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Teoria da relação jurídica

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Teoria da Relação Jurídica I
Arts. 1 a 103 do Código Civil Brasileiro: pessoas naturais, pessoa jurídica, domicilio, classificação de bens.
Teoria da Relação Jurídica II 
Parte geral titulo III - dos fatos jurídicos.
- Do negócio jurídico (art. 104 a 184).
- Dos atos lícitos (art. 185)
- Do ato ilícito (art. 186 a 188)
- Da prescrição e da decadência (art. 189 a 211)
- Complementar: da prova dos fatos jurídicos (art. 212 a 232)
 Quadro Geral dos Fatos Jurídicos 
Fato jurídico em sentido amplo (lato sensu): qualquer evento da natureza ou humano que seja juridicamente relevante. Criação, modificação, transmissão, extinção de direitos. É todo acontecimento natural ou humano capaz de criar, modificar, conservar ou extinguir direitos e deveres.
>> Fato Jurídico possui três características básicas:
Decorrem de uma ação humana ou da natureza.
Produzem consequências de direitos, instituídas pelas normas jurídicas.
É um acontecimento externo, decorrendo de uma situação fática ou real.
>>Classificação:
1-Fatos Naturais: Fatos Jurídicos em sentido estrito (estricto sensu): eventos naturais com danos jurídicos relevantes. Alguns eventos relacionados ao ser humano, mas que escapam do seu controle (nascimento, morte). Curso do tempo é fato jurídico em sentido estricto. Sendo o fato natural ordinário, que é o acontecimento produzido pela natureza de forma esperada (Ex: a morte). E o fato natural extraordinário, é o acontecimento produzido pela natureza de forma inesperada (Ex: maretomo).
2- Fatos Humanos: Atos Jurídicos em sentido humano (lato sensu): Emana da vontade com intenção de ocasionar efeitos jurídicos ou não. Abrange o ato real ou ato material, sendo o ato baseado na vontade humana. Porém, seus efeitos estão previstos em lei (Ex: Escolha do domicilio, ato de participação). Portanto, é ocasionado pelo homem intencionalmente. Sendo separados em:
- Comissivas: comportamento coativo, por manifestação.
 - Omissivas: por omissão.
2.1­ Atos lícitos comissivos ou omissivos que estão em conformidade com a lei:
2.1.1­ Negócio jurídico: Qualquer manifestação de vontade humana, de acordo com a lei, na qual o agente pretende atingir resultados jurídicos específicos (consciência dos efeitos). No sentido de criação, modificação, extinção de direitos.
2.1.2­ Atos jurídicos em sentido estrito: são atos humanos que não tem intenção negocial e produzem efeitos que estão previstos na norma jurídica. Os resultados são resultados que decorrem da lei e não necessita da vontade humana para o resultado. Surge como mero pressuposto de efeito jurídico, preordenado pela lei, sem função e natureza de auto-regulamento
2.2­ Atos ilícitos que violam a lei, aquele não é admitido pelas regras jurídicas. (art. 186)
** RESUMO
 Ordinários
Fatos naturais 
 
 Extraordinários
 Ato Jurídico Estricto sensu
 Lícitos Negócio Jurídico
Fatos Humanos Ato-Fato Jurídico 
 Ilícitos 
 Negócio Jurídico 
>> Classificação do Negócio Jurídico:
1.Negócio Jurídico Unilateral e Bilateral:
Unilateral: uma só manifestação de vontade. No momento de formação do negócio jurídico há apenas 1 parte. Por exemplo: testamento, promessa de recompensa são não recepcticios, não precisa atingir um só destinatário. Na revogação de mandato (procuração), depende da manifestação de vontade do mandante e atinge apenas um destinatário, sendo então recepticio. 
Bilateral: duas manifestações de vontade que não são iguais (correspectivas). Há duas partes. Por exemplo: contratos em geral (contrato de compra e venda, de locação, trabalho. Sociedades com apenas dois sócios.
2. Negócio Jurídico Oneroso e Gratuito:
Gratuitos: estrada de mão única. As vantagens patrimoniais vão de uma parte a outra (parte ou envolvido) sem haver contraprestação. Por exemplo: doação tradicional, dar algo a alguém sem receber nada em troca. Comodato (empréstimo gratuito de coisa não fungível).
Onerosos: pista de mão dupla. Vantagens econômicas recíprocas, prestação e contraprestação. Por exemplo: compra e venda, contrato de trabalho.
3. Negócio Jurídico “Inter Vivos” e “MortIs Causa”:
Inter Vivos: todos os demais. Compromissos de compra e venda e contratos de seguro de vida: no momento que são celebrados e que começam a fazer efeitos a pessoa ainda esta viva.
Mortis Causa: testamento (todos os efeitos de um testamento se produzem após a morte). Codicilo (simplificação do testamento feito em casa, não pode conter objetos de grande valor, apenas bens com pequena significação.
4. Negócio Jurídico Solene ou Formal e Não-Solene :
Solene\ Formal: tem forma prevista em lei como requisito de validade. Art. 108, Art. 1533 ss, Art. 1864 ss, Art. 1653.
Não solenes/meramente consensuais: são os que prevalecem a ideia de liberdade de forma. Art. 107
5. Negócios Jurídicos principais e acessórios:
Principais: todos que podem ter existência autônoma, não dependem da existência de nenhum outro vinculo jurídico entre as partes. Por exemplo: contrato de compra e venda não precisa de nenhum outro negócio jurídico entre as partes.
Acessórios: relação de dependência/subordinação de um negócio jurídico acessório a um principal. Não existem de forma autônoma. Fiança (garantia de que o contrato vai ser cumprido) Hipoteca. Casamento (pacto antenupcial é preliminar ao contrato de casamento. Art. 1653)
6. Negócios Jurídicos patrimoniais e extrapatrimoniais:
Patrimoniais: são os negócios jurídicos de conteúdo apenas econômico e geram repercussões apenas patrimoniais. Contratos em geral.
Extrapatrimoniais: estão ligados ao direito de família. Também tem repercussões econômicas, mas existem efeitos/reflexos que extrapolam o conteúdo econômico. Casamento/união estável. Reconhecimento extrajudicial de filho (ato jurídico em sentido estrito, Art. 185)
>> Elementos do Negócio Jurídico:
Apresentam-se em dois grupos: 
1. Elementos Essenciais - O negócio jurídico depende da declaração da vontade e da existência de um fim protegido pelo ordenamento. Constituem requisitos de existência e validade.
2. Elementos Acidentais - Genericamente tratados por modalidades dos negócios jurídicos, os elementos acidentais são de natureza contingente, podem ou não ser incluídos na declaração de vontade. Constituem requisitos de eficácia do negócio, como condição, termo e prazo.
Requisitos da Existência: Manifestação ou declaração de vontade, partes ou agente emissor da vontade, objeto, forma. 
Requisitos da Eficácia: Os elementos que o compõem são acidentais, uma vez que sua presença é dispensável, são eles a Condição, Termo e Modo ou Encargo.
Requisitos da Validade: Os elementos que compõem esse plano são os mesmos que completam a lista do plano da existência, acrescidos àqueles substantivos alguns adjetivos, ou seja, não basta apenas a manifestação de vontade, ela precisa ser livre, sem vícios, as partes ou agentes deverão ser capazes, bem como o objeto deve ser lícito, possível, determinado ou determinável e a forma deverá ser prescrita ou não defesa em lei. Requer agente capaz, objeto licito, possível, determinado ou determinável, forma prescrita ou não defesa em lei. 
>> Defeitos\Vícios do Negócio Jurídico:
a) Vícios de Consentimento – a vontade não é exposta de maneira absolutamente livre. São defeitos que maculam o negócio jurídico: Erro, Dolo, Coação, Estado de Perigo e a Lesão;
b) Vícios Sociais – a vontade manifestada não guarda intenção pura e de boa-fé (simulação e fraude contra credores)
1-Erro ou ignorância – O erro é a falsa noção em relação a uma pessoa, ao objeto do negócio ou a um direito, é um erro fático que acomete a vontade de uma das partes que celebrou o contrato. Juridicamenteo erro e a ignorância recebem o mesmo tratamento ao serem considerados sinônimos. Ambos são equiparados como o desconhecimento total quanto ao objeto do negócio. Nos dois casos a pessoa engana-se sozinha, parcial ou totalmente. Faz-se anulável o negócio jurídico, quando a falsa causa for o motivo determinante do negócio e é o que dispõe a partir do artigo 86 do Código Civil. 
 2. Dolo - Quando o declarante é induzido ao erro pela má-fé de alguém. É todo artifício malicioso empregado por uma das partes ou por terceiro com o propósito de prejudicar outrem, quando da celebração do negócio jurídico. O negócio só é anulável na hipótese de dolo principal (dono dans). O dolo acidental (dolo incidens), garante à vítima apenas o direito de reclamar indenização por perdas e danos e a presente matéria se dispõe a partir do artigo 92 do Código Civil. 
3. Coação - é o ato de ameaça, de intimidação. A coação traduz-se pela violência, é uma pressão física ou moral exercida sobre uma das partes, visando abrigá-la a assumir uma obrigação que não lhe interessa. Todavia, para viciar o negócio jurídico há de ser relevante, em fundado temor de dano iminente e considerável à pessoa envolvida, á sua família ou aos seus bens. Sendo divididas em coação física (constrangimento corporal) e coação moral (constrangimento psíquico). O presente vício se dispõe regulado a partir do artigo 98 do Código Civil. 
4. Simulação - O próprio declarante tem por objetivo fraudar a lei. sendo uma declaração enganosa de vontade, com o intuito de produzir efeito diverso do ostensivamente exposto. A lei civil regula esta matéria a partir do artigo 102, portanto,  o art. 167 CC reconhece a nulidade absoluta do negócio simulado e, ainda, prevê que subsistirá o que se dissimulou, se for válido na substância e na forma.
 5. Fraude contra credores - Caracteriza-se pela má-fé do devedor que num estado de insolvência ou na iminência de se tornar, dispõe de seu patrimônio, de forma gratuita ou onerosa, visando impedir que seus bens respondam por suas obrigações assumidas em momento anterior ao ato de alienação ou oneração de bens. Para a anulação de um praticado em fraude contra credores será possível por intermédio de uma ação revocatória, a chamada Ação Pauliana
6. Lesão - É o prejuízo advindo da desproporção entre as prestações de um determinado negócio jurídico, em face do abuso da inexperiência, necessidade econômica ou leviandade de um dos declarantes. Consoante se depreende do art. 171 CC, é causa de anula.
7. Estado de Perigo - Ocorrerá essa modalidade de vício quando, diante de uma situação de perigo conhecido pela outra parte, o agente emite uma declaração de vontade com o fim de salvaguardar direito seu, ou de pessoa próxima, assumindo uma obrigação excessivamente onerosa. A sanção aplicável ao ato viciado pelo estado de perigo é a sua anulação (art. 171, II e 178, II CC)
>> Atos Nulos, Anuláveis e Inexistentes do Negócio Jurídico:
Nulo: O ato nulo é o ato que embora reúna os elementos necessários a sua existência, foi praticado com violação da lei, a ordem pública, bons costumes ou com inobservância da forma legal. O ato nulo precisa de decisão judicial para a retirada da sua eficácia. Produz efeitos antes da anulação.
Exemplo: casamento entre irmãos, os filhos tem direitos, ou seja, há efeitos na relação mesmo ela sendo nula.
Anulável: O ato anulável é o que tem defeito de menor gravidade. Já a invalidade é uma forma genérica das subespécies de: nulidade e anulabilidade. Assim, tanto o ato nulo como o anulável é considerado inválido. O dolo principal torna o negócio jurídico anulável (art. 171, II,CC).
Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
Exemplo: casamento de menor de 16 anos sem a permissão judicial.
Inexistente: O ato inexistente é aquele que não reúne os elementos necessários à sua formação. Ele não produz qualquer consequência jurídica. Não produz efeitos, ou seja, é o nada jurídico. 
Exemplo: casamento na festa junina, onde o casal não tem nem um vincula e não gera nem uma responsabilidade sobre atos após.
>> Reserva Mental do Negócio Jurídico: 
A manifestação da vontade subsiste ainda que seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se o dela o destinatário tinha conhecimento. Ocorre na reserva mental, quando um dos declarantes oculta a sua verdadeira intenção, isto é, quando não quer um efeito jurídico que declara querer. Tem por objetivo enganar o outro contratante ou declaratório. Se este, entretanto, não souber da reserva, o ato subsiste e produz efeitos que o declarante não desejava. A reserva, isto é, o que se passa na mente do declarante, é indiferente no mundo jurídico e irrelevante no que se refere a validade e eficácia do negócio jurídico.
Se o declaratório conhecer a reserva, a solução é outra. O Código Civil manda aplicar nesse caso o regime da simulação, considerando nula a declaração.
Exemplo 1- Declaração do autor de obra literária, ao anunciar que os livros da venda terão destinação filantrópica, contudo, com o objetivo único de vender somente o maior numero de livros.
Exemplo 2- O casamento realizado por estrangeiro com mulher de outro pais em que está residindo, com a única finalidade de não ser expulso.
>> Representação do Negócio Jurídico: 
Poder que legitima alguém a praticar ato ou celebrar negócios em nome de outra pessoa, cuja esfera se operam efeitos do ato ou negócio jurídico realizado.
Espécies:
Legal: Técnicas empregadas no exercícios do poder familiar, tutelar e curatela.
Voluntária: isolada ou não da figura de um mandato para representação de serviços, distribuição e gestão de negócios.
** Representação sem mandato: Exemplo: Contrato de sociedade
**Mandato sem representação: Exemplo: Situação em que o mandatário não recebeu poderes para agir em nome do mandante ainda que vá agir por conta do mandante, o fará em nome do próprio. 
Elementos:
Contempatio domínio do representante tem que agir ostensivamente em nome do representado
Declaração de vontade do representante embora a vontade ser a do representado, existe um espaço de discricionalidade do representante, mesmo que apenas para decidir sobre a conveniência da celebração.
Extinção:
Legal: Fato relacionado ao representante ou ao representado. Exemplo: Morte do representado cessação de sua incapacidade, morte do representante, privação do poder familiar, termo final do prazo em que o representante deveria agir em nome alheio, escusa a legítima do representante, remoção.
Voluntária: Art 120, CC. Regulamentação no capitulo do conteúdo de mandato.
>> Auto Contrato: Art 117, CC:
É anulável o contrato em que o representante no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.
Exceções:
Se o contrato contar com a permissão da lei ou do representante, como no caso de uma procuração em causa própria.
Se o representante mantiver-se fiel e leal em prol dos interesses do principal
Hipóteses:
Quando alguém figura como parte e como procurador de parte contrária
Quando uma só pessoa atua como representante das duas partes da avença.

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