Buscar

Portifólio Juliana Sardo

Prévia do material em texto

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
JULIANA ALBUQUERQUE SARDO
FUNDAMENTOS EM CONTABILIDADE
PORTO VELHO/RO
2015
JULIANA ALBUQUERQUE SARDO
FUNDAMENTOS EM CONTABILIDADE
Trabalho apresentado em requisito a Produção Textual individual relativa ao1º Semestre do curso de Ciências Contábeis.
PORTO VELHO/RO
2015
INTRODUÇÃO
Neste trabalho irei tratar do impacto da globalização sobre as informações da Contabilidade e quais as mudanças foram introduzidas na contabilidade devido à Lei nº 11.638/2007.Posteriormente, farei um comparativo do mercado consumidor atual e o da época das teorias Clássica e Científica e relatar de que forma a mudança desse mercado consumir influenciou na globalização bem como Descrever os aspectos econômicos no cenário da globalização e explicar o que mudou no ambiente dos negócios bem como as políticas que deverão ser implantadas no Brasil para que o país esteja apto economicamente para atuar no contexto de economia globalizada.
O advento da globalização e o efeito na Contabilidade brasileira
1.1 Ciências contábeis: ciência social atemporal
A contabilidade surgiu com uma necessidade, que hoje pode ser considerada simples, que é controlar o patrimônio e evoluiu para um sentido muito mais amplo. Com o passar do tempo a Contabilidade ganhou mais significado e uso, visto que pode ser utilizada para analisar tendências e encontrar não só possíveis problemas, mas também verificar os pontos fortes da entidade. A ciência contábil atualmente é essencial, não somente para as empresas de diversos setores, mas também para o governo e para as pessoas físicas. 
De acordo com Hendriksen e Breda (1999), o primordial é a Contabilidade sempre ser ágil, confiante, transparente e deve realmente ser utilizada como ponto de referência na tomada de decisão das empresas. Ela é uma ferramenta de suma importância no mundo, pode e deve ser utilizada como referência em decisões.
Com o aumento tanto na quantidade de negociações, quanto no volume de dinheiro, a Contabilidade ganhou impulso como ferramenta imprescindível, para ajudar as empresas a não perder o controle do que acontece. 
É incansável a luta das empresas para se manterem no mercado econômico, portanto é fundamental que obtenham o controle do patrimônio, pesando os gastos e recebimentos, procurando sempre se apoiar em um bom nível de segurança, que o contador pode lhe informar.
1.2 A Globalização e sua relação com a Contabilidade 
A globalização influenciou os aspectos socioeconômicos de diversos países. Esse processo global trouxe alterações na Contabilidade dos mesmos, fazendo com que o Brasil entre outros, mudassem seus paradigmas e adentrassem a realidade da internacionalização das normas contábeis nacionais. De acordo com Sá (1998) a globalização influencia diretamente as atividades contábeis do Brasil, tanto de forma positiva quanto de forma negativa. 
A globalização também levou a disseminação do conhecimento contábil, possibilitando a países pequenos e em desenvolvimento, acesso a esse conteúdo. Iudícibus, Marion e Faria (2009) embasam esta afirmação mostrando que a globalização dos mercados faz com que os pesquisadores, profissionais, professores e alunos se adaptem às mudanças em relação às novas normas, práticas, objetivos e conceitos contábeis. 
Esse acesso ao conhecimento contábil, traz benefícios a economia dos países em desenvolvimento, como observado por Dolabella (1996) a adoção aos padrões internacionais, impulsionado pela globalização, permitiu a estes países uma integração maior com a economia mundial. 
A adequação aos moldes internacionais de Contabilidade também busca alcançar objetivos tais como: difundir competências na área contábil, atender as necessidades dos investidores e facilitar as atividades das empresas transnacionais entre outros, como foi mostrado por Blake e Amat (1993). 
A convergência para os padrões internacionais de Contabilidade identifica um grande passo para a valorização da Contabilidade dos países em termos de mais eficiência contábil e valorização da economia nacional. Desta forma a globalização da economia é um fenômeno irreversível que ultrapassa o campo da economia e das relações financeiras. Globalização tem sido a palavra-chave para a Economia nos anos 90 e isso não é diferente para o Brasil. 
Diante destes fatos a harmonização da globalização com a Contabilidade se torna inegável e inevitável. Porém, Feitosa (2001) nos mostra que: “a padronização de uma estrutura global para as demonstrações contábeis tem avançado, mas ainda não é uma realidade.” Desta forma cada dia mais os países se adequam ao padrão internacional, as alterações nas normas contábeis acontecem a todo momento caminhando para uma possível unificação futura.
1.3 Contabilidade Internacional 
A contabilidade internacional é afetada pela globalização, devido à necessidade de um padrão para a demonstração dos resultados contábeis entre diferentes países, foi criado assim, o International Financial Reporting Standards (IFRS) que pode ser traduzido como Normas e Padrões Internacionais de Contabilidade. Segundo Junior (2009), as IFRS - International Financial Reporting Standards, são normas que tem o objetivo de desenvolver um modelo padrão de normas contábeis internacionais. Para obter transparência e comparabilidade adequada na elaboração de Demonstrações Contábeis, e que atendam ao público interessado. Desta forma, a IFRS surge para criar uma contabilidade padrão entre os países, porém é importante ressaltar, que mesmo aderindo a essa padronização os países ainda possuirão suas singularidades culturais e econômicas, e as mesmas deverão ser levadas em consideração. 
Segundo Attie (1998) o desenvolvimento econômico de cada país está fortemente ligado à cultura, às tradições históricas, a estruturação política e social. Portanto as práticas contábeis são reflexos das situações vividas pelo país. Enfim, a contabilidade também vai mudando, de acordo com as alterações vividas socialmente e economicamente pelos países. 
Na década de 70 criou-se o International Accouting Standards Committee, que impulsionou a adoção das Normas Contábeis Internacionais (NIC), pelos países europeus. Os Estados Unidos seguem padrões estabelecidos pelo Financial Accouting Standards Board (FASB), porém em 2002 houve a convergência desses padrões, com os padrões do International Financial Reporting Standards (IFRS) (SÁ, 2002).
1.4 O Brasil e os Padrões Internacionais de Contabilidade 
A globalização diminuiu as distâncias, facilitou a troca de informações entre outros aspectos. E a contabilidade também foi afetada por esta aproximação entre os países. Andrade (1997) mostrou que a linguagem contábil não é homogênea, existe uma grande variação entre os países, através da globalização foi possível formar-se a contabilidade internacional, que surgiu para harmonizar os relatórios financeiros elaborados dentro do contexto econômico individual de cada país. 
Uma vez que a globalização busca estreitar as diferenças, facilitar a comunicação entre o todo, a mesma teve seus efeitos na Contabilidade. No Brasil, como no resto do mundo, a globalização evidenciou seus efeitos, levando a convergência das normas e a utilização de padrões internacionais. Essas mudanças podem ser vistas como tentativas internas de expansão e solidificação no mercado interno. 
A regulamentação das normas contábeis brasileiras é feita pelo Comitê de Pronunciamento Contábil (CPC), mas a partir da Lei nº 11.638/2007, que começaram as convergências das normas brasileiras aos padrões internacionais. No ano de 2009 a Resolução CFC 1.156/2009 fez com que as normas brasileiras seguissem os padrões contidos no International Financial Reporting Standards (IFRS). O Brasil passou a adotar as Normas Internacionais de Contabilidade a partir de 2008, com a promulgação da Lei 11.638/2007. (ANTUNES et al, 2012, p.8)A partir do ano de 2010 as empresas estabelecidas no país foram obrigadas a elaborar os seus demonstrativos financeiros, enfim a contabilidade, conforme as normas acima citadas. Seguindo a Instrução nº 485 que exige que as demonstrações financeiras sejam conforme IFRS e as normas contábeis emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). 
A Lei nº 11.638/2007 produziu importantes alterações de aplicação imediata no exercício de 2008, em linha com os padrões contábeis internacionais, além de estabelecer para a CVM o poder/dever de emitir normas para as companhias abertas em consonância com esses padrões internacionais. Em função do disposto no § 5º do artigo 177 adicionado pela Lei nº 11.638/2007, as normas contábeis emitidas pela CVM (Comissão de Valores mobiliários) deverão estar obrigatoriamente em consonância com os padrões contábeis internacionais adotados nos principais mercados de valores mobiliários, ou seja, de acordo com as normas emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), que é hoje considerado como a referência internacional dos padrões de contabilidade. Cabe dizer que a CVM através da Deliberação 539/2008 aprovou a Estrutura Conceitual divulgada pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, absolutamente em linha com o Conceptual Structural Framework elaborado pelo IASB; orientado por conceitos de julgamentos profissionais em ambiente Common Law. (GRECO, 2008 p.1) 
A lei de 11.638/07 foi o primeiro passo importante para o Brasil começar a se adequar as normas internacionais, estabelecidas pelo International Accouting Standards Committee (IASC), seguindo consoante com as IFRS.
2.EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO
Na atualidade, com a intensa competitividade dentro dos mercados, as organizações buscam incessantemente por vantagens ou diferenciais competitivos que as destaquem de seus concorrentes, o que tem resultado no aperfeiçoamento de uma área que só agora desperta o interesse da alta administração: a gestão de pessoas. 
Ainda na época da Revolução Industrial no século XIX, os problemas encontrados pelas organizações estavam relacionados com a busca de maior eficiência do processo produtivo, e os trabalhadores (termo utilizado à época) eram tidos como parte de uma engrenagem mecânica, especializados, a fim de evitar desperdícios e atingir a padronização da produção, assim surgia a Teoria Clássica e a Teoria da Administração Científica. 
Conforme o ambiente mudava, as necessidades e exigências para com as organizações também sofria alterações, e como consequência, as teorias administrativas buscavam se adequar à nova realidade. Diversos enfoques foram utilizados, e por um breve período de tempo, sanaram as necessidades organizacionais, algumas até mesmo resgataram valores de teorias mais antigas, entretanto, o ciclo de mudanças as tornaram obsoletas ou incompletas para a função que deveriam ter. 
As modernas técnicas de gestão, e incluindo os aspectos relacionados à gestão de pessoas, abolem as divisões organizacionais focadas em departamentos, e tratam a organização como um grupo de subsistemas formados por equipes de pessoas, buscando a adequação organizacional frente ao ambiente ao qual está inserida. 
De modo contemporâneo, técnicas modernas, como a melhoria contínua, a qualidade total, a reengenharia e ainda o benchmarking, condizem com a atualidade, mas pensando em perspectivas futuras, é incerto afirmar ou realizar qualquer tentativa de previsão precisa sobre como o mercado irá se comportar e quais serão os novos requisitos para as organizações, principalmente no que tange a gestão de pessoas.
3.Globalização 
O entendimento do conceito e das implicações do fenômeno da globalização constitui um ponto de partida na análise das especificidades da Era do Conhecimento. A primeira constatação é a inconsistência conceitual e o forte conteúdo ideológico com que o termo foi moldado. Na percepção dominante, estaríamos caminhando para um mundo sem fronteiras com mercados (de capitais, informações, tecnologias, bens, serviços etc.) tornando-se efetivamente globalizados e para um sistema econômico mundial dominado por “forças de mercado incontroláveis”, sendo seus principais atores as grandes corporações transnacionais social- CHAVES PARA O TERCEIRO MILÊNIO NA ERA DO CONHECIMENTO — 11 mente sem raízes e sem lealdade com qualquer Estado-Nação. Tais corporações estabelecer-se-iam em qualquer parte do planeta, exclusivamente em função de vantagens oferecidas pelos diferentes mercados. Assim, apregoa-se que a única forma de evitar tornar-se um perdedor — seja como nação, empresa ou indivíduo — é ser o mais inserido, articulado e competitivo possível no cenário global. Dessa perspectiva, a globalização é apresentada como um mito, um fenômeno irreversível sobre o qual não se pode intervir ou exercer influência. O papel dos Estados nacionais, particularmente da periferia menos desenvolvida, é aqui descrito como extremamente diminuído, senão anulado, só lhes restando a aceitação incondicional e o azeitamento do desenvolvimento das forças econômicas em escala global
Considera-se que a atual aceleração do processo de globalização vá além do processo de internacionalização da economia uma vez que envolve a interpenetração da atividade econômica e das economias nacionais em nível global. A globalização é aqui entendida não tanto pelo peso do comércio internacional na economia de cada nação, mas fundamentalmente como expressando o fato de que as economias nacionais agora funcionam efetivamente e em tempo real como unidades de um todo global. São dois os principais elementos catalisadores do processo de globalização no final do milênio: a adesão de um grande número de países a políticas de cunho (neo)liberal, atribuindo ao mercado a prerrogativa de promover sua autorregulação; e a ampla difusão das tecnologias de informação e comunicação, as quais proveram os meios técnicos que possibilitaram a ruptura radical na extensão e velocidade dos contatos e de trocas de informações possíveis entre diferentes atores individuais e coletivos (Lastres e Ferraz).
3.1 A Globalização e o Brasil 
O Brasil, mesmo que de forma mais branda em tempos antigos, teve na globalização uma das suas principais influências de modelo econômico, se espelhando em países desenvolvidos. De acordo com Antunes (2004), os avanços tecnológicos surgidos na década de 90 impulsionaram, de forma acentuada a globalização, propiciando ao mundo inteiro uma substancial melhora nos sistemas de comunicação, o que interferiu diretamente na economia e nas finanças dos países. 
A década de 90 foi essencial para o fortalecimento da globalização no Brasil, com a abertura econômica, a entrada dos grandes sistemas de telecomunicações e a Internet de banda larga, que impulsionou a globalização de forma definitiva. 
De acordo com Morais (2013), a globalização trouxe ao país inúmeros investidores, e muitos destes participam da economia brasileira, através da Bolsa de Valores, porém quando os mercados mundiais entram em queda, o Brasil sai bastante prejudicado. Isso se deve ao outro lado do processo de globalização uma vez que estão interligados. A economia brasileira é afetada com oscilações do mercado e com as variações cambiais, mostra a necessidade de solidificação da economia, no sentido de não ser afetada por fatores externos. 
Como o Brasil tem sua jovem economia plenamente ligada aos mercados financeiros internacionais, a valorização e desvalorização do dólar e do euro, fazem com que nossa economia oscile diariamente (ZANLUCA, 2013). Apesar da globalização permitir uma distância menor entre a maioria dos países, ainda há um abismo que separa os países desenvolvidos dos subdesenvolvidos, mostrando que pode-se evoluir para reduzir este desnivelamento.
4. Implicações e desafios para o Brasil 
As transformações associadas à inauguração da Era do Conhecimento e a parcial integração da economia mundial afetam o Brasil assim como os países da América Latina de forma significativamente desfavorável.Dentre as razões que, na última década, reforçaram esta situação incluem-se: A perda de dinamismo das economias da região que, com o significativo declínio dos investimentos, conduziu a uma perda de posi- ção desses países no comércio internacional. A instabilidade macroeconômica associada à crise da dívida e à desorganização das finanças públicas, que afetou os níveis de investimentos tanto internos quanto externos de longo prazo, com impactos negativos particularmente nos esforços em capacitação e desenvolvimento científico e tecnológico. A ausência de políticas ativas, particularmente importantes no momento de transição, conforme demonstrado pela experiência dos países mais avançados. A estas se somam condições desfavoráveis de natureza estrutural. No caso específico do Brasil, salientam-se: a fragilidade na maioria dos arranjos produtivos de alto valor agregado e conteúdo tecnológico; a competitividade principalmente em setores produtores de commodities de elevada escala de produção, baixo valor agregado e intensivos em recursos 21 naturais, insumos agrícolas e energia; as crescentes dificuldades e o reduzido tamanho e número dos grandes grupos empresariais brasileiros com condições de atuar mais ativamente no plano global. Um primeiro ponto refere-se às políticas de modernização produtiva e de integração com a economia mundial, centrada na maior abertura, privatização das empresas estatais, atração de tecnologias e investimentos (produtivos e financeiros) estrangeiros e desregulamentação das atividades. O material empírico analisado neste livro confirma, por exemplo, que a nova dinâmica tecnológica internacional centra-se nos países mais avançados com a concomitante marginalização dos menos desenvolvidos e aponta para a exclusão do Brasil dos atuais movimentos dinâmicos associados ao designado processo de tecno-globalismo. O país não vem reunindo condições de parceiro nem de concorrente, sendo crescentes as dificuldades de acesso ao conhecimento, tanto em relação ao processo de geração como de colaboração global de tecnologia. Tais conclusões mostram-se particularmente graves tendo em vista que, “numa época em que o conhecimento vem assumindo um papel absolutamente relevante e estratégico, o reduzido esforço dos agentes nacionais nestas atividades, além de se traduzir em desvantagens competitivas, sentenciam-nos ao papel de absorvedores passivos de tecnologias desenvolvidas alhures” (Maldonado). Na discussão específica sobre o imperativo da modernização produtiva, reconhece-se a importância manifesta já claramente no início dos anos 1990 para (a) reestruturar e modernizar o parque produtivo brasileiro e submetê-lo à concorrência internacional abandonando as práticas protecionistas; e (b) romper um status quo exageradamente estatizante. No entanto, aponta-se que, nem por isso, se deve cair no extremo oposto de acreditar que repentinamente todo um sistema produtivo possa tornar-se competitivo por conta própria. Nessa linha é que se questiona o discurso neoliberal de que todo o esforço modernizador deve ser deixado apenas ao mercado, acreditando-se que os empresários, ao adotarem as decisões mais racionais, conduziriam o sistema produtivo aos níveis de competitividade internacional. Nota-se ainda que a obtenção de bons resultados na competição econômica internacional constitui interesse que transcende as próprias empresas e os seus proprietários (Passos).Um segundo e correlato ponto de convergência dos argumentos diz respeito aos efeitos negativos derivados do maior nível de dependência e vulnerabilidade da economia brasileira verificado no final do milênio. Destacam-se especificamente os efeitos das crises cambiais (como a de janeiro de 1999) freando os investimentos públicos e privados em tecnologias da informação e os problemas decorrentes da dependência excessiva de importações no quadro de grandes flutuações da taxa de câmbio real e dificuldade de acesso ao crédito externo. Assim, Tigre — em sua análise sobre perspectivas do comércio eletrônico — é um dos autores que apontam para o fato de, atualmente, “o Estado agir como ‘espectador’ das forças de mercado, limitando-se a adequar as estruturas e regulações existentes à evolução tecnológica, privatizar os serviços de telecomunicações e seguir as recomendações de organismos internacionais em relação a normas e padrões técnicos. A política é passiva, reservando ao Estado o papel de fiscal dos contratos e metas acertadas com a iniciativa privada”. Um terceiro ponto refere-se ao alarmante problema da extremamente desigual distribuição de renda, como forma de garantir sua inserção positiva no novo padrão. Chama-se ainda a atenção para a alta taxa de analfabetismo real e funcional, a qual constitui barreira adicional à difusão das novas tecnologias e aos novos padrões associados às mesmas. Associando a precariedade da infra-estrutura física e social dos países menos desenvolvidos à limitada inserção dos mesmos na dinâmica global, destaca que tais países vêm desempenhando papel de meros importadores de informações, tecnologias e serviços, deixando de explorar o potencial de integração às redes globais e de gerar empregos qualificados para sua população (Tigre, Maldonado). Um quarto ponto diz respeito às implicações desses fatores moldando uma “neodependência”, a qual reflete a forma de inserção do Brasil na nova divisão internacional do trabalho. “Entretanto, após ter, sobretudo nos anos 1970 e 1980, dado mostras de estar disposta a ocupar uma nova e mais criativa posição na divisão internacional do trabalho (do que foram fortes evidências as nossas importantes iniciativas em indústrias tais como informática, telecomunicações, aeroespacial, nuclear etc., e alguns ousados dispositivos, hoje já anulados, da Constituição de 1988), a sociedade brasileira, ao longo desta última década do século, parece ter optado, em definitivo, por conformar-se a disputar o trabalho relativamente redundante” (Dantas). Conclui-se então pela frustração da expectativa de que as políticas neoliberais adotadas pudessem acelerar e propiciar uma integração positiva da economia brasileira com o mercado global. Assim, a recomenda- ção principal de todos os capítulos, que neste livro tratam desta questão, refere-se à definição e exercício de um papel mais ativo e coordenado por parte do governo brasileiro, orientando uma melhor forma de inser- ção do país na Era do Conhecimento, sob o risco de continuar a mesma sendo dependente e extremamente fragilizada. Neste sentido, aponta-se especialmente para a necessidade de promover o desenvolvimento do aparato produtivo local, especificamente visando reduzir a vulnerabilidade da oferta de equipamentos importados e dos demais setores difusores do progresso técnico (Tigre, Cassiolato, Dantas). Nesta mesma linha é que Passos vaticina “se a economia brasileira não endogenizar, isto é, não constituir dentro de seu territó- rio, pelo menos um núcleo competitivo de algum porte dinâmico, antes que as economias industrializadas venham a ingressar em um novo ciclo expansivo de longo prazo, a sociedade brasileira entrará no próximo século na condição de um novo subdesenvolvimento. Superar estas condições são os desafios contemporâneos da economia e sociedade brasileira”. Acima de tudo argumenta-se que as estratégias mais eficazes de aprendizado e capacitação nas novas tecnologias da informação que baseiam a Era do Conhecimento dependem não apenas do acesso e uso efetivo das mesmas, mas principalmente do domínio das diferentes etapas desde sua concepção até a comercialização, o que tem colocado o Brasil em relativa desvantagem, frente à sua pequena participação nessas atividades. Igualmente destaca-se a importância dos investimentos em capacitação, pesquisa e desenvolvimento locais, e em particular do aprendizado, para que seja possível o desenvolvimento endógeno. Aponta-se ainda que o estí- mulo à mais ampla educação e qualificação dos indivíduos tornou-se um condicionante forte para competitividade e crescimento econômico, tornando-se um importanterequisito das novas políticas públicas e privadas características da nova era (Cassiolato, Marques, Lemos).
5. “Nova economia”
 5.1 Informação e conhecimento e a potencialização de seu uso econômico
 Fora do campo da economia e apesar da grande diversidade de enfoques e interpretações das atuais mudanças, um grande número de estudiosos reconhece na informação e no conhecimento os elementos fundamentais da dinâmica da nova ordem mundial em conformação. Além das próprias designações da nova fase, que já aludem diretamente a tais ele mentos, a linha de argumentação de autores importantes e influentes revelam ênfase semelhante, ao objetivarem definir a nova ordem em conformação. Castells (1992 e 1993), por exemplo, aponta para a inaugura- ção de um novo tipo de economia: a economia informacional, que se articula em consonância com uma importante revolução tecnológica: a das tecnologias de informação. O papel crescentemente importante do conhecimento e da informação é apontado como principal característica dos novos sistemas econômicos avançados, transcendendo a importância econômica de outras eras. Nesta mesma direção encontram-se outras contribuições que apontam para essa transição de regime (padrão ou paradigma) de acumulação, a qual se apoia em uma revolução informacional. Mesmo nos casos em que não são utilizados os conceitos da economia da inovação, tal revolução é vista como engendrando transformações comparáveis às ocorridas em fases anteriores de mudanças radicais no padrão de acumulação capitalista e, em particular, à denominada Revolução Industrial do final do século XVIII. No entanto, nota-se, com frequência, que os impactos econômicos e sociais esperados da nova ordem mundial em conformação são considerados como até mais importantes que os gerados pela Revolução Industrial: “Este fim de século acena com uma mutação revolucionária para toda a humanidade, só comparável à invenção da ferramenta e da escrita e que ultrapassa largamente a da Revolução Industrial ... A Revolução Informacional está em seus primórdios e é primeiramente uma revolução tecnológica que se segue à Revolução Industrial. ... A transferência para as máquinas de um novo tipo de funções cerebrais abstratas encontra-se no cerne da Revolução Informacional” (Lojkine, 1995, pp.11-3). “Em termos ideais, a Revolução da Informação repetirá os êxitos da Revolução Industrial. Só que, desta vez, parte do trabalho do cérebro, e não dos músculos, será transferido para as máquinas” (Dertouzos, 1997, p. 46). “O que mudou não é o tipo de atividade na qual a humanidade está engajada, mas sim a habilidade em usar uma força produtiva a qual distingue nossa espécie biológica das demais: nossa capacidade de processar símbolos” (Castells, 1996, p. 92). Portanto, se a Revolução Industrial transfere a força humana para as máquinas, aponta-se agora para o início de outro processo de transferência; qual seja o de experiências e capacitações até então exclusivas aos seres humanos, como aquelas incorporadas por exemplo em softwares. Por essa razão é que a revolução informacional é vista como transformando ainda mais radicalmente o modo como o ser humano aprende, faz pesquisa, produz, trabalha, consome, se diverte, exerce a cidadania etc. Assim e apesar da maior visibilidade das informações e das tecnologias da informação, tanto na economia quanto nas demais dimensões (social, cultural, política etc.),5 alguns autores vêm preferindo caracterizar a nova forma de economia com base ou intensiva em conhecimento (ou “economia da inovação perpétua” como sugerido por Morris-Suzuki, 1997). Autores como Freeman, Soete, Lundvall e Foray, por exemplo, vêm reafirmando em seus trabalhos que a sociedade está diante de uma importante transição para uma forma de economia ainda mais forte e diretamente enraizada na produção e uso de conhecimentos. O ponto principal de tais contribuições é que as tecnologias de informação “dão à economia baseada no conhecimento uma nova e diferente base tecnológica, que radicalmente amplia as condições de produção e distribuição de conhecimentos, assim como sua inter-relação com o sistema produtivo” (Foray e Lundvall, 1996, pp. 13-4). Estes autores diferenciam o acesso à informação do acesso ao conhecimento, enfatizando que a difusão das TIs implica maiores possibilidades de codificação de conhecimentos e a transferência desses conhecimentos codificados; mas de forma alguma anula a importância dos conhecimentos tácitos ou não, que permanecem difíceis de transferir e sem os quais não se têm as chaves para descodificação dos primeiros. Assim e apesar do reconhecimento dessa maior intensidade e importância, o papel do conhecimento na economia ainda é problemático devido a suas características intrínsecas e particularmente à necessidade de apropriá-lo e transformá-lo (ou parte do mesmo) em bem privado. Nota-se aqui o constante questionamento que tem sido feito à legitimidade do reconhecimento dos direitos de propriedade intelectual. Tal questionamento diz respeito a tratar o agente inovador como um indivíduo (ou conjunto de indivíduos), e a ele conferir a propriedade do conhecimento, quando sabidamente o conhecimento que baseia tal inovação provém de um acervo social e coletivo. Daí o papel também crucial da propriedade intelectual na nova economia e dos debates que têm acompanhado sua nova abrangência e formulação.
6.Baumann: Modernidade e 
Cercada de polêmica e restrições, a pós-modernidade ainda é um tema tabu no meio acadêmico. Parece estar na moda demais, vulgarizada demais, ser crítica demais para ser considerada um conceito cientificamente válido e útil. Não é incomum, por exemplo, ouvir que pensadores da pós-modernidade criticam a tudo tão desmesuradamente que ficam incapazes de apresentarem construções teóricas propositivas. Para pensar melhor a respeito deste assunto, o livro Modernidade e ambivalência do sociólogo polonês Zygmunt Bauman pode ser muito útil.
Seu autor se utiliza de maneira segura do conceito de pós-modernidade para falar do atual estágio da produção do conhecimento humano.
Teria sido no período final do século XX a superação da condição moderna da existência humana. Período até então marcado pela busca por certezas científicas e por verdades totalizadoras. Quando se acreditou que a ascensão de uma verdade suprema iria reduzir as diferenças presentes na sociedade a uma única versão, a real, a correta. A modernidade esperava e se preparava para o consenso, para a homogeneização do mundo, dos saberes, das diferenças dos indivíduos. 
Ao contrário do que muitos pensariam a respeito da pós-modernidade, ela não é a contestação de todo o conhecimento racional produzido anteriormente. Ela seria, sim, a constatação de que não se pode mais continuar acreditando na descoberta da verdade única, permanente, trans-histórica. Teria ficado nítido que o aumento do conhecimento não diminuiria nossa ignorância, na realidade ela faria o contrário, a aumentaria. O conhecimento é acima de tudo histórico e auto-referenciado em seu contexto cultural. Por isso Bauman diz que todo o saber produzido durante a modernidade não é para ser jogado fora, mas sim para ser analisado como um estudo da sociedade moderna especificamente. E não como uma verdade estrutural.
A racionalidade moderna, na busca pelo “único” se deparou com o “múltiplo”, com o diverso, com a ambivalência. Ambivalência que seria a constatação de que a sociedade moderna é uma “sociedade contingente, de uma sociedade entre muitas, a nossa sociedade” (p.244). Viveríamos num mundo sempre de muitas opções, o que Bauman chama de mundo multifinal. A contingência para Bauman é uma característica sempre presente na História da humanidade, mas que agora estaria ainda mais nítida, de modo que precisaríamos aprender a lidar com este fato, e não mais sofrer com ele. Já teríamos constatado que nem mesmo a pesquisa científica seria capaz de nos afirmar corretos e precisos em nossos atos. Não temos mais a possibilidade da racionalidade como um tranquilizador para as difíceis atitudesem que implica viver. Nos resta ter em mente que só somos capazes de garantir termos feito o melhor possível de acordo com as condições daquele momento da ação.
O rompimento do projeto de universalidade (de sua crença e sua procura) nos levou a repensar até os primórdios da formação do conhecimento: o que é verdade, afinal? Precisaríamos ter em mente que a formação do entendimento do que é verdade é socialmente construída. A verdade seria uma forma de legitimar algum tipo de poder, de legitimar alguma superioridade intrínseca ao detentor da verdade. A verdade seria uma relação social, mais precisamente “um aspecto da forma hegemônica de dominação ou de uma pretensão a dominar pela hegemonia” .Sua leitura sobre a relação entre a verdade e poder é bastante próxima daquela de um dos precursores do pensamento pós-moderno, Michel Foucault, para quem saber e poder eram indissociáveis, nascendo e morrendo sempre juntos. O surgimento de um novo poder implicaria em um novo saber e vice-versa.
Para Bauman, a queda do projeto universalista transformou a sociedade num conjunto de individualidades. Bauman percebe este processo, mas não o caracteriza pejorativamente a princípio. A individualidade é o resultado de um momento de maior liberdade e maior aceitação do diferente e por isso o autor a compara com a ideia de emancipação. A individualidade seria o resultado do fim do horror à ambivalência e do começo da tolerância. Ser diferente de todos passa a ser mais aceitável e até comercialmente desejável às vezes.
Assim, se a individualidade isola e separa, não necessariamente o faz de maneira agressiva ou destrutiva, pois nos encaminhamos para um momento de tolerância. Tolerar a diferença do outro seria uma maneira de reconhecer que todos temos individualidades e que aceitar o diferente é defender nossa própria existência. O autor ressalta que muitos fazem desse binômio individualidade-tolerância uma maneira de ignorar qualquer diferença, inclusive as grandes misérias humanas. O olhar para a vida se tornaria blasé, condescendente. O outro é visto com indiferença e desprezo, até mesmo quando sofre.
A pós-modernidade aceita o diferente, o contingente (“a diferença é bela e não menos boa por isso”( p. 269)). Não se segue mais o entendimento da modernidade que mirava no objetivo do consenso, da uniformização, do fim das diferenças. Só que a pura tolerância, como vimos, pode ser ingênua ou egoísta e para evitar isso (e como conseqüência lógica dessa estrutura de pensamento) se faria necessário que ela se apresente como solidária ou amiga: 
“A solidariedade, ao contrário da tolerância, que é sua versão mais fraca, significa disposição para lutar; e entrar na luta em prol da diferença alheia, não da própria” (p. 271).
Defendendo as diferenças, o autor prega uma espécie de projeto político para a pós-modernidade, baseado na liberdade,a chave quase inevitável de garantir uma sociedade melhor na pós-modernidade. Não seria fácil aceitar a contingência e a liberdade como regras da vida, lembra Bauman. Ter opções e decidir entre elas nos causa sofrimentos que exigem que a contingência tenha que contar com a amizade para nos manter com algum tipo de sanidade mental. Isolados e distantes das grandes identidades, estaríamos nos encaminhando para uma era de comunidades, “da busca, invenção e imaginação da comunidade” (p.261). Nós temeríamos não ter identidade, não ter raízes, e correríamos desesperadamente para nos sentirmos acolhidos. A comunidade funcionaria como uma “mistura incomum de diferença e companhia, como singularidade que não é retribuída com a solidão” (p.261).
Outro ponto focado por Zygmunt Bauman é a relação destas fases da epistemologia humana com a moralidade. O medo que a modernidade tinha da diferença era o medo da carnificina universal e da anarquia que parecia ser o destino de indivíduos sem autoridade inconteste e aterradora – sacra ou secular, político ou filosófica. Embora o autor não se detenha sobre este ponto, pode-se perceber que sua leitura da condição pós-moderna é (ou precisaria ser) pautada por vários valores morais, como solidariedade, tolerância, gentileza e amizade.
Bauman reconhece que parte destes valores degenera em coisas ruins, como egoísmo, insensibilidade e desinteresse pela miséria humana, principalmente pela influencia do consumismo. E essa alienação seria um desafio colocado à condição pós-moderna. A pós-modernidade não teria posto fim a males sociais e a sociedade ainda estaria dividida entre felizes “seduzidos” e felizes oprimidos.
O autor polonês ressalta que não são tão nítidas as diferenças entre as condições pós e moderna, nem a pós-modernidade significa exatamente o fim, o descrédito ou a rejeição da modernidade. Ela não seria um estágio à parte. “A pós-modernidade é a modernidade que atinge a maioridade” (p. 288).
Se a moralidade não sai de moda na nova condição humana, a política e a história também não parecem ver seu fim no horizonte. Por sinal, é possível que a era pós-moderna gere suas próprias formas políticas. O momento atual de fato parece apontaria que, quaisquer que sejam as novas formulações a respeito, caminhamos para a política, a democracia e a plena cidadania como meios da plena realização da pós-modernidade.
Como último grande suspiro da modernidade, Bauman apresenta o socialismo como uma última maneira de resgatar o projeto da modernidade da degeneração realizada sob o ordenamento capitalista. O projeto socialista era racionalizante, planejador, plenamente industrializador. Moderno, enfim. Seu período final coincidiu com a derrocada da modernidade e com o adensamento das críticas ao projeto moderno. Vence o indivíduo, perde o projeto totalizante.
Na pós-modernidade de Bauman não seriam coerentes os projetos socialistas idealistas de reforma do mundo. São planificadores demais! Ignoram as contingências, as diferenças.
As considerações de Bauman, como indicam alguns críticos da pós-modernidade, pode até ser  percebido como anti-revolucionário. Aliás, seu discurso com ênfase na liberdade, o colocaria no espectro político da direita segundo a famosa leitura de Norberto Bobbio.
Mas o pensamento de Bauman não pode ser taxado de apolítico. Parte de seu texto é dedicada a comentar a importância de se repensar as questões sociais em um mundo pautado pela indiferença e inconformismo. O avanço da cidadania e da democracia pode ser um meio possível para não permitir que se tenha uma sociedade para dois tipos de pessoas, os incluídos e os excluídos. A pós-modernidade precisaria ser ainda mais do que tolerante, ser solidária, no sentido de estimular as diferenças e seu respeito. Entender que miséria e exclusão não são resultado meramente das escolhas individuais dos indivíduos e que a melhoria das qualidades de vida em âmbito geral ainda é possível. A felicidade é possível. 
Assim, é fascinante ver a capacidade de Zygmunt Bauman de produzir uma proposta fortemente coerente e lógica de pós-modernidade. Se ela não é revolucionária, pode-se perceber que uma de suas grandes novidades é não ignorar a importância da moralidade. A pós-modernidade e a contingência reconstroem a verdade, trazem a dúvida, o múltiplo, a diferença para o centro da definição da atual forma de vida. Mas precisariam de solidariedade, fraternidade, tolerância.A pós-modernidade de Bauman não é amoral, ou desregrada.
CONCLUSÃO
Com os avanços tecnológicos, a facilidade da troca de informações, a globalização passa, a cada dia mais, fazer parte do cotidiano dos países, tendo reflexos sob suas economias. As ciências contábeis remontam da antiguidade, dos primórdios das sociedades organizadas. Apesar do paradoxo, a globalização, ferramenta atual, e a contabilidade, ferramenta antiga, estão totalmente relacionadas. 
Percebe-se que a contabilidade evolui lado a lado com o país, galgando níveis econômicos e conquistando espaço no cenário mundial. Participando ativamente da atividade monetária do país. No Brasil, não foi diferente, desdea colônia a contabilidade esteve presente, assim como nos dias de hoje. 
Quando o país em desenvolvimento mostra os resultados de sua contabilidade, de acordo com o IFRS, dá aos seus possíveis investidores mais segurança para analisar e realizar um possível investimento como é o caso do Brasil. Porém, não basta apenas à adequação aos padrões globalizados de contabilidade, é necessário, uma economia estável também. 
Concluí - se que a adesão da contabilidade brasileira à IFRS trará um fator positivo para a economia nacional. A globalização e as ciências contábeis caminham lado a lado no que diz respeito a forma de como trabalhar com o patrimônio de entidades. Acredita-se que as normas internacionais de contabilidade não ficarão imutáveis, pois o mesmo deverá acompanhar a evolução da sociedade, ciências estas em recorrente transformação, reciclagem sempre buscando a melhor maneira de lidar com os patrimônios.
Analisar fatos históricos que demonstrem a evolução pelo qual passou a gestão de pessoas dentro da teoria administrativa é prazeroso, mas mais importante, serve de base para que as modernas organizações entendam como se chegou ao atual status em que o mercado se encontra. 
As mudanças dentro das organizações só ocorreram em virtude da ação de variáveis no mercado, cada teoria administrativa foi surgida em um momento.
Após a apresentação de situações e resultados ao longo de mais de um século de Teoria Administrativa, fica difícil entender como organizações foram displicentes com seus colaboradores, por isso se faz necessário um aprofundamento da situação socioeconômica e também político-militar ao longo deste período de evolução do pensamento administrativo, em complemento com o entendimento do mercado de cada época, de cada teoria. Se por um lado o que parece fácil, o entendimento de como chegamos a atual situação no que se refere à gestão de pessoas, do capital intelectual, dos recursos humanos, é na verdade algo complexo e que exige aprofundamento de conhecimento, ainda mais difícil é tentar prever o que acontecerá. Por mais que tentemos prever o movimento dos consumidores, da concorrência, de ideologias políticas, militares, do próprio ecossistema que nos cerca, enfim, do mercado como um todo, é impossível estabelecer com certeza as mudanças que ocorrerão na gestão de pessoas.
 É de se esperar uma maior exigência de capacidades intelectuais dos colaboradores, até mesmo para as atividades de base, operacionais, tornando assim os pré-requisitos para cargos elevados ainda mais exigentes. Entretanto, não podemos ter a certeza de que o mercado não é algo cíclico ou que é, no que se refere ao papel das pessoas dentro das organizações. Teorias que eram defendidas com unhas e dentes por seus adeptos se mostraram inadequadas em poucos anos, suplantadas, mas que tiveram sua essência como base para o surgimento de novas teorias, que suplantaram seu algoz. 
O mercado pode se moldar de tal forma que, exija uma reformulação na gestão empresarial e como consequência na gestão de pessoas, não podendo deixar de cogitar até mesmo um ressurgimento de uma teoria qualquer, devidamente reformulada e adaptada ao novo mercado, poder-se-ia contemplar até mesmo uma reformulação total dos conhecimentos e princípios até então implantados por administradores. 
De certeza, temos o entendimento de que o mercado está em contínua mudança, e tanto as organizações como as teorias que representam os métodos de gestão, precisam acompanhar o ambiente, sob pena obsolescência.de ruptura, no qual a teoria antecessora se tornou obsoleta em face às novas necessidades e exigências que o mercado apresentou em sua devida ocasião. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRANTES, José. Teoria geral da administração – TGA: a antropologia empresarial e a problemática ambienta. Rio de Janeiro: Interciência, 2012; 
ARAÚJO, Luis César G. de. Teoria geral da administração: aplicação e resultados nas empresas brasileiras. São Paulo, Atlas, 2004;
BACCI, J. Estudo Exploratório Sobre o Desenvolvimento da Contabilidade Brasileira – uma contribuição ao registro de sua evolução histórica. São Paulo: Atlas, 2002. 
BLAKE, J.; AMAT, O. European accounting. London: Pitman Publishing, 1993. 
DOLABELLA, M. M. Globalização e Contabilidade: Modelos Contábeis de Avaliação das Empresas Multinacionais. Contab. Vista & Rev. Belo Horizonte, v.7, n.2, p. 29-39. 1996. 
FEITOSA, A. A Globalização da Economia e a Necessidade de Harmonização Contábil. 2001. 
GRECO, M. V. D., Veja as principais alterações da lei 11638/2007. 12 de agosto de 2008 disponível: http://www.coad.com.br/home/noticias-detalhe/14746/veja-as-principais-alteracoes-da-lei-116382007. Acesso em: 28 de abril de 2014. 
HENDRIKSEN, E. S.; BREDA, M. F. V. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999. 
IFRS E CPCS - A NOVA CONTABILIDADE BRASILEIRA: Impactos para o profissional de RI. Campinas: Price Waterhouse Coopers, v. 1, n. 1, 12 out. 2010. Mensal. Disponível em: <http://www.ibri.org.br/download/publicacoes/PwC_IBRI_IFRS_CPCs.pdf>. Acesso em: 28 de abril de 2014. 
IUDÍCIBUS, S. de.; MARION, J. C.; FARIA, A. C. de. Introdução à Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2009. 
MEIRELLES, J. C. de. Harmonização das Normas Internacionais de Contabilidade. 2009. Disponível em: 
http://www.aedb.br/seget/artigos09/58_HARMONIZACAO_DAS_NORMAS_INTERNAC
IONAIS_DE_CONTABILIDADE.pdf Acesso dia: 27 de abril de 2014. 
MADEIRA, G. J. Harmonização de Normas Contábeis: um Estudo sobre as Divergências entre Normas Contábeis Internacionais e seus Reflexos na Contabilidade. Revista Brasileira de Contabilidade. Novembro /Dezembro 2004.

Continue navegando