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LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 1 v Carta dos coeficientes de reflexão · Os cálculos em linhas de transmissão ou em guias de onda utilizam as fórmulas que foram dadas anteriormente, são portanto de difícil resolução. · Existem métodos gráficos que fornecem um meio rápido e eficiente para a realização destes cálculos. · Na figura o número complexo Z está representado por um ponto no plano complexo Im ReR X Z f |r| Coordenadas de um número complexo · O número complexo jXRZ += pode ser expresso em coordenadas polares por: fjeZZ = onde 22 XRZ += e R X arctg=f · O número complexo que desejamos representar é o coeficiente de reflexão de tensão: frr je= e o plano cujos pontos representam coeficientes de reflexão é denominado plano dos coeficientes de reflexão. LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 2 v Carta dos coeficientes de reflexão · Nas linhas terminadas com cargas passivas o módulo do coeficiente de reflexão é sempre menor ou igual a 1. Consequentemente, vamos só dedicar a nossa atenção para a região do plano que é limitada por um círculo de raio 1 e centro na origem. · A carta dos coeficientes de reflexão mostrada na figura, inclui una escala radial de r e uma periférica graduada em graus o que permite uma rápida localização de rr. 0o 30o 60o120o 150o ±180o -150o -120o -90o -60o -30o 0, l/2l/4 90o l/8 3l/8 Carga Gerador 0 10,5 |r| 60o|r|=0,5 Carta dos Coeficientes de Reflexão LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 3 v Carta dos coeficientes de reflexão · Numa linha de transmissão sem perdas a amplitude do coeficiente de reflexão não se altera ao longo da linha, mas o seu argumento varia com a posição na linha a um ritmo duas vezes mais rápido que a fase de qualquer das ondas progressivas, incidente e reflectida, de acordo com a expressão: ( ) qbf rrr jdjj eeed == - 2. · A variação ( ) dd bfq 2-= é positiva para um deslocamento em direcção à carga e negativa para um deslocamento em direcção ao gerador. · Um deslocamento de meio comprimento de onda (ll/2) ao longo da linha de transmissão faz com que o argumento do coeficiente de reflexão varie 360o. · A escala periférica da carta dos coeficientes de reflexão pode ser também graduada em comprimentos de onda. · Exemplo: o Uma linha sem perdas é alimentada a 600 MHz. O coeficiente de reflexão em b é: ( ) ojeb 605,0=r a) Determinar o coeficiente de reflexão nos pontos a e c situados a 10 cm de b. b) Indicar a posição dos mínimos da envolvente da onda estacionária mais próximos de b. LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 4 v Carta dos coeficientes de reflexão a b c 10 cm 10 cm gerador carga r(a) r(c)r(b) a) ( ) ( ) djeba brr 2-= deslocamento em direcção ao gerador ( ) ( ) djebc brr 2= deslocamento em direcção à carga ll 2,0505,0 10600 103 6 8 =Þ== ´ ´ == dcmm f c 01448,02,0 2 22 === pl l p bd conclui-se que: ( ) ( )oojea 144605,0 -=r e ( ) ( )oojec 144605,0 +=r b) Os mínimos de tensão ocorrem quando as ondas incidente e reflectida estão em oposição de fase, isto é quando ( ) od 180±=q . Recorrendo à carta dos coeficientes de reflexão, vê-se que o mínimo mais próximo ocorre a uma distância (medida na escala circular periférica graduada em comprimentos de onda) medida na direcção da carga dada por: cmd 35,8167,0 1min =» l Ocorre também um outro mínimo a: cmd 65,16333,0 2min =» l na direcção do gerador. Como era esperado 22min1min l=+ dd , todos os restantes mínimos da envolvente da onda estacionária encontram-se separados por múltiplos de 2 l . LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 5 v Carta dos coeficientes de reflexão Exemplo de aplicação da carta dos coeficientes de reflexão LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 6 v Rede de Impedâncias · A impedância Z e o coeficiente de reflexão rr estão relacionados pela expressão: r r - + = 1 1 0 Z Z · definindo 0 Z Z z = como sendo a impedância normalizada obtemos: jxrz += e considerando: ir jrrr += obtemos: ir ir j j jxr rr rr -- ++ =+ 1 1 · Igualando as partes reais e imaginárias dos dois membros obtemos: ( ) 22 22 1 1 ir irr rr dd +- -- = ( ) 221 2 ir ir rr d +- = LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 7 v Rede de Impedâncias · Estas duas equações podem ser escritas na forma: ( )2 2 2 1 1 1 + =+÷ ø ö ç è æ + - rr r ir rr (*) ( ) 2 2 2 111 xxir =÷ ø ö ç è æ -+- rr (**) · A equação * representa uma família de circunferências no plano dos coeficientes de reflexão ir jrrr += com centro nos pontos ÷ ø ö ç è æ + 0, 1r r e raios 1 1 +r . · Cada uma das circunferências desta família é o lugar geométrico de todas as impedâncias normalizadas com o mesmo valor de resistência normalizada. · Todas as circunferências de r constante passam pelo ponto (1,0). r=0 r=0,2 r=0,5 r=1 r=3 Resistências normalizadas no plano dos coeficientes de reflexão LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 8 v Rede de Impedâncias · A equação ** representa uma família de circunferências com centro no ponto ÷ ø ö ç è æ + x j 1 1 e raio x 1 , sendo cada circunferência o lugar geométrico de todas as impedâncias normalizadas com o mesmo valor de reactância normalizada. · A valores positivos de x, reactâncias indutivas, correspondem circunferências localizadas acima do eixo real e a valores negativos de x, reactâncias capacitivas, correspondem circunferências localizadas abaixo do eixo real. · Como os centros das circunferências de x constante estão a uma distância do eixo real igual ao raio, todas elas passam pelo ponto (1,0). x=0 x=0,5 x=1 x=2 x=-0,5 x=-1 x=-2 Reactâncias normalizadas no plano dos coeficientes de reflexão LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 9 v Rede de Impedâncias · Na figura estão representadas circunferências, no plano dos coeficientes de reflexão, para vários valores de r e de x. Rede de impedâncias LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 10 v Carta de Smith · Na carta de Smith estão desenhadas circunferências de r constante e de x constante em número suficiente para permitir uma precisão razoável na leitura de impedâncias. · A carta tem uma escala periférica graduada em graus e uma outra graduada em comprimentos de onda na direcção da carga e na direcção do gerador. · A circunferência de raio unitário é, simultaneamente, o lugar geométrico das impedâncias normalizadas comparte real nula (r=0) e o lugar geométrico dos coeficientes de reflexão de módulo igual à unidade. · Atendendo a que o módulo do coeficiente de reflexão é unitário para z=0 (curto-circuito), z=¥¥ (circuito-aberto) e para z=±±jx (reactâncias puras), a circunferência de raio unitário está graduada em reactância normalizada. · Para z=r (x=0) a circunferência de x constante resulta numa recta (raio infinito), o eixo real, que está graduado com uma escala de resistência normalizada. · A natureza da impedância nas diferentes regiões da Carta de Smith pode ser observada na figura. +90o 0o±180o -90o |Z|<1indutiva |Z|>1 indutiva |Z|<1 capacitiva |Z|>1 capacitiva LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 11 v Carta de Smith LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 12 v Carta de Smith · Exemplo de aplicação 1 o Determinar o coeficiente de reflexão provocado por uma carga ZL=25+j35 WW numa linha de transmissão com impedância característica Z0=50 WW. o Resolução: A impedância normalizada é: 7,05,0 0 j Z Z z L L +== representada na carta de Smith pelo ponto A (intersecção da circunferência de r=0,5 e x=0,7), a que corresponde o coeficiente de reflexão: oje 5,10052,0=r LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 13 v Carta de Smith LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 14 v Carta de Smith · Coeficiente de onda estacionária o Para x=0 a impedância é puramente resistiva e verifica-se: î í ì >Ü >Ü = - + == 0 0 0 11 1 ZRVSWR ZRVSWR Z R r r r o A impedância normalizada num ponto de máximo de tensão é igual ao coeficiente de onda estacionária. o Consequentemente, a parte da escala de resistências normalizadas que contém os valores de r entre 1 e ¥¥ pode também ser considerada também uma escala de VSWR. A parte do eixo real que contém os valores de r entre 0 e 1 pode ser utilizada como uma escala de 1/S. o A partir da medição do coeficiente de onda estacionária e da localização de um dos extremos da envolvente da onda estacionária é possível obter o valor correspondente da impedância de carga normalizada. LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 15 v Carta de Smith · Exemplo de aplicação 2 o Determinar o VSWR provocado por uma carga ZL=25+j35 WW numa linha com Z0=50 WW e a distância do primeiro mínimo de tensão à carga. o Resolução: A impedância normalizada é: 7,05,0 0 j Z Z z L L +== a que corresponde o ponto A na carta. A circunferência de VSWR constante (linha sem perdas) intersecta a escala de resistência normalizada no ponto F, consequentemente VSWR=3,17. Os pontos E e F correspondem a pontos da linha em que se verificam mínimos e máximos, a fase de rr é 180o em E e 0o em F. A distância do primeiro mínimo de tensão à carga é a distância representada pelo arco AE, medida na escala graduada em comprimentos de onda em direcção ao gerador. ( ) ll 3895,01105,05,0 min =-=d LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 16 v Carta de Smith LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 17 v Carta de Smith · Impedância de entrada o A impedância em qualquer ponto duma linha terminada com uma impedância ZL é dada por: dtgjz djtgz Z Z z L Lin in b b + + == 1 0 o Embora esta relação seja empregue com alguma frequência, é utilizado por vezes um processo de cálculo dividido em três fases: 1º 1 1 + - = L L z z r 2º ( ) djed brr 2-= 3º ( )( )d d z in r r - + = 1 1 o Este processo é especialmente útil se a carta de Smith for utilizada para relacionar rr e zin. · Exemplo de aplicação 3 o Uma linha sem perdas com Z0=50 WW é terminada por uma impedância ZL=20+j100 WW. Determinar a impedância de entrada. o Resolução: O ponto B representa a impedância de carga normalizada marcada na carta de Smith. Um deslocamento de ll/4 ou 180o em direcção ao gerador sobre a circunferência de |rr| constante conduz ao ponto C. Este ponto representa a impedância normalizada zin=0,10-j0,48, logo W-= 245 jZ in LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 18 v Carta de Smith LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 19 v Carta de Smith · Exemplo de aplicação 4 o Numa linha com Z0=50 WW e comprimento 0,35ll mediu-se um VSWR=3 e registou-se um mínimo de tensão à distância de 0,15ll da carga. Determine a impedância de entrada da linha. o Resolução: A impedância da carga deve estar localizada na carta sobre a circunferência correspondente a VSWR=3. O ponto E corresponde ao ponto da linha em que se verifica o mínimo de tensão (ff=±±180o). Movendo o ponto E, ao longo da circunferência de VSWR constante e medindo 0,15ll na escala graduada em comprimentos de onda em direcção à carga obtemos o ponto C. Ao ponto C corresponde a impedância de carga normalizada zL=0,8- j1. Um novo movimento ao longo da circunferência de VSWR constante, correspondente a 0,35ll em direcção ao gerador (partindo do ponto C) permite localizar o ponto D correspondente à impedância de entrada normalizada zin=1,7+j1,33 W+= 5,6685 jZ in LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 20 v Carta de Smith LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 21 v Carta de Smith · Admitância de entrada o A admitância duma linha de transmissão é dada por: r r + - == 1 111 0 ZZ Y in in onde rr é o coeficiente de reflexão no ponto da linha. o A admitância normalizada será: ( ) ( )r r r r -- -+ = + - === 1 1 1 10 0 in in in Z Z Y Y y o Vê-se nesta equação que a relação entre yin e -rr é idêntica à relação entre zin e rr. A carta de Smith pode ser também considerada como a representação de y no plano -rr. o Sendo y=g+jb, as circunferências de r constante transformam-se em circunferências de g constante (g condutância normalizada) e as circunferências de x constante transformam-se em circunferências de b constante (b susceptância normalizada). o Para utilizar uma carta de impedâncias como carta de admitâncias basta rodar 180o a escala do argumento de rr. LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 22 v Carta de Smith · Admitância de entrada de STUBS o Um stub é uma linha de transmissão sem perdas terminada em circuito-aberto ou em curto-circuito. Numa linha deste tipo o módulo do coeficiente de reflexão é 1 e o VSWR é ¥¥. o As impedâncias (ou admitâncias) de entrada dos stubs são reactâncias (ou susceptâncias) puras de valor determinado pelo respectivo comprimento. O seu lugar geométrico na carta de Smith é a circunferência de r=0. o A admitância (ou a impedância) de entrada de um stub é determinada, na carta de Smith, através de um deslocamento (correspondente ao seu comprimento) sobre a circunferência de raio unitário em direcção ao gerador, partindo do ponto correspondente à terminação respectiva. +90o 0o±180o -90o cc - impedância ca - admitância impedância - ca admitância - cc Impedância e admitância de stubs LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 23 v Carta de Smith Ø Dispositivos para adaptação de impedâncias · O comportamento de um sistema que utiliza uma linha de transmissão para transporte de potência de um gerador para uma carga depende essencialmente da relação de impedâncias na terminação da carga. · Como geralmente não é possível adaptar a carga à linha de transmissão alterando um dos parâmetros que a constituem, é necessário adicionar à linha um dispositivo para adaptação. · Razões para a adaptar uma carga a uma linha de transmissão: o Um baixo valor de VSWR (»»1) na linha indica que não há potência reflectida pela carga, toda a potência incidente é absorvida pela carga. o A potência máxima que pode ser transmitida pela linha é limitada pela tensão de disrupção do dieléctrico (diferençade potencial entre os condutores que provoca a perfuração do isolamento) e pelo aquecimento dos condutores da linha. Se o valor do VSWR for próximo de 1 a tensão e corrente serão constantes (em amplitude) ao longo da linha e terão os valores estritamente necessários para fornecer a potência pretendida à carga. o Alguns dispositivos utilizados como geradores tornam-se instáveis quando o nível de desaptação ultrapassa um determinado limite. LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 24 v Carta de Smith Ø Dispositivos para adaptação de impedâncias q Adaptação com um stub · O circuito da figura representa um adaptador com um stub que é muito utilizado em linhas de transmissão. d1 ou d2 ZL Z0 Z0 P Adaptador com um stub · Para se conseguir uma adaptação perfeita com um dispositivo de adaptação de impedâncias, este deve possuir dois ajustes. · No adaptador com um stub os dois ajustes disponíveis são o comprimento do stub e a distância do stub à carga. · A admitância de entrada da linha à direita no plano P deve ser yP=1±±jb, para que o sistema se apresente adaptado à esquerda do plano P (yP=1). O comprimento do stub deve ser de modo que a sua susceptância de entrada seja ±±jb. LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 25 v Carta de Smith Ø Dispositivos para adaptação de impedâncias q Adaptação com um stub · Supondo que a impedância de carga normalizada zL é representada na carta de Smith pelo ponto A, a admitância correspondente é representada pelo ponto B. Num ponto da linha à distância d1 da carga (em direcção ao gerador) a admitância normalizada é igual a 1+jb e está representado pelo ponto C. Adaptação com um stub LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 26 v Carta de Smith Ø Dispositivos para adaptação de impedâncias q Adaptação com um stub o Se um stub com susceptância de entrada normalizada igual a –jb for ligado em paralelo com a linha à distância d1 da carga, a linha estará adaptada à esquerda do plano P. o Com a colocação do stub em paralelo o ponto C move-se ao longo da circunferência de g=1 para o ponto E correspondente à admitância (ou impedância) normalizada 1+j0. o Analisando a figura conclui-se que existe outra solução, além das que diferem da anterior em um múltiplo inteiro de ll/2. À distância d2 da carga a admitância normalizada seria 1-jb, representada pelo ponto D, que pode ser transformada em 1+j0 por um stub com susceptância de entrada normalizada igual a jb. o As susceptâncias +jb ou –jb também podem ser obtidas utilizando um stub terminado em circuito- aberto, embora na prática sejam preferidos stubs terminados em curto-circuito. LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 27 v Carta de Smith Ø Dispositivos para adaptação de impedâncias q Adaptação com um stub · Exemplo de aplicação 5 o Uma linha com Z0=70 WW é terminada por ZL=84+j85,75 WW. Determinar o comprimento que deverá Ter um stub com a mesma impedância característica terminado em curto-circuito e a distância à carga onde deverá ser ligado para que o sistema fique adaptado. o Resolução: A impedância da carga normalizada é: 225,12,1 jz L += representado na figura pelo ponto A. O ponto B representa a admitância normalizada correspondente. A circunferência de VSWR constante que passa por B intersecta a circunferência de g=1 primeiro em C e depois em D, para um deslocamento em direcção ao gerador. As admitâncias normalizadas correspondentes aos pontos C e D são, respectivamente, 1+j1,125 e 1- j1,125. 1ª solução (ponto C) A distância do stub à carga está representada na carta pelo arco BC, medido na escala graduada em comprimentos de onda na direcção do gerador: ( ) ll 237,0166,0071,0 1 =+=d LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 28 v Carta de Smith Ø Dispositivos para adaptação de impedâncias q Adaptação com um stub A susceptância normalizada necessária para adaptar a carga à linha é –j1,125, representada na carta pelo ponto E. O comprimento do stub terminado em curto-circuito será: ( ) ll 116,025,0366,0 1 =-=l 2ª solução (ponto D) O arco BD, expresso em comprimentos de onda em direcção ao gerador, representa a distância do stub à carga: ( ) ll 405,0334,0071,0 2 =+=d Para realizar a adaptação o stub deverá ter a susceptância de entrada normalizada j1,125, deverá ter o comprimento: ( ) ll 384,0134,025,0 2 =+=l LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 29 v Carta de Smith Ø Dispositivos para adaptação de impedâncias q Adaptação com um stub LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 30 v Carta de Smith Ø Dispositivos para adaptação de impedâncias q Adaptação com dois stubs · Com este método de adaptação procura-se eliminar a principal desvantagem do método anterior que reside no facto de a posição do stub depender da impedância da carga. · Neste método a distância entre os dois stubs é constante, embora os stubs possam ser colocados em qualquer ponto da linha próximo da carga. d b a Stub 2 Stub 1 ZL d ZL b a Stub 2 Stub 1 LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 31 v Carta de Smith Ø Dispositivos para adaptação de impedâncias q Adaptação com dois stubs O método consiste em variar o comprimento do stub 1 de modo a que a admitância normalizada no plano b sem o stub 2 seja yb=1±jb anulando-se em seguida a susceptância com o stub 2, ficando o sistema adaptado para a esquerda do plano b (yb=1+j0). Adaptação com dois stubs LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 32 v Carta de Smith Ø Dispositivos para adaptação de impedâncias q Adaptação com dois stubs o Para poder ser adaptada a admitância em b tem que ser igual a y=1±±jb (circunferência 1). o A admitância vista no plano b (circunferência 1) tem uma correspondência no plano A. A admitância estará numa circunferência de igual raio mas cujo centro sofreu uma rotação correspondente à distância d (em comprimentos de onda) em direcção à carga (circunferência 2). o A admitância da carga vista no plano a, encontra-se no ponto A. Somando a admitância do stub 1 fazemos com que a admitância do stub 1+carga se desloquem sobre uma circunferência de g constante. o A circunferência de g constante que passa por A intersecta a circunferência 2 nos pontos B e C o que nos dá dois pontos de possível adaptação. o Para se realizar a adaptação, o ponto A deverá ser transformado em B ou C por ajustamento do stub 1. Este stub deve apresentar uma susceptância de entrada normalizada correspondente aos arcos AB ou AC. CC BB AA jbgy jbgy jbgy += += += admitância do stub 1 ( ) ( ) ACACSC ABABSB bbjyyy bbjyyy -=-= -=-= LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 33 v Carta de Smith Ø Dispositivos para adaptação de impedâncias q Adaptação com dois stubs o É necessário calcular a susceptância do ponto B e do ponto C no plano b, para isso deslocamos estes pontos de uma distância d na direcção do gerador. Obtemos assim os pontos B’ e C’ na circunferência de g=1. o Este stub deve apresentar uma susceptância de entrada normalizada correspondente aos arcos AB’ ou AC’. '' '' 1 1 CC BB jby jby += += admitância do stub 2 '' '' CSC BSB jby jby -= -= · Limitações ao método dos dois stubs o Para sepoder utilizar este método, a circunferência de g constante a que pertence o ponto da carta de Smith que representa a admitância da carga normalizada yL deve intersectar a circunferência de g=1 transferida em direcção à carga a distância d (em comprimentos de onda) igual à separação entre os stubs (circunferência 2). LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 34 v Carta de Smith Ø Dispositivos para adaptação de impedâncias q Adaptação com dois stubs o Na figura estão ilustrados três casos particulares. Se a admitância de carga normalizada yL for representada pelo ponto A, a colocação de um stub em derivação na carga corresponderá a um deslocamento do ponto A ao longo de uma circunferência de g constante que não intersecta a circunferência 2, o que torna impossível a adaptação pelo método dos dois stubs. o Analisando a figura conclui-se que, para se conseguir a adaptação com dois stubs, a componente real da admitância de carga deverá ser: a) gL££1 para d=ll/4 b) e c) gL££ para d=ll/8 ou d=3ll/8 o O valor máximo de gL para o qual é possível a adaptação com dois stubs depende da separação destes. Pode-se demonstrar que, estando o primeiro stub ligado à linha na carga e sendo d a distância entre os stubs, a adaptação é possível se: dsen g L b2 1 £ LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 35 v Carta de Smith Ø Dispositivos para adaptação de impedâncias q Adaptação com dois stubs Casos particulares das limitações do método dos dois stubs LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 36 v Carta de Smith Ø Dispositivos para adaptação de impedâncias q Adaptação com dois stubs · Exemplo de aplicação 6 o O coeficiente de reflexão na carga que termina uma linha de transmissão com Z0=50 WW é rr=0,667(90 o). Para adaptar a carga à linha são utilizados dois stubs com a mesma impedância característica terminados em curto-circuito e distanciados 0,375ll entre si, estando o stub mais próximo da carga a 0,1ll da mesma. Determinar as combinações possíveis de comprimentos de stubs que proporcionam a adaptação desejada. o Resolução: A impedância de carga normalizada está representada na carta pelo ponto A. O ponto B representa a admitância correspondente. A admitância normalizada à distância de 0,1ll da carga está representada pelo ponto C. Ajustando o comprimento do stub mais próximo da carga (stub 1), o ponto C desloca-se sobre a circunferência de g=0,2 para o ponto D (1ª solução) ou para o ponto E (2ª solução) que, transferidos 0,375ll em direcção ao gerador, se transforma em F e G, respectivamente. Ajustando o comprimento do stub 2, os pontos F (1ª solução) ou G (2ª solução) deslocam-se sobre a circunferência de g=1 para o centro da carta 1ª solução: stub 1 ( ) ll 212,025,0462,0 1 =-=l stub 2 ( ) ll 426,025,0176,0 2 =-=l 2ª solução: stub 1 ( ) ll 096,025,0346,0 1 =-=l stub 2 ( ) ll 039,025,0289,0 2 =-=l LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 37 v Carta de Smith Ø Dispositivos para adaptação de impedâncias q Adaptação com dois stubs LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 38 v Carta de Smith Ø Escalas radiais na carta de Smith · Coeficiente de reflexão: o de tensão: identetensão inc lectidatensão ref ñ = o de potência: ncidentepotência i eflectidapotência r ñ = 2 · Perdas na linha (em dB): o ( ) ñ dB eflectidapotência r ncidentepotência i retornoperdas por 1 log20== ( ) 2 1 1 log10 ñ dB ransmitidapotência t ncidentepotência i reflexãoperdas por - == Coeficiente de onda estacionária: o imatensão mín imatensão máx VSWR = e os valores correspondentes em dB. · Coeficiente de perdas: o 2 2 1 1 ñ ñ ransmitidapotência t reflectidancidentepotência i se de perdacoeficient - + = + = que, para um dado nível de potência incidente, nos indica o aumento das perdas no meio de transmissão, por desadaptação, em relação à situação de adaptação perfeita. LINHAS DE TRANSMISSÃO ÄÄ Resolução gráfica de problemas - 39 v Carta de Smith Ø Escalas radiais na carta de Smith · Uma escala de e-2aad em que cada divisão corresponde a 1 dB. Pode-se utilizar esta escala de perdas por transmissão graduada em intervalos de 1 dB para tomar em consideração o factor e-2aad que relaciona os módulos dos coeficientes de reflexão em dois pontos distintos de uma linha de transmissão. · Sendo conhecido o coeficiente de reflexão num dado ponto de uma linha, o valor a uma distância d no sentido do gerador ou da carga pode ser calculada assumindo inicialmente a linha sem perdas e em seguida reduzindo ou aumentando, respectivamente, o raio do factor e-2aad.
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