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CASO SEMANA 6 TRABALHO

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CASO SEMANA 6
Márcia ingressou com uma ação de re visão de cláusulas contratuais em face da Editora Encanto no I Juizado Especial da Com arca de Salvador. Após a realização da audiência de instrução e julga mento o juiz proferiu sentença julgando procedente o pedido da autora. A ré opôs embargos de declaração, s ob o argumento de que houve erro material e omissão no julgado, no prazo legal, sendo este rejeitado pelo julgador. Após a publicação da decisão que julgou os embargos a em presa embargante interpôs recurso inominado no prazo de 10 dias. O recurso foi inadmitido pelo juiz por intempestividade, considerando a regra disposta no art. 50 da Lei nº 9.099/95. Agiu a adequadamente o juiz?
R: NÃO. Considerando que o Art.1065 do CPC, que alterou o Art. 50 da Lei 9.099/95. O EMBARGOS DE DECLARAÇÃO interrompem o prazo, não mais o suspendem em hipótese alguma. 
OBJETIVA
2) Sobre os embargos de declaração, é INCORRETO afirmar que (Técnico Judiciário do TJ/RJ – Prova 1 Concurso 2014): 
R:( c) suspendem o prazo para a interposição de outro recurso, por qualquer das partes.
3) O TRF da 2a Região denegou a ordem de segurança pleiteada em processo de sua competência originária. Nesse caso, qual seria o recurso cabível contra tal decisão?
R:(e ) Recurso Ordinário ao STJ, independentemente do conteúdo da decisão. 
Jurisprudência 
	DECISÃO MONOCRÁTICA
0027091-70.2017.8.19.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO
	Ementa
ISABELA PESSANHA CHAGAS - VIGÉSIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL CONSUMIDOR
	Embargos de Declaração no AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS EM FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. 1. Decisão que rejeitou impugnação ao cumprimento de sentença. Recurso interposto após o prazo fixado por Lei. Intempestividade. Carência de condição temporal de admissibilidade. Recurso que se deixou de conhecer, revogando o efeito suspensivo concedido. 2. O embargante/apelado sustenta que a decisão foi omissão ao não majorar os honorários sucumbenciais deferidos na sentença, em que pese não ter sido o recurso conhecido. 3. Pré-questionamento. 4. Inexistência de omissão, contradição ou obscuridade a ensejar oposição dos presentes aclaratórios com efeitos infringentes. 5. Recurso impróprio para manifestar o inconformismo da embargante. 6. Pré- questionamento implícito. 7. Matéria suscitada para fins de pré-questionamento que poderá ser considerada incluída na decisão embargada, ainda que o recurso tenha sido inadmitido ou rejeitado. Inteligência do art. 1.025 do CPC. 8. Negado provimento aos Embargos de Declaração. (Ocultar ementa)
	Data de julgamento: 26/07/2017
	Data de publicação: 28/07/2017
	
	INTEIRO TEOR 
Decisão Monocrática - Data de Julgamento: 26/07/2017
Doutrina
à luz do contraditório participativo, regulou a necessidade de intimação do embargado, "caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada" (art. 1.023, § 2º) – os chamados embargos de declaração com efeitos modificativos – e estabeleceu a possibilidade de se converter os embargos de declaração em agravo interno (art. 1.024, § 3º).
Em boa hora, positivou a desnecessidade de ratificação de qualquer recurso já interposto após o julgamento dos embargos de declaração, quando estes forem rejeitados ou não alterarem a conclusão anterior (art. 1.024, § 5º), entendimento que, durante muitos anos, foi aplicado pelo STJ à luz de uma interpretação extensiva da Súmula 418 da referida Corte.
No mais, esclareceu que os elementos suscitados pelo embargante no recurso serão considerados para fins de pré-questionamento, mesmo que este seja inadmitido ou rejeitado, se o tribunal superior reconhecer algum dos vícios do art. 1.022 (art. 1.205). 
Feitas essas considerações iniciais, passemos direto ao § 4º do artigo 1.026, dispositivo inédito e que merece alguma reflexão:
Art. 1.026 (...)
§ 4o Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados protelatórios.
Ou seja, caso os dois últimos embargos de declaração do recorrente tenham sido considerados protelatórios, em decisões fundamentadas, obviamente (arts. 10 e 489), não serão admitidos novos embargos. Se o recurso for oferecido, este será tido como ineficaz e, na lição do Desembargador Alexandre Câmara, começará a correr desde logo o prazo para interposição de outra espécie recursal contra a decisão judicial1. 
Esse dispositivo nos permite pensar em uma situação não tão incomum no STF, em que o vencido opõe, sucessivamente, embargos de declaração, apenas para não deixar o acórdão transitar em julgado. Mesmo sendo obrigado a depositar as multas em razão de seus recursos proletórios, o sucumbente insiste em recorrer. Embora em estágio terminal, ainda respira por aparelhos e quer vender caro o trânsito em julgado.
Em tais situações, o que normalmente acontece é que relator determina a baixa dos autos, sem examinar o último recurso2. Uma espécie de eutanásia judicial às avessas, que antes era feita "à galega" e agora foi positivada expressamente pelo referido dispositivo legal.
Nas instâncias ordinárias, o dispositivo também traz repercussões.
Podemos imaginar, por exemplo, a hipótese de o recorrente embargar contra o acórdão que julgar sua apelação cível (que, como se sabe, será dotada de efeito suspensivo, a exceção das hipóteses do art. 1.012, § 1º). Se o primeiro recurso for considerado protelatório, o recorrente será multado em valor não superior a dois por cento sobre o valor atualizado da causa (art. 1.026, § 2º). Caso oponha novos embargos – e estes também sejam considerados procrastinatórios –, pode ser multado em até dez por cento do valor da causa (art. 1.026, § 3º). Nesse caso, a interposição de qualquer outro recurso fica condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário da justiça, que a recolherão ao final.
Assim, se o recorrente opuser os terceiros embargos de declaração, mesmo depositando o valor da multa, e ficar, inadvertidamente, aguardando uma eventual decisão do tribunal, deixando, ainda, de interpor seu Recurso Especial e/ou Extraordinário, pode ser surpreendido com o trânsito em julgado da decisão.
Sob outro prisma, o NCPC, primando pela efetividade e duração razoável do processo, explicitou que os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo (art. 1.026). Andou bem o legislador, pois, na prática, essa alteração impede, por exemplo, que o sucumbente tente retardar o início da execução provisória do julgado.
Explica-se: na vigência do CPC de 1973, era muito comum a parte embargar contra o acórdão de julgamento da apelação cível (nos casos em que a mesma tinha efeito suspensivo) apenas para impedir que o vencedor deflagrasse a execução provisória, valendo-se do “efeito suspensivo” irradiado dos embargos.
Porém, agora não será mais assim. O relator até pode atribuir efeito suspensivo aos embargos de declaração (art. 1.026, § 1º), mas o simples oferecimento do recurso, por si só, não será suficiente para obstar o início da execução provisória, salvo em casos em que o Recurso Especial ou Extraordinário possuir efeito suspensivo (art. 987, § 1º, por exemplo).
Assim, ao menos em tese, sucumbentes não poderão se valer mais dos embargos de declaração para impedir o início da execução provisória.
Em resumo, o NCPC trouxe importantes alterações no capítulo dos embargos de declaração, alargando o cabimento do recurso, prevendo a fungibilidade recursal e, principalmente, esvaziando seu uso como instrumento protelatório, em harmonia com os princípios norteadores do novo diploma legal. 
___________________
1 CÂMARA, Alexandre. O Novo Processo Civil Brasileiro. São Paulo: Atlas, 2015, pág. 535
2 EI 12 AgR-ED/BA, Relator Ministro Gilmar Mendes, 2ª Turma, Publicação 24/4/04 .

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