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AÇÃO DE INDENIZAÇÃO CONTRA UNIMED QUEIMADURA Copia

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Exmº. Sr. Dr. Juiz Conciliador do Juizado Especial do Consumidor de Feira de Santana, Bahia.
 PAULO ROBERTO SANTOS FROES, brasileiro, casado, motorista, nascido em 17/01/1967, portador de RG 0401529606 e CPF 405.963.975-34, residente e domiciliado à Rua Cecílio Moreira, nº 205, Bairro Mangabeira, Feira de Santana, Bahia, Fones: (75) 8809-8560, por seu advogado infra firmado, constituído na forma da procuração inclusa, vem perante a V.Exa., propor Ação Idenizatória de Danos Morais e Materiais contra HOSPITAL UNIMED - FEIRA DE SANTANA, com endereço na Av. João Durval Carneiro, nº 3706, Caseb, Feira de Santana, Bahia, pelos motivos de fato e de direito a seguir delineados:
					O autor, em 26/08/2004, deu entrada no Hospital Unimed, para realizar uma cirurgia (artroscopia) em seu joelho esquerdo, conforme o Termo de Internação e Responsabilidade, ora anexo. 
Acontece que, ao ser submetido a referida cirurgia, o Autor teve a parte de trás de sua perna direita queimada – queimadura de 2º grau, por um bisturi elétrico, por descuido e imprudência de médicos e enfermeiros, que “esqueceram” o referido instrumento no local indicado.
Chama atenção para o documento denominado “PRESCRIÇÃO MÉDICA”, ora anexo, pois nele consta a preocupação do próprio médico que realizou a cirurgia quando solicita que a direção médica tome conhecimento do ocorrido (a queimadura da perna do paciente), pois isso poderia trazer sérios problemas para o Hospital.
Ora, Culto Julgador, a queimadura de 2º grau ocorrida no Autor, foi conseqüência da mais pura irresponsabilidade e descuido por parte da equipe médica que realizou a cirurgia.
Se isso não bastasse, após a queimadura, nada foi feito por parte do Hospital Unimed, no que se refere a assistência e cuidados médicos, curativos, etc em relação a ferida do Autor. Somente após 20 (vinte) dias e por interesse do próprio Acionante, o Acionado teve uma ligeira preocupação em atender, e mesmo assim, o fazendo de forma incompleta, tendo o Autor que arcar com as despesas do tratamento de sua queimadura. 
		
O Réu, com isto, infringiu o art. 5º - X da Carta Magna, art. 159 Código Civil pátrio (antigo), o 186 e 927 do mesmo diploma legal (código novo), devendo ser responsabilizado por danos morais e materiais. 
		
Existem vários ensinamentos quanto ao caso em tela, dentre eles, apresentamos abaixo dois que estão em consonância com o requerimento da Acionante, como seja:
“A esse respeito é preciso esclarecer que o direito não repara a dor, a mágoa, o sofrimento ou a angústia, mas apenas aqueles danos que resultarem da privação de um bem sobre o qual o lesado teria interesse reconhecido juridicamente. O lesado pode pleitear uma indenização pecuniária em razão de dano moral, sem pedir um preço para sua dor, mas um lenitivo que atenue, futuro, superando o déficit acarretado pelo o dano”. Profª Maria Helena Diniz, In Dano Moral e o Direito do Trabalho, Valdir Florindo, Ed. Ltr, pág. 102.
 
 “Que o montante das indenizações deve ser algo inibidor, para impedir investidas do gênero. Por isso, deve o Juiz ser rigoroso e arbitrar cifras consideráveis, posto que o objetivo também é o castigo do autor. O montante da indenização deve traduzir-se em advertência ao lesante e a sociedade, de que comportamento dessa ordem não se tolerará.” Profº João Casillo - Dano à pessoa e sua indenização. Ed. RT, 2ª Edição, pág. 137. In Dano Moral e o Direito, Vladir Florindo, Ed. LTR, pág. 110.
					Sobre o dano material, nos transmite João Carlos Maldonado de Carvalho: “O dano patrimonial, como preceitua o art. 402 do Código Civil, abrange o que a vítima “efetivamente perdeu” e o que ela “razoavelmente deixou de lucrar” (lucros cessantes). (...) Há de ser portanto, uma conseqüência direta e imediata da conduta ilícita do agente, cujos efeitos se projetam para o futuro (art. 403 do CC).” (IATROGENIA E ERRO MÉDICO sob o Enfoque da Responsabilidade Civil. Rio de Janeiro: Editora Lúmen Júris, p.130, 2005).
					E sendo assim, como teve o Autor que arcar com todas as despesas relativas ao seu tratamento, este deve ser ressarcido em tudo quanto foi gasto, por um ato indevido praticado pelo Hospital Unimed.
					Na forma da legislação vigente e pertinente, o valor do dano moral causado por erro do Réu será arbitrado pelo MM Juízo do feito.
					Ex positis, requer a V. Exa. se digne inicialmente transformar em termo a presente Ação, condenando o Réu a pagar os Danos Morais e Materiais que causou ao Autor grandes constrangimentos quanto a fatos alheios a sua vontade.
					Dá-se valor a causa em R$ 12.000,00
					E. Deferimento
				Feira de Santana, 22 de Setembro de 2005.
			
 Bel. Geraldo Oliveira
 OAB/Ba – 9.458

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