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Colheita, beneficiamento e armazenamento Soja

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ 
CAMPUS DE SANTARÉM 
CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
 
 
Culturas Anuais - Soja Prof. M.Sc. Raimundo Sátiro dos Santos Ramos 
 
Colheita, Beneficiamento e Armazenamento 
 
1. Colheita 
 
Vários fatores podem contribuir para o aumento considerável das perdas na 
colheita, dentre eles pode-se citar: mau preparo do solo; inadequação da época de 
semeadura, do espaçamento e da densidade; cultivares não adaptadas às regiões; 
ocorrência de plantas daninhas; retardamento da colheita; umidade inadequada e 
má regulagem e condução da máquina colhedora. 
 O bom planejamento da colheita deve levar em consideração o teor de 
umidade dos grãos de soja, sendo ideal entre 13 e 15%. No entanto, quando a soja 
atinge a maturidade fisiológica, ponto de colheita ideal, com qualidade 
representada pelo máximo poder germinativo, vigor e peso de matéria seca, o teor 
de umidade varia de 30 a 65%, o que inviabiliza a colheita mecânica. A partir desse 
ponto, a soja permanece armazenada no campo submetida a fatores desfavoráveis 
à sua qualidade (alta umidade relativa do ar, alta temperatura, orvalho, chuvas e 
infecção por fungos). 
 A colheita dos grãos fora das condições ideais para a colheita pode 
ocasionar prejuízos elevados. Quando o teor de umidade dos grãos de soja são 
inferiores a 12,5%, os grãos se tornam duros e quebradiços e, portanto, facilmente 
danificáveis durante a colheita. 
 A presença de plantas daninhas no momento da colheita de soja também é 
outro fator de perdas, podendo representar até 62% da perda total, sendo que as 
perdas na plataforma de corte representam 87% das perdas totais. A presença de 
plantas daninhas também aumentam a quantidade de material estranho colhido, 
dificultando a trilha, a separação e a limpeza no processo de colheita. Se a lavoura 
estiver infestada por plantas daninhas, a colhedora terá de trabalhar com a 
plataforma mais alta, perdendo, assim, as vagens que ficam abaixo da haste. Se 
trabalhar mais baixa, haverá problemas de embuchamento e a velocidade será 
reduzida. Além disso, altas infestações de plantas daninhas podem causar um 
aumento no teor de umidade do grão. 
 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ 
CAMPUS DE SANTARÉM 
CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
 
 
Culturas Anuais - Soja Prof. M.Sc. Raimundo Sátiro dos Santos Ramos 
 
 O excesso de adubação ou população de plantas acima do recomendado 
por área pode ocasionar acamamento das plantas dificultando a colheita mecânica. 
A má escolha das cultivares empregadas pode determinar o aparecimento de 
plantas de pequeno porte, com baixa inserção das primeiras vagens e, dessa 
forma, dificultar a colheita. 
 
1.1 Dessecação 
 
 A dessecação permite a antecipação da colheita, uniformizando e podendo 
vir a reduzir as perdas, diminuir as impurezas com grãos mais limpos e obter 
melhor qualidade dos grãos. As aplicações nunca devem ser realizadas antes que 
os grãos estejam fisiologicamente maduros. Na maturação fisiológica, a semente já 
cessou de acumular fotoassimilados. Nesse estádio, as vagens começam a 
amarelecer, com 50% das folhas amareladas, normalmente de 10 a 15 dias antes 
da maturação de colheita. A coloração marrom-escura do hilo da semente também 
indica a maturação fisiológica. A partir desse momento, a dessecação pode ser 
iniciada. 
 Quando a lavoura encontra-se com plantas daninhas verdes, no momento 
da colheita ou quando a cultura apresenta maturação desuniforme, a aplicação de 
dessecante pode ser recomendada. Um bom dessecante deve acelerar a 
senescência sem prejudicar as características normais das plantas, nem translocar 
e nem acumular no produto a ser colhido, promovendo a rápida e completa 
secagem de todas as partes verdes de uma planta. 
 São dois os ingredientes ativos disponíveis (Paraquat e Diquat) que 
possuem as carcterísticas necessárias para serem utilizados em dessecação. O 
Diquat é especialmente recomendado na dessecação da cultura de soja e das 
plantas daninhas de folhas largas. O Paraquat possui a mesma ação do anterior, 
sendo, porém, mais eficaz para controlar plantas daninhas de folhas estreitas 
(gramíneas). A técnica baseia-se na aplicação de um desses produtos ou da 
mistura de ambos, conforme as espécies de plantas verdes presentes. A 
dessecação não diminui a germinação das sementes de soja. 
 
 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ 
CAMPUS DE SANTARÉM 
CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
 
 
Culturas Anuais - Soja Prof. M.Sc. Raimundo Sátiro dos Santos Ramos 
 
2. Beneficiamento 
 
 Após a colheita a soja deve ser avaliada para ser secada e armazenada 
sem perder a qualidade fisiológica. Devem ser feitas: determinações da umidade 
dos grãos, que deve estar por volta de 12 a 13%; secagem dos grãos (se a soja 
estiver com umidade superior ao índice desejado, é submetida à secagem até que 
chegue a 12 a 13%) e limpeza (após a secagem, os grãos passam por peneiras de 
separação, onde as impurezas e grãos chochos são separados dos grãos normais. 
 
2.1 Secagem 
 
 Os métodos de secagem conhecidos são a secagem natural e a secagem 
artificial (estacionária e intermitente). A secagem natural utiliza a energia solar e 
eólica para remover a umidade das sementes, mas, devido ao grande volume de 
grãos e sementes de soja, fica inviável. 
 A secagem estacionária consiste, basicamente, no insuflamento de ar 
aquecido por meio de um volume de sementes que permanece estático. A 
secagem ocorrem em camadas com formação de zonas de secagens. Na secagem 
intermitente as sementes são submetidas à ação do ar aquecido na câmara de 
secagem a intervalos regulares de tempo, permitindo a homogeneização da 
umidade e resfriamento quando as mesmas estão passando pelas partes do 
sistema onde recebe ar aquecido. 
 Na secagem dos grãos, a temperatura dos mesmos durante o processo 
deve ser monitorada. Como devem permanecer vivas, as sementes não devem 
alcançar temperaturas maiores que 45ºC durante a secagem. 
 No caso de secagem de grãos, a temperatura de secagem pode ser bem 
maior do que as recomendadas para sementes, podendo ainda ser utilizados 
secadores contínuos, nos quais o produto úmido deve secar numa só passagem 
pelo secador, empregando-se a temperaturas de até 120ºC no ar de secagem. 
 
 
 
 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ 
CAMPUS DE SANTARÉM 
CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
 
 
Culturas Anuais - Soja Prof. M.Sc. Raimundo Sátiro dos Santos Ramos 
 
3. Armazenamento 
 
 O potencial de armazenamento das sementes de soja em qualquer 
ambiente dependem, em grande parte, da herança genética; do estresse 
ocasionado por seca e alta temperatura, principalmente na fase de enchimento de 
grãos, deficiência de potássio; danos por percevejos (qualidade fisiológica e 
sanitária comprometida); condições durante a pré-colheita e colheita (deterioração 
no campo e altos índices de danos mecânicos); e secagem. 
 As condições para o bom armazenamento da soja em sacos seria: 
- Boa ventilação;- Proteção do piso de concreto contra a umidade; 
- Controle de roedores; 
- Isolamento térmico (áreas quentes usar estrados de madeira na base da pilha); 
- O teor de umidade das sementes debe ser no máximo de 12% e temperatura de 
15ºC. 
 O armazenamento a granel reduz o custo da sacaria, permite a utilização da 
aeração e facilita o expurgo. Os silos geralmente são dotados de sistema para 
controle de umidade e temperatura e tratamento sanitário dos grãos contra as 
pragas da soja armazenada.

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