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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Gestão das Organizações Escolares LUCIANA CANDIDO CRISANTO SÃO GONÇALO 2017 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Gestão nas Organizações Escolares Relatório exigido como parte dos requisitos para conclusão da disciplina de Prática de Estágio Supervisionado em Gestão Escolar sob a orientação da Professora Lucia Helena dos Anjos Porto Curso: Pedagogia SÃO GONÇALO 2017 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3 CAPÍTULO I-CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DO COTIDIANO ...................... 4 1.1-CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA ...................................................................... 4 1.2 CARACTERIZAÇAO DO TRABALHO DA EQUIPE GESTORA ........................ 6 CAPÍTULO II - DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADAS ............................................................................. 11 CAPÍTULO III-CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................. 12 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 13 3 INTRODUÇÃO O trabalho ora apresentado tem por objetivo relatar a experiência de estágio em Gestão das Organizações Escolares, realizado na Escola Municipal Professora Aída Vieira de Souza em São Gonçalo-RJ, no período de 03/04/17 a 27/04/17 para o cumprimento de 66 horas no total. O objetivo dessa prática é relatar a experiência pessoal como estudante do Curso de Pedagogia da Instituição Universidade Estácio de Sá, através da observação a gestão do diretor da unidade de ensino em relação aos aspectos estruturais, corpo docente, discente e de apoio. A estrutura e organização desse relatório está sendo orientado pela professora-tutora Lucia helena dos Anjos Porto, que dispõe 2 capítulos fundamentais onde serão entregues por etapas até o final do curso dessa disciplina, sendo eles: Capítulo I- Caracterização da escola e do cotidiano, que estará descrito toda a estrutura da unidade ensino, desde a história de sua implementação, organização, localização e o contexto em que está inserida. Também estará descrito as propostas elencadas no Projeto Político Pedagógico. Para uma melhor compreensão da prática, faz-se necessário analisá-la a partir das teorias estudadas ao longo da formação, tendo como eixo principal a gestão participativa e democrática. No capítulo II, temos: Desenvolvimento e análise das atividades observadas e realizadas, nesta perspectiva, serão evidenciados assuntos referentes à organização e administração do gestor. Suas propostas para efetivação de melhorias da unidade de ensino, seu envolvimento com os profissionais que nela atuam e de que forma se aproxima de toda comunidade escolar. A expectativa para esse estágio e que haja o enriquecimento pessoal e profissional, para que ao concluir esse curso tenha compreensão de como desenvolverei uma prática adequada na área de gestão escolar considerando às especificidades de cada grupo que nela atuam, ou seja, professores, pessoal de apoio e equipe gestora (coordenador, orientador, supervisor), e principalmente os responsáveis pelo caminhar de uma escola, os alunos. Consequentemente, junto a esse grupo de aprendizes seus responsáveis que forma a comunidade escolar. Observando práticas que me enriqueçam, trazendo por inteiro para a prática ou adequando-as conforme contexto educacional que estiver inserida. 4 CAPÍTULO I - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA Os itens que se seguem relatam as principais características da Escola Municipal Aída Vieira de Souza, assim como, como foi estruturado a sua política de ensino com base na construção de seu Projeto Político Pedagógico e como o desenvolvimento desse projeto é realizado no cotidiano da unidade em sua prática, há ainda uma análise voltada para o trabalho desenvolvido pelo diretor da unidade. 1.1–CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA A Escola Municipal Professora Aída Vieira de Souza foi fundada em 08 de abril de 2006, tem como entidade mantenedora a Prefeitura Municipal de São Gonçalo. Recebeu o nome em homenagem a uma professora que dedicou inteiramente a sua vida à educação no Município de São Gonçalo. A homenagem foi prestada para retratar o reconhecimento da trajetória profissional e de vida de uma figura que representa reflexo e símbolo de ética, equilíbrio e competência. A escola funciona em um prédio adquirido pela prefeitura, onde funcionava uma escola privada. São dois anexos, uma para Educação Infantil e outro para o Ensino Fundamental, foi fundada devido a necessidade que o bairro possuía em atender um grande quantitativo de alunos, que estavam sendo alocados em anexos de outras escolas da rede, excedendo a demanda. A adesão desse prédio pela prefeitura foi muito válida, pois deu oportunidade de serem atendido em uma unidade com todas as condições para dar suporte a uma demanda subdividida em duas escolas, prevê a oferta da Educação Infantil e 1º Segmento do Ensino fundamental à comunidade, conforme legislação vigente. A instituição atua com Sistema de Ciclos, oferecido pela rede Municipal de Educação de são Gonçalo. A unidade está situada na Avenida Santa Catarina, nº 160, Jardim Catarina, São Gonçalo-RJ. O bairro Jardim Catarina é considerado o maior bairro da América Latina, possui serviços como; energia elétrica, porém o saneamento básico ainda não foi oferecido a toda população como deveria, inclusive no entorno onde a escola está situada. É comum ocorrerem alagamentos em períodos de chuva, e com isso, surgem os grandes problemas que atingem diretamente a escola, já que recebe um público diretamente afetado por inúmeros descasos e consequentemente interfere na prática pedagógica, vale ressaltar a marginalização que também é um dos fatores que implicam no oferecimento de um ensino de qualidade. 5 No momento a escola possui um total de quatrocentos e cinquenta alunos, formando vinte turmas. Atende em dois turnos, manhã e tarde. Os alunos participam no contra turno do projeto Mais Educação, desenvolvido pelo Governo Federal, ficando duas horas a mais na escola para a prática de reforço escolar e atividades esportivas. Os critérios para agrupamentos das turmas são de acordo com as necessidades dos alunos, seguido pelo critério de antiguidade do professor na escola, que escolhe a turma que quer atuar. Em sua gestão conta com: Diretora Geral, Coordenadora Pedagógica para a educação Infantil e Séries Iniciais e do Projeto Mais Educação, Orientadora Pedagógica. Há também duas Dirigentes de turnos, uma profissional para atender aos alunos com dificuldades no desenvolvimento da leitura, denominada como Articuladora de Leitura, (professora readaptada). O quadro de professores é composto de vinte professores, efetivos todos concursados. É comum que os professores que não atuam em outra escola façam a dupla regência nas turmas eu estão sem professores devido a carência que o município tem. As instalações no momento passam por reformas, havendo um ambiente todo adaptado (o anexo da educação infantil),que atende todo o corpo discente/docente/administrativo. Contando também com doze funcionários na parte administrativa (efetivos e terceirizados), sendo: uma secretária (professora readaptada) e uma auxiliar, três merendeiras, uma chefe de merenda, dois inspetores efetivos, duas dirigentes de turno (professoras em cargo de confiança), dois auxiliares de limpeza. Para atender toda a equipe administrativa e pedagógica a escola tem em sua estrutura, (anexo da Educação Infantil) dez salas de aulas (adaptadas, uma sala dividida em duas), uma sala de coordenação adaptada (que na verdade são os banheiros desativados do 1º segmento), secretaria (também adaptada para atendimento com direção geral), almoxarifado, despensa, cozinha, refeitório, três banheiros, sendo um de uso para professores e funcionários e os demais para os 450 alunos nos dois turnos. São dois pátios, porém só o do anexo da educação infantil que está sendo utilizado. O do 1º segmento está em reforma, conta também com uma quadra esportiva e uma piscina que estão em reforma como já afirmado. Segundo relatos, a questão da obra na unidade já caminha para os seis anos, existe um processo burocrático entre a Gestão anterior e a atual que não permite que o prosseguimento na obra continue. A unidade dispõe de agendas com uma diversidade de palestras, apresentações teatrais, visitas aos pontos turísticos da cidade, possibilidades ofertadas pela Secretaria 6 de Educação. Essa comunicação é feita através de reuniões confirmadas por envio de informativos nas agendas dos alunos ou mesmo na própria portaria. Em seu Projeto Político Pedagógico, elaborado pela equipe pedagógica e administrativa da escola, assim como pela comunidade escolar e tendo o acesso disponível a qualquer pessoa, têm em sua proposta a construção de novos caminhos para uma escola diferente. Voltando-se para todas as questões que envolvem o fazer pedagógico e suas relações com o currículo, conhecimento de mundo e função da escola, inerentes a uma prática reflexiva e contínua de todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem em busca ao desenvolvimento de projetos que enriqueçam o acervo cultural dos alunos estimulando uma relação de parceria entre escola e comunidade para apresentação e conhecimento do que está sendo proposto no processo de ensino em parceria com a Secretaria de Educação. Nem todas as propostas que foram elencadas no PPP chegam a se compatibilizar com que é vivido no cotidiano em detrimento de tantas peculiaridades por todos os envolvidos nesse processo de gestão/educação. Semanalmente ocorre em período de duas horas as reuniões pedagógicas, não existe uma avaliação específica para a equipe, percebe-se uma toca de ideias entre as partes, o fato da escola passar por momento difíceis com relação a sua estrutura, percebe-se que sempre uma relevância em relação a cobrança com os professor, pois é claro que todos tentam na medida do possível alcançar o melhor com seus trabalhos. 1.2-CARACTERIZAÇAO DO TRABALHO DA EQUIPE GESTORA A equipe gestora é formada pela Diretora Geral Jocélia Souza Mesquita dos Santos, formada em Pedagogia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com 35 anos de magistério na Rede Municipal. Também pela Orientadora Pedagógica Nélia Côrrea Bragança, graduada Fundação Educacional Itaboraí (FEITA), especializada em Psicopedagogia Clínica Institucional e Hospital pela Faculdade Plínio Leite e pela Coordenadora Cristine Caldas, que possui graduação em Pedagogia pela UFF e Pós Graduação em Psicopedagogia e Gestão Escolar. Somente a Coordenadora Pedagógica tem menos de 10 anos de atuação na área da educação, as demais profissionais possuem em media vinte e cinco anos de carreira. A diretora Jocélia, tem uma visão de trabalho muito voltada para a gestão democrática, isso foi percebido desde o primeiro encontro que tivemos com a mesma. 7 Sua fala sempre era a de ouvir o outro, trocar ideias onde estivessem em contexto de trabalho que trouxesse a vontade de estar na escola com satisfação. Acredito que esse era o seu foco em relação a sua gestão e principalmente tentar remodelar uma estrutura de uma instituição que passa por um momento delicado, quase que totalmente inadequadas aos direitos de todos os que lá estão. Não foi percebido um modo de avaliar como formar de mensurar seus funcionários, claro que ao longo da rotina diária, observações eram feitas tendo em vista adequações e orientações das atividades elencadas porem, nada de avaliar como se estivesse medindo competências como já mencionado. No que tange o envolvimento com a comunidade escolar, a equipe gestora busca resgatar com frequência a participação da família na escola, além das reuniões que é dever dos mesmos participar. Os encontros são promovidos aproveitando as datas comemorativas ou culminância de projetos com os trabalhos dos alunos para que eles tenham conhecimento mais de perto do que a escola desenvolve com seus filhos. Por se tratar de uma comunidade carente, esses encontros tornam se fundamentais para tentar despertar o interesse principalmente dos pais pela responsabilidade em dar continuidade ao trabalho que e feito pela escola, visto que e tão comum o abandono de tantos pais, esses que deveriam ser os primeiros a zelar pela educação dos alunos. Diria que essa e a principal estratégia, considerando o contexto escolar não só dessa unidade de ensino, mas da grande maioria das escolas públicas. 8 CAPÍTULO II -DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADAS A partir das observações realizadas com o trabalho da equipe gestora, em especial com um olhar direcionado para a direção, foram analisadas com o objetivo de relacionar a teoria x pratica vivenciada por mim no curso de Pedagogia e no estagio supervisionado. Situação 01- Descrição: A partir da analise observada em relação à prática da direção desta unidade, é muito importante relatar a chegada da mesma na escola, que passou pelo processo de transição de troca de diretores e, havia certa preocupação dos profissionais que lá estavam. Uma expectativa muito grande para que fosse direcionada pela Secretaria de Educação, uma gestora que estivesse aberta a ouvir pessoas, participar em conjunto com uma equipe que durante um período bem extenso esteve meio que acuada com imposições de outra gestão. Foi quando aconteceu a primeira reunião com todo o corpo docente e, quando ao falar seus objetivos para aquela nova experiência partindo de uma visão de cooperação entre ambas as partes, foi possível confirmar na expressão de cada profissional o olhar de alívio. E, falaram quais as mudanças que gostariam que ocorressem. Com isso, é possível definir o perfil desse profissional como uma gestora que enxerga seus profissionais como iguais, decidindo politicamente as intervenções a serem feitas, numa visão democrática e participativa. De acordo com OLIVEIRA, MORAES e DOURADO, (2012) no artigo Politica e Gestão da Educação: [...] a gestão da escola configura-se em ato político, pois requer sempre uma tomada de posição política. Exige um posicionar-se diante das alternativas. A gestão escolar não é neutra, pois todas as ações desenvolvidas na escola envolvem atores e tomadas de decisões [...] (OLIVEIRA, MORAES e DOURADO, 2012, p.7). Nesse contexto, podemos reafirmar que um gestor que considera sua equipe como determinante para inserir novas propostas em seu plano de ação esteja seguindo o caminho de uma administraçãoconjunta de todo o corpo docente, viabilizando a satisfação talvez não por completa, mas que esteja aberto a todos para possíveis implementações de novas ideias para melhoria no processo de ensino. MORAES, (2013) e FELGAR, (2013) em seu artigo A Importância da Gestão Escolar 9 Democrática Apud BRASIL/MEC, 2007: relacionam essa gestão democrática como colaboradora de uma cidadania livre a partir de a efetivação de quatro elementos necessários, são eles: a) participação - é quando os projetos são construídos pela mediação da coletividade, oferecendo a todos os participantes a oportunidade de desenvolver de forma conjunta ações que visam à melhoria da educação; b) pluralismo - quando há o reconhecimento da presença das diversidades e dos diferentes interesses daqueles que fazem parte da escola; c) autonomia - é a descentralização do poder, onde a escola pode se adequar às reais necessidades da comunidade na qual se encontra inserida, onde o seu Projeto Político Pedagógico – PPP - é construído de forma coletiva, visando à emancipação e à transformação social; d) transparência - é o retrato da dimensão política da escola, mostrando que esta é um espaço público que se encontra aberto à diversidade e às opiniões daqueles que participam da estrutura da escola. (MORAES e FELGAR, 2013 Apud BRASIL/MEC, 2007). As autoras descrevem cada um desses pilares como os pilares básicos de uma gestão democrática, caracterizando os como essenciais a "pratica social da educação." (MORAES; FELGAR (2013). Situação 02 - Descrição: A diretora Jocélia dando início ao seu trabalho, analisando a atual situação da escola, com características peculiares como já dito neste documento, se atentou para a infraestrutura em segundo lugar, no que tange a questão material, concreta claro. Visto que a unidade está toda adaptada para comportar todo o pessoal, com isso, também tendo um olhar muito humanístico e pensando no bem estar de todos, fez algumas alterações e trouxe novos espaços. A escola não oferecia um espaço para direção, sala de professores (que já vinha sendo uma solicitação dos professores por muito tempo) e que foi um dos primeiros pedidos pelos professores com a sua chegada. Também um banheiro que era utilizado para guardar comida foi reaberto para esse uso e foi construído um novo espaço para ser dispensa, pois a gestora achou de muito ofensivo para todos ter um ambiente onde se acumulavam odores de fezes como local para guardar mantimentos, o refeitório estava mal organizado, com mobílias que não eram adequadas para os alunos da educação infantil, tinha pouco espaço mesmo devido a falta de um olhar onde ainda que a estrutura não esteja adequada algo pode ser modificado para dar mais conforto ao outro. E nessa vontade de deixar a escola pelo menos um pouquinho confortável à todos, estão acontecendo mudanças nesse sentido. O acompanhamento contínuo com a comunidade escolar, os profissionais que lá atuam são assíduos. Resgatou o Projeto Mais educação, oferecido pelo Governo Federal, pois esse projeto não estava 10 acontecendo mais na escola, da mesma forma a banda, que na visão da diretora além de dar oportunidade do estímulo ao aprendizado, tornando-se um participante da banda a partir de um esforço no ensino e conhecer a cultura musical diferente do contexto em que estão acostumados. E outros objetivos também, como: participação em apresentações, com oportunidades de conhecer outros espaços ao se apresentarem, o valor de representar a escola como em um desfile cívico. Percebe-se que a gestora tem essa característica de oferecer melhorias, engajada numa proposta de troca entre as partes, colocando-se como líder e não como um ditador. Para CHIAVENATO (1994), podemos perceber que existem dois tipos de gestores: o líder autocrata, que coordena sua equipe com comandos diretos, sem possibilidade de dar voz e não se colocar como ouvinte mediante as tarefas a serem realizadas. O autor cita que: “O líder autocrata domina pela fraqueza de seus subordinados e não pelas suas qualidades ou pelo aparente poder de que dispõe” (CHIAVENATO, 1994, p.151). E há aquele que tem um perfil aberto a sugestões, o líder democrático, que insere na rotina de uma organização o conceito de gestão participativa. Para LIBÂNEO (2001), a prática de uma gestão participativa gera no contexto escolar uma visão de coletividade a partir de um processo de construção na prática dialógica, em consenso. À medida que: A gestão democrática participativa valoriza a participação da comunidade escolar no processo de tomada de decisão e concebe a docência como trabalho interativo, aposta na construção coletiva dos objetivos e das práticas escolares, no diálogo e na busca de consenso. (LIBÂNEO, 2001, p.131). Com isso nota-se o quanto é importante que esse modelo de gestão seja indispensável a uma esquipe gestora que tem uma visão humanística. Situação 03 – Descrição: Essa última análise evidencia o papel da gestão em relação à formação continuada de seus docentes. Foi possível perceber essa abertura aos seus profissionais. A rede dispõe os cursos e o diretor na medida do possível organiza e orienta-os a fazer esse tipo de atividade seja na própria unidade ou em locais que a Secretaria de Educação direcione-os, pois considera fundamental que o professor encontre meios para renovar sua prática. Nadal (2012), ao refletir sobre a proposta de formação continuada, diz que essa prática fornece a superação de atividades centradas no tradicionalismo e que tal questão necessita ser enxergada em conjunto. E que os docentes, só serão capazes de analisar sua prática ao se debruçarem com referenciais teóricos, ou seja, a partir das 11 formações continuadas. Vale ressaltar que mesmo que a rede disponha desse momento, há casos em que diretores não levam ao conhecimento dos mesmos momentos como esses, já que é mais relevante ter alunos em sala, porque muitos pais não gostam que os filhos fiquem sem aula. Diga-se de passagem, nem todos os casos são realmente de interesse dos pais que os alunos estejam para aprender e sim para estar enquanto os mesmos resolvem sua rotina. Houve depoimentos de professores que alguns pais vão para academia e se sentem prejudicados quando os filhos não têm aula. Com isso, percebe-se o quanto à distorção escola e família está em evidência no contexto educacional. Contudo, sempre será necessário que a parceria entre ambas as partes aconteça, a continuidade do aprendizado pela família é fundamental para o desenvolvimento de toda criança. 12 CAPÍTULO III-CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento deste trabalho foi valioso para compreender toda a organização da gestão de uma unidade escolar, quais perspectivas estão embasadas a visão de um profissional que lidera não somente uma equipe de trabalho, mas um significativo número de pessoas em uma comunidade. A prática requer muito esforço e dedicação, pois não é inserido somente o olhar para o que faz o profissional em questão (o diretor), contudo requer que se tenha um conhecimento prévio de teorias que deem fundamentações a essas práticas. Para a prática, concluo que atuar na área educacional requer que o profissional esteja além de ter competências em relação à teoria, necessita mais ainda dominar questões que estão em favor da administração humana. Estando sempre a frente de condições desfavorecedoras, prezando pela unidade, pelo conforto mútuo, em uma perspectiva da valorização do outro. Sendo assim, espera-se que mais do que um condutor de pessoas, o gestor educacionalseja um contribuinte com olhares que alcancem o além do fazer por fazer, mas que dê condições à todos de sentir-se envoltos de valores. Gerir não é somente dizer algo, e sim, trocar ideais para o crescimento em todos os sentidos. 13 REFERÊNCIAS CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando pessoas: o passo decisivo para a administração participativa. São Paulo: Makron Books, 1994. OLIVEIRA, João Ferreira de. MORAES, Karine Nunes de. DOURADO, Luiz Fernandes. Política e Gestão na Educação. Disponível em:<http://escoladegestores.mec.gov.br/site/4salapoliticagestaoescolar/pdf/testo21.pdf> Acesso em 06 de maio de 2017. LIBÂNEO, José Carlos, Organização e Gestão na Escola: teoria e prática. Goiânia: Alternativa, 2001. MORAES, Nanci de Campos, FELGAR, Simões Júlia Antonieta, Apud BRASIL/MEC 2007. A Importância da Gestão Escolar Democrática. Disponível em:< http://revistaunar.com.br/cientifica/documentos/vlo17n12013/2aimportanciadagestaoesc olardemocratica.pdf> Acesso em 06 de maio de 2017. NADAL, Beatriz Gomes, Gestão e Formação Contínua: Práticas articuladas da organização escolar. Olhar de professor, Ponta Grossa, 2012. 14 UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ LUCIANA CANDIDO CRISANTO Relatório exigido como parte dos requisitos para conclusão da disciplina de Prática de Estágio Supervisionado em Gestão Escolar sob a orientação da Professora Lucia Helena dos Anjos Porto
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