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roteiro av1 psicanlise

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1 - Estruturas aparelho psicológico:
1ª tópica
Inconsciente: É constituído por conteúdos reprimidos , que não têm acesso aos sistemas pré-consciente/consciente, pela ação de censuras internas. Esses conteúdos podem ter sido conscientes, em algum momento, e terem sido reprimidos, isto é, ''foram'' para o inconsciente, ou podem ser genuinamente inconscientes. O inconsciente é um sistema do aparelho psíquico regido por leis próprias de funcionamento.
Pré-consciente: refere-se ao sistema em que permanecem os conteúdos acessíveis à consciência. É aquilo que não está na consciência nesse momento, mas no momento seguinte pode estar.
Consciente: É o sistema do aparelho psíquico que recebe ao mesmo tempo as informações do mundo exterior e as do mundo interior. Na consciência, destaca-se o fenômeno da percepção, principalmente a percepção do mundo exterior, a atenção, raciocínio. 
2ª tópica
ID: Constitui o reservatório da energia psíquica e é onde se ''localizam'' as pulsões: a de vida e a de morte. O ID é regido pelo princípio do prazer, já buscamos o prazer desde o princípio.
EGO: Princípio de realidade. É quando percebemos que existe algo além de mim. Equilíbrio entre o ID e o Superego. As funções básicas são: percepção, memória, sentimentos, pensamento.
Superego: A moral, os ideais são funções do superego. O conteúdo do superego refere-se a exigências sociais e culturais.
O tempo todo o Ego administra, o ID a todo tempo querendo gozar e o Superego vindo com a moral e as regras.
2 - Sexualidade - Fases 
Freud descobriu que a maioria dos pensamentos e desejos reprimidos referia-se a conflitos de ordem sexual, localizados nos primeiros anos de vida dos indivíduos, as descobertas colocam a sexualidade infantil no centro da vida psíquica, postulando a existência da sexualidade infantil, Sendo: A função sexual existe desde o princípio da vida, e não só a partir da puberdade; O período de desenvolvimento da sexualidade adulta, onde as funções de reprodução e de obtenção do prazer podem ser associadas, tanto no homem como na mulher; A libido é a energia dos instintos sexuais e só deles.
Fase Oral (Nascimento – 2 anos aproximadamente): No momento de amamentação nasce o prazer. A zona de eotização é a boca.
Fase anal (entre 2 a 4 anos aproximadamente): O momento que a criança controla o xixi e o cocô é quando a criança começa a ter controle sobre o corpo. A zona de erotização é o ânus.
Fase fálica (entre 4 a 6 anos aproximadamente): A criança descobre os órgãos e desperta curiosidade. A criança manipula os órgãos genitais, o prazer está no próprio corpo e não no do outro. É apenas curiosidade.
Em seguida vem um Período de latência (6 anos – Pré- adolescentes aproximadamente), que se prolonga até a puberdade e se caracteriza por uma diminuição das atividades sexuais, como um intervalo.
Fase genital (Adolescência até a idade adulta): É quando a erotização ou desejo não está mais no próprio corpo, e sim no outro. A erotização vai em busca de outra pessoa. Inicia-se a sexualidade adulta.
No decorrer dessas fases, sucedem-se vários processos e ocorrências. Desses eventos destaca-se o Complexo de Édipo, pois é em torno dele que ocorre a estruturação da vida psíquica do indivíduo. Acontece entre a fase anal e fálica.
3 - Mecanismo de defesa
Os mecanismos de defesa tratam-se de ações psicológicas que têm o objetivo de proteger a integridade do ego.
Nem tudo que nos ocorre é agradável ao nosso consciente e o nosso ego pode considerar uma série de ocorrências como ameaçadoras à sua integridade, ao seu bem-estar. Nesse sentido diante das exigências das outras instâncias psíquicas – Id, que é nosso lado mais instintivo e do superego, que representa nossos valores morais e regras internalizadas – o ego deseja proteger-se para garantir o bem estar psicológico do sujeito frente a esses conteúdos indesejados.
Ainda segundo o pai da psicanálise, os mecanismos de defesa são universais, ou seja, todas as pessoas fazem uso deles, em menor ou maior grau. E eles são importantes para um ego sadio e integrado. Porém, o seu uso exacerbado pode ocasionar um funcionamento psicológico que não é considerado sadio para o sujeito.
Recalque: O recalque suprime. O indivíduo ''não vê'', ''não ouve'' o que ocorre. Recorta a situação. É inconsciente. O recalque, ao suprimir a percepção do que está acontecendo, é o mais radical dos mecanismos de defesa. Os demais referem-se a deformações da realidade.
Formação reativa: O ego procura afastar o desejo que vai em determinada direção, e para isso o indivíduo adota uma atitude oposta a esse desejo. Um bom exemplo são atitudes exageradas - ternura excessiva, superproteção - que escondem o seu oposto, no caso, um desejo agressivo intenso.
Exemplo: É o caso da mãe que superprotege o filho, do qual tem muita raiva porque atribui a ele muitas de suas dificuldades pessoais. Para muitas dessas mães pode ser aterrador admitir essa agressividade em relação ao filho.
Regressão: O indivíduo retorna a etapas anteriores de seu desenvolvimento, é uma passagem para modos de expressão mais primitivos. 
Exemplo: Um exemplo é o da pessoa que enfrenta situações difíceis com bastante ponderação, mas ao ver uma barata sobe na mesa, aos berros. Com certeza, não é só a barata que ela vê na barata.
Repressão: Envolve a colocação de pensamentos incômodos em áreas relativamente inacessíveis da mente inconsciente. Assim, quando as coisas ocorrem de forma que somos incapazes de lidar no momento, nós vamos afastá-las, ou planejar lidar com elas em outro momento ou esperar que elas vão desaparecer sozinhas. O nível de ‘esquecimento’ na repressão pode variar de uma supressão temporária de pensamentos desconfortáveis para um elevado nível de amnésia, onde os eventos que causaram a ansiedade são enterrados muito profundamente. Memórias reprimidas podem aparecer através de meios inconscientes e em formas alteradas, tais como sonhos ou lapsos de língua (“lapsos freudianos“).
Projeção: É uma confluência de distorções do mundo externo e interno. O indivíduo projeta algo de si no mundo externo e não percebe aquilo que foi projetado como algo seu que considera indesejável. É um mecanismo de uso frequente e observável na vida cotidiana. Um exemplo é o jovem que critica os colegas por serem extremamente competitivos e não se dá conta de que também o é, às vezes até mais que os colegas.
Racionalização: envolve lidar com um mau comportamento de sua parte em vez de converter uma emoção dolorosa ou negativa em um conjunto mais neutro de pensamentos. As pessoas freqüentemente usam racionalização para escorar suas inseguranças ou remorso depois de fazer algo que eles se arrependem. 
Exemplo: Diante de uma situação que cause sofrimento, a pessoa costuma fazer a si mesma tantos questionamentos – e questionamentos dentro dos questionamentos – que acaba deixando o sofrimento de lado. É comum o sujeito criar muitas teorias, e teorias sobre teorias, a fim de tentar explicar e justificar para si mesmo uma determinada situação.
Compensação: é uma forma de o indivíduo garantir um equilíbrio entre as suas características em termos de qualidades e deficiências.
Exemplo: o sujeito não se considera bom em gramática, mas tira excelentes notas em matemática.
Negação: o sujeito nega a existência da dor, ansiedade e outros sentimentos que representem o desprazer ao indivíduo.
Exemplo: diante do término de um namoro, o sujeito pode dizer “Está tudo bem. Eu nunca gostei dele (a) mesmo. Estou (a)!”
Identificação: ocorre quando o sujeito assimila as características dos outros (geralmente de pessoas que são modelos para esse sujeito). O sujeito deseja ter as mesmas características para si mesmo.
Exemplo: crianças que possuem os mesmos comportamentos dos pais.
Sublimação: é um mecanismo bastante útil ao lidar com as demandas e conflitos criados pelo Id e superego. Quando o ego não consegue satisfazer uma necessidade imediata, ele gratifica o Id de outra forma, de uma forma  que seja mais aceitável  pelo superego. É a partirda sublimação, segundo a psicanálise, que podemos nos tornar sujeitos civilizados.
Exemplo: alguém que não pode ter filhos apega-se aos bichinhos de estimação.
4 - Pulsão de vida e pulsão de morte
Eu sou bonzinho e mal também ao mesmo tempo. Eros é a pulsão de vida. Thánatos é a pulsão de morte.
As pulsões não estariam localizadas no corpo e nem no psiquismo, mas na fronteira entre os dois e teriam como fonte o Id (isso). A pulsão de vida seria representada pelas ligações amorosas que estabelecemos com o mundo, com as outras pessoas e com nós mesmos, enquanto a pulsão de morte seria manifestada pela agressividade que poderá estar voltada para si mesmo e para o outro. O princípio do prazer e as pulsões eróticas são outras características da pulsão de vida. Já a pulsão de morte, além de ser caracterizada pela agressividade traz a marca da compulsão à repetição, do movimento de retorno à inércia pela morte também.
Embora pareçam concepções opostas, a pulsão de vida e a pulsão de morte estão conectadas, fundidas e onde há pulsão de vida, encontramos, também, a pulsão de morte. A conexão só seria acabada com a morte física do sujeito.
5 - Sintoma para psicanálise 
Resultado entre desejo reprimido e mecanismo de defesa do Ego. Nem todo sintoma é físico, pode ser comportamental.
Sintoma não era sinal de uma doença, e sim, a expressão particular de um conflito psíquico. Tinha sempre um sentido inconsciente, relacionado às experiências ligadas à sexualidade e sustentado pelas fantasias infantis. Era uma expressão disfarçada do desejo. Os sintomas têm sentido e se relacionam diretamente com a vida do sujeito que o produz.
6 – Complexo de Édipo e sua importância para personalidade
Complexo de Édipo: (Acontece entre a fase Anal e Fálica por volta de 3 a 5 anos) é em torno dele que ocorre a estruturação da personalidade do indivíduo. No complexo de Édipo, a mãe é o objeto de desejo do menino e o pai (ou a figura masculina que represente o pai) é o rival que impede seu acesso ao objeto desejado. Ele procura então assemelhar-se ao pai para "ter" a mãe, escolhendo-o como modelo de comportamento, passando a internalizar as regras e as normas sociais representadas e impostas pela autoridade paterna. Posteriormente por medo do pai, "desiste" da mãe, isto é, a mãe é "trocada" pela riqueza do mundo social e cultural e o garoto pode, então, participar do mundo social, pois tem suas regras básicas internalizadas através da identificação com o pai. Este processo também ocorre com as meninas, sendo invertidas as figuras de desejo e de identificação. Freud fala em Édipo feminino.
7 – O que é psicanálise
Teoria da alma ('psique') criada por Sigmund Freud
O termo Psicanálise é usado para se referir a uma teoria, um método de investigação e a uma prática profissional. Caracteriza-se por um conjunto de conhecimentos sistematizados sobre o funcionamento da vida psíquica. É o estudo do inconsciente humano, sendo a primeira teoria formal sobre personalidade ajudando a tratar e investigar distúrbios mentais e neuroses. 
Os 3 campos da psicanálise:
O termo psicanálise é usado para se referir a uma teoria, a um método de investigação e a uma prática profissional.
Enquanto teoria, caracteriza-se por um conjunto de conhecimentos sistematizados sobre o funcionamento da vida psíquica, que apresenta um conceito ampliado de sexualidade, seus relacionamentos com os eventos mentais e seu reflexo no sociocultural. Freud publicou uma extensa obra, durante toda a sua vida, relatando suas descobertas e formulando leis gerais sobre a estrutura e o funcionamento da psique humana. 
A Psicanálise, enquanto método de investigação, caracteriza-se pelo método interpretativo, que busca o significado oculto daquilo que é manifesto por meio de ações e palavras ou pelas produções imaginárias, como os sonhos, os delírios, as associações livres, os atos falhos. 
A prática profissional refere-se à forma de tratamento — a Análise — que busca o autoconhecimento ou a cura, que ocorre através desse autoconhecimento e sobre associação livre. Atualmente, o exercício da Psicanálise ocorre de muitas outras formas. Ou seja, é usada como base para psicoterapias, aconselhamento, orientação; é aplicada no trabalho com grupos, instituições. 
A Psicanálise também é um instrumento importante para a análise e compreensão de fenômenos sociais relevantes: as novas formas de sofrimento psíquico, o excesso de individualismo no mundo contemporâneo, a exacerbação da violência etc.

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