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Fisioterapia Aplicada a Traumato-Ortopedia Aula 14: Flexibilidade e Amplitude de Movimento Prof. Arlindo Elias Objetivos 2 • TEMA DA AULA: Flexibilidade e Amplitude de Movimento • REFERÊNCIA: Material de aula • OBJETIVO: Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: Definir os tipos de Amplitude de Movimento (ADM) Descrever estratégias para aumentar a amplitude de movimento Definir Flexibilidade Descrever as indicações e contraindicações do movimento passivo contínuo • PPC (Projeto Pedagógico do Curso: • O profissionais devem ter conhecimento aprofundado das estratégias de melhora da flexibilidade para a elaboração de um programa de treinamento adequado Introdução 3 O imobilismo ou desuso resulta em: • Encurtamento do tecido conectivo e do músculo • Redução do controle neuromuscular • Combinação destes fatores. A redução da flexibilidade de uma articulação pode comprometer toda a cadeia cinética. Por exemplo: a redução da flexibilidade do ombro pode comprometer a função de todo o membro superior. Amplitude de movimento e flexibilidade 4 A flexibilidade e amplitudes normais são necessárias para o movimento. O movimento articular pode ser visto como a quantidade de amplitude osteocinemática e artrocinemática da articulação (jogo articular) A flexibilidade é determinada pelo grau de extensibilidade dos tecidos conectivos e periarticulares que cruzam a articulação Amplitude de movimento e flexibilidade 5 Em relação à Amplitude de Movimento (ADM), 3 características principais são reconhecidas: Movimento Ativo (ADMA): refere-se ao grau de amplitude articular de uma articulação, movida através de uma única contração muscular. Amplitude ativo-assistida (ADMAA): amplitude de movimento no qual a ação da gravidade é eliminada. Há assistência do terapeuta. Amplitude Passiva (ADMP): amplitude de movimento que uma articulação permite quando movida passivamente. A ADM passiva não previne atrofia muscular, aumenta força ou resistência. Amplitude de movimento e flexibilidade 6 Em relação à flexibilidade, 2 tipos principais são reconhecidos: Flexibilidade estática: definida como a amplitude de movimento permitida de uma articulação ou grupos articulares. A sensação final de movimento pode diferenciar as causas da perda da flexibilidade estática. - encurtamento adaptativo do músculo: estiramento muscular - cápsula articular rígida: sensação capsular - artrose: sensação rígida (osso com osso) Flexibilidade dinâmica: se refere à facilidade de movimento ao longo da amplitude de movimento Amplitude de movimento e flexibilidade 7 Nas fases iniciais da reabilitação, os exercícios para recuperação da ADM são realizados na seguinte ordem: Amplitude Passiva Amplitude Ativo- Assistida Amplitude Ativa Melhorando a ADM e flexibilidade 8 Temperatura: - Em temperaturas acima de 37°C, as pontes cruzadas de colágeno são mais facilmente quebradas. - A temperatura ótima para este objetivo é entre 40°C e 45°C. Alguns pontos a serem considerados quanto à modificação da temperatura para o trabalho de flexibilidade: - A quantidade de força necessária para atingir a deformação do tecido conectivo diminui com o aumento da temperatura - Quanto maior a temperatura, maior a quantidade de deformação possível antes da falha. Melhorando a ADM e flexibilidade 9 Diferenças entre alongamento e aquecimento Aquecimento e alongamento não são sinônimos. Alongamento: coloca a fáscia e a unidade neuromuscular sobre tensão. Aquecimento: requer a realização de uma atividade para aumentar as temperaturas corporais, vascularização e assim preparar o corpo para o exercício. Melhorando a ADM e flexibilidade 10 Propriedades dos alongamentos Quantidade de força: - O objetivo do estímulo do alongamento é obter deformação plástica dos tecidos alongados. - Recomendada a aplicação de força leve de longa duração Direção do alongamento: - O alongamento deve ser realizado na direção paralela ao músculo alvo. Melhorando a ADM e flexibilidade 11 Tipos de alongamentos Alongamento Estático Envolve a aplicação de uma força constante por um período determinado. O alongamento deve ser realizado antes do limite da dor, embora algum desconforto possa estar presente. Dispositivos que envolvem polias ou tração podem ser considerados. Melhorando a ADM e flexibilidade 12 Tipos de alongamentos Alongamento Estático: Diretrizes clínicas 1) Calor deve ser aplicado para aumentar a temperatura intramuscular. Essa temperatura pode ser obtida através de aquecimento de baixa intensidade ou modalidades de termoterapia. A crioterapia pode ser aplicada após o alongamento para preservar os ganhos obtidos com o alongamento. A redução da temperatura prolonga o comprimento obtido com o alongamento. Melhorando a ADM e flexibilidade 13 Tipos de alongamentos Alongamento Estático: Diretrizes clínicas 2) O alongamento deve ser realizado pelo menos 3 vezes por semana utilizando: Força leve, sem desencadear dor Duração de 10 a 60 segundos é o recomendado pela literatura. O tempo mais utilizado é entre 15 e 30 segundos. 3 a 5 repetições é a dosagem recomendada pelo American College of Sports Medicine Melhorando a ADM e flexibilidade 14 Tipos de alongamentos Alongamento Dinâmico: Envolve o alongamento através da contração muscular ativa. Utiliza movimentos controlados ao longo da amplitude articular normal. Melhorando a ADM e flexibilidade 15 Tipos de alongamentos Alongamento Balístico: Técnica que envolve movimentos oscilatótios para alongar um músculo em particular. O musculo é alongado através do momentum da oscilação. Melhorando a ADM e flexibilidade 16 Tipos de alongamentos Facilitação Neuromuscular: Contrair-Relaxar: Inicia de forma similar ao alongamento estático, com o terapeuta levando o segmento ao limite da amplitude. O terapeuta pede uma contração isométrica do músculo alongado por 2 a 5 segundos. O procedimento é repetido 2 a 4 vezes. Contração do agonista Utiliza os princípios da inibição recíproca O procedimento é similar ao Contrair-relaxar. A diferença é que a contração a ser sustentada é do músculo antagonista ao músculo alongado. Combinação entre CR e CA Sequencia de alongamento alternando os métodos de CR e CA. Movimento Passivo Contínuo (CPM) 17 Movimento passivo realizado por um dispositivo mecânico que movimenta a articulação lenta e continuamente através de uma amplitude controlada. O terapeuta controla a amplitude do aparelho e os ciclos por minuto. Ainda não é claro na literatura se o ganho de ADM é obtido mais rápido ou se há alteração na prevalência de TVP com a inclusão da CPM. Movimento Passivo Contínuo (CPM) 18 Indicações: Reduzir a rigidez tecidual Aumentar a Amplitude de movimento Prevenção de aderências reduzir dor pós-operatória Contraindications: Segmentos com fraturas instáveis edema excessivo Intolerância do paciente.