PROJETO GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
SERVIÇO SOCIAL
RAFAELA SOUZA SILVA DOS REIS 
PROJETO DE INTERVENÇÃO
GESTAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA E EDUCAÇÃO SEXUAL – PREVENÇÃO E CONSEQUÊNCIAS
Itaberaba-Ba
2017
RAFAELA SOUZA SILVA DOS REIS 
PROJETO DE INTERVENÇÃO
GESTAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA E EDUCAÇÃO SEXUAL – PREVENÇÃO E CONSEQUÊNCIAS
Trabalho apresentado ao Curso Superior em Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, 6º semestre,disciplina Estágio Obrigatório II, estagiário: Rafaela Souza Silva dos Reis supervisor de campo: Josicleide Pereira dos Santos CRESS nº 715366 5ª Região-BA e orientador acadêmico Eliane de Souza Rodrigues Ramos CRESS nº 015860, coordenador do curso: Valquiria Aparecida Dias Caprioli.
ITABERABA-BA
2017/2
UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR
Mantenedora: EDITORA E DISTRIBUIDORA EDUCACIONAL S.A.
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	 Renata –EaD
1. APRESENTAÇÃO
Este projeto de intervenção – Gestação na adolescência e educação sexual–Prevenção e Conseqüências configuram avaliação da disciplina de Estágio em Serviço Social II. O campo de estágio de onde partirá a proposta de intervenção é o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do município de Mucugê no estado da Bahia sob CEP 46.750, situado na Praça Coronel Douca Medrado – Cidade Histórica, que terá como público alvo os adolescentes da Escola Municipal Augusto Landulfo Medrado da Fazenda Ibicoara – Zona Rural.Trata-se de um povoado com altos índices de vulnerabilidade sociais: pobreza, desemprego e consumo excessivo de álcool. O alvo não deve ser somente a questão da gravidez na adolescência, torna-se considerável abordar também as suas conseqüências. 
O presente projeto tem como objetivo geral levar para os adolescentes e demais pessoas interessadas informações principalmente por meio de palestras, compartilhando dessa forma pontos importantes. Vale ressaltar que o impasse maior nessa fase de transição, talvez esteja em algumas práticas atuais, como: atividade sexual precoce, pouco conhecimento sobre as possíveis conseqüências e uso dos contraceptivos, descrédito do adolescente em aceitar que o início precoce das atividades sexuais pode acarretar uma gravidez e risco para o surgimento de Infecções Sexualmente Transmissíveis(IST). 
2. JUSTIFICATIVA
Levando em consideração o que foi citado anteriormente, é possível observar situações de vulnerabilidade sociais dentro do povoado Fazenda Ibicoara. Consoante a essa realidade, durante uma visita institucional com a Equipe Volante (CRAS) do município de Mucugê, à Escola Municipal Augusto Landulfo Medrado, notou-se uma demanda de iniciação sexual precoce e gravidez na adolescência. 
Compreende-se como adolescência a transição da infância à idade adulta. De acordo com o Art. 2º do Estatuto da Criança e Adolescente – ECA considera-se criança, para o efeito desta lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescentes aquela entre doze e dezoito anos de idade. A adolescência é um momento da vida, onde aparecem muitas dúvidas relacionadas às mudanças corporais e psicológicas, bem como, com as primeiras experiências sexuais, tomando-se de fundamental importância a abordagem da sexualidade para os adolescentes e jovens. (BRASIL, 2010).
O Serviço Social é uma profissão interventiva e tem como finalidade propor mudanças a fim de trazer transformações na vida dos sujeitos em determinado território. 
O CFESS regularizou o Assistente Social como profissional da saúde, a partir da Resolução CFESS Nº 383 de 29 de Março de 1999. 
RESOLVE: 
Art. 1º - Caracterizar o assistente social como profissional de saúde. Art. 2º - O assistente social atua no âmbito das políticas sociais e, nesta medida, não é um profissional exclusivamente da área da saúde, podendo estar inserido em outras áreas, dependendo do local onde atua e da natureza de suas funções. Art. 3º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação
Sendo assim, esta resolução foi criada, considerando a necessidade e relevância da atuação do Assiste Social na área da saúde, junto à política de saúde, para atuar no âmbito social, fazendo-se compreender que o contexto social do sujeito, pode ter forte influência em seu estado de saúde. 
Na área da saúde o Assistente Social deve detectar as expressões da questão social que afetam a qualidade de vida e da saúde dos usuários, pois estas serão suas demandas de trabalho, e após identificá-las deverá intervir por meios de estratégias de ações, em que poderá se utilizar não só de seu conhecimento, como também da equipe interdisciplinar. 
A proposta de ação junto a adolescentes visa dar maiores meios de se concretizar o direito a vida, o acesso à saúde, e aos direitos básicos, de terem acompanhamento médico, orientação sobre seus direitos e deveres, e acesso as políticas públicas. Além de realizar um trabalho de prevenção a gravidez precoce possível conhecer a realidade social vivida por essas adolescentes, que é verificado através das intervenções do cotidiano.
A sexualidade, inerente ao ser humano, se manifesta através de gestos, palavras, atos e sensações relacionadas ao prazer, presentes, durante todo o desenvolvimento da pessoa. De acordo com Souza (2002 apud GOMES, sd, web), “sexualidade é o conjunto de fenômenos da vida sexuada de um homem e de uma mulher, desde que nascem até o final de suas existências”.
Considerando o ciclo do desenvolvimento, enfocamos, neste trabalho, a adolescência. Nesta fase da vida, a sexualidade ganha significados especiais, haja vista o contexto sociocultural e as transformações psicofisiológicas vividas pela pessoa adolescente. Na puberdade, os meninos e meninas têm maior produção e circulação hormonal, o que combina com o incentivo social relativo à busca pelos pares. 
Orientar os adolescentes durante esse desenvolvimento pode ajudá-los a construir uma identidade sexual saudável, oportunizando experiências de prevenção e de promoção de saúde. Nesse contexto, sendo a escola um espaço também de vivências relacionadas à sexualidade, tem a função de contribuir para que os alunos possam desenvolver e exercer sua sexualidade com responsabilidade, na medida em que propõe o desenvolvimento do respeito a si e ao outro, elementos essenciais para a formação de cidadãos conhecedores de seus direitos e capacidades. 
Considera-se gravidez na adolescência aquela que ocorre na faixa etária entre 10 e 19 anos. A gravidez na adolescência, como a anticoncepção nesta fase, são temas polêmicos e controversos. A gravidez na adolescência tem sido considerada de risco ao colocar impedimentos na continuidade dos estudos e no acesso ao mercado de trabalho, é elemento desestruturador da vida de adolescentes (BRASIL, 2010). 
Neste sentido, Moreira et al. (2008, p. 42) ressaltam de formaaudaz que: 
Esse despertar da sexualidade na adolescência é acompanhado por uma grande leva de desinformação. Os pais, por não disporem de informação ou por constrangimento em falar sobre sexo com seus filhos, acabam não cumprindo seu papel de educador. Assim, as famílias não transmitem a orientação sexual adequada, deixando o jovem em desvantagem.
São diversos os fatores nos quais a gravidez na adolescência pode estar implicada, como sociais, pessoais e familiares, em muitos casos, está relacionada com situação de vulnerabilidade social, ocorrência de violência sexual, bem como com a falta de informações e acesso aos serviços de saúde. Por outro lado, não se pode deixar de considerar, que a gravidez pode expressar um desejo de adolescentes e jovens pode estar incluída em seus projetos de vida. (BRASIL, 2010, P.125). 
Segundo Moccellin (2010) a gravidez na adolescência é um problema de saúde pública por conta do alto índice de morbimortalidade materna e infantil e por revelar um possível elemento que é determinante para a reprodução de pobreza das populações, tais como colocar impedimentos na continuidade de estudos e no acesso ao mercado de trabalho.
O Projeto Gestação na adolescência e educação sexual – Prevenção e Conseqüências irão proporcionara discussão ao tempo em que irá sensibilizar os alunos para as questões relativas à gravidez e o uso de métodos contraceptivos para a prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), informações para a comunidade escolar sobre as conseqüências de uma gravidez indesejada, já que a mesma afeta diretamente o desempenho educacional e afastam essas adolescentes das atividades escolares devido aos cuidados necessários antes e depois dessa fase.
3. OBJETIVOS
GERAL
Sensibilizar a comunidade escolar sobre a gravidez na adolescência, prevenção e conseqüências, bem como a prevenção de IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis). 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Instruir o adolescente a um comportamento responsável no que se refere ao sexo seguro, e prevenção de IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis).
Minimizar o preconceito de que o envolvimento da escola na educação sexual incentiva comportamento sexual precoce. 
Proporcionar aos alunos um espaço de debate e esclarecimento de dúvidas. 
Analisar os riscos que uma gravidez indesejada pode gerar na vida de um adolescente. 
4. PÚBLICO ALVO
Todo e qualquer projeto que se é criado, após estudos e análises de casos, se destina algo ou alguém. Este projeto não é diferente, constituem público-alvo direto os adolescentes e pré-adolescentes da Escola Municipal Augusto Landulfo Medrado. 
5. METAR A ATINGIR
Com esse projeto, tenta-se ampliar os conhecimentos inerentes ao tema em questão de maior quantidade possível de adolescentes, para tanto pretende-se sensibilizar ou envolver 100% do público. Mostrar que está cada vez mais precoce a gravidez na adolescência, conhecer os riscos de uma gravidez e como evitar. 
6. METODOLOGIA
Este projeto faz uma análise baseada inicialmente em pesquisas bibliográficas que debatem o tema gravidez na adolescência e atuação do assistente social. Muitos artigos e teses de autores que discutem e analisam a questão da gravidez precoce foram estudados. 
Tendo como estratégias para alcance dos objetivos propostos a realização de atividades educativas que promovam prioritariamente a conscientização a cerca da importância da prevenção de uma gravidez inesperada, como também de evitar as Infecções Sexualmente Transmissíveis, através de palestras, apresentações devídeos referentes às formas de conduta responsável no que se refere ao sexo seguro, sexualidade, prevenção de gravidez precoce e ao adiamento da idade do início das atividades sexuais, discussões e debates possibilitando os adolescentes a oportunidade de expressar seus conhecimentos acerca do assunto debatido e também esclarecer suas dúvidas. Visando o desenvolvimento satisfatório das propostas e o alcance de suas finalidades. 
7. RECURSOS HUMANOS
Durante o processo de execução e desenvolvimento das ações propostas no Projeto contaremos com uma equipe formada pelos seguintes profissionais: 
01 Assistente Social;
01 Enfermeiro (palestrante com assunto pertinente a área);
01 Estagiária do Serviço Social (autora da ação);
01 Psicólogo do CRAS;
01 Pedagogo da Educação 
8. PARCEIROS OU INSTITUIÇÕES APOIADORAS
Secretaria Municipal de Assistência Social
Centro de Referência de Assistência Social Marialda Gomes Mattos (CRAS) 
Secretaria Municipal de Saúde
Escola Municipal Augusto Landulfo Medrado 
9. AVALIAÇÃO
A avaliação do projeto de Intervenção Social ocorrerá de maneira processual e ao final de sua execução, tendo como referência os objetivos e metas planejadas. O processo de avaliação terá como principais responsáveis cada usuário e técnicos colaboradores envolvidos. 
10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
	DATA
	ATIVIDADES
	RESPONSÁVEL 
	2018/1
	Apresentação do Projeto à Escola Municipal Augusto Landulfo Medrado
	Estagiária: Rafaela Souza Silva dos Reis
	2018/1
	Confecções dos Materiais 
	Estagiária: Rafaela Souza Silva dos Reis
	2018/1
	Execução do Projeto com palestras, debates e esclarecimentos de dúvidas. 
	Enfermeiro, Psicólogo e Pedagogo. 
REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretária de atenção à saúde. Saúde integral de adolescentes e jovens: orientações para a organização de serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 
MOREIRA, T. M. M. et al. Conflitos vivenciados pelas adolescentes com a descoberta da gravidez., São Paulo,v. 42, n. 2,p. 312-320, jun.2008.