DE CONTAR HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS Técnicas de exame psicológico II 1. Tema principal Trata-se de descobrir, além da temática principal de cada história, aquela (temática) que perpassa um certo número de relatos. Procura-se estabelecer um denominador comum aos relatos das histórias: quais os aspectos comuns às histórias, qual o tema mais recorrente e as atitudes mais comuns (padrões de conduta). 1. O teste de apercepção temática para crianças (CAT) 2. Herói O herói é, dentre os personagens da história, aquele com o qual o sujeito se identifica. Dessa maneira, cabe precisar alguns critérios objetivos que permitam diferenciar o herói dos protagonistas: • O herói é a figura em torno da qual gira o relato; • Tem o mesmo sexo e aproximadamente a mesma idade do sujeito. AULA 10: TÉCNICAS DE CONTAR HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS Técnicas de exame psicológico II Os acontecimentos ocorrem a partir de seu ponto de vista. Esses critérios são válidos para a maioria dos casos, porém há exceções: • Pode haver mais de um herói e o sujeito identificar-se com todos, simultânea ou sucessivamente; • O sujeito pode identificar-se com um herói do sexo oposto ao seu; • Tais identificações são de grande importância para a interpretação; • Pode ser que uma figura de identificação de importância secundária na história represente atitudes profundamente reprimidas do sujeito; • Em alguns casos, os interesses, desejos, deficiências, virtudes e habilidades atribuídas ao herói são, a rigor, o que o sujeito deseja ou teme ter. 1. O teste de apercepção temática para crianças (CAT) AULA 10: TÉCNICAS DE CONTAR HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS Técnicas de exame psicológico II Deve-se observar a capacidade do herói para enfrentar qualquer circunstância de maneira adequada à sociedade que pertence. A análise da adequação do herói é a melhor medida da força do ego. 3. Figuras vistas Observa-se a maneira como o sujeito visualiza as pessoas que o rodeiam e como reage diante delas. No protocolo de análise, são assinaladas as tendências que se encontram com maior frequência ― poderão existir outras não descritas no protocolo. 4. Identificação Trata-se de reconhecer o elemento da família com o qual o sujeito se identifica: com qual irmão, com a mãe ou com o pai etc. 1. O teste de apercepção temática para crianças (CAT) AULA 10: TÉCNICAS DE CONTAR HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS Técnicas de exame psicológico II 5. Figuras, objetos e figuras externas introduzidas Diz respeito à introdução, tanto de elementos representados na prancha como daqueles pictoricamente ausentes ― e que são introduzidos na história. Uma vez que um elemento ausente aparece na história, deve-se destacá-lo no protocolo. As circunstâncias exteriores ― tais como injustiça, privação, indiferença, severidade e decepção―, que acompanham as figuras e objetos introduzidos, contribuem para que nos aprofundemos no mundo da criança. 6. Objetos ou figuras omitidas Nesse tópico, deve-se fazer um levantamento, e posterior análise, dos elementos omitidos pelo sujeito, com a finalidade de perceber as significações psicodinâmicas desse fato. 1. O teste de apercepção temática para crianças (CAT) AULA 10: TÉCNICAS DE CONTAR HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS Técnicas de exame psicológico II 7. Natureza das ansiedades Interessa, aqui, analisar as defesas que a criança utiliza contra temores dominantes no contexto das histórias. Deve-se descobrir as características dessas defesas:fuga, passividade, agressão, oralidade, renúncia, regressão etc. 8. Conflitos significativos Trata-se de identificar os conflitos mais importantes, sua natureza e as defesas que o sujeito utiliza para evitar a ansiedade ― provocada por esses conflitos. É uma excelente oportunidade para estudar a formação do caráter e recolher informações úteis ao prognóstico. 1. O teste de apercepção temática para crianças (CAT) AULA 10: TÉCNICAS DE CONTAR HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS Técnicas de exame psicológico II 9. Castigo por uma falta A relação entre uma falta cometida e a intensidade do castigo revela o nível de desenvolvimento do superego. Deve-se observar em que circunstâncias é imposto o castigo e quem o executa, assim como a correlação tipo de crime e severidade do castigo imposto. 10. Desfecho da história Como é o desfecho das histórias? Realistas ou não? Com final feliz? A finalidade é perceber o “tom” emocional da criança: otimista, alegre, deprimido ou triste. No desfecho, geralmente, correlacionam-se a medida força do ego com a adequação do herói. 11. Nível de maturidade A informação sobre o nível de maturidade, ou desenvolvimento, da criança é percebido comparando-se o nível das histórias (sua estrutura e correlações lógicas, emprego da linguagem, conteúdo das histórias, soluções de problemas, defesas utilizadas etc.) com a idade cronológica da criança. 1. O teste de apercepção temática para crianças (CAT) AULA 10: TÉCNICAS DE CONTAR HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS Técnicas de exame psicológico II LEITURA: Capítulo 27, do livro Psicodiagnóstico, de Jurema Cunha: “CAT e sua interpretação dinâmica”. 1. O teste de apercepção temática para crianças (CAT) AULA 10: TÉCNICAS DE CONTAR HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS Técnicas de exame psicológico II VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Técnicas de Manchas de Tinta. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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