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Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 1 Aula 01 Administração Geral Motivação e Liderança Professor: Vinicius Ribeiro Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 2 Olá pessoal, vamos seguindo? Tópicos da Aula Motivação ............................................................................................ 02 Questões.............................................................................................. 17 Liderança ............................................................................................. 23 Questões.............................................................................................. 42 Exercícios Trabalhados ...................................................................... 51 Gabarito ............................................................................................ 62 Motivação Quando se estuda a motivação, os gestores estão preocupados com os motivos que fazem com que as pessoas se comportem de determinada maneira. Podemos dizer que a motivação é uma força motriz incorporada pelos indivíduos, por meio da qual eles tentam alcançar um objetivo específico, com o intuito de satisfazer uma necessidade ou expectativa. Motivação é “motivar a ação”. A motivação é uma contribuição oriunda da psicologia organizacional para os estudos de comportamento nas organizações. E a satisfação? A satisfação no trabalho, para Locke, é o “estado positivo ou de prazer, resultando na avaliação positiva do trabalho do indivíduo”. Podemos classificar as motivações da seguinte forma: Motivação extrínseca: diz respeito às recompensas que são “tangíveis”, tais como o pagamento e benefícios adicionais, acomodação ou refeição subsidiada, segurança no trabalho, promoção, contratação de serviços, ambiente e condições de trabalho. Motivação intrínseca: relativa às recompensas, que são “psicológicas”, e Aula 1 Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 3 aos sentimentos, tais como a satisfação pessoal no trabalho, a oportunidade de ter de enfrentar desafios e de se realizar, críticas favoráveis, reconhecimento e tratamento com consideração e atenção. Apesar do conceito extrínseco, é mais correto dizer que a motivação é algo que vem de dentro de cada indivíduo, algo intrínseco. Hierarquia das Necessidades de Maslow Essa hierarquia foi desenvolvida por Abraham Maslow entre as décadas de 40 e 50. Segundo a teoria de necessidades, as pessoas sempre desejam mais, e o que querem depende do que já possuem. Assim, as necessidades humanas estão dispostas em níveis. Vejamos a figura. Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 4 Essas cinco necessidades podem ser divididas em duas: Necessidades primárias (de sobrevivência): fisiológicas (básicas) e de seg urança. Necessidades secundárias (adquiridas): sociais, de estima (autoestima, eg o) e de autorrealização (realização pessoal). Detalhando um pouco mais a necessidade de estima, podemos fazer a seguinte divisão: Fatores internos: auto-respeito, autonomia, realização Fatores externos: status, reconhecimento, atenção. Reparem que há certa confusão entre alguns conceitos dentro de diferentes necessidades. É preciso analisar o conjunto de informações para poder definir em que nível está a necessidade. Segundo a Teoria, à medida que um nível é satisfeito (não sendo mais motivador), passa-se para o de cima. Essa Teoria tem bastante semelhança com outra, a de William Thomas. Para William Thomas, as pessoas costumam apresentar quatro desejos: Segurança: desejo que nos leva a satisfazer necessidades físicas, de ter propriedades, de trabalhar. Resposta (correspondência): relacionado a contatos sociais Aprovação social: refere-se à aprovação do grupo social em que se está inserido o indivíduo. Novas experiências: quebra de rotina, variação de experiências, aventuras, etc. 1) (CESGRANRIO CEFET-RJ 2014) Por já estar há dois anos desempregado, um profissional inscreveu-se em um concurso público para uma área que não era de seu interesse pessoal. O motivo que o levou a fazer essa inscrição é a dificuldade em manter financeiramente o sustento de sua família. Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 5 A situação acima descrita envolve uma motivação baseada em uma necessidade a) social b) fisiológica c) de estima d) de segurança e) de realização Vejam que o profissional não está conseguindo obter o sustento da família. A necessidade primária não está sendo atendida, que é a fisiológica. Gabarito: B 2) (CESPE TJ-ES 2011) Consoante os pressupostos da hierarquia de necessidades de Maslow, um administrador que almeje motivar seus colaboradores deve considerar primeiramente as necessidades fisiológicas destes. Exatamente. Essa é a base da pirâmide de Maslow. Portanto, é a primeira necessidade a ser suprida. Da base para o topo: Fisiológicas Segurança Afeição Estima Auto-Realização Gabarito: C Modelo do Continuum de Necessidades de Alderfer (teoria ERG) – trata- se de uma variação de Maslow, a partir da condensação dos níveis em um continuum, baseado em três conjuntos básicos de necessidades: Existenciais: dizem respeito à preservação da existência humana (sobrevivência). Incluem necessidades fisiológicas e de segurança, de natureza material. Semelhança (Relacionamento): relações com o ambiente social. Incluem Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 6 o afeto ou o fato de pertencer a um grupo, com natureza de segurança ou de estima. Crescimento: referem-se ao desenvolvimento do potencial. Incluem-se o nível auto-estima e auto-realização. Teoria de Dois Fatores de Herzberg (Bifatorial) – há dois conjuntos de fatores que afetam a motivação: o binômio motivação-higiene. Vejam a figura. Os fatores de higiene (também chamados de extrínsecos ou de manutenção) são causadores de insatisfação, ou seja, na falta de salário, por exemplo, ocorre o problema. Por outro lado, a presença desses fatores, por si só, não aumenta a Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 7 motivação. Exemplos: supervisão (disposição para ensinarou delegar); políticas empresariais (normas e procedimentos), condições ambientais (ambientes onde trabalham as pessoas), relações pessoais (como confraternizações), remuneração (contrapartida da prestação do serviço). Os fatores motivacionais (também chamados de intrínsecos) são causadores de satisfação, ou seja, o aumento do sentimento de realização trará mais motivação para o funcionário. Exemplos: realização (realização com êxito de uma tarefa), reconhecimento (pelo trabalho bem feito), trabalho em si (atividades agradáveis), desenvolvimento pessoal (possibilidade de aumento de status ou de posição social, aquisição de conhecimento), possibilidade de crescimento (crescimento dentro da estrutura da organização). 3) (CESPE ABIN 2010) No que se refere ao comportamento organizacional, julgue os itens a seguir. Dado o conceito multidimensional de satisfação no trabalho, uma pessoa pode estar satisfeita com um aspecto do seu trabalho, mas insatisfeita com outro. Ótima questão. É isso mesmo. Os dois fatores de Herzberg convivem entre si o tempo todo. Podemos estar satisfeitos com o trabalho que realizamos e insatisfeitos com a remuneração (normal, neh?). Gabarito: C Teoria da Motivação para Realização ou Teoria das Necessidades Adquiridas de McClelland Essa teoria baseia-se no conceito de três grupos de necessidades e de motivos que se desenvolvem socialmente: afiliação, realização e poder. Todas as pessoas possuem essas necessidades, mas a intensidade de cada Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 8 grupo varia a cada indivíduo. Vejamos cada necessidade: Realização: cada indivíduo tem que por à prova seus limites, deve fazer um bom trabalho que mensure as realizações pessoais. As pessoas que possuem muito essa necessidade costumam procurar mudanças na vida, são competitivas, cumprem metas estipuladas. Essas pessoas preferem trabalhar sozinhas. Afiliação: nessa necessidade, há a preocupação de se estabelecer, manter ou restabelecer relações emocionais positivas com as pessoas. Poder: essa necessidade é caracterizada pelo forte impulso em exercer autoridade sobre os demais e executar ações poderosas. Teoria X e Y (McGregor) Trata-se de duas teorias opostas. Vejamos: X: baseado em organizações tradicionais, cujas hipóteses indicam o seguinte: As pessoas em geral são preguiçosas e não gostam de trabalhar. As pessoas devem ser coagidas, controladas, ameaçadas, para que trabalhem. As pessoas não assumem responsabilidades. A motivação só ocorre em níveis fisiológicos e de segurança. Costumo falar que essa é a teoria do problema. É a teoria do Xiiii, lá vem problema. Por exclusão, a outra é a teoria y. Vejamos. Y: abordagens mais recentes em relação à natureza humana, cujas hipóteses indicam: Para as pessoas, trabalhar é tão natural quanto se divertir ou descansar. As pessoas são comprometidas com a organização. Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 9 Em condições adequadas, o trabalhador pode aprender e aceitar responsabilidades. Há capacidade de criatividade. A motivação ocorre nos níveis de entendimento, estima e auto-realização tanto quanto nos níveis fisiológicos e de segurança. 4) (CESPE TJ-ES 2011) Os subordinados liderados por um chefe que adota um estilo Y, conforme preconizado por Douglas McGregor, geralmente têm dificuldades para desenvolver relacionamentos interpessoais — entre si e com o chefe — francos e espontâneos. No estilo Y, as pessoas gostam do trabalho e do ambiente organizacional. Isso gera facilidades para estabelecer relacionamentos entre as pessoas de forma espontânea. Gabarito: E Teoria da Expectativa As pessoas são influenciadas pelos resultados que esperam de suas ações. A motivação que poderá gerar um bom desempenho é uma função da relação entre os seguintes fatores: Esforço aplicado e os resultados prováveis esperados; As expectativas de que a remuneração estará relacionada ao desempenho; e Expectativa de que as gratificações (resultados desejados) estejam disponíveis. Vejamos a figura. Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 10 Vamos a um exemplo: um analista deseja ser promovido a gerente. Esse desejo faz com que seu desempenho aumente apenas se houver a crença de que a oportunidade de promoção de fato existe e se houver a expectativa de que um melhor desempenho levará à promoção. Teoria da Expectativa de Vroom e Rotter O modelo de Vroom e Rotter baseia-se em três variáveis: Valência: trata-se das opiniões que as pessoas têm sobre resultados específicos. A valência é uma atração/preferência por determinado resultado. Importante diferenciar valência de valor. Enquanto este é a verdadeira satisfação oriunda de um resultado, aquela é antevisão da satisfação oferecida por um resultado; Instrumentalidade: trata-se do ponto até o qual os resultados relacionados ao desempenho (1º nível) levam à satisfação de resultados referentes às necessidades (2º nível) Expectativa: grau de percepção de que uma alternativa escolhida levará aos resultados esperados. Trata-se da relação entre um Motivação – função da relação percebida entre Esforço aplicado O nível efetivo de desempenho Gratificações (resultados desejados) relacionadas ao desempenho Disponibilidade das gratificações (resultados desejados) I II III Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 11 determinado curso de ação e um resultado previsto. Explicando de outra maneira, podemos fazer a seguinte relação entre as variáveis: Falaremos de expectativa quando tratarmos da alta probabilidade de a ação levar a um resultado; Caso esse resultado gere outros resultados, estamos tratando da instrumentalidade; Se esses resultados gerarem satisfação, essa é a valência. Teoria da Equidade (Adams) Equidade relaciona-se com uma comparação social, com o tratamento igual aos iguais e desigual aos desiguais, na medida das suas desigualdades. No campo organizacional, ela funciona da seguinte forma: quando as pessoas avaliam o resultado do próprio trabalho, qualquer diferença percebida em relação ao trabalho dos outros é um estado de consciência motivador. Essa comparação representa um referencial utilizado pelas pessoas. Isso é muito comum na comparação salarial entre pessoas. Quando há uma percepção de injustiça, as pessoas estarão motivadas a agir para que seja restaurada a equidade. A comparação é feita do seguinte modo: Comparação de Equidade Recompensas Pessoais Recompensa dos outros Contribuições Pessoais Contribuições dos outros Teoria do Reforço de Skinner Nos termos dessa teoria, o reforço é o condicionante do comportamento, que, por sua vez, é determinado por experiências (negativasou positivas). Nesse sentido, o papel do gerente é estimular comportamentos desejáveis (prêmios, promoções ou elogios) e desencorajar aqueles não desejáveis (repreensões, que podem culminar em demissões). Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 12 Teoria de Campo A teoria de campo é um método de análise de relações causais e de criação de construções específicas. Campo, para o Kurt Lewin, é o espaço de vida da pessoa, em que todo o comportamento é concebido como uma mudança de algum estado de um campo numa unidade de tempo específica. Lewin estabelece alg*uns princípios em que a realidade pode ser compreendida, no seu funcionamento interno ou na sua estrutura dinâmica ou na sua relação com o ambiente: Comportamento como função do campo existente no momento em que ele ocorre; A análise se inicia com a situação como um todo. A partir daí, as partes componentes são diferenciadas; A pessoa concreta pode ser representada, de forma matemática, em uma situação concreta. Lewin propôs um processo de mudança que é aplicável tanto a pessoas, quanto a grupos e organizações. Inicialmente, vejamos a figura. Como podemos ver na figura, o modelo do autor divide-se em 3 etapas: 1. Descongelamento: ocorre quando a mudança é óbvia, fazendo com que a organização rapidamente a entenda e a aceite. Sem essa etapa de descongelamento, a tendência é o retorno ao padrão habitual de comportamento, ou seja, a mudança não resultaria em nenhuma consequência. Em suma, o descongelamento permite que as velhas ideias Recongelamento Mudança Descongelamento Novas ideias e práticas são incorporadas no comportamento Novas ideias e práticas são exercidas e aprendidas Velhas ideias e práticas são derretidas (abandonadas e desaprendidas) Reforço Suporte Internalização Identificação Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 13 sejam “derretidas”, ou seja, sejam abandonadas e desaprendidas, para que novas ideias e práticas possam ser aprendidas. 2. Mudança: é o momento em que são descobertas e adotadas novas atitudes, valores e comportamentos. Daí a importância da figura do “agente de mudanças”, que poderá conduzir pessoas no sentido de promover novos valores, atitudes e comportamentos por meio de processos de *identificação e internalização. É preciso que haja a identificação dessas pessoas com as novidades, e a eficácia com o desempenho dessas medidas deve ser percebida. Em suma, a mudança é a fase em que as novas ideias e práticas são aprendidas de modo que as pessoas passam a pensar e agir de uma nova forma. 3. Recongelamento: é a incorporação de um novo padrão de comportamento, ocorrido pela mudança. É realizado por meio de suporte e reforço, tornando-se a nova norma integrada à prática atual da maneira de realização de trabalhos. Assim, não basta conhecer as novas práticas, é fundamental a incorporação e fixação do comportamento em voga. Teorias de Conteúdo x Teorias de Processo Existe uma abordagem que separa as diversas teorias motivacionais em dois grupos: teorias de conteúdo e teorias de processo. Vejamos como se dá essa classificação. Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 14 A diferença entre as teorias é a seguinte: Conteúdo: relaciona-se com “o que” motiva o comportamento; Processo: o modo como o comportamento é motivado. Teoria da fixação de objetivos (“goal-setting theory”) Essa é uma interessante teoria tratada por Edwin Locke, no final da década de 60. Qual a ideia aqui? Somos motivados quando temos objetivos fixados para cumprir. Mais ainda, quando os objetivos são desafiadores, sentimo-nos desafiados, querendo ter capacidade de cumprir tal objetivo. Outro aspecto importante é a descrição correta do objetivo. Se o objetivo traçado é muito genérico, tendemos a cumpri-lo de forma vaga. É fundamental traçar objetivos e metas (desdobramento de objetivos) bem específicos. Podemos imaginar isso na nossa vida profissional e ver que isso ocorre mesmo. É claro que existe a proatividade e as pessoas podem traçar rumos nos seus trabalhos por elas mesmas, efetuando um competente trabalho. No entanto, a regra é que o direcionamento correto tende a ser motivador e a ausência desse direcionamento pode desmotivar. Conteúdo • Hierarquia das Necessidades de Maslow • ERG de Alderfer • Dois Fatores de Herzberg • Motivação para realização de McClelland Processo • Teoria da Expectativa de Vroom • Teoria da Equidade de Adams • Teoria do Reforço de Skinner Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 15 Imagine você começando em um órgão público e o seu chefe e o seus pares deixam você apenas lendo uma série de textos, não passando nenhum trabalho para fazer. A tendência é que você de fato não faça muita coisa. Por outro lado, caso as pessoas já te passem algum trabalho, mesmo que esse trabalho precise de acompanhamento, a tendência é que a gente consiga cumprir o que foi pedido, mesmo sem qualidade – normal no início. Ficamos motivados porque temos um rumo, um alvo a atingir. Aliado a isso, não podemos nos esquecer da importância do feedback (retroalimentação). Podemos até fazer um trabalho, mas se ninguém nos diz se estamos no rumo certo, isso pode desmotivar. Quando o chefe faz a análise do trabalho realizado e passa recomendações, isso tende a motivar o funcionário a fazer um trabalho melhor na próxima vez. Enfim, essa teoria considera que as pessoas se comprometem com os objetivos, não os abandonando ou os rebaixando. Um aspecto que reforça essa ideia é tornar o objetivo público (conhecido para terceiros), passível de controle. Além disso, participar a pessoa que irá cumprir o objetivo no desenho da meta pode contribuir. No contexto dessa teoria, tem-se auto-eficácia (eficácia: cumprimento do objetivo). Esse termo relaciona-se com convicção das pessoas que elas possuem capacidade de realizar um trabalho. Quanto maior a auto-eficácia, maior a confiança. Vale destacar que essa teoria é de processo, ou seja, preocupa-se com o “como” o comportamento é motivado. Necessidade Interpessoal William Schutz, quando estuda os grupos humanos, define três zonas de necessidade interpessoal: Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 16 A necessidade interpessoal é satisfeita quando ocorre o equilíbrio entre essas três zonas. Primeiro, passa-se a fase de inclusão, depois de controle e, por fim, de afeição. Vamos detalhar essas zonas: Inclusão: as pessoas têm necessidade de serem consideradas por outra pessoa. Nãosó serem consideradas, mas conseguirem despertar o interesse alheio. Controle: relaciona-se com o respeito pela competência e pela responsabilidade dos outros, além da consideração dos demais da competência e responsabilidade próprias. Afeição: é o sentimento mútuo, é o amar e ser amado, é o reconhecimento das diferenças. Enriquecimento de Tarefas (do trabalho) Esse enriquecimento é também conhecido como job enrichment ou enriquecimento de cargos. Trata-se de uma reorganização e ampliação de um cargo para proporcionar adequação a quem ocupa aquele posto. O intuito é aumentar a satisfação, agregando variedade (diversidade de tarefas), autonomia (para tomada de decisões), significado das tarefas (entendimento do trabalho), identidade das tarefas (identificação com aquilo que se realiza) e feedback (retroação). Inclusão Controle Afeição Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 17 Questões 5) (CESGRANRIO LIQUIGÁS 2012) João, o melhor aluno do seu curso, acabou de se formar em Administração de Empresas, e foi contratado como trainee numa grande empresa. Ele estava muito satisfeito com o seu novo emprego, que era cheio de desafios e oferecia um salário muito acima do praticado no mercado de trabalho para o seu nível. Doze meses depois, sua chefia direta estava muito satisfeita com o seu desempenho, e ele foi efetivado na organização. No mesmo período, João soube da contratação de outro recém-formado em Administração, com um ano a menos de experiência do que ele e com um salário superior ao seu salário atual. A partir desse momento, o nível motivacional de João diminuiu drasticamente e ele pensou até em mudar de emprego. Essa mudança de João se explica porque (A) as expectativas têm um papel importante para as práticas de motivação, já que as pessoas estão motivadas para trabalhar quando elas esperam poder alcançar aquilo que desejam do seu trabalho. (B) as pessoas são organismos motivados pelo desejo de satisfazer determinados tipos de necessidades, as quais são universais e se dispõem de forma sequencial ou hierárquica. (C) as organizações têm um papel importante em proporcionar oportunidades de forma que os seus colaboradores percebam o trabalho como um elemento central da sua própria identidade. (D) os fatores motivacionais têm um papel importante, já que os colaboradores estarão motivados, se lhes forem atribuídas tarefas verdadeiramente interessantes e ricas em termos de conteúdo. (E) a equidade tem um papel importante na motivação, já que os funcionários fazem comparações relativamente a si próprios e aos outros funcionários, tanto do seu trabalho quanto dos resultados obtidos. Vejamos os itens. Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 18 a) essa afirmação não pode ser feita. Cada um se motiva de modo peculiar. b) as necessidades não são universais. Cada um possui diferentes necessidades, não necessariamente dispondo-as de forma sequencial ou hierárquica. Isso é coisa de teoria. Na prática isso pode não acontecer. c) O trabalho deve ser visto como um importante elemento, mas não como um elemento central. d) não necessariamente. Não podemos afirmar que alguém ficará motivado por essa ou aquela medida. Cada um tem uma maneira de se motivar. e) essas comparações são, de fato, muito comuns. Pagar o mesmo valor para pessoas em situações parecidas é fundamental para evitar esses problemas. Essa é a nossa resposta. Gabarito: E 6) (CESGRANRIO PETROBRÁS 2014) Uma empresa do setor alimentício está elaborando um plano para seus empregados com o objetivo de motivá-los. O plano será direcionado para o nível gerencial da empresa, e a prática empresarial que poderá contribuir para a motivação dos empregados é a) estabelecer como parâmetro para os salários que serão pagos aos empregados a média de mercado no setor. b) delegar responsabilidades aos empregados, enfatizando, na gestão, a comunicação transparente. c) centralizar as decisões no nível estratégico, delegando ao nível gerencial a execução das atividades. d) incentivar a permanência dos empregados nos mesmos cargos ao longo do tempo, porque isso melhora o seu desempenho. e) contratar pessoas de fora da organização para ocupar os cargos mais altos da hierarquia. Eu tenho possibilidades de motivação quando eu delego responsabilidades (evito centralizações de decisão), realizando uma comunicação transparente. Outro aspecto motivador: incentivar a mobilidade dos empregados dentro da organização, inclusive para cargos mais altos da hierarquia. Assim, eu passo a Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 19 realizar recrutamento interno (contratação interna) para preencher postos de trabalho na alta administração. A questão salarial em si não é motivadora. Gabarito: B 7) (CESGRANRIO PETROBRÁS 2015) Uma empresa do setor de serviços pretende adotar algumas práticas gerenciais visando à motivação de seus empregados. Uma boa prática para motivar os empregados é a) ter horário de trabalho fixo, estabelecido pelos superiores hierárquicos, porque isso faz com que o empregado saiba exatamente o horário de seu expediente. b) propor novos desafios nas atividades realizadas pelos empregados, porque isso demonstra a confiança da empresa em sua capacidade. c) definir equipes de trabalho, considerando os aspectos técnicos e ignorando os aspectos das afinidades, porque, dessa forma, os empregados sabem que todos são igualmente capazes. d) mudar constantemente prioridades, porque isso estimula o empregado a estar sempre atento às novas formas de trabalho. e) estabelecer atividades rotineiras, porque estas proporcionam maior segurança aos empregados. São boas práticas na tentativa de motivar funcionários: horário flexível, sempre acompanhado de definição de metas para que isso não configure relaxamento por parte da diretoria; proposição de desafios e diminuição de atividades rotineiras; montar equipes de trabalho multifuncionais, considerando tanto aspectos técnicos quanto de afinidades; deixar claro quais são as prioridades da organização/equipe/departamento, evitando a alteração constante do rumo. Gabarito: B 8) (CESPE BASA 2010) A implantação de um novo plano de Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 20 remuneração que contemple um aumento substancial no salário dos colaboradores de uma organização vai ao encontro dos fatores extrínsecos propostos na teoria de Herzberg. Fatores extrínsecos são os fatores higiênicos. Assim, aumento de salário vai sim ao encontro desses fatores, segundo a teoria de Herzberg dos Dois Fatores. Exemplos: supervisão (disposição para ensinar ou delegar); políticas empresariais (normas e procedimentos), condições ambientais (ambientes onde trabalham as pessoas), remuneração (contrapartidada prestação do serviço). Ir ao encontro significa concordar. Ir de encontro significa discordar. Gabarito: C 9) (CESPE CORREIOS 2011) Necessidades são razões para que o ser humano se ponha em movimento para buscar determinados fins. Isso mesmo. À medida que o ser humano vai tendo suas necessidades, ele passa a buscar a solução para resolver esse “problema”. Essa busca se traduz em movimentação para um fim (objetivo). Gabarito: C 10) (CESPE CORREIOS 2011) Quanto maior a satisfação, maior a motivação. Essa questão foi anulada por não haver consenso entre os autores sobre o tema. Veja a justificativa do Cespe: “Devido à existência de diversas teorias que orbitam o tema e que sinalizam sentidos diversos sobre o que gera a motivação, optou-se pela anulação do item.” Gabarito: X 11) (CESPE MPE-PI 2012) Os conhecimentos sobre comportamento organizacional proporcionam uma melhor compreensão dos indivíduos e grupos que integram organizações. A respeito das situações relacionadas ao trabalho, julgue o item que se segue. As intervenções que busquem agregar aspectos motivacionais extrínsecos tendem a ser eficazes para a manutenção da motivação dos Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 21 indivíduos com forte necessidade de realização. Se o indivíduo possui forte necessidade de realização, possuem eficácia medidas intrínsecas (reconhecimento, responsabilidade, crescimento e progresso pessoais). Aspectos extrínsecos como o salário e a segurança no emprego possuem eficácia para o indivíduo com forte necessidade de segurança. Gabarito: E 12) (CESPE EBC 2011) A administração de recursos humanos está relacionada a todas as funções do processo administrativo, referindo-se a políticas e práticas necessárias para se administrar o trabalho das pessoas. A esse respeito, julgue o item a seguir. A teoria dos dois fatores, de Herzberg, pode ser representada por meio de uma pirâmide constituída de dois tipos de necessidade das pessoas: uma básica, a necessidade de segurança; e outra, mais complexa e difícil de ser atingida, a necessidade de autorrealização. Muito fanfarrão esse examinador, não é? Tentando confundir você, justo você, misturando Maslow com Herzberg. Aqui não!!! A pirâmide é do Maslow e os dois fatores são de Herzberg, ok? Gabarito: E 13) (CESPE STM 2010) As teorias de conteúdo da motivação no trabalho enfatizam de que maneira as pessoas pensam ao escolher entre diferentes caminhos quando tentam satisfazer suas necessidades. Essas são as teorias de processo. As teorias de conteúdo, como a de Maslow ou de Herzberg, enfatizam “o que” motiva o comportamento. Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 22 Gabarito: E 14) (CESPE STM 2010) Uma comparação de equidade ocorre sempre que as organizações estabelecem recompensas intrínsecas e extrínsecas. Não podemos afirmar que sempre que houver essas recompensas haverá a comparação. Gabarito: E 15) (CESPE TJ-ES 2011) Com referência ao comportamento organizacional, julgue o item subsecutivo. No trabalho de motivação dos funcionários, pesquisas recentes recomendam que os profissionais de gestão de pessoas adotem, sem restrições, a teoria de Maslow. Palavrinha-chave: sem restrições. É muito raro, em administração, termos algo que seja regra absoluta, sem restrições. A hierarquia das necessidades surgiu na década de 60. Embora ela ainda seja muito popular, já há quem diga que ela está ultrapassada, uma vez que a flexibilidade natural do mundo moderno busca eliminar aspectos de rigidez como é uma pirâmide que fixa 5 necessidades. Gabarito: E 16) (CESPE MPS 2010) A teoria de Maslow cita as necessidades humanas como uma pirâmide, fazendo um paralelo com uma hierarquia. Na base dessa pirâmide, encontram-se as necessidades Conteúdo •Hierarquia das Necessidades de Maslow •ERG de Alderfer •Dois Fatores de Herzberg •Motivação para realização de McClelland Processo •Teoria da Expectativa de Vroom •Teoria da Equidade de Adams •Teoria do Reforço de Skinner Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 23 básicas ou fisiológicas e o pressuposto é: uma necessidade, em qualquer ponto da hierarquia, precisa ser atendida antes que a necessidade do nível seguinte se manifeste. Na teoria de Maslow, cada necessidade é atendida no seu momento. Suprindo a necessidade, passa-se para a necessidade que está logo acima na hierarquia (pirâmide). Gabarito: C 17) (CESPE BASA 2010) A adoção de um controle rigoroso por parte de um gerente sobre seus colaboradores, por entender que estes são desmotivados e dependem de uma liderança forte, identifica-se com os pressupostos da teoria X proposta por Douglas McGregor. Lembram-se da dica? Teoria do Xiii, lá vem problema. Se tem problema, o gestor deve controlar de forma rigorosa, deve exercer uma liderança forte, já que os colaboradores são desmotivados por si só. Gabarito: C Liderança Que tal definirmos essa palavra? Liderança é a utilização da capacidade própria de influenciar o comportamento dos outros, ou seja, um líder é aquele que consegue convencer seus pares a acompanharem seus ideais, suas propostas, etc. O líder deve possuir a habilidade de motivar os seus seguidores a atingirem determinados objetivos. No âmbito das organizações, a liderança se faz presente de maneira formal, pelos escolhidos para exercer cargos de confiança (chefias). Além dessa forma conhecida e de fácil percepção de todos, existe outro aspecto que demonstra presença de liderança em empresas: o espontâneo, formado por pessoas que assumem papel de líder informalmente. Vamos exemplificar: Uma pessoa que assume um cargo de gerência é um líder. Isso é formal, está registrado na empresa, está escrito. Por outro lado, um operário, por razões diversas, como ter facilidade de comunicação ou possuir voz ativa na empresa (é escutado pelos outros), assume papel de líder dos Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 24 próprios operários, no momento de reivindicações. Isso é informal, não está escrito, mas todo mundo sabe que está acontecendo. Teorias da liderança Como tudo em administração, liderança é um conceito que foi estudado e desenvolvido por diferenças escolas (assim como na literatura, em que existem os períodos, como barroco, romantismo – vou parar de citar, pois não sei mais - na administração, ocorre esse mesmo fenômeno). Trazendo para a administração, chamamos os períodos de escolas, como a clássica, a de relações humanas, etc. Teoria dos traços Segundo essa teoria, a liderança é considerada como algo inerente ao ser humano, ou seja, ou você nasce com ela ou não. Vejamos as características: Vejamos cada um: Fatores físicos: tem a ver com características físicas de cada um; Habilidades: facilitam aobtenção de liderança; Personalidade: geram aceitação ou não de um líder pelos liderados. Percebam que essa é uma teoria mais antiga, mais rústica. Hoje conseguimos perceber que pessoas podem se tornar líderes através de um bom treinamento. Mesmo reconhecendo que algumas pessoas possuem mais facilidade do que as outras, todos podem desenvolver características que os transformarão em •peso •altura •tipo de voz fator físico •inteligência •escolaridade •fluência verbal habilidades •moderação •autoconfiança •sensibilidade personalidade Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 25 líderes. Teoria dos estilos Conforme o próprio nome, essa teoria destaca diferentes estilos de se liderar. Vejamos os tipos: Autocrática (autoritária; diretivo): significa “o poder para si próprio”. É típico de uma liderança exercida pelos monarcas, principalmente na época do absolutismo. As decisões do líder são tomadas de forma isolada, sem qualquer consulta ou participação de terceiros. Nesse aspecto, todas as rotinas, as divisões de tarefas, etc, são definidas unilateralmente. O líder é voltado para as tarefas. Liberal (rédea solta; laissez-faire, que significa “deixar fazer” ou “deixar passar”): é exatamente o extremo da autocrática. Aqui, o líder possui o mínimo de participação. É a equipe do líder (liderados) que detém autonomia nas decisões. Democrática (participativa; consultiva): a equipe é estimulada a participar, apesar de o líder agir ativamente, direcionando e estimulando os liderados na tomada de decisão. O gestor lidera voltado para as pessoas e não para as tarefas como faz o diretivo (autoritário). Vejam uma escala de participação dos liderados nas 3 formas de liderança: - Participação dos liderados + É importante destacarmos que não existe uma regra. Não existe o melhor tipo de liderança. Autocrático Democrático Liberal Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 26 18) (CESGRANRIO TRANSPETRO 2012) Liderança é uma relação interpessoal e social que obedece a uma dinâmica complexa. Uma gestão eficaz e eficiente das pessoas de uma equipe no atendimento dos objetivos propostos pela organização faz parte dos atributos de um líder. Com relação à liderança autocrática, o líder a) toma decisões sem levar em consideração a opinião da equipe. b) toma a decisão, mas escuta os subordinados. c) toma a decisão se houver consenso na equipe. d) envolve algumas pessoas da equipe para tomar sua decisão. e) repassa a decisão aos liderados. Se o líder é o autocrático, ele decide e pronto. Assim, a opinião da equipe não é levada em consideração. Vejamos os tipos de líder na teoria dos estilos: Autocrática (autoritária; diretivo): significa “o poder para si próprio”. É típico de uma liderança exercida pelos monarcas, principalmente na época do absolutismo. As decisões do líder são tomadas de forma isolada, sem qualquer consulta ou participação de terceiros. Liberal (rédea solta; laissez-faire, que significa “deixar fazer” ou “deixar passar”): é exatamente o extremo da autocrática. Aqui, o líder possui o mínimo de participação. É a equipe do líder (liderados) que detém autonomia nas decisões. Democrática (participativa; consultiva): a equipe é estimulada a participar, apesar de o líder agir ativamente, direcionando e estimulando os liderados na tomada de decisão. O gestor lidera voltado para as pessoas e não para as tarefas como faz o diretivo (autoritário). Vejam uma escala de participação dos liderados nas 3 formas de liderança: - Participação dos liderados + Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 27 Gabarito: A 19) (CESPE EBC 2011) Em uma organização, existem, basicamente, três estilos de liderança: o autocrático, voltado para o líder; o democrático, voltado para o líder e o subordinado; e o liberal, voltado para o subordinado. É isso mesmo. O líder autocrático é centralizador, traz tudo para si. O líder democrático trabalha junto com o subordinado, como uma parceria. O líder liberal deixa o subordinado atuar com total autonomia. Gabarito: C Liderança Transacional x Liderança Transformacional Recentemente, trazida pelo autor Burns, uma nova abordagem de liderança surgiu. Trata-se de dois tipos de liderança: transacional e transformacional. Transacional: baseada na legitimação da autoridade dentro de uma estrutura burocrática, em que há uma relação de troca entre líder e liderado, envolvendo negociação. Assim, há um relacionamento que envolve o estabelecimento de metas, determinação de tarefas a serem desenvolvidas, nas possíveis gratificações e punições oriundas do alcance ou não dos resultados. Nessa liderança vale a máxima “te dou isso se você fizer aquilo”. Transformacional: nessa liderança, devemos falar em motivação, em comprometimento. O sentimento gerado entre a relação entre líder e liderado é de justiça, com a relação baseada na lealdade, na confiança. Essa liderança vai além da simples realização baseada em metas. A novidade aqui é a transformação que o líder, junto com sua equipe, consegue imprimir na empresa. A base da liderança transformacional está em 4 fatores: carisma Autocrático Democrático Liberal Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 28 (personalista), inspiração, estímulo intelectual e consideração individualizada. Teoria dos enfoques situacionais O importante, para essa teoria, é o contexto, a situação. Nesse sentido, é preciso considerar, para cada caso, os atributos do líder, da equipe e da situação. O tipo de liderança ideal vai depender dos eventos. Nessa teoria, existem diferentes correntes. Vejamos as principais. Teoria Contingencial de Fiedler (LPC – least preferred co-worker – colaborador menos preferido) – dois fatores são determinantes para o desempenho do grupo: maneira como o líder interage com a equipe e o grau em que a situação gera controle e influência ao líder. Há, segundo essa teoria, 3 variáveis importantes: relação entre líder e membros do grupo (confiança e respeito), estrutura da tarefa (procedimentos, definição de metas) e posição de poder do líder (grau de poder e influência). Fazendo uma ligação com os estilos de liderança, temos o seguinte: situações extremas, ou seja, no momento em que as variáveis estão muito favoráveis ou muito desfavoráveis, a liderança deve ser autoritária. Quando existe o meio- termo, deve-se lançar mão da liderança democrática. O modelo desenvolvido por Fiedler é considerado o primeiro mais abrangente nessa linha contingencial. Teoria de Hersey e Blanchard – nesse modelo, tido como um dos mais conhecidos, a liderança situacional baseia-se em duas variáveis: comportamento do líder e maturidade dos seus subordinados. Essa maturidade relaciona-se ao desempenho das tarefas, com a aceitaçãodas responsabilidades impostas. Na verdade, segundo essa teoria de liderança situacional, temos que nos preocupar com a variável "estilo do líder", a variável "maturidade do liderado", além da variável "ambiente", já que estamos falando de situações. A maturidade pode ser definida como a capacidade que as pessoas têm de assumir a responsabilidade de dirigir seu próprio comportamento, ou seja, de cumprir os deveres sem ter que receber ordens e sem precisar ser "vigiado". Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 29 Vamos aos níveis de maturidade existentes: Comando/Maduro (M1): para pessoas (liderados) com baixo nível de maturidade. Nesse prisma, o líder dá ordens sem estabelecer qualquer tipo de relacionamento com os subordinados, fornecendo instruções e supervisionando de perto. O foco é na tarefa, ou seja, o líder é fortemente voltado para tarefa e com pouco relacionamento, pois só há determinação, não havendo discussões/diálogos. Venda/Persuasivo (M2): caracterizado também pela maturidade baixa. Alto nível de orientação para as tarefas (líder decide tudo) e também para as pessoas (líder persuade). Nesse caso, há vontade dos subordinados, porém falta confiança em assumir responsabilidades. Líder decide, mas dá oportunidades para esclarecimento. Participação/Compartilhador (M3): maturidade média. Relacionamento é o foco, com pouca ênfase nas tarefas. Há capacidade dos funcionários, mas não existe desejo de assumir responsabilidades. Líder troca ideias, é um facilitador, como se fosse um líder democrático. Tarefa baixa (liderados decidem) e relacionamento alto (compartilhamento, troca de ideias, diálogo). Delegação (M4): maior maturidade. Pouca atenção para tarefa (delegação) e também para as pessoas (não há compartilhamento, há transferência de responsabilidades, como se fosse um líder liberal). Há capacidade e desejo de assumir responsabilidades. Líder transfere a decisão para os liderados. Vejam que, para cada situação, existe uma maneira de lidar com a equipe. Grid de Liderança Também chamado de Managerial Grid (termo em inglês), esse modelo de liderança foi desenvolvido por Blake e Mouton. O Grid identifica 5 estilos diferentes de liderança baseados na preocupação com as pessoas e na preocupação com a produção (realização de tarefas/atividades). Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 30 Como é representado o modelo? O modelo é demonstrado a partir de uma grade, com preocupação para a produção (eixo X) e com preocupação para as pessoas (eixo Y). Cada eixo varia de 1 (baixo) a 9 (alto). Os estilos de liderança resultantes são as seguintes: Casa 1.1 - Baixo interesse pelas pessoas (1) e baixo interesse pela produtividade (1), chamada de administração nula ou empobrecida. Casa 1.9 – Alto interesse pelas pessoas (9) e baixo interesse pela produtividade (1), chamada de administração de clube ou de festa. Casa 9.1 - Baixo interesse pelas pessoas (1) e alto interesse pela produtividade (9), é a administração com base na autoridade e na obediência, também chamada de administração do chicote. Casa 5.5 - Médio interesse pelas pessoas (5) e médio interesse pela produtividade (5), chamada de administração do meio do caminho. Casa 9.9 - Alto interesse pelas pessoas (9) e alto interesse pela produtividade (9), chamada de administração da equipe. Veja a figura. Alto 9 1.9 9.9 in te re s s e p a ra p e s s o a s 8 7 6 5 5.5 4 3 2 Baixo 1 1.1 9.1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Baixo interesse para produtividade Alto Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 31 20) (FCC TRT-SC 2013) Robert Blake e Jane Mouton propuseram uma classificação de estilos de liderança em que definiram duas dimensões de comportamento do líder: a preocupação com a) as pessoas e com a produção. b) as metas e com os motivadores. c) os recursos e com os objetivos. d) as tarefas e com o treinamento. e) os sistemas de trabalho e com os motivadores. Nessa teoria, observamos os lideres a partir de suas preocupações (baixa, média ou alta) com as pessoas ou com a produção. Gabarito: A 21) (CESPE PREVIC 2011) Consideram-se comportamento de tarefa o apoio socioemocional e o encorajamento dado pelo líder. Emoção, líder encorajando.... isso é comportamento voltado para pessoas. O líder está mostrando preocupação com os seus liderados. Casa 1.9 – Alto interesse pelas pessoas (9) e baixo interesse pela produtividade (1), chamada de administração de clube ou de festa. Gabarito: E Papéis de Gerentes - Mintzberg Mintzberg faz uma classificação de papéis de gerentes, dividindo-os em três categorias: 1. Papéis interpessoais: gerente é o chefe, é o líder. 2. Papéis de informação: gerente é o monitor, disseminador, porta-voz. 3. Papéis de decisão: gerente é empreendedor, solucionador de problemas, negociador. Essa divisão mostra as diferentes faces de um gerente em distintas situações. Nesse sentido, temos que: Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 32 1. Quando ele lida com pessoas, o seu papel é interpessoal. 2. Quando o gerente dissemina rotinas, é porta-voz dos empregados perante a diretoria, esse é o papel de informação. 3. Quando lida com tomada de decisão, criando produtos, resolvendo problemas, fechando um contrato, ele está desempenhando o papel decisório. Habilidades Esse é um assunto tratado por Robert Katz. São três as habilidades importantes em um líder, segundo o autor: Habilidades técnicas: relacionadas à execução do trabalho, ao domínio do conhecimento requerido; Habilidades humanas: relacionadas ao relacionamento, às equipes; Habilidades conceituais: normalmente, estão presentes no proprietário, no administrador principal da empresa, etc. Trata-se de uma visão do todo, de todo o sistema que envolve a organização. Envolve a tomada de decisões complexas. Sistemas de organizações - Likert Likert identifica quatro sistemas de organizações. Vejamos: Sistema autoritário coercitivo: marcado pela arbitrariedade, rigidez, possui forte controle, pouca comunicação. Geralmente, está presente em empresas com mão-de-obra intensiva e não especializada, com pouca tecnologia. Sistema autoritário benevolente: apesar de impositivo, é um pouco condescendente, menos rígido. Presença, mesmo que pequena, de consulta, delegação e recompensas (junto com ameaças). Presente em empresas mais industriais com certa tecnologia (pouca), com mão-de- obra um pouco mais especializada. Sistema consultivo: mais participativo, pouca arbitrariedade. Há discussão para a definição dos objetivos e tarefas. Presençade comunicação de Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 33 baixo para cima (do subordinado ao chefe). Caracterizado pela motivação dos funcionários, mas, uma vez que é mais participativo, acaba sendo um sistema mais lento nas decisões. Sistema típico do ramo de serviços e de empresas industriais mais organizadas. Sistema participativo: sistema democrático, com participação de todos na tomada de decisão. A comunicação ocorre em todos os sentidos, havendo forte motivação. Há um sentimento de segurança coletiva e de interdependência. Típico de empresas com forte tecnologia, com pessoal especializado e tarefas complexas. Caminho-Meta (Caminho-Objetivo) Desenvolvida por Robert House e Martin Evans, a teoria do caminho-meta ou caminho objetivo situa-se no contexto das abordagens contingenciais (situacionais). De acordo com a teoria, é dever do líder auxiliar seus subordinados no alcance das metas. Ele deve orientar, apoiar e conceder os recursos necessários para o cumprimento de objetivos. A ideia central é a seguinte: o líder deve abrir o caminho, reduzindo obstáculos, para que o liderado tenha condições de atingir o objetivo ou a meta. Segundos os autores, são quatro os comportamentos do líder: Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 34 House (o autor, não o médico da série americana) entende que existe flexibilidade entre os líderes, podendo atuar nos quatro comportamentos, a depender da situação. Os autores também desenvolvem, dentro dessa teoria do caminho-meta, as variáveis contingenciais que influenciam na relação entre o comportamento do líder e os resultados alcançados. Vejamos: Ambientais (fora do controle do funcionário) o Estrutura da tarefa o Sistema formal de autoridade o Grupo de trabalho Variáveis que compõem as características do funcionário o Centro de controle o Experiência o Capacidade percebida Fazendo a combinação das variáveis e dos quatro tipos de comportamento, temos as seguintes conclusões: Liderança diretiva: gera maior satisfação com tarefas ambíguas ou estressantes. •deixa os liderados cientes daquilo que é esperado •organiza o trabalho a ser realizado, fornecendo instruções precisas Diretivo •amigável •sensível às demandas dos liderados Apoiador (Suporte) •consulta os subordinados •toma as decisões considerando as sugestões recebidas Participativo •estabelece metas desafiadoras •espera que os liderados deem o melhor de si Orientado para conquista Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 35 Liderança apoiadora: conduz a um desempenho melhor e a uma satisfação maior quando há tarefas estruturadas. Liderança diretiva (de novo a diretiva – não é erro de digitação): quando há funcionários com boa capacidade percebida ou experiências consideráveis, há a sensação de essa liderança é redundante. Liderança participativa: funcionários com centro de controle interno ficam mais satisfeitos. Esse centro de controle interno equivale ao locus de controle interno. Significa que esse tipo de funcionário atribui a fatores próprios (internos, de comportamento) aquilo que ocorre no dia a dia, ou seja, as razões dos acontecimentos não estão fora da empresa (no mercado). Liderança orientada para a conquista: a expectativa dos funcionários de que os esforços levam a um melhor desempenho aumenta, considerando as tarefas estruturadas de maneira ambígua. 22) (FCC TRT-15ª 2013) Uma das conhecidas teorias sobre liderança, desenvolvida por Robert House, é a Teoria Caminho-meta ou Caminho- objetivo. A principal ideia dessa teoria é de que o líder será aceito pelos liderados quando estes o virem como fonte de satisfação, imediata ou futura. House destacou quatro comportamentos de liderança, entre os quais NÃO se inclui: a) Líder carismático: comunica expectativas e expressa confiança nos liderados de que vão conseguir alcançá-las. b) Líder diretivo: deixa claro o que espera dos liderados, organiza e proporciona diretrizes claras e objetivas. c) Líder apoiador: é receptivo e sensível às necessidades dos liderados. d) Líder participativo: antes de tomar decisões, consulta os liderados. e) Líder orientado para a conquista ou líder voltado para a realização: estabelece desafios e espera que os liderados demonstrem Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 36 desempenho máximo. Na abordagem de House, temos quatro tipos: diretivo (fornece instruções precisas), apoiador (sensível às demandas), participativo (realiza consultas) e orientado para a realização (estabelece metas). Assim, o líder carismático, de teorias mais antigas (tradicionais), não possui lugar nessa teoria mais moderna e situacional. Gabarito: A Líderes e Empreendedores Para entrarmos nesse tópico, essencial definirmos o conceito de empreendedor: qualificação dada a um indivíduo que possui determinadas características, tais como inovador, realizador, arrojado, autoconfiante, capaz de assumir riscos calculados, agente de transformação/mudança. Esse conceito não se restringe às empresas, podendo aparecer a figura do empreendedor em um projeto específico ou em uma ação isolada dentro de uma comunidade. Podemos, principalmente, chamar de empreendedor o fundador de uma empresa, já que normalmente ele constrói algo partindo do nada, em situações difíceis. Dentro das organizações, segundo Gifford Pinchot, uma pessoa empreendedora pode ser chamada de intra-empreendedor. Ainda falando sobre o empreendedor dentro de uma empresa, é preciso mencionar que para que pessoas empreendam dentro de uma organização, é de suma importância que a empresa dê condições para isso, ou seja, deve ser encorajada a inovação. Caso contrário, o mais empreendedor dos empreendedores se tornará um perfeito burocrata, na concepção pejorativa da palavra. Nesse caso, o “homem Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 37 é fruto do meio”. De qualquer modo, uma pessoa com características de empreendedor acredita ser importante sentir-se útil para o grupo em que está inserida, possuindo necessidade de obter poder e de se tornar realizada em suas ações, buscando sempre diversas oportunidades. É importante mencionar que é possível treinar pessoas para se tornarem empreendedoras. Segundo Filion, “o treinamento para a atividade empreendedora deve capacitar o empreendedor para imaginar e identificar visões, desenvolver habilidades para sonhos realistas.” Para Say, o empreendedor (palavra oriunda do termo francês “entrepreneur”) é aquele que “movimenta recursos econômicos de um setor de menor produtividadepara outro de maior produtividade e melhor rendimento.” No setor público, o termo empreendedor também vem sendo difundido. Isso vem ocorrendo principalmente no âmbito das instituições, ou seja, definindo o que seria uma instituição empreendedora. Segundo Ted Gaebler e David Osborne: “Naturalmente, o fato de que não se pode governar como quem dirige uma empresa não quer dizer que o governo não possa tornar-se mais empreendedor. Qualquer instituição, pública ou privada, pode ser empreendedora, assim como qualquer instituição, pública ou privada, pode ser burocrática.” É possível gerar competitividade, inclusive entre entidades públicas. Vejamos o que cita Gaebler: “O serviço postal americano lançou uma série de selos em homenagem a Elvis Presley, seguindo uma estratégia muito inteligente. Em primeiro lugar, foram lançados cinco selos com imagens de diferentes fases da carreira do cantor, Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 38 submetidos ao público para que escolhesse os mais bonitos. Apenas dois foram escolhidos e os demais descartados. Em fevereiro deste ano, o correio faturou nada menos que 1,1 bilhão de dólares com esses selos. Uma receita obtida com um serviço que a empresa nem mesmo terá de realizar, uma vez que boa parte dos selos foi comprada por gente que quer guardá-los como lembrança.” Outro exemplo: “em vários Estados Americanos, uma certidão de nascimento custa apenas 9 dólares. Se os pais quiserem uma certidão decorativa, feita em papel especial para colocar na parede, o mesmo serviço sai por 50 dólares. É simplesmente um recurso de marketing para adicionar valor à informação.” Percebam que as características do empreendedorismo podem sim serem aplicadas às entidades públicas, desde que essas sejam administradas com mais energia, com mais garra. É preciso que haja envolvimento de todos e que o Governo seja flexível para se adaptar às mudanças do “mercado”. É o reinventar do governo. O processo empreendedor inicia-se com o surgimento de uma oportunidade, através de uma necessidade detectada, possibilitando ao empreendedor efetivar realizações com inovação. A materialização dessa oportunidade gera novas oportunidades, funcionando como um ciclo virtuoso, com o empreendedor no seu centro. Vamos a um exemplo. Um funcionário cheio de ideias, mas com pouca coragem, continua efetuando seu trabalho rotineiro. Um belo dia, é demitido. A partir daí, ele se vê obrigado ou enxerga nessa nova fase uma oportunidade de empreender o seu negócio, através de suas criações. Surge, assim, um empreendimento. Da percepção da oportunidade até a efetivação do empreendimento, há um extenso caminho a percorrer. As fases intermediárias é o que podemos chamar de processo empreendedor. Fase 1 – Identificação da Oportunidade: onde surgem as ideias, seja pela busca de algo ou pelo surgimento de uma oportunidade. É necessário avaliar a conveniência da oportunidade. Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 39 Fase 2 – Decisão de avançar: deve ser desenvolvido o plano de negócios, delineando estratégias da empresa a ser criada ou em crescimento. Fase 3 – Implementação: o empreendedor deve utilizar sua habilidade de negociação para captar os recursos necessários. Fase 4 – Crescimento: momento de gerir a empresa, em que devem ser reconhecidas as limitações, ser recrutada uma excelente equipe de trabalho, implementar as ações que minimizem os problemas e maximizem os lucros. Poder Tendo em vista a globalização da economia mundial, que influencia diretamente o dia-a-dia de uma empresa, podemos fazer a seguinte conclusão: poder não é só aquilo que se manifesta no interior da organização. As influências externas também atuam nos resultados de uma empresa. O ser humano necessita da interação social e, quando ele se isola da sociedade, ele perde o contato com o poder. No contexto organizacional, no início, o poder é centralizado nas mãos dos fundadores/proprietários. À medida que a empresa cresce, o poder vai migrando, vai se descentralizando. Além da descentralização, a influência externa passa a acontecer. À medida que as empresas ficam interdependentes (influenciadas externamente), as influências na organização aumentam. Se compararmos com a cultura, essa representa algo interno, a imagem que a organização reflete no ambiente. O poder deve ser visto como a possibilidade de decidir, a situação de posição de privilégio em relação à outra parte. Podemos dizer que a cultura e o poder estão intimamente ligados às relações sociais. A cultura constitui peça-chave para que possamos compreender as relações de poder nas organizações. Mesmo que haja a influência externa, é preciso entender a cultura para compreender a maneira como o poder influencia a empresa. Identificação da oportunidade Decisão de avançar Implementação Crescimento Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 40 Mintzberg identificou seis configurações de poder, a saber. Antes de detalharmos as configurações, vamos falar um pouco sobre as coalizões. As coalizações são as influências. Se a coalizão advém de funcionários da empresa que possuem voz ativa, ela é interna. Se ela é oriunda de pessoas que não trabalham na organização, como parceiros comerciais, ela é externa. Vejamos cada uma das configurações agora. Instrumental: instrumento à disposição de um agente ou grupo de agentes externos. Concebida para atender aos objetivos expressamente anunciados desse agente. As estruturas são ferramentas estabelecidas parra a consecução eficiente dos propósitos desse grupo ou agente. Sistema Fechado: formado por uma coalizão interna burocrática, utilitarista, em que os membros internos contribuem com a organização de acordo com os incentivos materiais. Autocráticas: possui coalizão externa passiva, e interna personalizada, formada por um diretor executivo que exerce o controle mediante meios pessoais, o que gera agentes internos leais ou sob pena de demissão. Missionárias: utiliza a ideologia para controlar, impondo sua missão, exercendo controle da autoridade. Coalizão externa é passiva e a interna serve Organização Instrumental Sistema Fechado Organização Autocráticas Organização Missionária Organização Meritocrática Arena Política Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 41 para mantê-la unida em torno dos objetivos da ideologia. Meritocráticas: poder concentrado na habilidade e no talento do pessoal do núcleo de apoio. A coalizão interna é profissionalizante. O mérito é valorizado. Arena Política: caracterizada pelo conflito intenso, estendido e breve. Mintzberg identifica também 5 bases de poder. Essas bases demonstram como os indivíduos exercem poder na organização, que depende deles para a sua sobrevivência. Vejamos as bases: 1. recursos; 2.habilidade técnica; 3. corpo de conhecimento importante para a organização (competência); 4. prerrogativas legais, que garantem o exercício do poder formal (chefes); 5. acesso privilegiado das pessoas as outras bases. Mintzberg (mais uma vez ele – é o cara!!!) trata dos grupos de poder nas organizações, que se relacionam às bases: 1. recompensa e coerção: com base nas prerrogativas legais e no controle dos recursos, habilidades e competências; 2. legítimo (formal): com lastro na posição que a pessoa ocupa em uma estrutura, baseada nas prerrogativas legais; 3. experiência: baseado na competência e nas habilidades; 4. referente: identificação por certas pessoas, tidas como modelos. Para BOWDITCH e BUONO (2006), as pessoas podem exercer poder com base nos seguintes fatores: capacidade de lidar com incertezas: enfrentar as incertezas que aparecem na rotina de trabalho. Substitubilidade: dificuldade de ser substituído por outro, gerando poder à pessoa que não é substituída. Centralidade organizacional: quanto mais centralizado, maior o poder. Interdependência do papel e da tarefa: se uma atividade depende de outra pessoa, esse segundo indivíduo tem controle sobre o primeiro. Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 42 Questões 23) (FCC CNMP 2015) São características dos líderes transformacionais: I. Negocia a troca de recompensas por esforço, promete recompensas pelo bom desempenho, reconhece as conquistas. II. Comunica suas altas expectativas, utiliza símbolos para focar os esforços, expressa propósitos importantes de maneira simples. III. Promove a inteligência, a racionalidade e a cuidadosa resolução de problemas. IV. Intervém apenas quando os padrões não são alcançados. Está correto o que consta APENAS em a) III e IV. b) II e III. c) II e IV. d) I e IV. e) I e II. Vejamos os itens. I) Item errado. Líder transacional. II) Item certo. III) Item certo. IV) Item errado. O estímulo ocorre sempre. A base da liderança transformacional está em 4 fatores: carisma (personalista), inspiração, estímulo intelectual e consideração individualizada. Gabarito: B 24) (FCC AFR-SP 2013) A gestão pública empreendedora I. mitiga o foco em uma gestão voltada para os processos, privilegiando a obtenção de resultados. II. despreza a constituição de parcerias, fortalecendo a ação isolada do Estado. III. busca uma mudança da qualidade gerencial, trazendo destaque à transparência e ao controle social. Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 43 IV. visa uma maior rapidez na circulação de informações, bem como uma maior qualidade destas, fomentando o diálogo público sobre a atuação do Estado. Está correto o que se afirma em a) I e II, apenas. b) II, III e IV, apenas. c) III e IV, apenas. d) I, III e IV, apenas. e) I, II, III e IV. Vejamos as opções. I) perfeito. Ao invés de se preocupar com meios (processos), o foco é se preocupar com fins (resultados). II) item errado. A formação de parcerias é fundamental. Está em voga hoje a formação de parcerias com entidades sem fins lucrativos (organizações sociais) e com empresas privadas em meio à Parceria Público-Privada. III) a forma de gerenciar deve ser revista, deve ser aprimorado. No caso do Estado, é fundamental que haja transparência e que seja possível a sociedade controlar as ações do setor público (controle social). IV) Isso mesmo. Em um mundo competitivo, globalizado e informatizado, as informações devem fluir rapidamente e com qualidade. O diálogo é fundamental nesse processo empreendedor, nesse processo de melhoria da gestão, seja ela pública ou privada. Gabarito: D 25) (FCC TRT-SC 2013) O conceito de caminho-objetivo para liderança concentra- se em vários tipos de comportamento do líder e de fatores a) ambientais. b) situacionais. c) fisiológicos. d) financeiros. e) ergonômicos. O que importa para esse conceito é a contingência, a situação, o momento, o Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 44 contexto. Seu teórico, House, entende que existe flexibilidade entre os líderes, podendo atuar nos quatro comportamentos (diretivo, participativo, apoiador ou orientado para conquista), a depender da situação. Gabarito: B 26) (FCC TRT-SC 2013) Três características foram identificadas nos líderes transformacionais: o carisma, o estilo intelectual e a) a influência positiva. b) o equilíbrio emocional. c) a orientação para resultados. d) a orientação para processos. e) a consideração individualizada. Eu colocaria quatro características nesse tipo de liderança. A base da liderança transformacional está em 4 fatores: carisma (personalista), inspiração, estímulo intelectual e consideração individualizada. Gabarito: E 27) (FCC TST 2012) Teorias situacionais ou contingenciais apontam para dois tipos de liderança: as orientadas para pessoas e as orientadas para a) autoridade. b) tarefas. c) poder. d) liberdade. e) recompensas. Nessa linha de teorias, temos duas vertentes: os líderes orientados para tarefas e os líderes orientados para pessoas, a depender da maturidade dos liderados. Gabarito: B 28) (CESGRANRIO PETROBRÁS 2015) Um dirigente de uma empresa está preocupado com seu papel na empresa e com os resultados apresentados, que têm piorado bastante nos últimos meses. Isso tem feito com que ele se questione a respeito de seu estilo de liderança. Simpo PDF Password Remover Unregistered Version - http://www.simpopdf.com Curso Regular de Administração Geral Aula 01 – Motivação e Liderança Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 45 Para resolver esse problema e melhorar o desempenho de sua organização, ele contratou um consultor que o orientou a adotar um estilo de liderança apoiador, cujas características são: a) ter preocupação com o bem-estar de seus subordinados, sendo aberto e acessível a eles, tratando-os como iguais. b) enfatizar a obediência às regras, às metas de desempenho e padrões de comportamento conforme estabelecido. c) encorajar as discussões em grupo, não consultando os subordinados para tomar as decisões, porém permitindo que os subordinados deem suas sugestões e opiniões. d) fixar as diretrizes para os subordinados sem a participação destes, providenciando as técnicas e orientação para a execução das tarefas. e) dar liberdade completa aos subordinados para as decisões do grupo ou mesmo individuais, com a participação mínima do líder. Apoiador: amigável; sensível às demandas dos liderados. Vejamos os demais estilos: Diretivo: deixa os liderados cientes daquilo que é esperado; Participativo: toma as decisões considerando as sugestões recebidas; Orientado para conquista: estabelece metas desafiadoras. Gabarito: A 29) (CESGRANRIO CHESF 2012) Para fazer diferença como líder, o gerente de RH de uma empresa defende a utilização do modelo de liderança situacional de Hersey e Blanchard.
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