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PPE V TRABALHO

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE PEDAGOGIA 
PESQUISA E PRÁTICA EM EDUCAÇÃO V 
 
 
 
ADEMIR BASTOS FARIA 
 
 
BULLYING UM PROBLEMA NA ESCOLA 
 
 
 
 
SÃO JOÃO DE MERITI 
 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
1. APRESENTAÇÃO DO TEMA 
De maneira genérica, o bullying pode ser definido como “um conjunto de atitudes 
agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente, adotado por um 
ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento” (FANTE, 2005, p. 27). 
Nos dias atuais os órgãos de ensino tem tido o desafio e a obrigação de lidar com o 
fenômeno do bullying que se configura em um comportamento agressivo, repetitivo de 
caráter psicológico ou físico. O bullying pode ter consequências graves e em alguns casos 
fatais, tanto para vítimas como para os agressores. A comunidade escolar deve estar 
preparada para o enfrentamento desse problema que pode comprometer o desenvolvimento 
educacional e social de crianças e adolescentes. 
O tema encontra relevância na evidência de que embora a prática do bullying seja antiga no 
contexto escolar, nos últimos anos esta tem atingido proporções cada vez maiores e com 
resultados mais gravosos no campo da psicologia humana, podendo ser constatados desde 
casos de depressão profunda e síndrome do pânico até casos de homicídios, praticados por 
estudantes que se encontravam envoltos num ambiente de bullying. 
(teen.ibge.gov.br/especiais-teen/pense/pense-pag-7.html) 
. De acordo com Pedro-Silva (2013) os alunos devem ser compreendidos como Pessoas, 
com direitos e deveres, e cada um com uma qualidade específica. Não respeitar essas 
diferenças pode transformar o ambiente escolar em um espaço de exclusão, fomentando a 
violência e consequentemente o bullying. Segundo Pedro-Silva (2013, p.31): 
O bullying é um termo ainda pouco conhecido do grande público. De 
origem inglesa e sem tradução ainda no Brasil, é utilizado para 
qualificar comportamentos agressivos no âmbito escolar, praticados 
tanto por meninos quanto por meninas. Os atos de violência (física ou 
não) ocorrem de forma intencional e repetitiva contra um ou mais 
alunos que se encontram impossibilitados de fazer frente às agressões 
sofridas. Tais comportamentos não apresentam motivações específicas 
ou justificáveis. Em última instância, significa dizer que, de forma 
natural‟, os mais fortes utilizam os mais frágeis como meros objetos de 
diversão, prazer e poder, com o intuito de maltratar, intimidar, 
humilhar amedrontar suas vítimas.(CNJ, 2010, p.07). 
Segundo Eric Debarbieux, ​fatos mais marcantes, como o massacre do Realengo (episódio 
em que um ex-aluno entrou armado em uma escola municipal do Rio de Janeiro em abril de 
2011 e matou a tiros 12 estudantes), mas principalmente as violências cotidianas que têm 
como característica a repetição. No mundo inteiro, um grande número de alunos sofre com 
ações desse tipo diariamente. E elas podem ser banais, como receber um apelido maldoso ou 
sofrer pequenos empurrões. As pesquisas apontam que, embora sejam atos relativamente 
simples, envolvendo alunos ou professores, o fato de eles se repetirem à exaustão é grave. A 
violência explícita, com agressões físicas ou mortes, é muito excepcional e infelizmente 
difícil de neutralizar porque constitui crimes como outros quaisquer. 
Dessa forma, as crianças e adolescentes que ainda se encontram em processo de formação 
e construção do caráter, acabam sendo influenciados e em alguns casos, manipulados por 
alguns veículos de informação que se presta a divulgar mensagens preconceituosas, 
discriminatórias e racistas. Diante dessa conjuntura, a escola se torna o cenário perfeito para 
emergirem todos os tipos de manifestações sociais, mesmo aquelas que se baseia no 
preconceito e na discriminação, como é o caso do bullying . 
Sobre o bullying, Silva (2010, p. 11) comenta que em diversas vezes esse fenômeno se 
inicia dentro do lar, pois “os pais, muitas vezes, não questionam suas próprias condutas e 
valores, eximindo-se da responsabilidade de educadores”. A autora ainda explica que o 
exemplo dos pais é fundamental para a educação dos filhos, pois estes tendem a imitar seu 
comportamento. 
Uma grande parcela dos pais age de forma excessivamente 
tolerante com seus filhos. São os pais do “deixa prá lá” ou que 
costumam passar a mão na cabeça de seus rebentos, diante de 
comportamentos francamente transgressores. Tais pais costumam fingir 
que nada ocorreu, adotam uma postura de falso entendimento ou, pior 
que isso, censuram os filhos de maneira tão débil que suas reprimendas 
e orientações quase não são obedecidas e executadas. 
O bullying é muito mais do que uma simples expressão ou brincadeira de mau gosto. 
Ele consiste em um tipo de violência que pode ser expressa através de atos, palavras ou 
comportamentos que são manifestados de forma intencional e repetitiva, contra uma ou mais 
vítimas, geralmente determinadas em função de características físicas, sociais, culturais entre 
outros. É possível observar que o bullying é praticado comumente entre alunos, podendo 
assumir cinco formas que compreende a verbal, física e material, psicológica e moral, sexual 
e virtual, também conhecida como Cyberbullying. 
De maneira genérica, o bullying pode ser definido como “um conjunto de atitudes 
agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente, adotado por um 
ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento” (FANTE, 2005, p. 27). 
Nesse contexto, o presente estudo encontra relevância social no fato de que o bullying é uma 
prática discriminatória e preconceituosa que tem se difundido entre crianças e adolescentes, 
se instalando principalmente no contexto escolar, onde os agressores abusam de sua 
superioridade física, moral, econômica, social, entre outras, para intimidar outras 5 crianças e 
adolescentes que não se encaixam nos padrões estatuídos por uma determinada pessoa ou 
grupo. 
 
2. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA 
É preciso ter conhecimento do perfil dos alunos, pois havendo problemas, brigas ou 
mudanças de comportamento dentro da sala de aula os docentes e a direção da escola podem 
tomar atitudes de maneira preventiva, evitando que a situação torne-se mais complicada ou 
até impossível de se resolver. Para evitar que esse comportamento agressivo seja uma 
realidade nas escolas, comprometendo o futuro de crianças e adolescentes, poderiam criar 
estratégias para solucionar esse problema e construir, criar um PPP com a inserção de 
programas anti bullying. 
Como o bullying está relacionado a um fenômeno social complexo, foi observado tanto o 
comportamento das vítimas quanto dos agressores, percebendo então que é comum a vítima 
do bullying estar sozinha ou se encontre em algum tipo de “desvantagem”. Quanto aos 
agressores, percebeu-se que estes normalmente compreendem os líderes das turmas, os maispopulares. 
Em relação às consequências do bullying foi constatado pela pesquisa que estas 
comprometem verdadeiramente o psicológico do indivíduo, prejudicando o convívio social, a 
aprendizagem, a saúde física e emocional das vítimas. Além disso, foi observado que tanto as 
vítimas quanto os agressores sofrem consequências com o bullying. 
No caso das vítimas, percebe-se o comprometimento do processo de formação de sua 
identidade, baixa autoestima, medo de voltar à escola e sentimento de insegurança. Já em 
relação aos agressores, é comum observar a instalação de um quadro de baixa autoestima, o 
que ajuda a explicar o motivo de escolherem sempre vítimas mais frágeis. 
Se tratando de um fenômeno social e portanto, podendo ocorrer em diversos lugares, no 
bullying observa-se que a grande maioria dos casos acontece no ambiente escolar, 
percebeu-se a importância do psicólogo no no ambiente escolar para a realização do combate 
ao bullying, se estendendendo desde a prevenção e sensibilização da comunidade escolar, 
envolvendo principalmente os agentes envolvidos nesse processo, até o aconselhamento e 
acompanhamento dos alunos vítimas e agressores. 
Finalizando, destacada-se a importância da prevenção, tanto por parte da equipe 
pedagógica quanto a grande importância do psicólogo no combate ao bullying e a todo o tipo 
de violência que possa ocorrer no ambiente escolar. 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
https://novaescola.org.br/conteudo/893/eric-debarbieux-fala-sobre-o-combate-ao-bullying 
Acesso em: 29 de mai de 2017. 
 
SILVA, A. B. B. ​Bullying​, mentes perigosas nas escolas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010. 
 
GUIMARÃES, J. R. ​Violência escolar e o fenômeno ‘bullying’. A responsabilidade social 
diante do comportamento agressivo entre estudantes​. 2009. Disponível em: 
http://revistavisaojuridica.uol.com.br/advogados-leis-jurisprude​ncia/36/artigo141563-2.asp>. 
Acesso em: 28 de mai de 2017. 
 
PEDRO-SILVA, Nelson. ​Indisciplina e bullying ​: ​soluções ao alcance de pais e 
professores. Petrópolis​: Vozes, 2013. 
 
FANTE, C. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a 
paz​. 2 ed. Campinas: Verus, 2005.

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