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Legislacao aplicada 5

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O planejamento tributário tem como mote reduzir a carga tributária incidente sobre as operações no comércio exterior, sem ultrapassar qualquer limite legal.
 São diversos os benefícios fiscais e aduaneiros concedidos para a exportação e a importação. Conhecê-los e aproveitar as oportunidades legais concedidas pela Administração Pública possibilita a atividade comercial internacional.
TEMA 1 - PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
O planejamento tributário tem por fim último diminuir a quantidade de tributo pago por meio de atividades lícitas.
 São estudos traçados nos diversos âmbitos do conhecimento que analisam a atividade desenvolvida pela empresa, bem como sua estrutura, e apontam para medidas que impeçam a ocorrência do fato gerador, o diminua ou determine um momento mais adequado para sua realização.
“a essência do planejamento fiscal consiste em organizar os procedimentos econômico-mercantis da empresa, mediante o emprego de estruturas e formas jurídicas capazes de bloquear a concretização da hipótese de incidência tributária ou, então de fazer com que sua materialidade ocorre na medida ou no tempo que lhe seja mais propício” (Borges, 1998, p. 95).
Assim deve ser procedido o exame do planejamento tributário internacional, desenvolvendo-se a análise das disposições pertinentes de cada ordenamento positivo analisado; e em seguida procedendo ao cotejo das diferentes legislações aplicáveis, verificando-se a possibilidade de adoção de distintas formas de associações, negócios e operações cuja repercussão econômica varia em proporção ao número de países envolvidos em cada caso, permitindo-se identificar as estratégias possíveis para que o comportamento adotado pela sociedade empresária seja permitido pelo sistema positivo de que se trate, legitimando a redução do valor total a ser despendido com o pagamento de tributos, em determinados casos caracterizando a elisão fiscal, a que nos referimos no início da exposição. (Gonçalves, 1998, p. 431)
Portanto, o planejamento tributário além de pressupor a prática de atos em acordo com a legislação, reclama pelo reconhecimento da substância do ato em detrimento da forma praticada.
TEMA 2 - ELISÃO FISCAL
A elisão fiscal é uma espécie de planejamento tributário que se beneficia de lacunas legislativas ou de benefícios fiscais.
 A elisão fiscal por lacunas da lei refere-se às situações que não foram tratadas pela lei e, por isso, concedem um campo de abertura da o contribuinte economizar tributos.
 Decorre do princípio da legalidade tributária, pois, se a lei não tratou de determinado assunto há espaço para o cidadão agir como melhor lhe aprouver.
Assim, a ELISÃO fiscal é uma atividade lícita do contribuinte ao economizar tributos mediante benefícios fiscais ou lacunas de lei.
TEMA 3 - EVASÃO FISCAL
 A evasão fiscal ocorre quando o contribuinte tenta se evadir da cobrança dos tributos por meio de atos ilegais com a simulação de atos, forma abusivas, omissões e tantos outros atos que possa encontrar. O objetivo do contribuinte na evasão fiscal não se limita ao não pagamento do tributo, mas pode também intentar reduzi-lo ou mesmo postergar o momento do pagamento. A doutrina defende que todo ato que tente omitir o pagamento após a ocorrência do fato gerador enseja evasão fiscal, eis que a elisão fiscal, atividade lícita, tem como objetivo impedir a ocorrência do fato gerador:
A evasão ocorre por meios ilícitos ou, de qualquer forma, após a ocorrência do fato jurídico-tributário. O critério distintivo (entre elisão e evasão), portanto, está na comparação entre o momento da conduta elisiva e o da ocorrência do fato imponível. Se a conduta se produz após ocorrido o pressuposto de fato, é logicamente inapta para impedir a incidência da norma correspondente.
Logo, a fim de se determinar se o ato é uma prática elisiva ou evasiva, a definição do momento da ocorrência do fato gerador é decisiva na análise
Na seara do comércio internacional, diversas técnicas de economia tributária são utilizadas, algumas, inclusive, de licitude duvidosa. As empresas buscam países com tributação favorecida (tax havens) e criação de offshores, utilizam apenas os tratados internacionais mais benéficos (treaty shopping), preços de transferências (transfer pricing), subcapitalizam de empresas (thin capitalization):
TEMA 4 - BITRIBUTAÇÃO E DUPLA ISENÇÃO
É possível que dois Estados Soberanos tributem o mesmo fato gerador ou mesmo que o isentem, concomitantemente. Em inglês é o chamado overlaping tax jurisdictions
A dupla tributação internacional usualmente sucede quando da tributação dos rendimentos que um cidadão residente obtém em outro país, sendo também tributado na fonte.
Para resolver esse impasse, os Estado podem firmar acordos bilaterais, que, além de evitarem a dupla tributação, fomentam o comércio internacional e implementam medidas antievasivas. 
Existem alguns métodos par evitar ou reduzir a bitributação:
1) Cláusula subject-to-tax e swicht-over: é entendida como uma cláusula de isenção, pois o Estado residente deixa de tributar os rendimentos obtidos no outro país. Configura renúncia a competência tributária em favor de outro Estado.
 2) Cláusulas tax sparing e matching credit: é chamado de método de imputação ou de crédito, uma vez que o contribuinte do tributo recebe um crédito no país de residência no valor pago no país em que obteve o rendimento. Ambos os Estados exercem sua competência tributária com a criação da obrigação tributária.
3) Método da dedução: o imposto pago no país estrangeiro pode ser deduzido como despesa no país de residência.
 4) Método da redução de alíquota: ambos os Estados reduzem as alíquotas aplicadas.
 5) Método da divisão do poder tributário: os Estados convencionam uma alíquota máxima para o tributo e dividem entre si percentuais do ganho obtido.
 Os métodos mais utilizados são o método de isenção (cláusula subjectto-tax e swicht-over) e o método de imputação (cláusulas tax sparing e matching credit).
TEMA 5 - CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA
A prática de evasão fiscal não apenas sujeita o infrator ao pagamento de pesadas multas, mas também é considerado como um ilícito penal.
 A Lei nº. 8.137/1990 define quais são os atos que configuram crimes contra a ordem tributária, separando-os pelos crimes praticados por particulares (Art. 1º e 2º) e os praticados por funcionários públicos (Art. 3º):
Portanto, para se evitar uma ação penal em relação aos crimes tributários, o pagamento integral do tributo e acessórios dá causa a extinção de qualquer pretensão punitiva do Estado.

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