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�PAGE � CURSO DE ADMINISTRAÇÃO EMPRESARIAL ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Prof. Reginaldo B. de Almeida EXERCÍCIOS DE ANÁLISE VERTICAL, HORIZONTAL E POR ÍNDICES EMPRESA ABSTRATA BALANÇO PATRIMONIAL (Em $ mil) ATIVO 31-12-X0 AV % 31-12-X1 AV% AH% CIRCULANTE Disponível 39.200 5 20.452 2,6 (47,8) Duplicatas a Receber 172.480 22 220.000 27,5 27,5 Estoques 117.600 15 67.500 8,4 (42,6) Outros valores a Receber 62.720 8 37.400 4,7 (40,4) Total Circulante 392.000 50 345.352 43,2 (11,9) NÃO CIRCULANTE Realizável a Longo Prazo 7.840 1 85.200 10,6 986,7 Investimentos 250.880 32 141.960 17,7 (43,4) Imobilizado 109.760 14 208.672 26,1 90,1 Intangível 23.520 3 18.816 2,4 (20) Total do Não Circulante 392.000 50 454.648 56,8 15,9 TOTAL DO ATIV O 784.000 100 800.000 100 2,0 PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores 78.400 10 18.000 2,2 (77,0) Instituições Financeiras 39.200 5 86.400 10,8 120,4 Obrigações Fiscais e Previdenciárias 23.520 3 145.000 18,1 516,5 Obrigações Trabalhistas 39.200 5 51.000 6,4 30,1 Outras Obrigações e Provisões 54.880 7 64.000 8,0 16,6 Total Circulante 235.200 30 364.400 45,5 54,9 NÃO CIRCULANTE Exigível a Longo Prazo Financiamentos 156.800 20 24.500 3,06 (84,4) Total do Não Circulante 156.800 20 24.500 3,06 (84,4) PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Realizado 313.600 40 350.000 43,8 11,6 Reserva de Lucros 23.520 3 28.000 3,5 19,0 Lucros ou Prejuízos Acumulados 54.880 7 33.100 4,1 (39,7) Total do Patrimônio Líquido 392.000 50 411.100 51,4 4,9 TOTAL DO PASSIVO 784.000 100 800.000 100 2,0 CURSO DE ADMINISTRAÇÃO EMPRESARIAL ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Prof. Reginaldo B. de Almeida EXERCÍCIOS DE ANÁLISE VERTICAL, HORIZONTAL E POR ÍNDICES EMPRESA ABSTRATA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO ( Em $ mil) 31-12-X0 AV% 31-12-X1 AV% AH% Receita (Vendas) Líquida 800.000 100,0 980.000 100,0 22,5 CMV (464.000) (58) (651.700) (66,5) (40,4) LUCRO BRUTO 336.000 42 328.300 33,5 (2,29) DESPESAS OPERACIONAIS De Vendas (176.000) (22) (166.600) (17) (5,34) Administrativas e Gerais (144.000) (18) (147.000) (15) 2,08 Despesas / Receitas Financeiras 400 0,05 (17.101) (1,7) 4.175,25 Total de Despesas (319.600) (39,9) (330.701) (33,75) 3,47 LUCRO OPERACIONAL 16.400 2,05 (2.401) (0,25) (9.985,35) Receitas Não Operacional -0- - 19.600 2 - Despesas Não Operacionais -0- - -0- - - Lucro antes do IR 16.400 2,05 17.199 1,17 4,87 Provisão para IR (2.460) (0,31) (2.579) (0,26) 4,84 LUCRO LÍQUIDO 13.940 1,74 14.620 1,49 4,88 Pede-se: 1.Calcule (%) Análise Vertical e Análise Horizontal, para o BP e DRE. 2.Calcule e compare, utilizando o esquema do modelo a seguir, os quocientes indicados para análise. 3.Comente objetivamente as principais alterações havidas na estrutura patrimonial e de resultados, levantando hipóteses para explicar tais operações. 4.Cite dois pontos positivos e dois pontos negativos da empresa em questão. A. QUOCIENTES DE LIQUIDEZ FÓRMULA X0 X1 1.Imediata DISPONÍVEL / PC 0,17 0,06 2.Corrente AC / PC 1,67 0,95 3.Seco (AC – ESTOQUES) / PC 1,17 0,76 4.Geral (AC + RLP) / (PC + ELP) 1,02 1,11 B. QUOCIENTES DE ENDIVIDAMENTO FÓRMULA X0 X1 1.Participação Capitais de Terceiros (Debt Ratio) (EXIGÍVEL TOTAL/ TOTAL DO PASSIVO)X100 50,0 48,6 2.Participação Capitais de Terceiros s/c.próprios (CAPITAIS DE 3ºs / PL) X 100 100,0 94,6 3.Composição do Endividamento (qualidade) (PC / CAPITAIS DE 3ºs) X 100 60,0 93,7 4.Imobilização do Patrimônio Líquido (ANC – RLP) / PL X 100 98,0 90,0 5.Imobilização dos Recursos N/Correntes (ANC – RLP) / (PL + ELP) X 100 70,0 85,0 C. QUOCIENTES DE RENTABILIDADE FÓRMULA X0 X1 1.Giro do Ativo VL / ATIVO TOTAL 1,02 1,22 2.Margem Líquida (LL / VL) X 100 1,74 1,49 3.Rentabilidade do Ativo (LL antes IR / VENDAS LÍQUIDAS) X 100 2,05 1,75 4.Rentabilidade do Patrimônio Líquido (LL antes do IR / PL) X 100 4,18 4,18 5.Retorno sobre o investimento LL após IR /ATIVO TOTAL 1,78 1,83 LEGENDA: AC = ATIVO CIRCULANTE PC = PASSIVO CIRCULANTE RLP = REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ELP = EXÍGIVEL A LONGO PL = PATRIMÔNIO LÍQUIDO ANC = ATIVO NÃO CIRCULANTE VL = VENDAS LÍQUIDAS LL = LUCRO LÍQUIDO IR = IMPOSTO DE RENDA VL = VENDAS LÍQUIDAS FATOR DE INSOLVÊNCIA ANO 19X0 LL X1 = --------------- x 0,05 X1 = 4,18 x 0,05 = 0,21 PL AC + RLP X2 = ------------------ x 1,65 X2 = 1,11 x 1,65 = 1,83 PC + ELP AC - E X3 = ----------------- x 3,55 X3 = 0,76 x 3,55 = 2,7 PC AC X4 = ---------------- x 1,06 X4 = 0,95 x 1,06 = 1,00 PC PC + ELP X5 = ---------------- x 0,33 X5 = 0,95 x 0,33 = 0,31 PL Fator de Insolvência = X1 + X2 + X3 – X4 – X5 Fator de Insolvência = 0,21 + 1,83 + 2,7 – 1,00 – 0,31 Fator de Insolvência = 3,43 Se a soma resultar num valor em: 0 e 7 = Solvência 0 e -3 = Penumbra -3 e -7 = Insolvência FATOR DE INSOLVÊNCIA ANO 19X1 LL X1 = --------------- x 0,05 X1 = 4,18 x 0,05 = 0,21 PL AC + RLP X2 = ------------------ x 1,65 X2 = 1,02 x 1,65 = 1,68 PC + ELP AC - E X3 = ----------------- x 3,55 X3 = 1,17 x 3,55 = 4,15 PC AC X4 = ---------------- x 1,06 X4 = 1,67 x 1,06 = 1,77 PC PC + ELP X5 = ---------------- x 0,33 X5 = 1 x 0,33 = 0,33 PL Fator de Insolvência = X1 + X2 + X3 – X4 – X5 Fator de Insolvência = 0,21 + 1,68 + 4,15 – 1,77 – 0,33 Fator de Insolvência = 3,9 Se a soma resultar num valor em: 0 e 7 = Solvência 0 e -3 = Penumbra -3 e -7 = Insolvência ANÁLISE DE SOLVÊNCIA (INDICES) Verificamos que, em X0 a empresa apresentou ILC = 1,67, indicando que para cada R$ 1 de dívida no passivo Circulante, a empresa dispõe de R$1,67 para pagamento, ou seja,há uma evidencia clara que a empresa possui bens e direitos no ativo circulante para o pagamento das obrigações perante terceiros, no curto prazo, mostrando portanto, uma situação excelente. No entanto, no ano de X1, a situação da empresa piorou, apresentando ILC = 0,95, onde para cada R$ 1,00 de dívida no passivo circulante a empresa dispõe de R$ 0,95 para pagamento, e portanto, menor do que 1, revelando a curto prazo insuficiência de fundos para o pagamento das obrigações no curto prazo. Verificamos ainda que, em X0 a empresa apresentou ILS = 1,17, indicando que, para cada R$ 1,00 de dívida no passivo circulante,a empresa dispõe de R$ 1,17 para pagamento excluindo o valor do estoque, ou seja, eliminando o valor do estoque, há uma evidência clara que a empresa possui bens e direitos no ativo circulante para o pagamento das obrigações perante terceiros, no curto prazo, mostrando portanto, uma situação excelente. No entanto, no ano de X1, a situação da empresa piorou, apresentando ILS = 0,76 , onde para cada R$ 1,00 de dívida no passivo circulante a empresa dispõe de R$ 0,76 para pagamento,e portanto, menor do que 1, revelando a curto prazo insuficiência de fundos para o pagamento das obrigações no curto prazo. Verificamos também que, a partir de X1 e através desse indicador de solvência que a empresa terá dificuldades de conseguir empréstimos junto ás instituições financeiras, face o aumento da incerteza do não recebimento dos empréstimos e financiamentos. Analisando o Índice de Liquidez Geral (ILG), observamos que em X0 a empresa apresentou ILG = 1,02 evidenciando claramente que a empresa possui bens e direitos presentes no Ativo Circulante mais realizável no Longo Prazo (Ativo Não Circulante) suficientes para o pagamento das suas obrigações perante terceiros, apresentadas no Passivo Circulante mais Passivo Exigível a Longo Prazo, ou seja, para cada R$ 1,00 de dívida no passivo circulante mais exigível a Longo prazo, a empresa dispõe de R$ 1,02 para pagamento e, portanto, a saúde financeira de longo prazo da empresa é excelente. Já em X1, o ILG aumentou para 1,11, melhorando ainda mais a saúde financeira da empresa no longo prazo, evidenciando claramente que a empresa possui bens e direitos presentes no Ativo Circulante mais realizável no Longo Prazo (Ativo Não Circulante) suficientes para o pagamento das suas obrigações perante terceiros, apresentadas no Passivo Circulante mais Passivo Exigível a Longo Prazo. Em geral, de X0 para X1, verificamos que a empresa apresenta claramente dificuldades de solvência no curto prazo, ou seja, dificuldades de cumprir suas obrigações; porém, no longo prazo, a saúde financeira da empresa é excelente, tanto em X0 como em X1. ANÁLISE DE ENDIVIDAMENTO Em X0, a empresa apresentou um índice de participação de capitais de terceiros sobre os recursos totais (total do passivo), debt Ratio, igual a 50%, indicando que do total da dívida da empresa (Passivo + PL), 50% era proveniente de dívidas com terceiros e 50% proveniente do capital dos sócios , ou seja, a empresa foi financiada com 50% de recursos de terceiros e 50% de recursos dos sócios (capital próprio). Em X1, verificamos que o debt ratio melhorou, ou seja, 48,6% das dividas da empresa eram provenientes de Capital de Terceiros enquanto que o restante, 51,6% proveniente de capital próprio. Para efeito de análise, devemos considerar os seguintes parâmetros: Empresas Nacionais: CT = 40% e CP = 60% Empresas Estrangeiras: CT = 60% e CP = 40% Portanto, verificamos que a composição da dívida da empresa, apesar do índice ter melhorado de um ano para outro (CTxo = 50% e CTx1 = 48,6%) não é boa, considerando que os mesmos estão fora do parâmetro nacional (40%) e do parâmetro Estrangeiro (60%), indicando que, no caso de empresa brasileira, a mesma apresenta um alto grau de financiamento por parte de capital de terceiros. Analisando o índice de capitais de terceiros sobre os capitais próprios, observamos que em X0 esse índice foi de 100% (para cada R$ 100 investido pelo sócio a empresa contrai R$ 100 em dívidas com terceiros) ou seja, a empresa depende muitos dos capitais de terceiros, prejudicando portanto, sua viabilidade financeira. No entanto, no ano de X1, esse índice melhorou, caindo para 94,6% (para cada R$ 100 investido pelo sócio a empresa contrai R$ 94,60 em dívidas com terceiros) diminuindo portanto, sua dependência financeira com capitais de terceiros. A grande maioria ou “quase todas” as empresas que apresentam altos valores para esse índice caminham em direção à falência. Analisando a qualidade da dívida, ou seja, o índice de participação das dívidas de curto prazo sobre o endividamento total, verificamos que em X0 esse índice foi de 60%, ou seja, 60% do total da dívida com terceiros encontrava-se no curto prazo e o restante, 40% no longo prazo, indicando portanto, uma qualidade da dívida ruim, pois o ideal seria o contrário, maior parte da dívida no longo prazo, gerando uma folga melhor para os pagamentos e com juros menores. Já em X1 observamos que esse indicador piorou, ou seja, passou de 60% (X0) para 93,7% (X1), indicando que, do total da dívida com terceiro (PC + Passivo Não circulante), 93,7% encontra-se no curto prazo (Passivo Circulante). Analisando o índice de imobilização do patrimônio líquido, observamos que em X0 esse indicador era de 98%, menor do que 100% e portanto, muito bom , ou seja, para cada R$ 100 de patrimônio líquido a empresa aplicou R$ 98,00 no Ativo Não circulante. Em X1, esse indicador melhorou ainda mais, pois passou de 98% (X0) para 90% (X1), ou seja, para cada R$ 100 de patrimônio líquido a empresa aplicou R$ 90,00 no Ativo Não circulante, melhorando portanto, a situação financeira da empresa. PONTOS POSITIVOS 1 – A empresa apresenta índice de liquidez geral excelente, o que lhe proporciona captação de recursos no longo prazo com pagamento de juros menores. 2 – Participação de capitais de terceiros sobre o total do capital próprio (PL) melhorou de um ano para outro, diminuindo portanto sua dependência financeira para com os capitais de terceiros. PONTOS NEGATIVOS 1 – Dificuldades de liquidar suas dívidas no curto prazo e captar recursos financeiros com vencimento no curto prazo. 2 – Qualidade da dívida péssima, com maior parte da dívida com terceiros no curto prazo, para ambos os anos.
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