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Funçoes Orgânicas e Nomenclatura

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P
A
G
E 
 
 
 
 
 
 
 
 
Funções Orgânicas e Nomenclatura 
Professor: Dr. Jaim Simões Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Centro Universitário Tiradentes – UNIT 
 
 
P
A
G
E 
O enorme número de compostos orgânicos existentes nos obriga a agrupá-los em classes semelhantes, denominadas 
Funções Orgânicas. Função Orgânica é um conjunto de substâncias com propriedades químicas semelhantes 
(denominadas Propriedades Funcionais). 
 Outra tarefa dificílima é dar nomes a milhões de compostos orgânicos. Até o século passado, os nomes eram dados 
arbitrariamente, apenas lembrando a origem ou alguma característica dos compostos (o Ácido Fórmico, por exemplo, 
recebeu este nome por ser encontrado em formigas). 
 Com o crescimento do número de compostos orgânicos conhecidos a situação foi se complicando de tal modo que, 
os químicos, reunidos no Congresso Internacional de Genebra (1892), resolveram iniciar uma racionalização na 
nomenclatura orgânica. Após várias reuniões internacionais, surgiu a denominada Nomenclatura IUPAC (sigla para 
"Inernational Union of Pure and Applied Chemistry", isto é União Internacional de Química Pura e Aplicada). 
 A nomenclatura IUPAC é formada por inúmeras regras, com objetivo de se dar nomes bastante lógicos aos compostos 
orgânicos, de modo que: 
 Cada composto tenha um nome diferente que os distinga de todos os demais; 
 Dada a fórmula estrutural de um composto, seja possível elaborar seu nome e vice-versa. 
 A nomenclatura oficial da IUPAC leva em consideração o número de Carbonos, os tipos de ligações entre eles e a 
função a que pertencem às substâncias. Assim, o nome de uma cadeia aberta normal é composta por três partes: um 
prefixo, que indica o número de átomos presentes na cadeia, um intermediário, que indica o tipo de ligação entre os 
átomos de Carbono, e um sufixo, que indica a função a que pertence o composto orgânico. Veja a tabela abaixo: 
Prefixo Intermediário Sufixo 
Número de Carbonos Ligações Entre Carbonos Função 
1 - MET 
2 - ET 
3 - PROP 
4 - BUT 
5 - PENT 
6 - HEX 
7 - HEPT 
8 - OCT 
9 - NON 
10 - DEC 
11 - UNDEC 
... 
só ligações simples - AN 
1 ligação dupla - EN 
2 ligações duplas - DIEN 
3 ligações duplas - TRIEN ... 
1 ligação tripla - IN 
2 ligações triplas - DIIN 
3 ligações triplas - TRIIN 
1 dupla e 1 tripla ligação - ENIN 
 
Varia de acordo com a função 
 
Hidrocarbonetos 
 Hidrocarbonetos são compostos orgânicos formados exclusivamente por átomos de Carbono e Hidrogênio. Eles se 
subdividem em várias subclasses, das quais as mais importantes são alcanos, alcenos, alcinos, ciclanos (ou 
cicloalcanos) e aromáticos. 
Alcanos ou Parafinas 
 Alcanos ou Parafinas são Hidrocarbonetos acíclicos e saturados. Sua nomenclatura é dada utilizando o 
intermediário AN e o sufixo O, ou seja, os nomes dos alcanos possuem prefixo de numeração e ANO no final. Veja os 
exemplos: 
Funções Orgânicas 
 
P
A
G
E 
 
 
 
1 Carbono + ANO 
Metano 
2 Carbonos + ANO 
Etano 
3 Carbonos + ANO 
Propano 
4 Carbonos + ANO 
Butano 
 As fórmulas moleculares de todos os alcanos se encaixam na FÓRMULA GERAL CnH2n+2, onde n é um número 
inteiro. Assim, por exemplo, no Octano temos n = 8 átomos de Carbono e, conseqüentemente, 2n + 2 = 2  8 + 2 = 18 
átomos de Hidrogênio, e fórmula molecular C8H18. 
Alcenos, Alquenos ou Olefinas 
 Alcenos são Hidrocarbonetos acíclicos contendo ligações duplas. Sua nomenclatura é dada utilizando o 
intermediário EN e o sufixo O e possuem fórmula geral CnH2n, onde n é um número inteiro. Veja os exemplos abaixo: 
 
2 Carbonos + ENO 
Eteno 
3 Carbonos + ENO 
Propeno 
Obs: O Eteno também é chamado de Etileno 
 Em casos onde existem mais de uma possibilidade para a posição da dupla ligação, é necessário indicar a sua 
posição, através de uma numeração. O Carbono 1 é sempre o Carbono da extremidade mais próxima da dupla 
ligação na cadeia, fazendo com que sejam usados os menores números possíveis. Veja os exemplos abaixo: 
 
Ligação dupla no Carbono 1 + 5 Carbonos + ENO 
1-Penteno 
Ligação dupla no Carbono 2 + 6 Carbonos + ENO 
2-Hexeno 
 Há também um outro tipo de Alcenos, os Alcadienos ou Dienos. Eles são caracterizados pela presença de duas 
ligações duplas em sua estrutura. Sua nomenclatura é igual ao dos Alcenos, porém utiliza antes do intermediário EN o 
prefixo DI, para indicar duas ligações duplas. Em sua numeração, deve-se numerar a cadeia de tal forma que as 
ligações duplas tenham os menores números possíveis. Em Dienos com 3 Carbonos, fica óbvio que não é necessário 
numerar. 
 
Ligação dupla no Carbono 1 + Ligação dupla no Carbono 2 + 4 Carbonos + 
DIENO 
1,2-Butadieno 
Ligação dupla no Carbono 1 + Ligação dupla no Carbono 3 + 5 Carbonos + 
DIENO 
1,3-Pentadieno 
 Vale a pena acrescentar que também podem existir os Trienos, Tetraenos, etc. 
Alcinos ou Alquinos 
 São Hidrocarbonetos Alifáticos Insaturados contendo triplas ligações. Possuem nomenclatura igual a dos alcenos, 
porém o seu intermediário é IN. Possuem fórmula geral CnH2n-2. Os Alcinos podem ser classificados em dois grupos: 
Verdadeiros e Falsos. Os Alcinos Verdadeiros possuem um átomo de Hidrogênio ligado a um dos Carbonos 
 
P
A
G
E 
contendo a tripla ligação. Os Alcinos Falsos não possuem Hidrogênio ligado ao átomo de Carbono com a tripla 
ligação. Veja os exemplos: 
 
2 Carbonos + INO 
Etino 
Ligação tripla no Carbono 2 + 5 Carbonos + INO 
2-Pentino 
Ligação tripla no Carbono 1 + 4 Carbonos + INO 
1-Butino 
Obs: O Etino também é chamado de Acetileno. 
 
 
 
Nomenclatura de Hidrocarbonetos Ramificados 
 Os Hidrocarbonetos são considerados ramificados quando apresentam em sua estrutura um Carbono que seja 
Terciário ou Quaternário. Suas regras de nomenclatura envolvem conhecimento de numeração e nomes de radicais e, 
para melhorar o aprendizado, estão divididas em Nomenclatura de Hidrocarbonetos de Cadeia Aberta, Cíclicos e 
Aromáticos. 
Hidrocarbonetos de Cadeia Aberta 
 Está dividida em Hidrocarbonetos Saturados e Insaturados. Para dar nomes a estas estruturas, é necessário 
destacar a cadeia principal e os radicais, dando seus nomes e indicando através de numeração (sempre os menores 
números possíveis) a posição dos radicais. O que muda entre os Hidrocarbonetos Saturados e Insaturados é o meio 
de se achar a cadeia principal. Acompanhe os dois casos: 
Hidrocarbonetos Saturados 
 Nos Hidrocarbonetos Saturados, isto é, naqueles que só apresentam ligações simples em sua estrutura, a cadeia 
principal é a seqüência que possui o maior número de Carbonos. Em casos de duas cadeias principais com o mesmo 
número de Carbonos, a cadeia principal é a mais ramificada. O Carbono 1 é aquele que faz com que a estrutura tenha 
os menores números para indicar a posição dos radicais. Quando a estrutura tiver dois ou mais radicais igual, 
colocamos apenas uma vez o nome deste radical antecedido do prefixo di, tri, tetra, etc de acordo com a sua 
quantidade e colocamos as suas respectivas posições. Acompanhe os exemplos abaixo: 
 
 
Radical: 
Metil (Carbono 2) 
Cadeia Principal: 
Propano 
Radicais: 
Metil (Carbonos 3 e 4) 
Etil (Carbono 5) 
Isopropil (Carbono 5) 
Cadeia Principal: 
Octano 
Metil-Propano 
(não é necessário numerar pois não há outra posição para o radical) 
Este composto também é chamado de Isobutano 
5-Etil-3,4-Dimetil-5-Isopropil-Octano 
(Note que neste caso a cadeia principal não foi uma seqüência representada 
numa linha reta) 
 
 
P
A
G
E 
 Ordem Alfabética 
 Normalmente, na nomenclatura dos compostos ramificados, os radicais aparecem escritos pela ordem de 
complexidade(do menor para o maior). Esta é a regra mais utilizada no Brasil. A IUPAC, porém, aboliu esta regra em 
1979. É recomendado que, ao nomear um composto qualquer ramificado, o nome dos radicais deve ser organizado 
em ordem alfabética (ignorando os prefixos iso, sec, terc, di, tri, etc). 
Hidrocarbonetos Insaturados 
 Os hidrocarbonetos insaturados são aqueles que contêm pelo menos uma ligação dupla ou tripla em sua cadeia. 
Nestes casos, a cadeia principal é a maior seqüência que contiver a ligação dupla ou tripla e o Carbono 1 será o 
Carbono mais próximo da insaturação. Acompanhe dois exemplos: 
 
 
Radicais: 
Metil (Carbonos 4,5 e 
5) 
Isopropil (Carbono 3) 
Cadeia Principal: 
Hepteno 
Ligação Dupla: 
Carbono 2 
Radicais: 
Metil (Carbono 4) 
Etil (Carbono 3) 
Cadeia Principal: 
Hexino 
Ligação Tripla: 
Carbono 1 
3-terc-butil-4,5,5-Trimetil-2-Hepteno 3-Etil-4-Metil-1-Hexino 
 
Hidrocarbonetos de Cadeia Fechada 
 Os ciclos seguem uma regra de numeração parecida com os compostos de cadeia aberta. A intenção é sempre 
utilizar os menores números possíveis. A cadeia principal é sempre o ciclo e a nomenclatura está dividida para os 
Ciclos Saturados e Insaturados. 
Ciclos Saturados 
 Nos ciclos saturados contendo apenas um radical, não é necessário numerar. Naqueles que tiverem mais de um 
radical, o Carbono 1 é aquele que faz com que a estrutura tenha os menores números possíveis, sendo colocado 
preferencialmente sobre o menor radical. A numeração pode girar em sentido horário ou anti-horário. Acompanhe os 
exemplos: 
 
 
 
P
A
G
E 
Radicais: 
Metil (Carbono 1) 
Etil (Carbono 2) 
Cadeia Principal: 
Ciclohexano 
Radicais: 
Metil (Carbonos 1 e 3) 
Terciobutil (Carbono 2) 
Cadeia Principal: 
Ciclopentano 
2-Etil-1-Metil-Ciclohexano 2-Terc-butil-1,3-Dimetil-Ciclopentano 
 
Ciclos Insaturados 
 Nos Ciclos Insaturados Ramificados, a numeração deve começar sempre por um dos Carbonos da insaturação, de 
modo que ela fique entre os Carbonos 1 e 2. A numeração deve continuar ao longo do anel, de forma a se obterem os 
menores números possíveis para os radicais. No caso dos insaturados, não é necessário indicar a posição da 
insaturação, mas deve-se indicar a posição dos radicais, mesmo quando o Ciclo só tiver uma ramificação. 
 
 
Radical: 
Metil (Carbono 3) 
Ciclo: 
Ciclopenteno 
Radicais: 
Metil (Carbonos 1 e 3) 
Etil (Carbono 6) 
Ciclo: 
Ciclohexeno 
3-Metil-Ciclopenteno 6-Etil-1,3-Dimetil-Ciclohexeno 
 
Hidrocarbonetos Aromáticos 
 Os Hidrocarbonetos Aromáticos Ramificados possuem sistemática de nomenclatura bem peculiar. Se forem 
originários do benzeno, seguem a regra simples dos menores números, com algumas particularidades. Os originários 
do Naftaleno possuem sistema simples para indicar uma ramificação e numeração fixa para dois radicais. Acompanhe 
cada tipo de Aromático separadamente: 
Hidrocarbonetos Aromáticos Ramificados Originados do Benzeno 
 Para ramificados benzênicos temos regras de numeração simples. Para apenas um radical, não é necessário 
indicar a posição. Para radicais iguais, o Carbono 1 é aquele que faz com que a cadeia tenha os menores números 
possíveis. Para radicais diferentes, o Carbono 1 é aquele contiver o radical mais simples e a numeração deve seguir 
de modo a se obterem os menores números possíveis para os outros radicais. 
 Quando o ramificado benzênico apresentar apenas dois radicais, suas posições podem ser indicadas de outra 
maneira, utilizando-se prefixos: 
Prefixo Posições dos Radicais 
orto- ou o- 1 e 2 
meta- ou m- 1 e 3 
para- ou p- 1 e 4 
 Assim, veja os exemplos abaixo: 
 
P
A
G
E 
 
 
Radicais: 
Metil (Carbono 1) 
Etil ( Carbono 3) 
Ciclo: 
Benzeno 
Radical: 
Fenil 
Ciclo: 
Benzeno 
3-Etil-1-Metil-Benzeno ou Etil-Meta-Metil-Benzeno Fenil-Benzeno 
 
Hidrocarbonetos Aromáticos Ramificados Originados do Naftaleno 
 Os aromáticos do Naftaleno possuem um sistema de nomenclatura parecido com o do Benzeno, mas sua 
numeração é característica. Os Carbonos são divididos em  e , de acordo com sua posição. O Carbono 1 é sempre 
um dos Carbonos  e o Carbono 2 deve ser um Carbono , para evitar erros de numeração. Veja quais são os 
Carbonos  e na molécula de Naftaleno: 
 
 Para dar nome a um aromático com apenas um radical, basta indicar a posição com sua respectiva letra grega. 
Com dois ou mais é recomendado utilizar a numeração, conforme os exemplos abaixo: 
 
 
Radicais: 
Metil (Carbono ) 
Ciclo: 
Naftaleno 
Radicais: 
Metil (Carbono 1) 
Etil (Carbono 3) 
Ciclo: 
Naftaleno 
-Metil-Naftaleno 3-Etil-1-Metil-Naftaleno 
 
 
 
Hidrocarbonetos Cíclicos 
 São Hidrocarbonetos que apresentam cadeias fechadas. 
Ciclanos, Cicloalcanos ou Cicloparafinas 
 
P
A
G
E 
 São hidrocarbonetos cíclicos contendo apenas ligações simples. Sua nomenclatura é simples: usamos a 
terminação ANO e colocamos antes do nome o prefixo CICLO, para indicar que a cadeia é cíclica. Acompanhe alguns 
exemplos: 
 
 
Ciclo + 3 Carbonos + ANO 
Ciclopropano 
Ciclo + 4 Carbonos + ANO 
Ciclobutano 
Ciclo + 7 Carbonos + ANO 
Cicloheptano 
 
Ciclenos ou Cicloalcenos 
 São hidrocarbonetos cíclicos contendo uma ligação dupla. Sua nomenclatura é igual a dos Alcenos, acrescido do 
prefixo CICLO antes do nome do composto. Não há necessidade de numerar a posição da dupla ligação. Veja abaixo: 
 
 
 
Ciclo + 5 Carbonos + ENO 
Ciclopenteno 
Ciclo + 6 Carbonos + ENO 
Ciclohexeno 
Ciclo + 4 Carbonos + ENO 
Ciclobuteno 
 
Aromáticos 
 São aqueles que possuem pelo menos um anel aromático. Não seguem normas de nomenclatura, tendo cada um 
nomes próprios. Os mais comuns são: 
 
Benzeno Tolueno Naftaleno Antraceno Fenantreno 
 Assim como os Hidrocarbonetos aromáticos possuem nomes característicos, que não seguem regras comuns de 
nomenclatura, seus radicais também possuem nomes próprios. Os dois mais comuns são: 
 
P
A
G
E 
 
 
Fenil Benzil 
 Tenha bastante atenção em um detalhe: o radical proveniente do Benzeno é o Fenil, enquanto o radical que vem do 
Tolueno é o Benzil. 
Radicais Derivados dos Alcanos 
 Radical é o grupo que se resulta ao se retirar um ou mais átomos de Hidrogênio de um Hidrocarboneto. Este radical 
deve vir acompanhado de um ponto ou traço, indicando a existência de um elétron livre, ou seja, uma valência livre. O 
conhecimento dos radicais é importante pois eles facilitam a nomenclatura dos compostos orgânicos. Sua 
nomenclatura é um pouco diferenciada, com o prefixo de numeração e o sufixo IL. 
 
1 Carbono + IL 
Metil 
2 Carbonos + IL 
Etil 
3 Carbonos + IL 
Propil 
 Nos casos onde existem várias possibilidades para a posição da valência livre, antes dos nomes são colocados 
prefixos para indicar a sua posição: 
Prefixo Posição da Valência Livre Exemplos 
n- 
a valência livre está na extremidade 
de uma cadeia normal. Seu uso não é 
obrigatório. 
n-propil ou propil 
 
iso ou i- 
a valência livre está em uma cadeia 
cuja extremidade contém duas partes 
CH3. 
 
neo 
a valência livre está em uma cadeia 
com um Carbono quaternário e cuja 
extremidade contém três partes CH3. 
 
sec- ou s- 
a valência livre está em um Carbono 
Secundário. 
sec-butil 
 
tercio, terc- ou t- 
a valência livre está em um Carbono 
Terciário. 
terciobutil, terc-butil ou t-butil 
 
isopropil 
 
isobutil 
 
 neopentil 
 
neohexil 
 
 
 
P
A
G
E 
 Existem também alguns radicais insaturados. Eles possuem nomes oficiais e usuais, sendo que o nome usual é 
geralmente mais utilizado. Veja os radicais: 
EstruturaNome Oficial Nome Usual 
 
Etenil Vinil 
 
2-Propenil Alil 
 
(Trifenil)-Metil Tritil 
 
 
Haletos Orgânicos 
 Haletos Orgânicos são compostos originados dos Hidrocarbonetos, dos quais foram substituídos um ou mais 
átomos de Hidrogênio por um Halogênio (Flúor, Cloro , Bromo ou Iodo). Possuem dois tipos de nomenclatura: a 
oficial e a usual. 
Nomenclatura Oficial dos Haletos 
 Sua nomenclatura parece um pouco com a dos Hidrocarbonetos Ramificados, com algumas particularidades. Na 
nomenclatura oficial, para efeito de numeração da cadeia principal, os Halogênios não são considerados grupos 
funcionais, mas sim, como se fossem radicais. Por isso, se a cadeia for insaturada, o menor número deverá ser 
atribuído ao Carbono que apresenta a insaturação e, se houver ramificações, os radicais também têm prioridade 
sobre os Halogênios, ou seja, os radicais devem receber o menor número. Veja as regras: 
 Determine qual é a cadeia principal, que é a maior seqüência de Carbonos. 
 Caso seja necessário indicar a posição do(s) halogênio(s), deve ser obedecida a escala de prioridade. 
 Coloque, numerados e separados por hífens, os nomes de todos os Halogênios presentes. Se o composto 
tiver dois ou mais halogênios iguais, indique suas posições e utilize os prefixos di, tri, tetra, etc 
respeitando a regra dos menores números. 
 Coloque, numerados e separados por hífens, os nomes dos radicais presentes, se o composto for 
ramificado. Aqui valem as regras comuns de Nomenclatura de Hidrocarbonetos Ramificados, não 
importando se são alcanos, alcenos, alcinos, ciclos ou aromáticos. 
 
 
 
Halogênios: 
Flúor (Carbonos 1 e 3 - 
Posição Meta) 
Cadeia 
Principal: 
Benzeno 
Halogênios: 
Cloro (Carbono 1) 
Bromo (Carbono 1) 
Cadeia Principal: 
Etano 
Radicais: 
Metil 
(Carbono 1) 
Halogênios: 
Iodo (Carbono 2 - 
Posição 
Orto em relação ao 
Metil) 
Cadeia Principal: 
Benzeno 
Meta-Diflúor-Benzeno ou 1,3-Diflúor-
Benzeno 
1-Bromo-1,1-Dicloro-Etano 
2-Iodo-1-Metil-Benzeno ou Iodo-Orto-Metil- 
Benzeno ou Orto-Iodo-Tolueno 
 
P
A
G
E 
 
 
 
Halogênios: 
Cloro (Carbonos 2 e 4) 
Cadeia 
Principal: 
2-Penteno 
Radicais: 
Metil (Carbono 4) 
Halogênios: 
Cloro 
(Carbono 3) 
Cadeia 
Principal: 
1-Pentino 
Radicais: 
Etil (Carbono 
1) 
Halogênios: 
Bromo (Carbono 2) 
Iodo (Carbono 3) 
Cadeia Principal: 
Ciclopentano 
2,4-Dicloro-2-Penteno 3,3-Dicloro-4-Metil-1-Pentino 2-Bromo-1-Etil-3-Iodo-Ciclopentano 
 
Nomenclatura Usual dos Haletos 
 Este sistema de nomenclatura é parecido com a nomenclatura de sais inorgânicos. Só é válida para compostos 
monohalogenados e é relativamente simples. Basta colocar o nome do Halogênio seguido do sufixo -eto (Fluoreto, 
Cloreto, Brometo ou Iodeto) e o nome do radical preso ao Halogênio, geralmente seguido pela letra a. Veja os 
exemplos: 
 
 
Halogênio: 
Bromo 
Radical: 
Benzila 
Halogênio: 
Cloro 
Radical: 
t-Butila 
Halogênio: 
Flúor 
Radical: 
Etila 
Brometo de Benzila Cloreto de t-Butila Fluoreto de Etila 
 
Classificação dos Haletos Orgânicos 
 Os Haletos Orgânicos podem ser classificados de acordo com a posição e o número de Halogênios que ele 
contiver. 
Posição dos Halogênios 
 De acordo com a posição, os Haletos são classificados em geminados, vicinais ou isolados. Os Haletos 
geminados são aqueles que possuem pelo menos 2 Halogênios presos a um mesmo Carbono. Os vicinais são 
aqueles que apresentam pelo menos 2 Halogênios presos em Carbonos consecutivos e os isolados não apresentam 
nenhuma das duas características. Utilizando os exemplos anteriores, temos: 
 
 
 
Haleto Geminado Haleto Vicinal Haleto Isolado 
 É importante lembrar que os Halogênios dos Haletos podem ou não ser iguais, isto não interfere em sua 
classificação. 
 
P
A
G
E 
Quantidade de Halogênios 
 Esta classificação é simples. Um Haleto é mono-halogenado quando tiver apenas uma Halogênio, di-halogenado 
quando tiver dois, e assim por diante. 
 
 
Álcool 
 É considerado álcool todo composto que tiver uma Hidroxila ou Oxidrila (-OH) ligado a um Carbono saturado e 
não-aromático. Existem três sistemas de nomenclatura: oficial, usual e Nomenclatura de Kolbe, sendo que esta 
última é menos utilizada. 
Nomenclatura Oficial dos Álcoois 
 É dada indicando a posição da Hidroxila através de numeração (para álcoois com mais de 2 Carbonos), o prefixo 
de numeração indicando a quantidade de Carbonos presentes na molécula e o sufixo OL, que indica a função álcool. 
Veja as regras em um resumo: 
 O Carbono 1 será sempre o que estiver mais próximo da Hidroxila. 
 Quando a Hidroxila puder estar presente em mais de um Carbono, é necessário indicar sua posição. 
 Se o álcool for ramificado, a posição dos radicais deverá ser indicada através de numeração. 
 Quando o álcool tiver mais de uma Hidroxila, suas posições devem ser indicadas utilizando sempre os 
menores números possíveis. Antes do sufixo OL deverá ser indicada, através do prefixo di, tri, tetra, etc 
a quantidade de Hidroxilas presentes no álcool. Para álcoois onde o número de Hidroxilas é igual ao 
número de Carbonos, não é necessário indicar a posição das Hidroxilas. 
 Em álcoois insaturados, a posição da insaturação virá antes do nome do álcool e a posição da Hidroxila virá 
antes do prefixo OL, separada por hífens. 
 Vale a pena frisar que não existem naturalmente álcoois com duas ou mais Hidroxilas em um mesmo Carbono, pois 
tais compostos são instáveis e se decompõem naturalmente. Veja exemplos de álcoois: 
 
 
Radical: 
Metil (Carbono 2) 
Hidroxila no Carbono 2 
+ 4 Carbonos 
Radical: 
Fenil 
Hidroxila + 1 Carbono 
Duas Hidroxilas (Carbonos 1 e 2) + Ligação 
dupla no Carbono 3 + 4 Carbonos 
2-Metil-Butan-2-ol Fenil-Metanol 3-Buten-1,2-diol 
 
 
 
Radical: 
Etil (Carbono 3) 
Hidroxila 
+ 6 Carbonos Cíclicos 
2 Hidroxilas + 2 Carbonos 
Radicais: 
Metil (Carbono 6) 
Etil (Carbono 4) 
Hidroxila no Carbono 2 
+ 8 Carbonos 
3-Etil-Ciclohexanol Etanodiol 4-Etil-6,6-Dimetil-Octan-2-ol 
 
P
A
G
E 
 
Nomenclatura Usual dos Álcoois 
 A nomenclatura usual dos álcoois, que é válida somente para álcoois saturados, é composta de regras bem 
simples, mas para dominá-la é necessário saber bem a nomenclatura de radicais. Veja como fazer: 
 Antes do nome, colocar a palavra Álcool. 
 Identificar o radical orgânico preso à Hidroxila, utilizando o prefixo de numeração e o sufixo -ílico. 
 Veja os exemplos: 
 
 
 
Radical Etil Radical Benzil Radical Terc-butil 
Álcool Etílico Álcool Benzílico Álcool Tercbutílico 
 
Nomenclatura de Kolbe 
 A nomenclatura de Kolbe, pouco utilizada atualmente, considera o Carbono ligado à Hidroxila como um radical 
chamado Carbinol e tubo que estiver ligado a ele como outros radicais. Veja as regras: 
 Considerar o Carbono ligado à Hidroxila como um radical chamado Carbinol 
 Considerar os outros Carbonos como radicais, dando os seus nomes e colocando-os antes do nome 
Carbinol, em ordem alfabética. 
 Em caso de dois ou três radicais iguais, usa-se o prefixo Di ou Tri respectivamente 
 Sendo assim, veja os exemplos: 
 
2 Radicais Metil Radical Fenil Radicais Metil, Etil e Propil 
Dimetil-Carbinol Fenil-Carbinol Etil-Metil- Propil-Carbinol 
 
Classificação dos Álcoois 
 Os Álcoois são classificados de acordo com a quantidade de Hidroxilas e pelo tipo de Carbono no qual ela está 
ligada. Quando possuir uma Hidroxila, será chamado de monoálcool ou monol. Com duas, diálcool ou diol, e assim 
por diante. Um álcool é primário quando possui uma Hidroxila ligada a um Carbono primário. A mesma lógicasegue 
para Álcoois Secundários e Terciários (não existem Álcoois Quaternários!). 
Enol 
 
P
A
G
E 
 Um Enol é um Álcool que possui Hidroxila ligada a um Carbono insaturado e não-aromático. Eles são compostos 
especiais porque geram espontaneamente Cetonas ou Aldeídos, dependendo da posição da Hidroxila, num fenômeno 
chamado Tautomeria. Sua nomenclatura é igual a dos álcoois, porém a posição da Hidroxila deve vir indicada entre 
o prefixo de numeração e o sufixo OL. 
 
 
Ligação Dupla no Carbono 1 + 
Hidroxila no Cabono 2 + 4 Carbonos 
Radical Metil no Carbono 2 + 
Ligação Dupla no Carbono 1 + 
Hidroxila no Carbono 1 + 3 Carbonos 
1-Buten-2-ol 2-Metil-1-Propen-1-ol 
 
Fenol 
 Os fenóis são compostos que apresentam Hidroxila presos a Carbonos Aromáticos. Na sua nomenclatura, a 
Hidroxila é denominada Hidróxi e depois coloca-se o nome do aromático. Caso ocorram ramificações, é necessário 
indicar suas posições através das regras de nomenclatura de hidrocarbonetos cíclicos ou utilizando o Carbono 1 como 
o Carbono da Hidroxila. Veja os exemplos: 
 
 
 
Hidroxila: 
Carbono 
Ciclo: 
Naftaleno 
Radicais: 
Etil (Carbono 2) 
Metil (Carbono 4) 
Hidroxila: 
Carbono 1 
Ciclo: 
Benzeno 
 3 Hidroxilas: 
Carbonos 1,3 e 5 
Ciclo: 
Benzeno 
-Hidróxi-Naftaleno 2-Etil-4-Metil-1-Hidróxi-Benzeno 1,3,5-Trihidróxi-Benzeno 
 Mas qual a diferença química entre um fenol e um álcool cíclico, se os dois tiverem o mesmo número de carbonos? 
Os fenóis são mais ácidos que os álcoois cíclicos, isto é, os fenóis possuem maior facilidade de liberar íons H+ 
(prótons) do que os álcoois cíclicos. A explicação é dada pelo conceito de ressonância e densidade eletrônica: 
O benzeno é uma molécula que apresenta ressonância, ou seja, sua ligações pi ficam alternando de posição, 
tornando a ligação deslocalizada: 
 
Éter 
 Um éter é um composto onde o oxigênio está diretamente ligado a dois radicais orgânicos. Possuem 
nomenclatura oficial e usual. 
 
P
A
G
E 
Nomenclatura Oficial dos Éteres 
 A nomenclatura oficial dos éteres é relativamente simples. Veja as regras: 
 O radical ligado ao Oxigênio que vem primeiro pela ordem alfabética é nomeado dando-se o prefixo de 
numeração seguido do prefixo -óxi, que indica a presença do Oxigênio. 
 A outra parte da cadeia recebe o nome normal de um hidrocarboneto. 
 Para nomear, utiliza-se sempre o nome da parte que vem antes por ordem alfabética e depois o da outra 
parte, separada por hífens. 
 Veja os exemplos: 
 
 
Menor Parte: 
2 Carbonos 
Maior Parte: 
3 Carbonos 
Partes Iguais: 
1 Carbono 
Menor Parte: 
3 Carbonos 
Maior Parte: 
7 Carbonos 
(p-Tolueno) 
Etóxi-Propano Metóxi-Metano Propóxi-p-Tolueno 
 
Nomenclatura Usual dos Éteres 
 A nomenclatura usual dos Éteres é semelhante a dos Álcoois. Veja as regras: 
 Antes do nome, coloca-se a palavra Éter, para indicar a função. 
 Dá-se o nome primeiro radical na ordem alfabética ligado ao Oxigênio. 
 Dá-se o nome do outro radical ligado ao Oxigênio, seguido do prefixo -ílico. Em caso de Éteres com duas 
partes iguais, apenas coloca-se o nome do radical com o prefixo Di- (opcional), seguido do prefixo -ílico. 
 O nome é dado pela ordem alfabética, primeiro o radical que vier antes, seguido do nome do que vier 
depois na ordem alfabética, separado por hífen. 
 Veja os exemplos com os éteres anteriores: 
 
 
Menor Parte: 
2 Carbonos 
Maior Parte: 
3 Carbonos 
Partes Iguais: 
1 Carbono 
Menor Parte: 
3 Carbonos 
Maior Parte: 
7 Carbonos 
(p-Tolueno) 
Éter Etil-Propílico Éter Dimetílico ou Éter Metílico Éter Propil-p-Toluílico 
 O Éter Etílico também é chamado de Éter Sulfúrico, por ser preparado a partir do Ácido Sulfúrico 
Classificação dos Éteres 
 Os éteres são classificados de acordo com os radicais ligados ao Oxigênio. Um éter é simétrico quando os dois 
radicais são iguais; assimétricos quando os radicais são diferentes. utilizando os exemplos anteriores, veja: 
 
P
A
G
E 
 
Éter Simétrico Éter Assimétrico 
 
 
Aldeído 
 É considerado Aldeído todo composto que possuir o grupo Carbonila ligado a um Carbono primário, 
formando o grupo funcional que o identifica, chamado Formila ou Aldoxila: , que muitas vezes é abreviada 
como -CHO. Esse grupo funcional estará sempre localizado numa extremidade da cadeia. Possuem nomenclatura 
oficial e alguns possuem nomenclatura usual. 
Nomenclatura Oficial dos Aldeídos 
 A nomenclatura oficial destes compostos é feita obedecendo as seguintes regras: 
 O Carbono 1 será sempre o Carbono da Aldoxila. Em caso de duas Aldoxilas, o Carbono 1 será a que der 
os menores números para as ramificações e depois para as insaturações. 
 O nome é dado utilizando o prefixo de numeração com o sufixo AL. Em caso de duas Aldoxilas, usa-se o 
prefixo DIAL, sem necessidade de informar posição, pois as mesmas sempre se encontram na 
extremidade das cadeias. 
 Caso o Aldeído seja ramificado, pode-se indicar as posições 2, 3 e 4 com as letras gregas  e , 
respectivamente. Geralmente esta numeração é utilizada em Aldeídos com apenas uma ramificação e não 
é muito usada atualmente, não podendo ser usada para indicar posição de insaturações. 
 Veja os exemplos: 
 
 
Aldeído: 
4 Carbonos 
Radical: 
Fenil 
Aldeído: 
1 Carbono 
Ligação 
Dupla: 
Carbono 2 
Aldeído: 
3 Carbonos 
2 Aldoxilas + 
2 Carbonos 
Radicais: 
Etil (Carbono 2) 
Metil (Carbono 
3) 
Aldeído: 
5 Carbonos 
Butanal Fenil-Metanal 2-Propenal Etanodial 2-Etil-3-Metil-Pentanal 
 
Nomenclatura Usual dos Aldeídos 
 Apenas alguns Aldeídos possuem nomenclatura usual, que lhes é dada de acordo com o Ácido Carboxílico 
correspondente. Veja quais são os Aldeídos com nomenclatura usual: 
 
P
A
G
E 
Nome Oficial Nome Usual Fórmula 
Metanal 
Aldeído 
Fórmico, 
Formaldeído 
ou Formol 
Etanal 
Aldeído 
Acético ou 
Acetaldeído 
 
Propanal 
Aldeído 
Propiônico ou 
Propionaldeído 
 
Butanal 
Aldeído 
Butírico ou 
Butiraldeído 
 
Pentanal 
Aldeído 
Valérico ou 
Valeraldeído 
 
Etanodial 
Aldeído 
Oxálico ou 
Oxalaldeído 
 
Fenil-Metanal 
Aldeído 
Benzóico ou 
Benzaldeído 
 
 A IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada) reconhece como oficial, por motivos históricos, as 
nomenclaturas sublinhadas na tabela acima. No nível escolar, entretanto, muitos professores não aceitam os nomes 
usuais como oficiais, logo é recomendado utilizar a nomenclatura segundo as regras da IUPAC. 
Cetonas 
 Cetonas são compostos que possuem o grupo Carbonila ligado a um Carbono secundário (sendo 
abreviada para -CO- ), formando o grupo funcional , onde R1 e R2 são obrigatoriamente dois radicais, 
iguais ou não. Possuem nomenclatura oficial e usual. 
Nomenclatura Oficial das Cetonas 
 A nomenclatura das Cetonas diz que o sufixo utilizado para designar a função é -ONA. Veja as regras: 
 Em caso de existir mais de uma possibilidade para a posição da Carbonila, sua posição deve ser indicada 
fazendo com que o Carbono 1 seja aquele que estiver na extremidade mais próxima da Carbonila. 
 
P
A
G
E 
 Nas Cetonas com mais de uma Carbonila, o Carbono 1 é aquele que faz com que a cadeia tenha os menores 
números possíveis. 
 Em Cetonas insaturadas, a posição da Carbonila deverá vir entre o prefixo de insaturação (-en ou -in) e o 
sufixo que designa função (-ONA). 
 
 Veja os exemplos: 
 
Radical: 
Metil (Carbono 2) 
Carbonila: 
Carbono 3 
Cadeia: 
5 Carbonos 
Ligação Dupla: 
Carbono 4 
Carbonila: 
Carbono 3 
Cadeia: 
6 Carbonos 
Radical: 
Metil (Carbono5) 
3 Carbonilas: 
Carbonos 2, 3 e 4 
Cadeia: 
6 Carbonos 
2-Metil-Pentan-3-ona 4-Hexen-3-ona 5-Metil-Hexano-2,3,4-triona 
 
Nomenclatura Usual das Cetonas 
 A nomenclatura usual das Cetonas parece com a nomenclatura de Kolbe (dos álcoois). Denomina-se o Carbono da 
Carbonila como Cetona e coloca-se os nomes dos radicais presos a ela. Esta nomenclatura não é possível de ser 
feita em Cetonas com mais de uma Carbonila. Veja os exemplos: 
 
 
Radicais Etil e Isopropil 2 Radicais Metil Radicais Fenil e p-Toluil 
Etil-Isopropil-Cetona Dimetil-Cetona Fenil-p-Toluil-Cetona 
 A IUPAC considera como oficial o nome usual Acetona para a Propanona (Dimetil-Cetona). 
Classificação das Cetonas 
 As Cetonas São classificadas pelos radicais ligados à Carbonila e a quantidade de Carbonilas. 
Radicais Ligados à Carbonila 
 Uma Cetona, assim como um éter, é classificada como simétrica se os dois radicais ligados à Carbonila forem 
iguais e assimétrica quando estes forem diferentes. Utilizando os exemplos anteriores, temos: 
 
Cetona Simétrica Cetona Assimétrica 
 
Quantidade de Carbonilas 
 
P
A
G
E 
 As Cetonas podem ser monocetonas quando tiverem uma Carbonila, dicetonas quando tiverem duas, tricetonas 
com três e assim por diante. 
Ácido Carboxílico 
 Os Ácidos Carboxílicos são formados por uma Carboxila (Carbonila + Hidroxila), tendo o seguinte grupo funcional:
, que geralmente é abreviado para -COOH ou em alguns livros para -CO2H. Possuem nomenclatura oficial e 
usual e numeração própria, assim como os Aldeídos. 
Nomenclatura Oficial dos Ácidos Carboxílicos 
 O sufixo da função Ácido Carboxílico é -ÓICO e o nome deve ser acompanhado da palavra Ácido. Esta 
nomenclatura é igual, em regras, à dos Aldeídos. Veja: 
 O Carbono 1 será sempre o Carbono da Carboxila. Em caso de duas, o Carbono 1 será a que der os 
menores números para as ramificações e depois para as insaturações. 
 Em caso de duas Carboxilas, usa-se o prefixo DIÓICO, sem necessidade de informar posição, pois as 
mesmas sempre se encontram na extremidade das cadeias. 
 Caso o Ácido seja ramificado, pode-se indicar as posições 2, 3 e 4 com as letras gregas  e , 
respectivamente. Geralmente esta numeração é utilizada em Ácidos com apenas uma ramificação e não é 
muito usada atualmente, não podendo ser usada para indicar posição de insaturações. 
 Confira os exemplos: 
 
 
Ácido Carboxílico: 
3 Carbonos 
Radical: 
p-Toluil 
Ácido: 
1 Carbono 
Radicais: 
Metil (Carbono 2) 
Ácido: 
4 Carbonos + 2 
Carboxilas 
Radical: 
Metil (Carbono 3) 
Ligação Dupla: 
Carbono 2 
Ácido: 
4 Carbonos 
Ácido Propanóico Ácido p-Toluil-Metanóico Ácido 2,2-Dimetil-Butanodióico Ácido 3-Metil-2-Butenóico 
 
Nomenclatura Usual dos Ácidos Carboxílicos 
 Alguns Ácidos Carboxílicos possuem nomenclatura usual, que geralmente está associada a sua fonte natural. Veja 
quais são os Ácidos e qual a origem de seus nomes: 
Nome Oficial Nome Usual Origem do Nome Fórmula Estrutural 
Ácido Metanóico Ácido Fórmico 
Do latim formica (formiga), de 
onde o ácido foi extraído pela 
primeira vez. 
 
 
P
A
G
E 
Ácido Etanóico Ácido Acético 
Do latim acetum (azedo), em 
referência ao vinagre (vinho 
azedo), de onde foi isolado. 
 
Ácido Propanóico Ácido Propiônico 
Do grego propion (precursor 
da gordura). Este ácido faz 
parte da gordura animal. 
 
Ácido Butanóico Ácido Butírico 
Do grego boutyron (manteiga), 
onde é encontrado. 
 
Ácido Pentanóico Ácido Valérico 
Em referência a uma planta 
chamada Valeriana, onde este 
ácido é encontrado. 
 
Ácido Etanodióico Ácido Oxálico 
Do grego Oxys (Ácido), em 
referência a acidez do 
composto, maior que a dos 
outros ácidos acima. 
 
Ácido Fenil-
Metanóico 
Ácido Benzóico 
Vem do nome do Aldeído 
Benzóico, que é encontrado 
em amêndoas. 
 
 Por motivos históricos, a IUPAC considera oficial todas as nomenclaturas acima (exceto a do Ácido Valérico, ainda 
considerada usual). 
Éster 
 Éster é todo composto que possui um radical Acilato, , onde R1 e R2 são radicais orgânicos, iguais 
ou não e R1 pode ser um átomo de Hidrogênio. O Acilato geralmente é abreviado para -COO- ou em alguns casos -
CO2- Possuem nomenclatura oficial e usual. 
Nomenclatura Oficial dos Ésteres 
 O prefixo que indica a função é -ATO. A nomenclatura dos ésteres é dividida em duas partes. veja as regras: 
 Contar o número de Carbonos da parte ligada ao Carbono do Acilato (incluindo o Carbono do Acilato), dar 
o nome como Hidrocarboneto, colocar o prefixo -ATO e a preposição de. 
 Caso seja necessário indicar posição de ramificações ou insaturações, o Carbono 1 é o Carbono do Acilato. 
 Contar o número de Carbonos presos ao Oxigênio do Acilato e considerá-los como um radical orgânico, 
dando sua nomenclatura oficial. Normalmente utiliza-se o prefixo -ILA para estes radicais. 
 Veja os exemplos: 
 
P
A
G
E 
 
 
Acilato: 
4 Carbonos 
Oxigênio: 
2 Carbonos 
Acilato: 
3 Carbonos 
Ligação Dupla 
(Carbono 2) 
Oxigênio: 
3 Carbonos 
Acilato: 
4 Carbonos 
Radical Metil no 
Carbono 3 
Oxigênio: 
1 Carbono 
Butanoato de Etila 2-Propenoato de Propila 3-Metil-Butanoato de Metila 
 
Nomenclatura Usual dos Ésteres 
 A nomenclatura usual dos Ésteres é diferente da Oficial somente na parte do Acilato. Como os Ésteres são 
geralmente originários da reação entre os Ácidos Carboxílicos e os Álcoois, a nomenclatura usual destes compostos 
seguem a dos Ácidos. Os Acilatos então recebem os seguintes nomes: 
Nome Oficial Nome Usual Fórmula 
Metanoato Formiato 
 
Etanoato Acetato 
 
Propanoato Propionato 
 
Butanoato Butirato 
 
Pentanoato Valerato 
 
Fenil-Metanoato Benzoato 
 
 Veja este exemplo: 
 
Acilato: 
4 Carbonos 
Oxigênio: 
2 Carbonos 
 
P
A
G
E 
Butirato de Etila 
 Assim, todos os outros Ésteres seguem a mesma lógica de nomenclatura. A IUPAC reconhece como oficial as 
nomenclaturas acima (exceto a do Pentanoato). 
Sal Orgânico 
 Os sais orgânicos são compostos originados da reação de uma base inorgânica com um ácido carboxílico. Esta 
reação resulta em um sal orgânico e água, como o exemplo genérico abaixo: 
 
 Onde R é um radical orgânico ou Hidrogênio e Me é um metal ou NH4+ (Amônio). O radical destacado em azul 
chama-se Acilato. Os sais possuem nomenclatura oficial e usual. 
Nomenclatura Oficial dos Sais Orgânicos 
 A nomenclatura oficial dos sais utiliza o prefixo -ATO e é muito parecida com a dos Ésteres. Veja as regras de 
nomenclatura: 
 Identificar o número de carbonos preso ao Acilato, dando nomenclatura de Hidrocarboneto seguido do 
prefixo -ATO. 
 Se for necessário numerar, o Carbono 1 será o Carbono do Acilato. 
 Identificar o metal ou NH4+, colocando antes de seu nome o nome da parte do Acilato e a preposição DE. 
 Se o ânion do Acilato for bivalente e dois cátions diferentes estiverem ligados a ele, antes da preposição 
DE utiliza-se a palavra DUPLO e entre o nome dos cátions coloca-se a conjunção E. 
 Se o ânion do Acilato for bivalente e apenas um cátion estiver ligado a ele, antes da preposição DE 
coloca-se a palavra ÁCIDO. 
 Veja alguns exemplos: 
 
 
 
Acilato: 
3 Carbonos 
Cátion: 
Sódio 
Acilato: 
4 Carbonos 
Radical 
Metil (Carbono 2) 
Cátion: 
Amônio 
Acilato: 
2 Carbonos 
Cátion: 
Cálcio 
Acilato: 
3 Carbonos 
Bivalente 
Dois Cátions: 
Lítio 
Potássio 
Propanoato de Sódio 2-Metil-Butanoato de Amônio Etanoato de Cálcio 
Propanodiato Duplo de Lítio e 
Potássio 
 
 
 
 
P
A
G
E 
Acilato: 
3 CarbonosBivalente 
 Um Cátion: 
Sódio 
Acilato: 
4 Carbonos 
Ligação Tripla 
(Carbono 2) 
Cátion: 
Lítio 
Propanodiato Ácido de Sódio 2-Butenoato de Lítio 
 
Nomenclatura Usual dos Sais Orgânicos 
 A nomenclatura usual dos sais é diferente da oficial apenas na parte do Acilato. Assim como nos Ésteres, o Acilato 
recebe o nome usual do seu ácido de origem. Assim, temos: 
Nome Oficial Nome Usual Fórmula 
Metanoato Formiato 
 
Etanoato Acetato 
 
Propanoato Propionato 
 
Butanoato Butirato 
 
Pentanoato Valerato 
 
Fenil-Metanoato Benzoato 
 
Etanodiato Oxalato 
 
 Portanto, utilizando um dos exemplos anteriores, temos: 
 
Acilato: 
3 Carbonos 
Cátion: 
Sódio 
Propionato de Sódio 
 A IUPAC reconhece como oficial todos os nomes usuais da listagem acima, exceto a do Pentanoato. 
Anidrido 
 Os Anidridos são originários da desidratação de duas moléculas de Ácidos Carboxílicos. O nome da função 
ANIDRIDO (AN = sem, IDRO = água) já evidencia a desidratação. Em uma reação genérica, temos: 
 
P
A
G
E 
 
 
 Onde R1 e R2 são dois radicais orgânicos (iguais ou não). O Ácido Metanóico ao sofrer desidratação libera CO e 
H2O, sendo assim o único a não formar Anidrido. Os Anidridos possuem nomenclatura oficial e usual, de acordo com 
os ácidos que o originaram. 
Nomenclatura Oficial dos Anidridos 
 A nomenclatura oficial dos Anidridos tem origem na dos Ácidos que o formaram. Veja as regras: 
 Antes do nome do Anidrido, colocar a palavra ANIDRIDO, para designar a função. 
 Dar da parte do Anidrido que vier antes na ordem alfabética do mesmo jeito que se daria a um Ácido, 
apenas retirando a palavra ÁCIDO do nome e depois denomina-se a outra parte. 
 Em Anidridos cujas partes são iguais, não é necessário repetir o nome. 
 Em casos que seja necessário numerar, o Carbono 1 é sempre o Carbono do Acilato. 
 Veja os exemplos: 
 
 
Partes Iguais: 
3 Carbonos 
Menor Parte: 
2 Carbonos 
Maior Parte: 
3 Carbonos 
Menor Parte: 
3 Carbonos 
Radical Metil 
(Carbono 2) 
Maior Parte: 
4 Carbonos 
Radical Metil 
(Carbono 3) 
Anidrido Propanóico Anidrido Etanóico-Propanóico Anidrido 2-Metil-Propanóico-3-Metil-Butanóico 
 
Menor Parte: 
3 Carbonos 
Ligação Dupla 
(Carbono 2) 
Maior Parte: 
3 Carbonos 
Anidrido 2-Propenóico-Propanóico 
 
Nomenclatura Usual dos Anidridos 
 
P
A
G
E 
 A nomenclatura usual dos Anidridos é feita a partir da nomenclatura usual dos Ácidos que os originaram. Assim, 
utilizando dois dos exemplos acima, temos: 
 
 
Partes Iguais: 
3 Carbonos 
Menor Parte: 
2 Carbonos 
Maior Parte: 
3 Carbonos 
Anidrido Propiônico Anidrido Acético-Propiônico 
 
Haleto de Acila 
 São compostos formados pelo grupo funcional , onde R é um radical orgânico ou Hidrogênio e X é um 
Halogênio (Flúor, Cloro, Bromo ou Iodo). A parte destacada em azul é chamada Radical Acila e é geralmente 
abreviada para -CO-. Possuem nomenclatura oficial e usual. 
Nomenclatura Oficial dos Haletos de Acila 
 A nomenclatura destes compostos possui o sufixo de função -ILA. As regras são: 
 Colocar o nome do Halogênio seguido do sufixo -ETO (Fluoreto, Cloreto, Brometo ou Iodeto) e a 
preposição DE. 
 Contar o número de Carbonos da Acila e colocar o nome do Hidrocarboneto correspondente seguido do 
sufixo -ILA. 
 Se for necessário numerar, o Carbono 1 é o Carbono ligado ao Oxigênio e ao Halogênio. 
 Veja alguns exemplos: 
 
Acila: 
2 Carbonos 
Halogênio: 
Cloro 
Acila: 
4 Carbonos 
Radical Metil 
(Carbonos 2 e 3) 
Halogênio: 
Bromo 
Acila: 
1 Carbono 
Radical Fenil 
Halogênio: 
Flúor 
Cloreto de Etanoila Brometo de 2,2,3-Trimetil-Butanoila Fluoreto de Fenil-Metanoila 
 
 
Acila: 
3 Carbonos 
Ligação Tripla 
(Carbono 2) 
Halogênio: 
Iodo 
Iodeto de 2-Propinoila 
 
P
A
G
E 
 
Nomenclatura Usual dos Haletos de Acila 
 A nomenclatura usual dos Haletos de Acila é baseada na dos Ácidos Carboxílicos. Sendo assim, temos: 
Nome Oficial Nome Usual Fórmula 
Metanoila Formila 
 
Etanoila Acetila 
 
Propanoila Propionila 
 
Butanoila Butirila 
 
Pentanoila Valerila 
 
Fenil-Metanoila Benzila 
 
Então, por exemplo, temos: 
 
 
Acila: 
2 Carbonos 
Halogênio: 
Cloro 
Acila: 
1 Carbono 
Radical Fenil 
Halogênio: 
Flúor 
Cloreto de Acetila Fluoreto de Benzila 
 
Aminas 
 As aminas são compostos formados a partir da substituição dos Hidrogênios da amônia (NH3) por radicais 
orgânicos. Possuem dois tipos de nomenclatura oficial, dependendo de seu tamanho. São classificadas pela 
quantidade de radicais ligados ao Nitrogênio. 
Classificação das Aminas 
 
P
A
G
E 
 As aminas são classificadas de acordo com a quantidade de radicais orgânicos ligados ao Nitrogênio. Uma amina 
primária possui apenas um radical orgânico ligado a ela, uma secundária possui dois radicais e uma terciária possui 
três. Veja alguns exemplos: 
 
 
Amina Primária Amina Secundária Amina Terciária 
 Note que nesta classificação os tipos e tamanhos de radicais não importam, nem se eles são iguais ou não. 
Nomenclatura Oficial de Aminas Simples 
 As regras de nomenclatura deste tipo de amina são relativamente simples: 
 Contar quantos radicais estão presentes na amina. 
 Colocar seus nomes, em ordem alfabética seguido da palavra AMINA. 
 Se for necessário, colocar prefixos DI ou TRI para indicar radicais iguais. 
 Veja alguns exemplos: 
 
 
 
Dois Radicais Metil Radicais Metil + Etil + Fenil Radical Propil 
Dimetil-Amina Etil-Fenil-Metil-amina Propilamina 
 
Nomenclatura de Aminas Complexas 
 As regras de nomenclatura de aminas complexas são válidas apenas quando estas forem primárias. Veja quando 
uma amina é considerada complexa: 
 É impossível, através de prefixos para radicais (tais como iso-, sec-, n-, etc) indicar a posição do radical 
amino (NH2). 
 É impossível ou muito difícil, através de regras de nomenclatura de radicais, indicar o nome do radical 
ligado ao amino. 
 O radical ligado ao grupo amino é ramificado ou insaturado e não é possível ou é muito difícil dar seu nome 
pelas regras de nomenclatura comum. 
 Caso isto ocorra, o grupo amino é considerado uma ramificação de um hidrocarboneto comum. Neste caso, o 
Carbono 1 é aquele que estiver mais próximo do grupamento amino. Veja alguns exemplos: 
 
 
 
P
A
G
E 
Dois Radicais Metil (Carbono 2)+ Ligação 
Dupla (Carbono 4)+ Amino (Carbono 3) + 6 
Carbonos 
Radical Etil (Carbono 4) + Amino (Carbono 1) 
+ Benzeno 
Amino (Carbono 2) + 5 Carbonos 
3-Amino-2-Dimetil-4-Hexeno 
1-Amino-4-Etil-Benzeno ou 
p-Etil-Aminobenzeno 
2-Amino-Pentano 
 
Amidas 
 As amidas são caracterizadas pelo grupo funcional , onde R1, R2 e R3 podem ser radicais orgânicos 
(iguais ou não) ou Hidrogênio. Possuem nomenclatura oficial e usual. As amidas que possuem pelo menos um radical 
orgânico R2 ou R3 ligado diretamente ao Nitrogênio são chamadas de amidas substituídas e os radicais são 
chamados de radicais substituintes. Aquelas que possuem um radical são as monosubstituídas e as que possuem 
dois radicais são as disubstituídas. As amidas que possuem mais de um radical R1-CO não são muito comuns. 
Nomenclatura Oficial das Amidas 
 A nomenclatura oficial das amidas utiliza o sufixo amida para dar o nome dos compostos desta função. Veja as 
regras: 
 Dar o nome do Hidrocarboneto correspondente ao radical R1-CO ligado ao Nitrogênio. Em caso de 
necessidade de numeração para indicar ligação dupla e/ou insaturação, o Carbono 1 é aquele que está 
ligado ao Nitrogênio. Em amidas substituídas, é necessário indicar quais são os radicais nomeando-os e colocando antes de cada 
um dos seus nomes o prefixo N-, para indicar que os radicais estão ligados ao Nitrogênio. 
 
 
2 Carbonos 
4 Carbonos + 2 Radicais Metil 
(Carbono 3) 
2 Carbonos + Radical Etil 
(Nitrogênio) 
1 Carbono + Radicais Metil e Fenil 
(Nitrogênio) 
Etanamida 3,3-Dimetil-Butanamida N-Etil-Etanamida N-Metil-N-Fenil-Metanamida 
 
 Note que no exemplo ao lado os radicais Metil do Nitrogênio foram somados 
ao radical Metil do Carbono 2 e no nome da estrutura não houve diferenciação 
(ou seja, a estrutura não foi chamada de N,N-dimetil-2-Metil-Propanamida), 
pois está incorreto. O prefixo N- deve ser encarado como um indicador de 
posição, assim como qualquer numeração. Só haveria alguma diferença na 
nomenclatura se pelo menos um dos radicais envolvidos fosse diferente, como 
por exemplo, no nome N-Etil-N,3-Dimetil-Hexanamida. Neste caso, o 
Nitrogênio possui dois radicais diferentes e a estrutura foi nomeada como no 
quarto exemplo. 
3 Carbonos + 2 Radicais Metil 
(Nitrogênio) 
3 Carbonos + 3 Radicais Metil 
(Nitrogênio e Carbono 2) 
N,N-Dimetil-Propanamida N,N,2-Trimetil-Propanamida 
 
Nomenclatura Usual das Amidas 
 
P
A
G
E 
 As Amidas podem ser geradas a partir dos Ácidos Carboxílicos. Sendo assim, elas possuem nomenclatura usual 
parecido com a dos Ácidos. Não é comum empregar a nomenclatura usual para amidas ramificadas, mas também é 
correto usá-la para amidas substituídas. Veja então quais são as amidas que possuem nomenclatura usual: 
Nome Oficial Nome Usual Estrutura 
Metanamida Formamida 
 
Etanamida Acetamida 
 
Propanamida Propionamida 
 
Butanamida Butiramida 
 
Pentanamida Valeramida 
 
Etanodiamida Oxalamida 
 
 A IUPAC considera oficial esta nomenclatura, exceto a da Valeramida. Deve-se prestar atenção à nomenclatura 
usual das Oxalamidas substituídas. Quando ocorrerem radicais nos dois Nitrogênios, um deves é denominado N- e o 
outro N'-. Veja o exemplo: 
 
Oxalamida 
Radical Etil e Radical Metil (Nitrogênios 
diferentes) 
N-Etil-N'-Metil-Oxalamida 
 
Nitrocompostos 
 São chamados de nitrocompostos qualquer composto que apresente pelo menos um grupo funcional , onde 
R é obrigatoriamente um radical orgânico. Possuem apenas nomenclatura oficial. 
Nomenclatura Oficial dos Nitrocompostos 
 A nomenclatura oficial dos nitrocompostos consiste em regras simples, que consideram o grupo NO2 como 
ramificação de um hidrocarboneto: 
 
P
A
G
E 
 Dar o nome do Hidrocarboneto equivalente à estrutura pelo seu número de Carbonos. 
 Colocar o nome NITRO para indicar a presença do NO2 antes do nome do hidrocarboneto na estrutura. 
 Para indicar a posição do grupamento nitro, insaturação ou ramificação, o carbono 1 é o que estiver mais 
próximo do grupamento Nitro. 
 Veja nos exemplos abaixo: 
 
 
 
 
2 carbonos + grupo Nitro 
4 carbonos + radical metil (Carbono 2) 
+ grupo Nitro (carbono 2) 
5 carbonos + 2 grupos 
Nitro (carbonos 2 e 4) 
6 carbonos + ligação dupla (carbono 3) 
+ 3 radicais metil (carbonos 2 e 5) 
+ 2 grupos Nitro (carbonos 1 e 5) 
Nitroetano 2-Metil-2-nitrobutano 2,4-Dinitropentano 2,2,5-Trimetil-1,5-Dinitro-3-Hexeno 
 
Nitrilas 
 As Nitrilas são caracterizadas pela existência do grupo funcional R-CN, onde R é obrigatoriamente um radical 
orgânico. Possuem nomenclatura oficial e usual. 
Nomenclatura Oficial das Nitrilas 
 As regras de nomenclatura das nitrilas são relativamente simples. Acompanhe: 
 Deve-se considerar o carbono do grupamento CN e contá-lo, dando o nome do hidrocarboneto 
correspondente seguido da palavra nitrila. 
 Em caso de necessidade de numeração para indicar posição de insaturação ou ramificação, deve-se 
considerar como Carbono 1 aquele que estiver ligado ao Nitrogênio. 
 
 Veja os exemplos: 
 
 
 
3 Carbonos 
4 Carbonos + 3 Radicais Metil 
(Carbonos 2 e 3) 
5 Carbonos + Ligação dupla 
(Carbono 3) + Radical Metil 
(Carbono 2) 
Propanonitrila 2,3,3-Trimetil-Butanonitrila 2-Metil-3-Pentenonitrila 
 
 
Nomenclatura Usual das Nitrilas 
 A nomenclatura usual das nitrilas chama o grupo -CN de Cianeto (assim como na nomenclatura inorgânica) e os 
outros carbonos são considerados radicais. Veja os exemplos: 
 
P
A
G
E 
 
 
 
Grupo Cianeto + 2 Carbonos Grupo Cianeto + Radical m-Toluil Grupo Cianeto + Radical Isopropil 
Cianeto de Etila Cianeto de m-Toluila Cianeto de Isopropila 
 
 
Compostos de Funções Mistas 
 A maioria dos compostos orgânicos encontrados na natureza e sintetizados pelo homem possuem diversas funções 
orgânicas. Para isso, foi criado o sistema de nomenclatura para compostos de funções mistas, que é determinado a 
partir de um conceito chamado prioridade. Prioridade é uma ordem determinada para se enumerar o Carbono 1 em 
compostos mistos e dizer quais são as outras funções que devem ser consideradas ramificações da função principal. 
A tabela abaixo mostra a ordem de prioridade das funções orgânicas. A primeira linha possui maior prioridade e a 
última menor prioridade. 
Função Prefixo 
(quando não for função principal) 
Ácido Carboxílico 
 
Sempre é considerado função principal 
Nitrila 
 
ciano- 
Aldeído 
 
oxo- 
(formil- quando o radical todo for uma ramificação) 
Cetona 
 
oxo- 
Amina 
 
amino- 
Álcool 
 
hidróxi- 
Nitrocomposto 
 
nitro- 
Haleto Orgânico 
R-F, R-Cl, R-Br, R-I 
flúor-, cloro-, bromo, iodo- 
Éter 
 
Óxi 
 Com esta tabela podemos então dizer qual função será considerada principal e qual será considerada ramificação. 
Se temos em um mesmo composto, por exemplo, as funções nitrocomposto, aldeído e álcool, com a ajuda da tabela 
 
P
A
G
E 
de prioridade, saberemos então que o Carbono 1 deve ser o da função aldeído, que usaremos os prefixos nitro- e 
hidróxi- para indicar a posição das funções nitrocomposto e álcool. Veja alguns exemplos mais detalhados: 
Fórmula Estrutural 
Funções Presentes 
(primeira linha com menor prioridade 
e última com maior prioridade) 
Nome 
 
 Amina (carbono 4) 
 Álcool (carbono 2) 
 Cetona (carbono 3) 
 Aldeído (carbono 5) 
 Ácido Carboxílico (carbono 1) 
 
Ácido 4-Amino-2-Hidróxi-3,5-Dioxo Pentanóico 
 
 Haleto Orgânico (2 cloros, 
carbono 4) 
 Álcool (carbono 5) 
 Amina (carbono 5) 
 Cetona (carbono 3) 
 Aldeído (carbono 7) 
 Nitrila (carbono 1) 
5-Amino-4,4-Dicloro-5-Hidróxi-3,7-Dioxo-
Heptanonitrila 
 
 Amina (carbono 2) 
 Aldeído (carbono 2) 
 Ácido Carboxílico (carbonos 1 e 
3) 
Ácido 2-Amino-2-Formil Propanodióico 
 
 Éter (2 carbonos, carbono 1) 
 Nitrocomposto 
1-Etóxi-2-Metil-1-Nitropropano

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