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11/11/2015 1 ORGANIZAÇÃO ANATOMOFUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL. Prof. Ms. Rafael Sampaio FUNÇÃO • Controle rápido das Atividades do nosso corpo. 11/11/2015 2 O SISTEMA NERVOSO Sistema Nervoso Periférico Sistema Nervoso Central Encéfalo Medula Espinhal Nervos cranianos Nervos espinhais Sistema Nervoso Periférico Divisão Eferente Divisão Aferente Sistema Autonômico Sistema Somático ParassimpáticoSimpático 11/11/2015 3 Sistema Nervoso Simpático ACh (nic) NA � Os neurônios noradrenérgicos na periferia são neurônios simpáticos pós-ganglionares, cujos corpos celulares se situam nos gânglios simpáticos. Adrenérgicos 11/11/2015 4 Sistema Nervoso Parassimpático Receptor muscarínico 11/11/2015 5 Receptor nicotínico Sistema Nervoso Central 11/11/2015 6 ENCÉFALO CÉREBRO CEREBELO TRONCO ENCEFÁLICO MESENCÉFALO PONTE BULBO TELENCÉFALO DIENCÉFALO TELENCÉFALO MESENCÉFALO DIENCÉFALO PONTE BULBO 11/11/2015 7 Maior parte de armazenamento ocorre no CÓRTEX CEREBRAL (Memória) NEURÔNIO �CORPO �DENDRITOS �AXÔNIO 11/11/2015 8 NEURÔNIO AXÔNIO CORPO DENDRITOS NEURÔNIO TRANSMISSÃO SINAPSE NEURÔNIO 11/11/2015 9 SINAPSE Comunicação de um neurônio com o outro. 11/11/2015 10 NEUROTRANSMISSORES Aminoácidos -Acido-gama-amino-butirico (GABA) -Glutamato (Glu) -Glicina (Gly) -Aspartato (Asp) Aminas - Acetilcolina (Ach) - Adrenalina - Noradrenalina - Dopamina (DA) - Serotonina (5-HT) - Histamina Purinas - Adenosina - Trifosfato de adenosina (ATP) �Excitatórios: disparam o potencial de ação da célula seguinte � Inibitórios: inibem a possibilidade de descarga DROGAS SEDATIVO-HIPNÓTICAS • Um dos grupos mais prescritos em todo o mundo. • Principal uso: - Produzir sedação (com alívio da ansiedade); - Incentivar o sono. �Atravessam a barreira placentária durante a gravidez e são detectáveis no leite materno. 11/11/2015 11 FARMACOLOGIA • Ligam-se ao receptor GABAA presente nas membranas neuronais do SNC. Esse receptor é ativado pelo neurotransmissor inibitório GABA (principal neurotr. inib. do SNC). • Potencializam a inibição GABAérgica. FARMACOLOGIA • Depressão gradativa da função do SNC dose-dependente. Droga A:inclinação linear típica dos agentes mais antigos – barbitúricos e álcoois. Droga B: maiores doses para obter uma depressão do SNC mais profunda do que a hipnose – maior margem de segurança: benzodiazepínicos. 11/11/2015 12 BENZODIAZEPÍNICOS 11/11/2015 13 APRESENTAÇÕES BARBITÚRICOS 11/11/2015 14 APRESENTAÇÕES USOS CLÍNICOS • Alívio da ansiedade; • Insônia; • Sedação e amnésia antes de procedimentos médicos e cirúrgicos (endoscopia e broncoscopia); • Tratamento de epilepsia e estados convulsivos; • Componente de anestesia balanceada; • Controle de estados de abstinência de etanol e outros sedativo-hipnóticos (diazepam, fenobarbital); • Relaxamento muscular em distúrbios neuromusculares específicos; • Como auxiliares diagnósticos ou para tratamento em psiquiatria (mania, controle de estados de hiperexcitabilidade induzidos por drogas, distúrbios depressivos maiores). 11/11/2015 15 • Tolerância: diminuição da capacidade de resposta a determinada droga após exposição repetida. • Dependência fisiológica: Estado fisiológico alterado que exige administração contínua da droga para impedir o aparecimento de uma síndrome de abstinência (estado de maior ansiedade, inquietação, fraqueza, insônia e excitabilidade do SNC, que podem progredir para convulsões). • Dependência Psicológica : É a necessidade de determinado comportamento para viver normalmente e sentir-se confortável. Ex.: fumar cigarros. REAÇÕES ADVERSAS • Sonolência; • Diminuição da capacidade motora; • Comprometimento do discernimento; • Amnésia (compromete a capacidade de aprender novas informações); • Desinibição comportamental. � Gestante: Só usar se o benefício potencial justificar o risco potencial. 11/11/2015 16 ANTIEPILÉPTICOS • 1% da população mundial tem epilepsia; • 2° distúrbio neurológico mais comum, depois do AVC; �Distúrbio crônico caracterizado por crises convulsivas recorrentes. • Terapia padrão controla a crise convulsiva em 80% dos pacientes. � Convulsão: episódios limitados de disfunção cerebral, decorrentes de descarga anormal dos neurônios cerebrais. CRISE CONVULSIVA • Caracteriza-se pela perda repentina da consciência, acompanhada de contrações musculares violentas. • A vítima cai e seu corpo fica tenso e retraído. Em seguida ela começa a se debater violentamente e pode apresentar os olhos virados para cima e os lábios e dedos arroxeados. Em certos casos, a vítima apresenta sialorréia e perda de esfincteres. 11/11/2015 17 • As contrações fortes duram de dois a quatro minutos. Depois disto, os movimentos vão enfraquecendo e a vítima recupera-se lentamente. • Pode ficar inconsciente ou com movimentos lentos e/ou confusão mental por vários minutos após a crise, o que representa o estado pós-convulsivo (pós-ictal). Causas de convulsões: • A crise convulsiva pode acontecer em conseqüência de: • febre muito alta, • intoxicações, • overdose de drogas, • abstinência alcóolica, • hipertensão na gravidez (eclâmpsia) • epilepsia ou lesões cerebrais. 11/11/2015 18 • Fenitoína (mais antiga droga antiepiléptica não- sedativa); • Carbamazepina; • Barbitúricos (fenobarbital, mefobarbital,metarbital e primidona); • Topiramato; • Benzodiazépínicos (diazepam, lorazepam, clonazepam); • Valproato de Sódio ou Ác. Valproico. DROGAS ANTIEPILÉPTICAS 11/11/2015 19 APRESENTAÇÕES 11/11/2015 20 Mecanismo de Ação dos Antiepilépticos 1) Prolongamento do estado inativo dos canais de Na₊ dependentes de voltagem. 2) Potencialização da inibição mediada pelo GABA. Efeitos Adversos dos Antiepilépticos 11/11/2015 21 Ataxia Diplopia Hiperplasia Gengival ANTIPARKINSONIANOS • Doença de Parkinson: é caracterizada por uma desordem progressiva do movimento devido à disfunção dos neurônios secretores de dopamina nos gânglios da base, que controlam e ajustam a transmissão dos comandos conscientes vindos do córtex cerebral para os músculos do corpo humano. • Prevalência: Primeiro mundo 1:1000. No BR desconhecida. • Faixa Etária: Quinta e sexta décadas. Infrequente antes dos 30 anos. • Sintomas clássicos: – BRADICINESIA – TREMOR DE REPOUSO – RIGIDEZ – INSTABILIDADE POSTURAL 11/11/2015 22 � PARKINSONISMO: – PRIMÁRIO: Sem causa conhecida. DOENÇA DE PARKINSON. – SECUNDÁRIO: • Infeccioso ou pós infeccioso (encefalites, AIDS) • Toxinas (manganês, Thinner, mercúrio) • Medicamentos: antagonistas dos receptores dopamínicos ou que levam à destruição dos neurônios dopaminérgicos. Cinarizina, flunarizina, Lítio, hidantoína, captopril, metoclopramida, alfa-metildopa, antipsicóticos (fenotiazinas). • Tumores cerebrais • Trauma físico • Metabólico (hipoparatireoidismo, hipotireoidismo) Classificação dos fármacos Antiparkinsonianos Grupos Representantes ANTICOLINÉRGICOS Triexifenidil, biperideno LIBERADORES DE DOPAMINA Amantadina PRECURSOR DOPAMINÉRGICO Levodopa INIBIDORES PERIFÉRICOS DA DOPA-DESCARBOXILASE Carbidopa, benserazida AGONISTAS DOPAMINÉRGICOS Bromocriptina, pergolida. INIBIDORES DA MAO-B Selegilina, cabergolida 11/11/2015 23 APRESENTAÇÕES 11/11/2015 24 Fármacos Efeitos Adversos Anticolinérgicos Boca seca, confusão mental, delírio, sonolência, alucinações,constipação e retenção urinária. Amantadina Alucinações, confusão, pesadelos, insônia, tontura, letargia, boca seca, náuseas, vômitos, anorexia, constipação, irritabilidade, depressão, exacerbação da insuficiência cardíaca. Levodopa + carbidopa ou benserazida Hipotensão postual, arritmias, taquicardia, anorexia, náuseas, vômitos, movimentos involuntários, flutuações clínicas, distúrbios psiquiátricos, exacerbação de úlcera péptica, coloração avermelhada ou escura da urina. Antipsicóticos �Classificados como: típicos e atípicos (KEEFE et al., 2007) ►Típicos: � Representados por: clorpromazina e haloperidol; �Caracterizados por produzirem sintomas extrapiramidais, reações de distonias agudas, parksionismo subagudo e acatasia, e seu uso crônico poderá levar a discinesia e distonias tardias (WHO, 2009). 11/11/2015 25 ►Atípicos: �Representados por: risperidona, olanzapina, quetiapina e clozapina (WHO, 2009); �Apresentam baixa propensão a causar sintomas extrapiramidais, boa atuação sobre os sintomas negativos e menor incidência de discinesia tardia (KEEFE et al., 2007); Antipsicóticos Drogas antipsicóticas Mecanismo de Ação � Bloqueio dos receptores ( D2 ) Dopaminérgicos � Bloqueio das ações da Dopamina nos sistemas mesolímbico e mesocortical Bloqueio do receptores 5-HT2 � Alguns antipsicóticos também apresentam alta afinidade pelos receptores 5-HT2 � Clozapina e risperidona - ↓ os efeitos colaterais 11/11/2015 26 11/11/2015 27 Ações dos antipsicóticos Efeitos Extrapiramidais � Semelhantes ao Parkinsonismo � Distonia aguda (movimentos involuntários musculares). � Acatisia ( inquietação motora ). � Discenesia tardia (movimentos involuntários da face e da língua, podendo acometer o tronco e os membros ,e são bastante incapacitantes ), surge após vários meses ou anos em 20 a 40% dos pacientes tratados com drogas antipsicóticas clássicas. Ações dos antipsicóticos Efeitos antieméticos � Bloqueio dos receptores D2 na zona deflagradora de quimioreceptor na medula (inibe a deflagração do disparo do vômito no SNC ). � Atividade anti-histamínica ( H1) – sedativa. Efeitos antimuscarínicos � Bloqueio do receptor muscarínico produz efeitos periféricos tais como: visão turva, boca seca, constipação, retenção urinária. 11/11/2015 28 Ações dos antipsicóticos Outros efeitos � Hipotenção ortostática – ocasionado pelo bloqueio do receptor adrenérgico � Aumento de peso – provavelmente relacionado com o antagonismo da 5-HT. � Aumento da secreção de prolactina – induzido pelo bloqueio do receptor dopaminérgico, algumas vezes as mulheres podem iniciar a lactação. ANTIDEPRESSIVOS • A depressão é após a hipertensão, a condição médica crônica mais comum na população. • Pelo menos 1 em cada 10 pacientes apresentam depressão maior, mas a maioria não é diagnosticada ou é inapropriadamente tratada. 11/11/2015 29 DEPRESSÃO MAIOR • Caracteriza-se por humor deprimido e/ou perda de interesse em praticamente todas as atividades por pelo menos duas semanas, acompanhado de pelo menos três ou quatro dos seguintes sintomas (cerca de 25% das depressões): – Insônia ou hipersonia – Sentimentos de desvalorização ou excesso de culpa; – Fadiga ou falta de energia; – Redução da capacidade de pensar ou concentrar-se; – Alteração significativa no apetite ou peso; – Retardo ou agitação psicomotora; – Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio. � Bloqueiam as bombas de recaptação da noradrenalina e serotonina. MECANISMO DE AÇÃO 11/11/2015 30 � Inibição do metabolismo da noradrenalina ou serotonina FÁRMACOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DAS DEPRESSÕES: ESPECÍFICOS 1. Antidepressivos tricíclicos: imipramina (Tofranil), clomipramina (Anafranil), amitriptilina (Tryptanol), nortriptilina (Pamelor). 11/11/2015 31 2. Antidepressivos heterocíclicos: trazodona (Donaren), bupropriona. 3. Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS): fluoxetina (Prozac, Daforin, Verotina), fluvoxamina (Fluvox), citalopram, sertralina (Zoloft), paroxetina (Aropax). 11/11/2015 32 • 4. Inibidores da MAO: fenelzina, isocarboxazida, tranilcipromida, moclobemida (Aurorix). APRESENTAÇÕES 11/11/2015 33 Efeitos Adversos dos Antidepressivos Fármacos Opióides 11/11/2015 34 O que é um Opióide? • São substâncias semi-sintéticas, sintéticas ou naturais,derivadas do ópio, o qual é extraído da papoula, Papaver somniferum, que reagem com receptores opióides, quer como agonistas (integrais ou parciais) ou antagonistas. (DUARTE, 2005). Origem dos Opióides Opióides Naturais Opióides sintéticos Opióides endógenos PEPTÍDIOS OPIÓIDES ENDÓGENOS 11/11/2015 35 Classificação dos Opióides AGONISTAS FORTES AGONISTAS LEVES A MODERADOS OPIÓIDES MISTOS ANTAGONISTAS Fenantrenos: morfina hidromorfa oximorfa heroína Fenil- heptilaminas: Metadona Fenilpiperidinas: Meperidina e Fentanil Morfinanos: Levorfanol Fenantrenos: codeína oxicodona Diidrocodeína hidrocodona Fenil- heptilaminas: difenoxilato loperamida Fenantrenos nalbufina buprenorfina Morfinanos: butorfanol Benzomorfanos pentazocinadeso cina naloxona naltrexona nalmefeno Usos dos Opióides � Tratamento de edema pulmonar agudo; � Supressão da tosse; � Controle da diarréia; � Anestesia regional. 11/11/2015 36 Vias de Administração � Injeção intramuscular � Injeção subcutânea � Via oral � Injeção endovenosa Mecanismo de Ação • Receptores Opióides: - Receptores μ: responsáveis pela maioria dos efeitos analgésicos. - Receptores δ: importantes na periferia. - Receptores κ: analgesia a nível espinal. - Estão acoplados a proteína G: facilitam a abertura dos canais de K+ e inibem a abertura dos canais de Ca2+. 11/11/2015 37 Receptores opióides: μ κ δ Potássio Agonista opióide �Pré-sináptico: •Diminuição do influxo de cálcio. •Diminuição da liberação de neurotransmissores. �Pós-sináptico: •Aumento da condutância do potássio. Mecanismo de Ação Efeitos dos Opióides: � Efeitos no SNC: - Analgesia - Euforia - Disforia - Sedação - Depressão respiratória - Supressão da tosse - Náusea e vômitos 11/11/2015 38 Efeitos dos Opióides: � Efeitos no Sistema Cardiovascular: - Bradicardia - Taquicardia ( Meperidina) - Vasodilatação arterial e venosa periférica � Efeitos no TGI: - Diminuição da motilidade - Constipação Efeitos dos Opióides: � Efeitos Renais: - Diminuição da taxa de filtração Glomerular da reabsorção de Na+ � Efeitos no Útero: - Diminuição do tônus uterino 11/11/2015 39 Tolerância e Dependência • Tolerância com 3 a 4 semanas de uso freqüente. • Indivíduo não tolerante:60 MG de morfina induz parada respiratória . • Indivíduo com tolerância:2000 MG podem não produzir efeito. Síndrome da Abstinência - Lacrimejamento - Hiperpnéia - Rinorréia - Hipertensão - Bocejo - Sudorese - Fraqueza - Calafrios - Arrepios - Movimento involuntário 11/11/2015 40 Efeitos adversos: • Coma • Depressão respiratória • Não aplicar em recém-nascidos • Náuseas e vômitos • Prurido • Tolerância e dependência Antagonistas Opióides • Naloxona: - Afinidade pelos 3 tipos de receptores - Reversão rápida dos efeitos dos opióides - Duração do efeito: 2-4 horas • Naltrexona: - Duração de ação mais longa (até 10 horas)
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