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Aula 1 Civil

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CIVIL
Tema 1
Estatuto da pessoa com deficiência ( Lei 13.146/15) e o código civil
O estatuo alterou de forma radical a teoria da incapacidade do código civil, reformando os antigos art. 3º e 4º do CC
ART. 3º
O legislador revogou o inciso um, levando a regra para o caput. Revogou o inc. II e III DO ART. 3º
 (II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.)
Os que possuem enfermidade ou doença mental agora são CAPAZES. CUIDADO MUDOU MUITO.
A pessoa que está com causa transitória (Inc.II) (ex. coma) agora são relativamente incapazes. (ART. 4º, inc. III)
ABSOLUTAMENTE INCAPAZ AGORA É SÓ O MENOR DE 16 ANOS.
ART. 4º
No art. 4, tiraram os que “e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;”, agora essa pessoa é considera CAPAZ.
Antigo Inc. III agora é capaz. “III – os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo”
_____________________________________________
Resumindo:
Absolutamente Incapaz – apenas o menor de 16 anos
Relativamente Incapaz –
	1. maiores de 16 e menos de 18 anos
	2. os ébrios habituais e os viciados em tóxicos 
	3. aquele que transitoriamente ou permanentemente não possa expressar sua vontade.
	4. os Pródigo
A ideia do estatuo é deixar ressalvado que a pessoa com deficiência não é incapaz 
Agora a pessoa com deficiência intelectual ou mental passam a ser considerada capazes. Quem são eles:
	1. Aquele que não tem discernimento para a prática dos atos (antigo Inc. II, art. 3º)
	2. Aquele que tem discernimento reduzido (antigo inc. II, art. 4º)
	3. O excepcional sem o desenvolvimento mental completo (antigo inc. III, do art. 4º)
Atos praticados são válidos, corre prescrição, tirando a questão da incapacidade. 
SOBRE O ESTATUTO:
A lei de inclusão visa acabar com a desigualdade (art. 1 do estatuto do deficiente). Fala da inclusão, mas fala que tem barreiras intelectuais.
Art. 4º do estatuto fala dos efeitos da discriminação – dar uma olhada.
Art. 6º do estatuto – diz respeito a capacidade civil a pessoa. – cuidado pode cair na prova. Inc. I – interfere no direito de família (também o art. 85).
Art. 6o  A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para:
I - casar-se e constituir união estável;
II - exercer direitos sexuais e reprodutivos;
III - exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar;
IV - conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória;
V - exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e
VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas.
Art. 85. A curatela afetará tão somente os atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial e negocial.
§ 1o A definição da curatela não alcança o direito ao próprio corpo, à sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho e ao voto.
§ 2o A curatela constitui medida extraordinária, devendo constar da sentença as razões e motivações de sua definição, preservados os interesses do curatelado.
§ 3o No caso de pessoa em situação de institucionalização, ao nomear curador, o juiz deve dar preferência a pessoa que tenha vínculo de natureza familiar, afetiva ou comunitária com o curatelado.
Art. 84 DO ESTATUTO– a pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício e capacidade legal em igualdade de condições com as demais pessoas – REITERA A CAPACIDADE CIVIL PLENA. – CUIDADO, PODE CAIR TAMBÉM!
A pessoa com deficiência pode ser submetida a curatela – essa curatela é suis generis, sendo uma curatela de pessoa capaz. Aquela pessoa que cuja a deficiência não permite a prática dos atos da vida civil, ela deve ter nomeado um curador. O estatuto não fala em interdição e sim em nomeação de curador sendo um curador provisório, - art. 84 § 1º. – PODE CAIR TAMBÉM
Art. 84.  A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua capacidade legal em igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 1o  Quando necessário, a pessoa com deficiência será submetida à curatela, conforme a lei.
§ 2o  É facultado à pessoa com deficiência a adoção de processo de tomada de decisão apoiada.
§ 3o  A definição de curatela de pessoa com deficiência constitui medida protetiva extraordinária, proporcional às necessidades e às circunstâncias de cada caso, e durará o menor tempo possível.
§ 4o  Os curadores são obrigados a prestar, anualmente, contas de sua administração ao juiz, apresentando o balanço do respectivo ano.
Quando necessário o JUIZ nomeará um curador, para a pessoa com deficiência que durará o menor tempo possível. 
A CURATELA AFETA SOMENTE OS ATOS RELACIONADOS AOS DIREITOS PATRIMONIAIS E NEGOCIAIS, não alcançando o direito ao próprio corpo, a sexualidade, saúde, matrimonio, educação, trabalho e voto etc. (art. 85, §1º), ou seja não interfere os DIREITOS EXISTENCIAIS, SOMENTE OS PATRIMONIAIS. 
Direito ao corpo: direito da personalidade.
Com relação ao casamento:
A pessoa com deficiência pode se casar ou constituir união estável. 
Revogada a disposição do art. 1.548, inc. I do CC que estabelecia que o casamento da pessoa sem discernimento (com deficiência) era nulo, ou seja, AGORA O CASAMENTO É VALIDO. 
Art. 1.548, I. É nulo o casamento contraído:
I – Pelo enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil.
O curador podia negar autorização para a pessoa com deficiência se casar, AGORA NÃO PODE MAIS - ato matrimonial não tem mais restrição. Pela nova regra, só podem revogar a autorização para casar os pais ou os tutores. NÃO MAIS O CURADOR.
“Art. 1.518. Até a celebração do casamento podem os pais ou tutores revogar a autorização.”
O Estatuto da pessoa com deficiência inseriu o §2º na redação do art. 1550 do CC: A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbil (idade para casar) pode contrair matrimonio, expressando sua vontade diretamente ou por meio do curador (?). cuidado – não é contraditório, não é autorização do curador, e sim manifestação da vontade do deficiente. O curador não dá autorização, apenas pode expressar a vontade.
Em continuidade, foi revogado o antigo inciso IV do art. 1.557 do CC/2002 que possibilitava a anulação do casamento em caso de desconhecimento de doença mental grave, o que era tido como ato distante da solidariedade (“a ignorância, anterior ao casamento, de doença mental grave que, por sua natureza, torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado”).
Não existe um regime de bens imposto a pessoa com deficiência porque ela é capaz.
Art. 114: altera o código civil. 
Art. 114.  A Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 3o  São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.
I - (Revogado);
II - (Revogado);
III - (Revogado).” (NR)
“Art. 4o  São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:
I – os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
Da tomada de Decisão apoiada: pode cair na prova. (art. 116 do estatuto)
Art. 116: cria uma capítulo no código civil – INSERE O ART. 1783-A – da tomada da decisão apoiada. A pessoa com deficiência elege pelo menos duas pessoas de confiança com as quais mantenham vínculo, para prestar-lhe apoio. 
É o processo pelo qual a própria pessoa com deficiência elege duas pessoas idôneas para prestar-lhe apoio na tomada de decisões sobre os atos da vida civil. São chamadas de APOIADORES. Essas 2 pessoas já convivem e gozam da confiança da pessoa com deficiência.
Essa decisão apoiada deve ser reduzida a termo de tomada de decisão apoiada. Esse termo,deve estabelecer quais atos a pessoa com deficiência vai precisar de apoio.
Se o apoiador agir com negligencia, exercer pressão indevida ou não adimplir com as obrigações expressas no termo, poderá ser apresentada denúncia ao MP. Sendo a denúncia procedente o juiz destitui o apoiador, podendo responder aos danos que causou a pessoa com deficiência 
Tema 2
Direitos da personalidade
São, em regra, direitos intransmissíveis e irrenunciáveis e seu exercício não pode sofrer limitação voluntária. 
Existem exceções: Exemplos – 
a. doação de órgãos; 
b. cessão do direito de imagem, podendo ser onerosa ou não. 
Art. 13 do CC: proíbe ato de disposição do próprio corpo quando:
	a. importar diminuição permanente da integridade física ou;
	b. contrariar os bons costumes.
	* obs. O estatuto da pessoa com deficiência definiu o direito ao próprio corpo como direito existencial (que não é objeto da curatela).
Lembrar da possibilidade de disposição do próprio corpo para fins de transplantes. Apesar de importar redução da integridade física.
Também deve se lembrar da possibilidade de disposição gratuita do próprio corpo para depois da morte, para fins CIENTÍFICOS OU ALTRUÍSTICOS. 
Essa disposição pode ser revogada a qualquer momento (ser doador, dispor para fins científicos etc.)
DIREITO AO VOTO:
Art. 76. O poder público deve garantir à pessoa com deficiência todos os direitos políticos e a oportunidade de exercê-los em igualdade de condições com as demais pessoas.
IV - garantia do livre exercício do direito ao voto e, para tanto, sempre que necessário e a seu pedido, permissão para que a pessoa com deficiência seja auxiliada na votação por pessoa de sua escolha.
Tema 3
Negócio Jurídico
Escala Ponteana (Pontes de Miranda): três planos: seguir uma escada.
	1. o plano da existência
	2. Plano da validade 
	3. Plano da Eficácia
							Eficácia
			 Validade	
Existência
1. Plano da Existência: antes de verificar se um ato jurídico é valido ou eficaz, devemos verificar se ele é mesmo um ATO JURÍDICO.
- mundo da realidade (dos fatos – acontecimentos) que não interessam ao mundo jurídico, quando o fato interessa ao mundo jurídico, adentra no mundo jurídico e vira um fato jurídico. 
Do mesmo modo, quando há uma ação ou omissão no mundo da realidade, não interessa ao mundo jurídico. Quando o ato interessa, vira um ato jurídico.
- Pontes de Miranda diz que validade e eficácia são conceitos jurídicos que só interessa ao mundo jurídico. Antes de ver se é valido ou eficaz é preciso ver se é um ato ou fato jurídico existente no mundo jurídico. Se for existente apenas no mundo da realidade é um ato inexistente no mundo jurídico.
Fatos= acontecimento ex. vento balançando a árvore 
Atos= ações ou omissões ex. tacar o celular pro alto.
Requisitos de Existência: 
	1. precisa ter sujeito
	2. precisa ter objeto 
	3. Precisa ter Manifestação da vontade
2. Plano da validade: 
Requisitos da Validade
	1. Sujeito tem quer capaz.
	2. Objeto tem que ser lícito, possível e determinado ou determinável
	3. Manifestação da vontade tem que ser livre e espontânea.
3. Plano da Eficácia:
Existem negócios jurídicos que são válidos mas que ainda não estão produzindo os seus efeitos, uma vez que os efeitos estão sujeitos a eventos acidentais. Ex. condição; termo; ou encargo. Ou seja não produz efeitos porque falta algum elemento.
	a. Condição: evento futuro e incerto. Pode ser resolutiva (tenho o direito e depois de uma condição acaba) ou suspensiva (eu ainda não tenho o direito e só adquiro depois que a condição acontece)
	b. Termo: evento futuro e certo. 
	c. Encargo: também chamado de modo: ato a ser praticado para garantir o direito de seu titular. 
Tema 4
Direito das Obrigações
1. Obrigações divisíveis, indivisíveis e solidárias.
SOLIDARIEDADE NÃO SE PRESUME. RESULTA DA VONTADE OU DA LEI. Se tem uma obrigação de dinheiro e não fala nada em solidariedade, eu tenho que dividir igualmente entre os credores e cobrar a parte de cada um.
Ex. empresto 30 mil pra 3 pessoas: se ingresso contra um só na justiça, só pode cobrar 10 mil dele, porque é bem divisível e o art. 257 do CC.
EM OBRIGAÇÃO DIVISÍVEL DEVE-SE DIVIDIR O SEU CUMPRIMENTO ENTRE OS VÁRIOS CREDORES E VÁRIOS DEVEDORES.
Obrigação indivisível: é aquela que não fraciona o objeto. Só pode exigir o objeto de cada um deles. Não torna a obrigação solidária. Ela é uma obrigação indivisível, não solidária. 
Indivisível: cada devedor é obrigado ao cumprimento total porque é impossível dividir o objeto
Na obrigação solidária: objeto é passível de divisão, mas o devedor pode exigir o cumprimento total de cada um dos devedores.
Solidariedade no contrato: resulta da vontade das partes.
Solidariedade legal: resultante da lei. A lei estabelece a solidariedade 
Hipóteses de solidariedade legal: 
1. art. 2º da Lei 8.245/91 Lei do inquilinato: vários locadores são solidários (solidariedade ativa). Também estabelece a solidariedade passiva vários locatários. Locadores são solidários e locatórios também
2. art. 12 do estatuto do idoso: estabelece a obrigação solidária de prestar alimentos ao idoso. ÚNICA HIPÓTESE EM QUE EXISTE SOLIDARIEDADE LEGAL PARA OS ALIMENTOS. Ou seja em regra, a obrigação de prestar alimentos não é solidária. 
3. art. 942 do CC: quando houver vários autores no evento danoso, responderão solidariamente. (Responsabilidade civil.)
4. art. 7º CDC: responsabilidade solidária dos fornecedores pela violação à segurança do consumidor.

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