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ANTIDEPRESSIVOS - FARMACOLOGIA

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Kamilla Galiza / 5º Período / Farmacologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sintomas 
 
Cardiológicos Palpitações, arritmias, 
taquicardias, dor no peito 
 
Gastroenterológicos 
Cólicas, abdominais, dor 
estomacal, constipação e 
diarreia 
 
Neurológicos 
Parestesias, anestesias, 
formigamentos, cefaleia, 
alterações sensoriais 
Otorrinos Vertigens, tonturas, 
zumbidos 
 
 
Clinica geral 
Falta de ar, bolo na 
garganta, sensação de 
desmaio, fraqueza dos 
membros, falta de apetite 
ou apetite demais 
 
Ginecológicos 
Cólicas pélvicas, dor na 
relação, alterações 
menstruais 
Ortopédicos Lombalgias, artralgias, 
cervicalgias, dor na nuca 
 
 
Psiquiátricos 
Irritabilidades, alterações 
do sono, angustia, tristeza, 
medo, insegurança, 
tendência a ficar em casa, 
pensamentos ruins. 
 
Teoria da depressão 
Teoria das monoaminas: a depressão é causada por um 
déficit funcional das monoaminas transmissoras 
(noradrenalina e/ou 5-HT (5-hidroxitriptamina (serotonina) 
em certos locais do cérebro. 
 
 
 
Hipótese com base nos receptores: sugere que a depressão 
decorre de uma anormalidade nos receptores pós-
sinápticos. Quando as monoaminas estão diminuídas na 
fenda sináptica, ocorre uma suprarregulação desses 
receptores, os quais, adaptativamente, aumentam em 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
número ou em sensibilidade para tentar compensar a 
diminuição desses neurotransmissores 
 
Mecanismo postulado para o atraso no início do efeito 
terapêutico dos fármacos antidepressivos. 
 
 
A. Antes do tratamento, os neurotransmissores são liberados 
em níveis patologicamente baixos e exercem níveis de 
retroalimentação auto-inibitória em estado de equilíbrio 
dinâmico. O efeito final consiste em nível basal 
anormalmente baixo de atividade dos receptores pós-
sinápticos (sinalização). B. O uso a curto prazo de medicação 
antidepressiva resulta em liberação aumentada de 
neurotransmissor e/ou aumento da duração da ação do 
neurotransmissor na fenda sináptica. Ambos os efeitos 
produzem aumento da estimulação dos auto-receptores 
inibitórios, com inibição aumentada da síntese de 
neurotransmissores e da exocitose. O efeito final consiste em 
reduzir o efeito inicial da medicação, e a atividade dos 
receptores pós-sinápticos permanece em níveis de pré-
tratamento. C. O uso crônico de medicação antidepressiva 
resulta em dessensibilização dos auto-receptores pré-
sinápticos. Em consequência, ocorre redução na inibição da 
síntese de neurotransmissor e da exocitose. O efeito final 
consiste em aumento de atividade dos receptores pós-
sinápticos, levando a uma resposta terapêutica. 
NE, norepinefrina. 5HT, serotonina. ATC, antidepressivo 
tricíclico. ISRS, inibidor seletivo da recaptação de serotonina. 
 
Hipótese monoaminérgica da expressão gênica: ocorre em 
decorrência de uma deficiência na transdução de sinais do 
neurotransmissor monoamínico e de seu neurônio pós-
sináptico. Ocorre falha na transdução de sinal pelos 
receptores é causada por um gene-alvo do Fator 
Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF). 
 
Em situações de estresse, o BDNF é inativado, reprimindo o 
seu gene-alvo, o que causa atrofia e apoptose de 
neurônios na região do hipocampo e, por decorrência 
desse processo, o aparecimento da depressão. 
 
Nova teoria: depressão maior esta associada a perda 
neuronal do hipocampo e córtex pré-frontal. 
farmacologia clínica 
 
Kamilla Galiza / 5º Período / Farmacologia 
 
 
 
 
Tratamento 
• Não farmacológico 
• Farmacológico 
 
 
 
Fármacos antidepressivos 
Antidepressivos tricíclicos (ADT): amitriptilina, imipramina, 
clopipramina, nortriptilina 
• Imipramina à protótipo do grupo 
• Enxaqueca 
• TOC: transtorno obsessivo compulsivo 
• Mecanismo de ação: bloqueia a recaptação das 
aminas (NA e 5-HT). 
• Efeitos colaterais: podem afetar os canais de sódio 
(sistema cardiovascular). Antimuscarínicos (náusea, 
vômitos, anorexia, boca seca, visão turva, confusão, 
constipação, taquicardia e retenção urinária). Anti-
histamínico (sedação, ganho de peso). Bloqueia os 
receptores α-adrenérgico (hipotensão ortostática, 
taquicardia reflexa, sonolência e tonteira) 
 
 
 
 
 
 
• Aminas terciárias geralmente têm mais efeitos na 
recaptação da 5-HT: Imipramina e Amitriptilina 
• Aminas secundárias geralmente têm mais efeitos na 
recaptação da noradrenalina: Desipramina e 
Nortriptilina 
 
 
Alfa – 1 adrenérgicos 
Hipotensão postural 
Tontura 
Disfunção sexual 
Tremores 
 
Serotoninérgicos 
Alterações do sono 
Irritabilidade 
Tontura 
Disfunção sexual 
 
 
 
Anticolinérgicos 
Boca seca 
Constipação 
Retenção urinaria 
Visão turva 
Taquicardia 
Disfunção sexual 
↑ Pressão intraocular 
 
 
 
Histaminérgicos 
Ganho de peso 
Sonolência 
Sedação 
Hipotensão 
Fadiga 
Tontura 
Náusea 
 
Aplicações clinicas: 
• Não são fármacos de primeira linha como tratamento 
para depressão 
 
Kamilla Galiza / 5º Período / Farmacologia 
• Doses baixas no tratamento do sono 
• Dores neuropáticas 
 
Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) 
Como consequência da maior seletividade, menos efeitos 
colaterais que os ADTs 
• Medicamentos: fluoxetina, Sertralina, Paroxetina, 
Citalopram, Escitalopram. 
• Usados para: depressão maior, ansiedade, pânico e 
TOC. 
 
 
 
• Efeitos colaterais: Náusea, anorexia, insônia, perda da 
libido e disfunção sexual 
• IMAO + ISRS: Síndrome da serotonina (tremor, 
hipertermina e colapso cardiovascular) 
 
Sertralina 
• Inibição do transportador de dopamina (DAT) e a 
ligação aos receptores sigma-1 (σ1) 
• Energia, na motivação e na concentração, 
particularmente quando acrescentada a outra ação, 
como inibição do SERT 
 
Paroxetina 
• Pacientes com sintomas de ansiedade 
• Inibe a enzima óxido nítrico sintetase, o que pode, 
teoricamente, contribuir para a disfunção sexual, em 
especial nos homens 
 
 
Fluoxetina 
• Este ISRS também exerce ações antagonistas de 5HT2C 
• O bloqueio da ação da serotonina nos receptores 
• de 5HT2C desinibe (i. e., intensifica) a liberação de NA e 
DA 
• Meia-vida: 2 a 3 dias 
• Pode desencadear crises de ansiedade 
 
Escitalopram 
O Escitalopram é considerado, talvez, o ISRS mais bem 
tolerado, com as menores taxas de interações 
medicamentosas mediadas por CYP. 
Obs.: indicado para pacientes geriátricos 
 
Inibidores da monoaminooxidase (IMAO) 
Mecanismo de ação: 
MAO-A à degradam os hormônios serotonina, noradrenalina 
e dopamina 
MAO-B à degrada a dopamina 
 
 
 
Medicamentos: fenelzina, tranilcipromina, moclobemida 
(seletivo e reversível) 
Efeitos colaterais: Tremores, excitação, insônia e convulsão 
(doses), ganho de peso, efeitos semelhantes à atropina e 
“Reação do queijo – tiramina” 
Interações 
• Descongestionantes nasais: agonistas α1 
• Simpaticomiméticos de ação indireta (↑ liberação de 
catecolaminas) tiramina 
• “Reação do queijo”: potencializando os efeitos 
simpaticomiméticos (hipertensão, cefaleia, taquicardia, 
náusea, arritmias cardíacas e AVC) 
 
Inibidores da recaptação de serotonina-norepinefrina – 
IRSN 
 
Venlafaxina 
Desvenlafaxina 
Duloxetina 
 
Embora sejam comumente denominados agentes de “dupla 
ação” sobre a serotonina e a noradrenalina, os IRSN exercem, 
de fato, uma terceira ação sobre a dopamina no córtex pré-
frontal, mas não em outras áreas do cérebro. Além disso, 
constituem vantagem para a farmacologia dos IRSN e sua 
eficácia no tratamento da depressão maior. Apresentam 
eficácia estabelecida não apenas na depressão e na dor 
crônica, mas também em pacientes com sintomas físicos 
dolorosos crônicos da depressão. 
 
• Estudos da Desvenlafaxina relataram sua eficácia na 
redução dos sintomas vasomotores (SVM) em mulheres 
Depressão 
Ansiedade 
Dor 
 
Kamilla Galiza / 5º Período / Farmacologia 
na perimenopausa, independentemente de estarem ou 
não depressivas 
Obs.: possuem menos efeitos colaterais que os tricíclicos 
 
Fármacos antidepressivos 
 
 
 
Atípicos 
• Mecanismos múltiplos 
• Bupropiona,Mirtazapina, Razapina 
 
Bupropiona 
• Aumenta níveis de dopamina e serotonina no cérebro 
• Menos efeitos adversos sexuais 
• Utilizado na abstinência de álcool (adesivo) 
 
Mirtazapina 
• ↓ a neurotransmissão nas sinapses 5-HT2 (aumenta 5 
HT1), enquanto aumenta a neurotransmissão da NE 
• Sedativo, estimulante de apetite, útil para população 
idosa 
 
 
Fármacos estabilizadores de humor 
São usados para controlar as oscilações do humor, 
característica de muitas doenças maníaco-depressivas 
(bipolar) 
 
Sais de lítio 
• L2CO3 à Carbonato de lítio 
• Tratamento e na profilaxia: episódios maníacos e 
depressivos do transtorno bipolar 
• Administrado sob cuidadosa vigilância médica: estreita 
janela terapêutica 
• Dosagens sanguíneas periódicas de lítio (toxicidade) 
• Mecanismo de ação: não é bem compreendido 
• Toxicidade e efeitos adversos: 80% dos pacientes 
apresentam algum efeito adversos 
• Principais efeitos: náusea, vômito e diarreia, tremor, 
efeitos renais (poliúria e lesão tubular renal), aumento 
da tireoide, ganho de peso 
• O paciente deverá evitar quantidade exagerada de 
bebidas com cafeína: cafeína provoca perda de água 
(agravar as reações secundárias provocadas pela 
litioterapia) 
 
Outros estabilizadores do humor 
Fármacos anticonvulsivantes 
• Carbamazepina: mania, profilaxia do transtorno bipolar, 
agressividade e impulsividade 
• Valproato: transtorno do humor bipolar 
• Gabapentina: estabilizador do humor e ansiolítico

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