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AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO PERTENCENTE À VARA CÍVEL Nº__DA COMARCA DE ARAÇATUBA-SP 
MARIA, brasileira, viúva, representante legítima do Sr. Marcos, desempregada, inscrita no CPF n. xxx, portadora do RG n. xxx, e-mail. xxxx, residente e domiciliada na Rua Bérgamo, nº123, apt. 205, Araçatuba – SP, vem por seus advogados devidamente qualificado em procuração a costada aos autos, com endereço para receber intimações na Rua xxxxx, bairro, cidade, SP, e-mail xxxx, vem respeitosamente, PROPOR, PELO RITO COMUM, 
AÇÃO INDENIZATÓRIA DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS, CUMULADA COM PENSÃO POR MORTE E COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA
Em face de ROBERTO, brasileiro, estado civil, comerciante, inscrito no CNPJ n. xxx, portador do RG n. xxx, e-mail. xxxx, residente e domiciliado na Rua dos Diamantes, n° 123, Recife – PE, pelos fato e fundamentos de direito a seguir expostos.
I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
 Declara o Autor, sob as penas da lei, que não dispõe de recursos financeiros suficientes para suportar o ônus da demanda e honorários advocatícios, sem prejuízo do sustento próprio e de sua família, razão pela qual desfruta do direito de obter o benefício da gratuidade de justiça, por preencher os requisitos constantes nos incisos XXXV e LXXIV do artigo 5º da Constituição Federal/88 e art. 98 do Novo Código de Processo Civil, conforme documento de hipossuficiencia anexo.
2- DOS FATOS
	 Marcos, casado com a Senhora Maria, ora Autora, enquanto caminhava por uma Rua da cidade de Recife – PE, fora a tingido por um aparelho de ar -condicionado que era manejado sem as previstas segurança por Sr. Roberto, ora Réu, que é proprietário de uma padaria. Marcos, ainda vivo, mas gravemente ferido, fora encaminhado a um hospital particular. Contudo, em virtude da gravidade dos ferimentos, o mesmo veio a falecer após estar internado por um dia. 
	A autora, profundamente abalada por sua perda repentina e trágica, tivera que deslocar-se até Recife para assentar os tramites referente ao translado do corpo de volta para casa Araçatuba – SP, onde foi feito o sepultamento. O falecido não deixou filhos, possuía 50 anos de idade e era o único responsável pelo seu sustento e de sua esposa, com uma renda nunca superior a um salário mínimo, obtida através de muita valentia com serviços de pedreiro. 
	Todo o desenrolar do caso resultou em gastos hospitalares que somaram o total de R$ 3.000,00 (três mil reais), junto com os gastos com transporte do corpo e funeral cujo valor consolidou-se em mais R$ 3.000,00 (três mil reais). Cumpre relatar que no desfecho do inquérito policial que fora instaurado por ocasião do fato, o laudo da perícia técnica apontou como causa da morte o traumatismo craniano decorrente da queda do aparelho de ar-condicionado. O réu fora indiciado, sendo posteriormente denunciado e condenado em primeira instância como autor de homicídio culposo. 
É a suma dos fatos, passa -se agora à exposição dos fundamentos do direito moral e material com tutela urgênte antecipada, visto que a mesma não tem como sustentar-se. 
3- DA TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA
	Sendo assim, lança-se mão do instituto da tutela de urgência antecipada, visto que a autora não obtém sustento próprio insculpida no artigo 300 e 301 do Novo Código de Processo civil. Dano nada mais é do que um mal, prejuízo, ofensa material ou moral ao detentor de um bem juridicamente protegido. Já o 'resultado útil do processo', segundo professado por Luiz Guilherme Marinoni, '... Somente pode ser o 'bem da vida' que é devido ao autor, e não a sentença acobertada pela coisa julgada material, que é própria da 'ação principal' (Antecipação de Tutela. São Paulo: Malheiros, 1999, p. 87). 
	Entretanto, permite que o juiz conceda a tutela específica da obrigação de fazer ou não fazer e que garanta ao litigante detentor da maior probabilidade do direito, a antecipação dos efeitos do provimento final de modo a assegurar-lhe a eficácia deste, devendo estar evidenciada a verossimilhança do direito do requerente e o perigo de a morosidade processual vir a acarretar-lhe danos de difícil ou de impossível reparação.
4- DA FUNDAMENTAÇÃO
DA OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR 
	O código Civil em seu Artigo 186, 927 e 938 de 2015 estabelece que:
"Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito." 
"Art. 927. Aquele que, por ato ilícito ( arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. "
"Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido."
	Excelência, no caso exposto, há uma inequívoca responsabilidade do Sr. Roberto sobre o ocorrido, quando deixou de manejar com prudência seu aparelho de ar-condicionado. Sendo um objeto sabidamente pesado, que a depender da altura em que caia, podia de certo machucar gravemente a terceiro. E este fora o evento trágico que ocorrera. Por exclusiva culpa do Réu, o referido objeto veio a despencar de uma altura considerável, atingindo em cheio o Sr. Marcos, que por um triste e infeliz acaso do destino vinha passando naquele exato momento. Aqui se demonstra o ato ilícito em que incorreu o réu , nos termos do artigo 186 do código civil brasileiro, valendo ainda ressaltar o teor das disposições nos a rtigos 927 e 938 do mesmo regramento.
	Cabe lembrar que o episódio do caso em tela fora objeto de ação penal, quando se deu por sentença o reconhecimento da responsabilidade culposa do Réu no ocorrido, isto é, este fora condenado como au tor de homicídio culposo . A vista disso, de modo feliz, o código civil traz os reflexos que a condenação penal tem em uma eventual indenização em ação civil reparatória. A disposição é expressa no artigo 948, I e II do código civil brasileiro, ao nitidamente aduzir sobre o que consiste indenização. Veja-se:
"Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações: 
I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família; 
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima."
	Deste modo, ínclito Julgador, nota-se que o caso é passível de indenização por DANO MATERIAL afim de quem itigue as despesas que a Senhora Maria sofrera, valor de R$ 3.000,00 (tres mil reais) do translado do corpo mais R$ 3.000,00 (do funeral de seu conjuge), e que a mesma não é capaz de saldar como tamném os DANOS MORAIS sofridos pela autora no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais) pelo abalo moral decorrente da perda trágica e repentina do esposo, da dor e do sofrimento experimentados com o evento relatado no presente feito. Trata-se de dano moral presumido, isto porque, o abalo psicológico é uma consequência cognoscível pelo julgador como decorrência lógica do ilícito.
	Não é diferente o entendimento jurisprudencial. Senão veja-se:
TJ-BA - Apelação APL 00004044820098050090 (TJ-BA) 
Data de publicação: 07/02/2017 
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS DECORRENTES DE ACIDENTE EM LINHA FÉRREA. PRELIMINAR DE INÉPCIA DA INICIAL. REJEIÇÃO. DANOS MORAIS E PENSÃO MENSAL. ATROPELAMENTO EM VIA FÉRREA. FALECIMENTO ESPOSO E PAI DOS AUTORES. CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. EXEGESE DO ART. 37 , VI , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL . AUSÊNCIA DE PROTEÇÃO E SINALIZAÇÃO NO ENTORNO DA FERROVIA. OMISSÃO A DEVER LEGAL DE AGIR PARA GARANTIR A SEGURANÇA DAS PESSOAS QUE TRANSITAM PRÓXIMAS À LINHA DO TREM. OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR CONFIGURADA. DANOS MORAIS. MORTE TRÁGICA DE ENTE QUERIDO. ABALO ANÍMICO IN RE IPSA. VÍTIMA COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA. VALOR FIXADO EM R$ 30.000,00 (TRINTA MIL REAIS) PARA CADA AUTOR. PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE VERIFICADAS. PENSÃO MENSAL. ESPOSA DO DE CUJUS. FAMÍLIA DE BAIXA RENDA. DEPENDÊNCIA ECONÔMICAPRESUMIDA. PENSIONAMENTO DEVIDO À RAZÃO DE 1/3 (UM TERÇO) DO SALÁRIO MÍNIMO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Sendo possível deduzir da narrativa dos fatos o pedido do autor de modo a permitir que a parte adversa tenha plena compreensão dos fatos e do pedido, não há se falar em extinção do processo por inépcia da inicial. A responsabilidade civil da concessionária de serviço público é objetiva, ou seja, prescinde da análise de culpa, conforme § 6º do art. 37 da Constituição Federal . O abalo moral decorre da perda trágica e repentina do esposo e pai, da dor e do sofrimento experimentados com o evento relatado no presente feito. Trata-se de dano moral presumido ou dano moral in re ipsa. Isto porque, o abalo anímico é uma consequência cognoscível pelo julgador como decorrência lógica do ilícito. A fixação do valor do dano moral, além de tentar reparar o sofrimento experimentando pelos autores, deve observar a função inibitória da prática ilícita não ensejando no enriquecimento sem causa. A pensão alimentícia decorrente de ato ilícito do qual resultou morte de provedor de família tem natureza indenizatória... 
	Não tão somente são devidos os valores dos gastos referentes ao funeral e translado do corpo, mas também se resta cabido uma reparação contínua para sua sobrevivencia, devido ao luto e das graves dificuldades que a Autora certamente virá a sofrer ao continuar, agora sozinha sua vida. Dito isto, requer-se, por ocasião de todos os danos sofridos e vindouros, a concessão de pensão de caráter alimentício para a viúva no valor não menor que o salário mínimo vigente e juntamente atualizados no Brasil, por período proporcional a duração de vida que a vítima teria, qual seja 74 anos de idade como média de vida no pais, segundo dados do IBGE, em prestação de valor e quivalente ao salário mínimo ou, como vossa Excelência julgar, mostre-se adequado a senhora Maria para manter-se em uma vida digna e sustentável.
DA AUDIENCIA DE MEDIAÇÃO OU CONCILIAÇÃO
	 A parte autora deseja a participação da audiencia de conciliação a ser designda por este respeitável juízo.
- DOS PEDIDOS
Pelo deferimento da GRATUIDADE DA JUSTIÇA, em conformidade com a lei 1060/50 e nos termos do art. 98 e seguintes do CPC/2015;
TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA referente aos DANOS MATERIAIS da autora em face do translado do corpo e o funeral de seu conjuge, totalizando o valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais), visto que a autora não obtém sustento próprio insculpida no artigo 300 e 301 do Novo Código de Processo civil.
Protesta pela INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA, com base no art. 6° inciso VIII da lei 8078-90.
Que a ré seja condenada a indenizar a Autora à título de DANO MORAL no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais);
Fica ciente á parte ré do dia e hora da audiência de conciliação designada e seu não comparecimento injustificado sob pena de multa de até 2% do valor da causa, conforme artigo 334, parágrafo 8, NCPC.
A citação da Ré VIA AR, no endereço declinado no preâmbulo deste petitório, para, querendo, conteste os termos da presente ação, sob pena de confissão e revelia, sendo, ao final, proferida sentença julgando totalmente procedente o pedido da Requerente, para o fim de declarar a inexistência do debito que está sendo cobrado indevidamente, tornando definitiva a decisão liminar.
Pensão de caráter alimentício para a viúva no valor não menor ao salário mínimo vigente, hoje coferindo R$ 937,00 (novecentos e trinta e sete reais), concomitantemente atualizados a tabela nacional, por período proporcional a duração de vida que a vítima teria.
 Que sejam julgados procedentes os pedidos.
DAS PROVAS:
 Requer produção de todas as prova na amplitude prevista no art. 332 CPC, em especial: Documental, testemunhal e Pessoal.
VALOR DA CAUSA:
 Totalizando o valor da causa em R$ 106.000,00 (cento e seis mil reais).
Termos em que,
Pede deferimento.
Rio de Janeiro, 05 de outubro de 2017.
ADV
				 OAB/RJ

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