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CAPITULO 1 FUNDAMENTOS PSICOLOGICOS DA EDUCAÇÃO

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CAPITULO 1 – FUNDAMENTOS PSICOLOGICOS DA EDUCAÇÃO
AS BASES HISTORICAS DA FILOSOFIA, DA PSICOLOGIA E DA EDUCAÇÃO:
UM DIALOGO QUE PERMEIA A PEDAGOGIA.
ALEX CESÁRIO DE OLIVEIRA – RU:1672861
PAP CONGONHAS – MINAS GERAIS
LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
Síntese: 
1.1 – Filosofia: das raízes aos movimentos contemporâneos
Filosofia é a ciência mais antiga das três áreas do conhecimento, que a qual debruçaremos a partir deste ponto é a filosofia.
A palavra filosofia vem do grego filos “amor” e sofia “sabedoria”, ou seja, a filosofia tem em si segundo (Marias, 2004, p.3) duas significações: “o homem que possui certo saber e o homem que vive e se comporta de um modo peculiar”.
Abbagnano (2007), pautado na definição do Eutidemo de Platão, filosofia é o uso do saber em proveito do homem, pois de acordo com Platão de nada serviria possuir capacidades de transformações e conhecimento se não soubesse utilizá-lo.
Podemos dividir a Filosofia Ocidental por séculos subdivididos por períodos, que vão desde a Idade Antiga (séculos IV a.C. ao V d.C.), passando pela Idade Média (séculos V ao XV), pela Idade Moderna (séculos XV ao XVIII) e pela Idade Contemporânea (XVIII ao XIX), até a atualidade (século XXI).
1.1.1 – Antiguidade: período de transformação do pensamento humano.
Também denominada período arcaico, marcada por uma grande transformação na história do pensamento humano, pois foi nesse período que a civilização grega se viu obrigada a criar técnicas e métodos voltados para o processo de ensino-aprendizagem, desligando-se pouco a pouco do pensamento mítico.
O pensamento mítico se estabeleceu como a primeira explicação do mundo.
Antes da escrita, as histórias eram passadas de geração em geração por meio da cultua oral, mas sem fundamentos da razão e de maneira não critica.
Vae lembrar que o pensamento mítico ocasionava uma compreensão metafórica e ingênua dos fatos e dos fenômenos, pois eles não apresentavam uma forma racional e cientifica.
Mito de Pandora
Desde a tomada da consciência humana, por meio da escrita do pensamento reflexivo e da utilização da razão, o pensamento do homem passou a ser “teorizante”, ou seja, passou a se apoiar em teorias logicas, baseadas em experiências e experimentos científicos e não mais em fantasia, contos mitológicos e metáforas.
Podemos distinguir a filosofia em períodos Clássico e Helenístico.
Período Clássico: Destaca-se pelos sofistas (falsos filósofos) considerados os “charlatões da filosofia” acusados de pregar o falso raciocínio, raciocínio capcioso, de má fé e com intenção de enganar o outro. É também nesse período de ouro de crescimento da Grécia que ocorre o topo do pensamento filosófico, principalmente com os três maiores ícones da filosofia: Sócrates (469 a.C. – 399 a.C.), Platão (427 a.C. – 347 a.C.) e Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.). 
 Período Helenístico: Expansão da cultura helênica por todo o império alexandrino e a difusão das ideias dos principais pensadores gregos, precursores de escola de pensamento como a estoica, de Zenão de Cicio; a epicurista, de Lucrécio e Diógenes de Oenoanda, que seguiram as ideias de Epicuro; a cínica, dos seguidores de Antístenes, como Demétrio, e a cética, tendo como representantes Sexto Empírico e Carneades. Ascenção de Alexandre O Grande, que foi educado por Aristóteles e foi determinante para a cultura grega por todo o Ocidente.
1.1.2 – Idade Média: Supremacia da fé católica em detrimento da razão.
Século das Trevas
Destaca-se as instituições escolares, nas quais tinha como base o ensinamento a supremacia da fé católica, em material a razão.
Santo Agostinho (354 d.C. – 430 d.C.) – que apesar de ter falecido no início do Século V, deixou um enorme legado, desenvolvido com base no platonismo dos fins da Antiguidade.
São Tomás de Aquino (1226-1274) – No século XIII d.C. elaborou sua teoria sobre os ensinamentos de Aristóteles.
Segundo Coimbra (1989, p.15) “Somente na idade média que, na Europa, a educação se tornou produto da escola, e um conjunto de pessoas (em sua maioria religiosos) especializou-se na transmissão do Saber. Entretanto, podemos destacar nessa época que o ensino era reservado somente as elites (principalmente a nobreza), não haviam separação entre crianças e adultos. 
O papel filosófico era subordinado a teologia, e os dogmas da igreja, não podendo criar novas concepções de mundo, e somente buscando com intensa força a elaboração de síntese dos pensamentos já existentes.
Esse foi o período mais longo da história que durou cerca de mil anos.
Destacamos então:
Monopólio eclesiástico de ensino e difusão do modelo cristão de educação.
Escolas eram organizadas pela igreja.
Ligação ao ensino religioso e a leitura de textos canônicos.
Regras rigorosas e fixadas por intermédio de dogmas.
Verdades Impostas e Inquestionáveis.
1.1.3 – Idade Moderna: Uma antinomia entre a Liberdade e a opressão.
Século das luzes.
Liberdade das Ideias Católicas.
Francis Bacon (1561-1626) – Método Experimental. – Reconhecido como “o pensador do Renascimento” sua máxima de que para se descobrir é algo é preciso conhecer e para conhecer é preciso experienciar. Ressaltou também a observação, a comparação, a repetição e a análise de experiências, reunindo-as na direção do conhecimento.
René Descartes (1596-1650) – Visão Mecanicista e Racional do Homem. – Contribuiu significantemente para o processo de “libertação” da pesquisa e da investigação cientifica dominada, durante a Idade Média, pelos rígidos dogmas teológicos. – Representou a passagem da Renascença para o período moderno da ciência e, segundo alguns autores, representou também os primórdios da psicologia moderna. 
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) – Figura de transição do período iluminista: acentuou as exigências de Liberdade, abriu caminho para o Romantismo e criticou os excessos racionalistas.
Destacamos então:
Os estudiosos propuseram que se priorizasse a aprendizagem mediada pela razão, pela investigação cientifica e pela pesquisa experimental.
Abandono dos argumentos da fé em potência durante a Idade Média.
Desejo pela liberdade de Ideias, pela libertação do homem social, cultural e religioso.
Ação governamental: Procurava moldar o indivíduo, tornando o produtivo para o Estado.
1.1.4 – Idade Contemporânea: O avanço do pensamento ocidental.
Filósofos alemães em destaque: George W. F. Hegel (1770-1831), Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895).
Marx e Engels faz uma crítica a Hegel, invertendo sua filosofia idealista e voltando-se para a realidade e para os indivíduos em suas ações e condições reais de vida e de trabalho em sociedade.
Durante a Idade Contemporânea com o crescente nível de alfabetização da população, foi possível estabelecer diferenças “entre o que se diz nos textos, o que se escreve, o que o leitor entende, o que agrega em sua interpretação, distinção sem a qual a ciência moderna não teria sido possível” (Pozo, 2002, p.29).
Surgimento das correntes filosóficas do século XX: existencialismo, estruturalismo, a fenomenologia, a Escola de Frankfurt etc.
De acordo com o Wikipédia: Existencialismo é um termo aplicado a uma escola de filósofos dos séculos XIX e XX que, apesar de possuir profundas diferenças em termos de doutrinas, partilhavam a crença que o pensamento filosófico começa com o sujeito humano, não meramente o sujeito pensante, mas as suas ações, sentimentos e a vivência de um ser humano individual. No existencialismo, o ponto de partida do indivíduo é caracterizado pelo que se tem designado por "atitude existencial", ou uma sensação de desorientação e confusão face a um mundo aparentemente sem sentido e absurdo.
Segundo o Wikipédia: O estruturalismo é uma corrente de pensamento nas ciências humanas que se inspirou no modelo da linguística e que depreende a realidade social a partir de um conjunto considerado elementar (ou formal) de relações. Para a sociologia, antropologia e linguística, o estruturalismo é a metodologia pela qual elementos da cultura humana devem ser entendidos em face a sua relaçãocom um sistema ou estrutura maior, mais abrangente. O estruturalismo opera no sentido de descobrir as estruturas que sustentam todas as coisas que os seres humanos fazem, pensam, percebem e sentem. O filósofo Simon Blackburn resume afirmando que o estruturalismo é "a crença de que os fenômenos da vida humana não são inteligíveis exceto através de suas inter-relações. Estas relações constituem uma estrutura e, ainda por trás das variações locais dos fenômenos superficiais, existem leis constantes do extrato cultural”.
Segundo o Wikipédia: Fenomenologia (do grego phainesthai - aquilo que se apresenta ou que mostra - e logos explicação, estudo) é uma metodologia e corrente filosófica que afirma a importância dos fenômenos da consciência, os quais devem ser estudados em si mesmos – tudo que podemos saber do mundo resume-se a esses fenômenos, a esses objetos ideais que existem na mente, cada um designado por uma palavra que representa a sua essência, sua "significação". Os objetos da Fenomenologia são dados absolutos apreendidos em intuição pura, com o propósito de descobrir estruturas essenciais dos atos (noesis) e as entidades objetivas que correspondem a elas (noema).
Segundo Wikipédia: Escola de Frankfurt (em alemão: Frankfurter Schule) é uma escola de teoria social e filosofia particularmente associada com o Instituto para Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt/Francoforte. A escola inicialmente consistia de cientistas sociais marxistas dissidentes que acreditavam que alguns dos seguidores de Karl Marx tinham se tornado "papagaios" de uma limitada seleção de ideias de Marx, usualmente em defesa dos partidos comunistas ortodoxos. Entretanto, muitos desses teóricos admitiam que a teoria marxista tradicional não poderia explicar adequadamente o turbulento e inesperado desenvolvimento de sociedades capitalistas no século XX. Críticos tanto do capitalismo e do socialismo da União Soviética, os seus escritos apontaram para a possibilidade de um caminho alternativo para o desenvolvimento social.
Maurice Merleau-Ponty (1908-1961) e Jean-Paul Sartre (1905-1980): Influenciados pelo marxismo, usavam o método da fenomenologia.
 Muitos autores não se encontram plenamente identificados dentro das correntes nas quais foram inseridos, e muitos negaram estar entre os existencialistas como [Martin] Heidegger (1889-1976) e [Michel] Foucault (1926-1984) e [Louis] Althusser entre os estruturalistas.
1.2 – Do senso comum à consciência filosófica: a filosofia na educação.
As diferentes maneiras de interpretar as coisas.
Protágoras (480 a.C. – 410 a.C.): Pensador pré-socrático, afirmava que “ O homem é a medida de todas as coisas”, tentou explicar como ocorre a compreensão e a representação das coisas no mundo. – Para Protágoras a forma como vemos o mundo depende de nós e de nossas relações com o mundo.
Arthur Schopenhauer (1788-1860) retomou o assunto, ao afirmar que “o mundo é uma representação minha”. Também para ele a forma como vemos e compartilhamos o mundo é produto da representação que fazemos dele – é um processo subjetivo.
Bruxaria, magia e oráculos entre os Azande, de Evans-Pritchard (1902-1973), publicado em 1937, conta-nos sobre a crença de um povo africano os Azande. (Disponível no livro base pagina 29.)
1.2.1 – Senso Comum
De acordo com o site toda matéria: Senso comum é um termo da filosofia aplicado para definir o entendimento particular do indivíduo sobre os fatos relacionados ao mundo que o cercam.
Se fizermos a analise etimológica das palavras que formam o termo senso comum teremos senso origem da linguagem latina que se refere a faculdade de apreciar, ao entendimento ao juízo, enquanto a palavra comum, também de origem latina, e significa o que pertence a todos ou a muitos.
Saviani interpreta em seu livro: Educação: do senso comum a consciência filosófica, assevera que o senso comum está ligado a uma “concepção fragmentaria, incoerente, desarticulada, implícita, degradada, mecânica, passiva e simplista”, concepções estas “intrínsecas à mentalidade popular”, ao povo.
1.3 – Psicologia e pedagogia: desenvolvimento como ciências modernas
A psicologia e pedagogia são duas ciências modernas embora sejam pesquisadas primeira pela filosofia e teologia dos pensamentos gregos.
Inicialmente sintetizaremos a história da pedagogia e da psicologia, para compreendermos a linha do tempo que em uma breve retrospectiva nos conduz novamente a Antiguidade, à Idade Média e a Modernidade, até chegarmos ao encontro dos dias atuais, na contemporaneidade ou pós-modernidade.
1.3.1 – Da paideia a pedagogia: contribuições aos processos de ensino-aprendizagem.
Sabe-se que os primeiros indícios históricos da pedagogia datam, aproximadamente, do século XVII, quando o tcheco Comênio (1592-1670), afirmou que tanto a criança quanto o jovem mereciam cuidados especiais para efetivação de uma aprendizagem mais produtiva e deleitosa, pois para esse estudioso, era necessário “ensinar tudo a todos”.
A palavra pedagogia, é composta pelos termos gregos paidós (criança), agein (conduzir) e lógos (ciência), ou seja, refere-se ao “ensino das crianças”, à “ciência de ensinar” 
A pedagogia compreende um conjunto de princípios e métodos pautados na filosofia (concepção de vida) e em algumas ciências humanas (psicologia e sociologia, entre outros).
De acordo com Cambi (1999), nesse período, a figura do pedagogo já era a de um acompanhante da criança, ou seja, de alguém que controlava e estimulava as experiências dela. Era a figura que promovia transformações e que enfatizava, no mundo mediterrâneo, as experiências dos “mestres de verdade” — diretores da vida espiritual e mestres de almas (basta nos lembrarmos de Sócrates) (livro-base, p. 35).
O conceito de Paideia, relativo a formação do homem por meio do contato orgânico com a cultura, “organizada em curso de estudos, com o centro dedicado aos studia humanitatis, que amadurece por intermédio da reflexão estética e filosófica e encontra na filosofia e encontra na pedagogia – na teorização da educação subtraída a influência única do costume – seu próprio guia” (Cambi,1999, p.49).
1.3.2 – As bases da educação antiga.
Destaque em dois filósofos Sócrates e Platão.
Sócrates:
Filho de um escultor e de uma parteira.
Ministrava seus ensinamentos aos jovens em praça pública e instigava-os a pensar por si próprios.
Afirmava “conhece-te a ti mesmo” – era uma espécie de provocação para que cada pessoa fosse capaz de descobrir por si a própria ignorância, também sua capacidade de superá-las ou seja, de “parir” ideias. 
Sócrates conversava com as pessoas e frequentemente fazia perguntas. Levava seus interlocutores a ver seus pontos fracos de suas próprias reflexões. Com base nisso permitia que a outra pessoa chegasse a suas próprias conclusões.
Platão:
Discípulo e herdeiro das ideias de Sócrates, além de ter elaborado um grandioso sistema filosófico de base idealista, que deu ênfase a ideia em relação ao “ser-experiência” e desenvolveu uma especulação que visava reconquistar a pureza e a função teológica das ideias, coube a ele o feito de ter fundado, em Atenas, por volta do ano 387a.C., a Academia, uma das primeiras instituições de ensino do mundo ocidental.
Sua teoria se baseia em dois tipos de paideias: A socrática, ligada a formação da alma e a política ligada aos papeis sociais dos indivíduos, e os destinos as classes sociais e políticas.
Primeiro a estabelecer uma filosofia da educação na cultura ocidental.
Paideia na Idade Média: Prevalência da fé sobre a razão, organiza-se em sentido religioso, transcendente, teológico, ancorando-se nos saberes da fé e no modelo da pessoa de cristo, sofredora, mas profética, porem com maioridade no espirito critico, investigativo, logico e racional da Antiguidade. Após a paideia cristã configurada por uma longa época de profundas transformações, ocorreu um fenômeno complexo, de múltiplas dimensões voltadas ao conhecimento, a arte, a literatura e ao desejo de liberdade e da superação. Surge se aí então uma nova visão de mundoe de homem franqueando as portas para os novos tempos: o RENASCIMENTO.
Paideia na Idade Moderna: Insere novamente o homem no centro do pensamento ocidental. Podemos afirmar assim que a Idade Moderna passou por grandes revoluções entre elas a Revolução Industrial e a Revolução Francesa.
Revolução Industrial: Origem na Inglaterra no século XVIII, ocasionou grandes impactos principalmente na produção e na economia alterando totalmente as formes sociais tecnológicas e cientificas no mundo ocidental, se destacava na educação a necessidade formar os filhos dos operários para trabalhar nos meios de produções, daí surge a ideia e início ao ensino “técnico”.
Revolução Francesa: França a partir de 1789, considerada uma das maiores revoluções da humanidade, marcou profundamente no início da Idade Contemporânea, essa revolução pode ser considerada, por um lado como uma revolução ideológica e social, por abolir a servidão e os diretórios feudais, e por outro um chamariz, pois aí a burguesia assumiu o poder político e passou a ter controle social.
Paideia na Contemporaneidade ou Pós-Modernidade: Surge uma nova forma de se compreender a educação: nem mais sob a prevalência de uma teleologia ética nem mais sob a perspectivação política.
1.4 – Os rumos e os avanços da psicologia: uma área de conhecimento que contribui para a educação.
O termo psicologia vem do grego psykhologuía, composto por psikhé (psique, alma, mente) e lógos (palavra, razão, estudo). É a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais ou em outras palavras a ciência que se dedica a estudar tudo que a pessoa faz assim como as experiências subjetivas indeferidas por meio do comportamento.
ESTRUTURALISMO: primeira escola do pensamento psicológico, e teve início no século XIX, considerada uma corrente psicológica fundada pelo Alemão Wilhelm Wundt (1832-1920) e seu aluno inglês Edward Bradford Titchener (1867-1927) e que, segundo Schultz e Schultz (1992), permaneceu em evidência por cerca de 20 anos nos Estados Unidos (entre 1895 e 1915, aproximadamente). O seu objeto de estudo era a experiência consciente subordinada ao sujeito que vivencia; volta-se para os fatos estruturais da mente sendo esse, o movimento que deu base para o surgimento da psicologia experimental. Na virada do século XIX para o século XX, o estruturalismo assumiu aos Estados Unidos, um caráter próprio e distinto da vertente de Wundt e Titchener. Seu foco era a operação dos processos conscientes por parte dos organismos vivos, em suas permanentes tentativas de se adaptarem ao ambiente.
FUNCIONALISMO: Levou os psicólogos a se interessar pela aplicação da psicologia a problemas reais do mundo real (pragmatismo). Ganharam destaques os trabalhos do biólogo francês Charles Darwin (1809-1882), que, com sua teoria da seleção natural publicada em 1859, estremeceu a sociedade que por muitos séculos, teve com um certo o relato bíblico sobre a criação das espécies. Destacaram-se também as ideias do inglês Francis Galton (1822-1911), que estudou os problemas da herança mental e asa diferencias individuais na capacidade humana realizando os primeiros estudos sobre o comportamento animal.
PSICANÁLISE: Fundada por Sigmund Freud, se distingue das demais tanto em relação aos objetivos quanto no tocante aos métodos e ao objetivo de estudo, possui como objeto de estudo a psicopatologia, o comportamento anormal e o inconsciente, adotando como principal método a observação clínica.
BEHAVIORISMO ou COMPORTAMENTALISMO: O grande nome da psicologia behaviorista estadunidense é Burrhus Frederic Skinner (1904-1989), em que sua concepção se pautou no desenvolvimento da psicologia como ciência experimental, principalmente ao priorizar uma abordagem que buscava investigar o comportamento humano como algo possível de ser observado e quantificado.
ESCOLA DA GESTALT: Tinha como base o pensamento do filosofo alemão Immanuel Kant (1724-1804). Essa escola desenvolveu uma teoria da percepção com base em um rigoroso método experimental, que possibilitou a compreensão de como se ordenam, em nosso cérebro, as formas que percebemos. Os psicólogos da Gestalt enfatizavam que o homem percebe objetos e figuras como um todo completo, e não como pedaços ou partes isoladas de informação sensorial; isso explica o fato da percepção ser capaz de entender as partes a partir do todo, nunca o todo a partir das partes.
PSICOLOGIA HUMANISTA: Toma forma e força em 1960, e assim como o behaviorismo surgiu nos Estados Unidos, tem suas origens voltadas nas teorias do alemão Gottfried Wilhelm von Leibniz (1646-1716), cujo seu pensamento sobre o homem abriu uma nova perspectiva abrindo uma nova perspectiva, influenciando a obra de vários filósofos como Sören Kierkegaard, Edmund Husserl, Martin Heidegger e Jean-Paul Sartre. A psicologia humanista tinha como objetivo uma descrição completa do que significa estar vivo como ser humano. Essa linha de pensamento psicológico teve importante papel na educação e um de seus principais expoentes foi o estadunidense Carl Rogers.
PSICOLOGIA COGNITIVA: Seus pontos principais são a retomada pelo interesse da consciência, pela atividade criativa da mente, pela importância cognitiva da mente, pela importância das variáveis cognitivas, assim como pelo modo como os indivíduos percebem, aprendem, lembram e representam as informações que recebem do mundo. Podemos citar como percursos da psicologia cognitiva é o epistemológico de Jean Piaget.
EVOLUCIONISTA: Identificado como o mais recente na linha história da psicologia, nele afirma-se que: Os indivíduos são criaturas ligadas ou programadas para a evolução para se comportarem, pensarem e aprenderem segundo as formas que favoreceram a sobrevivência ao longo de várias gerações passadas. É baseada na informação e que as pessoas com certas tendências comportamentais e cognitivas tem mais chances de sobreviver, perdurar e criar proles.
 PSICOLOGIA POSITIVA: Movimento recente, teve início por volta de 1998 quando o psicólogo Martin Seligman assumiu a presidência da APA, tinha por objetivo retomar os estudos sobre os aspectos virtuosos e as forças pessoais que todos os seres humanos tem. A psicologia positiva “pretende contribuir para o florescimento e o funcionamento saudável das pessoas, grupos e instituições, preocupando se em fortalecer competências ao invés de corrigir deficiências”.
1.4.1 – Psicologia da educação.
Dedica-se ao estudo dos processos de ensino-aprendizagem.
Pode ser considerada como um pano fundo para educadores, psicólogos e psicopedagogos e todos aqueles que interessam pelos processos educacionais, pois via auxiliar a compreensão de tais processo e o desenvolvimento de relações saudáveis no âmbito educativo.
Piaget teve como foco a compreensão do “sujeito epistêmico”, ou seja, estudou os processos de ensino-aprendizagem e de conhecimento humanos da infância a vida adulta.
Henri Wallon compreendeu o psiquismo humano como uma díade entre o fisiológico e o social, sendo de importância fundamental nessa relação o papel da afetividade, dedicou-se ao estudo do desenvolvimento da criança, publicando vários textos à educação infantil. Além disso demonstrou grande interesse pelo papel do professor, destacando a necessidade do domínio dos conhecimentos a serem transmitidos às crianças, assim como a maneira de transmiti-los.
1.4.2 – Psicologia Social
Influenciada pelo movimento filosófico denominado materialismo histórico e dialético (marxista), tem como fundamento as teorias de Karl Marx e Friedrich Engels.
Principais bases da teoria do bielorrusso Lev Semenovitch Vigotski, que se propôs a construir uma “nova psicologia”, capaz de unificar as perspectivas das correntes psicológicas que dicotomizam o sujeito e o objeto. Assim, para esse estudioso, devia se buscar uma nova unidade de analise, que explicasse desde as relações estimulo-resposta até a mais elevada produção humana: a cultura.

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